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História I'm in love with a... Luffy! - Parque


Escrita por: JohnnyZeppeli

Notas do Autor


OLHA QUEM TA DENTRO DO PRAZOOOO UHUL
não tenho muito o que falar aqui, vou deixar pras notas finais <3
aliás, pelo fato de eu estar postando esse capítulo bem tarde, eu não tive tempo de revisar nadaaa. Então, por favor, qualquer erro me avisem <3
Espero que gostem!

Capítulo 8 - Parque


Fanfic / Fanfiction I'm in love with a... Luffy! - Parque

POV Luffy

            Acenei para Nami e Bonney, que corriam em nossa direção. Eu estava com Torao e Kid na entrada do parque, conforme combinamos há alguns dias. O parque era, de longe, bem diferente dos que eu já tinha visitado, e Torao fez questão de pagar a minha. Parque de gente rica, né?

            - Faz muito tempo que não venho aqui! – Nami olhava para os brinquedos com os olhos brilhando – Onde vamos primeiro?

            - Sem essas frescuras, eu quero gritar até minhas cordas vocais saírem pela minha bunda.

            - Uau, que comentário incrível. – Bonney socou o ombro de Kid, rindo. Eu não tinha esquecido do que Kid falou, então, hoje eu tentaria fazer com que algo rolasse entre eles. Não é como se eu fosse a melhor pessoa pra unir um casal, mas não custava tentar, principalmente se eu conseguir a ajuda da Nami.

            - Bom, então, vamos seguir o clichê e começar pelas montanhas-russas, que tal? Tem várias, afinal.

            - Vamos apostar, então. O que menos gritar tem direito a escolher o próximo brinquedo. – Kid sugeriu, empolgado.

            - Ah, tá. Você praticamente ta falando que o Law vai escolher o próximo, né?

            - Law não conta.

            - E por que não? – Torao se pronunciou – Tem medo que eu escolha algo que te dê medo? – Sorriu. Notei que a expressão de Kid mudou, porém, ele retribuiu o sorriso.

            - Medo, eu? Coitado... Então tá, vamos na montanha, já sabemos que você não grita, ai você escolhe o próximo e vemos quem vai ter medo, ok?

            Nami riu da cena. Encarei-a de forma confusa, esperando que ela me explicasse o que raios eles queriam dizer. Ela segurou minha mão, esperando que os dois se afastassem, puxando Bonney para perto também.

            - Kid tem pavor de escuro. Mas, assim, um medo anormal. Porém, chega até a ser engraçado, ele se agarra no Law e não o larga por nada no mundo, mas não admite que tem esse medo e diz que “está testando a coragem dos amigos”. Vocês vão ver, vamos no navio assombrado depois. – Ela ria da cena. Por um lado, fiquei com pena do Kid, mas isso era uma boa chance pro meu plano.

            Chegamos na montanha-russa – que, por sinal, era incrível! Ela tinha uma descida de noventa graus, o que me deixou ainda mais animado. Cada fileira tinha cinco assentos, então poderíamos ir todos lado a lado. Como se fosse capaz de ler minha mente, Nami segurou Torao para que Bonney e Kid sentassem próximos um do outro. Sentei ao lado de Kid, Torao do meu lado e Nami ao lado dele. Quando o carrinho começou a andar, olhei para o lado e todos pareciam tranquilos, com exceção da Nami, que visivelmente era a mais insegura, enquanto Kid estava absurdamente empolgado.

            Quando o carrinho acelerou, era fácil distinguir os gritos de cada um ali. Kid era, de longe, o que mais gritava, mas Bonney não ficava muito atrás. Torao apenas sorria e Nami gritava nitidamente com medo, porém não deixava de ser engraçado. Eu estava muito empolgado e isso era bem nítido, pois nunca tinha ido numa montanha-russa tão grande como essa. Levantei minhas mãos, me sentindo ainda melhor por não estar me segurando em nada e, ao olhar para o lado, vi que Torao me encarava e não demorou para que meu rosto esquentasse. Sorri para ele, segurando sua mão de modo que ele também deixasse de se segurar na proteção da cadeira. Acabei por segurar sua mão até o final do brinquedo. Quando saímos, Nami tremia, mas não pôde negar que foi divertido.

            - Essas merdas são horríveis, mas ao mesmo tempo são tão boas, não sei se digo que detesto montanhas-russa ou não.

            - Larga de ser medrosa, Nami. Esse brinquedo é o melhor!

            - Diga que não odeia, apenas tem medo, mas gosta de ir. Ficou confuso? – Bonney perguntou, ignorando Kid.

            - Não, nem um pouco. Hm, mas agora, fizemos uma aposta, não é? – Nami sorriu, virando-se para um Kid até então sorridente.

            - É-É, fizemos?

            - Sim. – Torao interrompeu – Então, vamos? Aproveitem que a fila do Thriller Bark está pequena.

            Dessa vez, quem ria era a Nami, ao lado de Bonney. Não demorou muito para que eu as acompanhasse. Eu nunca tive medo de brinquedos e nem nada do tipo, então ver um cara como o Kid desse jeito era, de fato, engraçado.

            - Quer que eu segure sua mão, Kidzinho?

            - Ora, faria isso por mim, Bonneyzinha?

            - Eca, desde quando vocês viraram casalzinho meloso?

            - Ainda não somos casalzinho, Nami. Kid não quer me assumir. – Ela fez um bico.

            - Ah, então a culpa é minha?

            - Ué, óbvio.

            - Então ele logo resolve isso. – Interrompi. Kid me olhou assustado, enquanto Bonney sorria e Nami fizera o mesmo, entendendo meu recado.

            Logo chegamos no tal Thriller Bark, e eu já podia dizer que era meu brinquedo preferido! Ele era um enorme navio todo destruído, e Torao me disse que lá dentro era tudo escuro e sempre apareciam algumas coisas pra tentar nos assustar.

            - Todo ano eles mudam as coisas lá dentro, – ele me contava – então acaba sendo legal ir sempre porque você não sabe o que tem lá.

            - Wow, e como estava na última vez que você foi?

            - Tinha uma senhora numa cadeira de balanço que do nada levantava e te agarrava, tinha um bicho enorme com uma risada irritante, tinha uns zumbis saindo do chão. Inclusive, esses zumbis aparecem todo ano, já deve ser tradição. É, só me lembro disso. Pergunte ao Kid que ele vai lembrar de todos.

            - Vá se foder, Law.

            - Não, obrigado. - Eles continuaram discutindo enquanto eu observava toda a decoração, que começava a ficar escura e sinistra logo na metade da fila. Quando estávamos chegando, senti algo me puxar. Era a Nami.

            - Vamos fazer Kid e Bonney se perderem juntos, ok? Sei que Law não vai sair de perto de você então preferi falar isso só pra você.

            - Oh, adorei! Pode deixar. – Sorri. Ela me encarou com um sorriso de canto e com seus olhos fixos em mim. – Algum problema?

            - Luffy, eu...

            - Venham, somos os próximos! – Bonney gritou.

            - Você o que?

            - Nada, eu te conto depois. – Dei ombros e a segui, mas não podia negar que eu estava curioso.

            A entrada imitava um cemitério e era repleta de neblina. Conforme íamos andando, sentia algumas coisas tentando agarrar meus pés, mas desviava, enquanto ouvia alguns comentários de Kid. Em seguida, vários zumbis começaram a levantar enquanto nos seguravam, e  nesse momento ouvi Kid falar mais palavrões do que já falei na minha vida.

            - Ah, pera. – Me aproximei do zumbi, colocando-o debaixo da terra novamente. – Pronto. São só bonecos, Kid.

            - E-Eu sei, eu queria ver se você tinha coragem de chegar perto deles!

            - Hm, tá. – Nami respondeu, observando a Neblina ficar ainda mais forte. – Oh, vamos em frente, então. – Ela segurou minha mão e me fez segurar a de Law, nos puxando dali com pressa enquanto Bonney e Kid estavam distraídos. Andamos até o final de um corredor escuro que continha uma grande porta, que era a saída pra quem não aguentara a primeira parte. – Bem, vamos fazer um plano. Eu vou perseguir Kid e Bonney pra ter certeza de que Kid não vai fazer merda, porque Law e eu sabemos que, no fundo, ele tem muito medo de tomar uma atitude. Vocês vão continuar no brinquedo? – Torao me encarou, entendeu meu olhar quase que imediatamente.

            - Sim, vamos.

           - Entendi. – Nami sorriu para mim de forma um tanto maliciosa. – Eu encontro vocês lá fora, então, e manterei-os informados. - Torao e eu assentimos, observando Nami se afastar.

            - Pra que lado nós vamos? – Perguntei.

            - Na verdade, agora podemos ir ao deck. Lá tem várias portas, mas já vi que você não se assusta muito, então não acho que valeria à pena ir em todas. Podemos ir até o topo do navio, onde todo mês tem uma sala nova e dita como “a pior de todas”.

            - Mesmo? Wow, gostei! Vamos.

            Passamos por uma escadaria que ficava rangendo de forma bem irritante, até passarmos pelo deck e adentrarmos outro corredor. Lá, como Torao havia dito, estava cheio de portas e, pelo que eu entendi, cada uma tinha uma atração diferente. Realmente dava pra passar mais de uma hora nesse brinquedo, e um dia eu quero ver tudo! Eu observava várias pessoas entrarem nas portas e outras saírem gritando e correndo, enquanto algumas apenas davam risada. Torao também olhava para elas, sempre sorrindo ao me ver sorrir. Novamente, subimos uma grande escada onde tinha uma porta velha e caindo aos pedaços. Havia um rapaz fantasiado de zumbi, e era ele quem controlava a quantidade de gente que entrava na sala. Porém, agora, não tinha ninguém.

            - Está pronta?

            - Estou sim!

            Entramos. A sala representava uma casa, e não era tão escura, mas tinha apenas uma janela e uma porta que ficavam do outro lado. Tinha as paredes de cor cinza claro, porém com várias manchas pretas espalhadas. O cheiro era forte, parecia mofo, e havia vários bonecos, alguns representavam crianças, que pintavam livros, outros representavam adultos, que assistiam tv, cozinhavam ou liam livros. Percebi que havia uma espécie de “proteção” que formava um corredor, nos obrigando a seguir um caminho reto.

            - O que tem de assustador nisso? Não entendi. – Perguntei. Pra mim que era só uma sala velha e fedida.

            - Não sei também. Vem, vamos andando. – Torao segurou em meu braço, andando ao meu lado. O corredor era longo, de modo que demorou para chegarmos até a metade. Porém, quando isso ocorreu, escutamos um estalo e, de repente, surgiu uma figura totalmente deformada e em chamas. Ele correu por todo o cenário – passando longe de nós – e incendiou o local inteiro, incluindo as pessoas. Por mais que fosse falso, admito que foi um tanto agonizante ver as “pessoas” pegando fogo e gritando. Em um determinado momento, um dos bonecos se levantou e correu em nossa direção. Senti a mão do Torao me puxar com força para perto dele, me apertando. O boneco parou em frente à proteção, gritando.

            - Me... ajudem... – Sussurrou, apontando para um botão que ficava ao lado da porta de saída. Puxei Torao até lá, apertando-o, de modo que uma grande quantidade de gás carbônico se espalhou pela sala – sem atingir a parte em que estávamos -, enquanto a janela e a porta se abriram. O fogo se apagou e todos os bonecos voltaram aos seus lugares. Eu não diria que senti medo, mas o momento foi tenso, justamente por tudo ali ser fogo de verdade. De fato, era tudo muito bem feito.

            - Wow, isso foi louco! O que achou? – Olhei para o Torao, que tinha seus olhos totalmente abertos e ele estava completamente branco. – Torao? O que você tem? – Me aproximei dele, notando que ele suava frio e seu coração estava completamente acelerado. – Torao? Me responde! O que houve? – Segurei seu rosto e, em uma questão de segundos, seus braços me agarraram, me segurando com uma força absurda. – O-Oi, o que houve?

            - Eu não vou deixar acontecer de novo... – Ele sussurrava.

            - Torao? Ta me apertando...

            - E-Eu vou te proteger... – Sua respiração estava completamente descontrolada.

            - Law! – Chamei-o pelo nome, empurrando-o de leve. – Por favor, o que aconteceu? – Ele me encarou de forma confusa.

            - Luffy? Ah... – Olhou ao redor. Parecia que ele não tinha noção nenhuma do que acabara de acontecer. – O que...

            - Eu é que pergunto! O que houve?

            - Eu... Eu lembrei que algo ruim, foi isso. Me desculpe.

            - Ei, você sabe que pode confiar em mim, né? – Segurei seu rosto, encarando-o – Você está bem? – Aqueles olhos amarelos fixaram-se nos meus. Ele respirou fundo, forçando um sorriso e beijando minha testa. Logo em seguida, encostou a cabeça em meu peitoral – ou peitos, no caso.

            - Lami... morreu em um incêndio. Eu odeio fogo, é isso. Me desculpe por te assustar.

            - C-Caralho... Me desculpa! Fui eu que fiz a gente vir aqui...

            - Não, relaxa. Você não tinha como saber que ia acontecer isso, ok? Por favor, não se sinta culpada. – Ele sorriu. Novamente, eu me perdi naquele sorriso, e acho que nunca me controlei tanto em toda minha vida, pois minha única vontade era beijá-lo.

            Mas eu sou uma “menina”, ele não ia querer.

            Então, se eu contasse...

            - Torao, aquele dia, na casa do Kid... Eu queria te dizer que eu –

            - Aos senhores presentes na sala especial do Thriller Bark, por favor, queiram se retirar para que outras pessoas possam apreciar a atração. – Ah, vai tomar no cu!

            - Deixe, eu falo depois. – Forcei um sorriso. Juro que to começando a achar que isso é um sinal divino pra eu nunca falar nada pro Torao e viver pra sempre como uma menina, vai ver meu destino é esse.

            Levantamos, deixando o local e descendo uma longa escada, onde logo encontramos Nami, Kid e Bonney. Pelo jeito, nosso plano tinha dado certo, pois os três ali sorriam.

            - Que sorrisos são esses? – Perguntei.

            - Bom, diga-se que sou uma ótima cupida. – Nami apontou para si, orgulhosa.

            - Boa cupida? Você fez eu me borrar nas calças pra que esse seu plano desse  certo!

            - Ah, e vai dizer que não gostou? – Kid corou, desistindo de discutir com Nami.

            - Wow, então deu certo?

            - Sim, Luffyzinha, deu. – Bonney se aproximou – Mas não pense que eu não sabia que você e a Nami estavam armando pra nós, viu? Apesar de que, é, eu agradeço. Foi bem engraçado, na verdade. Eu fiz o Kid ir em todos os quartos classificados como “você vai chorar muito”, e bem, o coitado não me soltava. Depois, fomos em um restaurante dentro do brinquedo, onde tinha um esqueleto tocando música. Por sinal, esse era bem legal. Enfim... É um restaurante, e você sabe como sou com comida, né? Pedimos tudo o que tínhamos direito, o que fez com que nossa estadia no brinquedo se estendesse horrores. Ah, se você quiser ir lá depois, a comida é excelente! Bom, continuando, na hora da sobremesa, recebi um doce em formato de morcegos escrito “Quer namorar comigo?”. – Ela sorriu para Kid, que retribuiu, ainda corado. – E bem, eu não tinha como recusar, né? Kid ainda estava meio tenso porque o restaurante era um tanto escuro, mas é, não vou negar que você foi bem, meu querido. – Ela deu um selinho.

            - É, mas não esqueçam que quem correu atrás de aliança e todas essas coisas fui eu, né? Kid nem sabe a diferença entre anel e aliança.

            - Ei! – Kid protestou, logo desviando o olhar – E daí?

            - Olha ai, eu não disse? Inclusive, esses dois quase se engoliram no meio do restaurante. Da próxima vez, procurem um quarto!

            - Não tenho culpa se beijo bem, Namizinha.

            - O importante é que deu tudo certo, shishishi. – Falei, abraçando Bonney e Kid.

            - E vocês? O que fizeram? – Ele perguntou, com um olhar malicioso.

            - Ahn... Fomos na atração especial.

            - Wow, aquela tal da “mais assustadora”? E como foi? – Olhei para o Torao, que estava claramente nervoso. Eu não queria responder, mas sei que ele também. Tinha medo de falar algo e deixá-lo bravo. Kid percebeu a insegurança em nós, mas, antes de mudar de assunto, Torao o respondeu.

            - Teve fogo. – Kid e Nami o encararam espantados. Bonney fora a única que não entendeu, porém, ela com certeza tinha percebido que era algo bem... Tenso.

            - É... Vamos tomar algo? Chega de brinquedos com adrenalina, né? – Nami sugeriu, tendo sua ideia prontamente aceita.

            Como eu não queria pensar no momento do incêndio, preferi pensar no fato de Kid e Bonney agora serem um casal, o que me alegrou muito. Logo, pensei quando Torao e eu teríamos o mesmo destino... Que merda! Eu precisava contar isso à ele!

            Terminamos nossos sorvetes, porém, como ainda estava muito cedo, optamos por ficar nos brinquedos mais tranquilos, o que incluiu até mesmo o carrossel. O tempo todo eu encarava Torao, que parecia um pouco mais tranquilo. Por sinal, me lembrei que Nami queria me contar algo, então achei melhor dar preferência ao assunto dela antes do meu.

            - Meninas, preciso ir ao banheiro. Vocês vem comigo?

            - Eu passo, já usei o banheiro antes e agora vou comprar outro doce. Espero vocês aqui. – Nami a encarou, chateada. Acredito que o que ela queria falar também envolvia a Bonney.

            - Ok. Vamos, Luffy? – Assenti. Entramos no banheiro próximo que, felizmente, estava vazio. – Então... Você deve ter presenciado algo bem pesado com o Law, não é?

            - Foi horrível. – Respondi. – Ele tremia, suava, e eu não sabia o que fazer.

            - Law não gosta de falar como Lami morreu. Se ele tiver te contado alguma vez antes, com certeza foi mentira. Ou, se ele tiver contado a verdade, ele tenta não demonstrar nenhum sentimento. Mas é totalmente diferente quando a cena praticamente estava ali na frente dele, não é?

            - Sim... Eu não sabia que ela tinha morrido dessa forma.

            - Ah, pra piorar. Law viu tudo. Isso aconteceu na escola onde ela estudava, no momento em que Law estava indo buscá-la ao lado de seu pai. Corazon me disse que a última visão que ele teve foi a de Lami dentro da sala de aula enquanto o fogo tomava conta de tudo. – Como raios Nami conseguia falar disso com tanta tranquilidade? – E se você está se perguntando como falo disso com tanta tranquilidade, bem, eu não conhecia Law na época, então eu nunca soube por ele. Soube que, na época, Corazon fez diversos tratamentos pra se recuperar desse trauma, então ele é a única pessoa da família que consegue falar sobre isso sem muitos problemas e, quando me contou, perguntou se podia contar comigo caso Law tivesse problemas pra tratar desse assunto. Mas Law nunca aceitou fazer um tratamento pra isso, ele sempre dizia que “estava bem”, como sempre, bem teimoso. É, vemos o quão bem ele se sente sobre esse assunto, né?

            - Eu não imaginava que era algo tão foda...

           - Mas foi muito bom ter você ali com ele. Na verdade, você tem feito um bem danado pra ele, Luffy, e isso me deixa muito bem. Eu só queria saber... Quando você vai contar à ele?

            - Q-Que? – Perguntei, espantado. – C-Contar o que?

            - Ei, ei, não fique nervoso, ok? Não vou te condenar, mesmo que eu não faça ideia do porquê desse seu segredo, mas não foi difícil descobrir, pelo menos pra mim. Eu convivi com meninos a minha vida inteira, Luffy, minha únicas imagens femininas são minha mãe e minha irmã, e confesso que elas não são lá tão femininas assim. Mas eu sei como vocês costumam agir, tudo isso. Eu descobri isso logo na primeira semana de aula, mas queria ver se você confiava em mim pra contar.

            - Eu confio! – Exclamei – Por favor, não pensa que eu não confio em você. É só que, é complicado... – Contei à ela minha história, do porque de eu me passar por uma menina. – E é por isso que eu não estou falando isso pra muita gente. Eu contei ao Kid primeiro, depois Corazon descobriu sozinho e disse que você com certeza também ia descobrir. Vejo que ele tem razão. – Sorri para ela, sendo retribuído.

            - Heh, fico lisonjeada. Bem, seu motivo é, de fato, bem complexo. Mas olha, eu nem deveria estar contando isso pra você, mas você merece saber. Law está se apaixonando por você, de verdade. Quero dizer, nem ele mesmo sabe o que tá rolando. Ele te ve como uma irmã e tem um carinho enorme por você, mas esses dias ele falou para mim e para o Kid que tem se sentido estranho, mas não sabe o que sentir porque você é uma menina e ele nunca gostou de meninas. Mas bem, você não é menina, mas ele gosta de você, mas você é um menino, e ele gosta de meninos, mas não sabe que você é um... Argh, confundi tudo!

            - Eu tento! Eu juro que tento! Eu ia contar pra ele lá na casa do Kid, mas fomos interrompidos. Eu ia contar pra ele agora mesmo, lá dentro do brinquedo, porque senti uma vontade enorme de beijá-lo, mas novamente fomos interrompidos. Nada colabora comigo! Daqui a pouco eu vou falar por ele por mensagem e mandar uma foto pra comprovar!

            - Ow, nada muito extremo, por favor. – Ela riu. – Entendi, então você tentou de tudo... Olha, faremos assim. É melhor ele não saber disso hoje por causa desse lance que vocês tiveram no brinquedo, ok? Não é difícil ver que ele está completamente abalado. Eu vou te auxiliar, ok? Se me permitir, vou contar para a Bonney sobre isso, ela com certeza vai ajudar.

            - Sim, pode contar, sem problemas.

            - Beleza, 'perai então. – Ela pegou seu celular, digitando uma mensagem. Não levou um minuto até que Bonney simplesmente brotasse dentro do banheiro.

            - Você o quê? – Ela me encarava.

            - É isso que você leu na mensagem, Bonney. Mas é que... – Dessa vez, Nami que contou tudo para ela.

            - Eita, caramba, isso daria um mangá de romance! – Nós demos risada. De fato, a minha vida tá parecendo um shoujo. – Mas e ai? O que você vai fazer a respeito do Law?

            - Nami disse que é melhor eu não falar nada por causa de hoje. Mas eu quero contar a ele o mais rápido possível.

            - É melhor mesmo, viu? Agora há pouco o nosso futuro médico não parava de falar de você.

            - F-Falar o que?

            - Não sei, pois fui comprar um doce e vim pra cá logo em seguida. Só pude ouvir ele dizendo ‘Luffy me deixa confortável’ e ele sorria que nem bobo.

~~

            POV Law

            - Cara, você tá bem? Mesmo? – Kid me pergunto, enquanto sentávamos em uma mesa aguardando Bonney comprar seu doce e as meninas voltarem do banheiro.

            - Eu to, pelo menos agora sim. Na hora foi uma merda, mas a presença da Luffy me deixou realmente confortável. – Sem perceber, acabei sorrindo ao citar seu nome.

            - Heh, sempre ela, né? – Ele deu tapas no meu ombro – Fico feliz que você tenha tanto carinho por ela. De fato ela lembra muito a Lami.

            - Mas não é bem isso... Eu acho que... – Respirei fundo – Pela primeira vez, eu to gostando de uma menina. – Kid me encarou, ficando completamente branco. Desviei o olhar, vendo que Bonney correra para o banheiro com o celular na mão, então eu podia aproveitar pra me abrir com o Kid. – O que houve? Eu disse algo errado?

            - Uh, não... É que... Sei lá, cara, não é melhor você pensar melhor nos seu sentimentos? Sei lá, pensa que é como se você dissesse que tá apaixonado pela Lami.

            - Eu pensava isso antes. Mas acabei percebendo que, em pouco tempo, eu desabafei sobre tudo com ela, e ela sempre estava lá comigo. Eu não sei, Kid, eu to bem confuso, não sei se é carência, só sei que eu a amo e é capaz de não ser bem do jeito fraterno.

            - Olha, você ta tenso hoje, é melhor refletir um pouco, ok? É que é estranho você falar isso dela, então... Se precisar de qualquer coisa você sabe que pode falar comigo, certo? Acho até que seria melhor você, uh... Conversar a sós com ela, ouvir algumas coisas que ela tem a dizer, tipo isso.

            - Hoje mesmo ela tentou me contar uma coisa, mas algo nos interrompeu. Eu não sei se ela ia se declarar ou algo do tipo... Eu fiquei curioso, porque não é a primeira vez que somos interrompidos.

            - Entendo, não precisa me fuzilar com o olhar, ok? Sei que interrompi vocês lá em casa e peço desculpas. Mas faça isso, ok? Se ela estiver apaixonada por você é melhor você falar o que pensa.

            - Eu farei isso. Acho que vou chamá-la pra ir lá em casa logo mais. Meu pai adorou ela, ia ficar feliz com a visita. – Kid apenas assentiu. Logo, elas saíram do banheiro rindo de algo.

            - Porra, vocês foram cagar? – Kid perguntou.

            - Fui, olhar pra você me dá caganeira.

            - Olha, eu também te amo. – Sorriu, puxando Bonney para um selinho.

            O fim da tarde já estava chegando, então optamos por deixar o parque. A conversa que tive com Kid não parava de ecoar em minha cabeça. Eu realmente não sabia o que eu sentia pela Luffy. E se eu tentasse beijá-la? Mas e se isso desse uma bela merda? Eu não tirava os olhos dela durante nosso caminho para casa e, novamente, não podia negar que a personalidade dela era inteiramente a da Lami. Ela foi a primeira a ser deixada em casa, se despedindo de todos nós e me dando um abraço apertado.

            - Obrigada por hoje, viu? E se precisar, me ligue. Tenho um carinho muito grande por você. – Beijou meu rosto, e eu retribui beijando sua testa. Eu sempre tive esse gesto com Lami, e só com ela.

            É... Eu acho que eu não posso confundir as coisas. Luffy é como uma irmã e isso não  vai mudar. Eu gosto de homens, e isso também não vai mudar. Me distrai em meus pensamentos, não percebendo que as meninas já foram deixadas em suas casas eu já estava na minha enquanto Kid me cutucava.

            - Ei, ta tudo bem?

            - Tá sim, eu só to pensando naquilo da Luffy.

            - Relaxa, ok? Se precisar, me ligue, mas pense no que te falei.

            Assenti, me despedindo dele e parabenizando-o pelo namoro com Bonney, deixando-o todo sorridente.

            Namoro...

            Por mais que eu tivesse Luffy como uma irmã, eu não ia negar que seria muito bom se ela fosse um menino.  

             Quem sabe, tudo seria diferente.

           

            


Notas Finais


A FIC TA ANDANDOO HEHEHE
eu pretendia fazer o Law se apaixonar nesse cap, mas dai percebi que a fic acabaria ficando curta, então farei nosso rapaz maravilhoso se confundir mais um pouco, hue
mas agora ele vai ficar cada vez mais atento à nossa Luffy até que ele perceba o que ele realmente sente... enquanto isso, sinto dizer, mas a tentativa do Luffy contar seu segredo vai ser interrompida UAEHUAHUE vamo que vamo <3
E obrigada a quem sempre comenta e aos favoritos! Fico muito feliz em ver que a fic ta crescendo depressa, muitissimo obrigada <3


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