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História I'm The Killer - O maldito passado


Escrita por: BitchySwenMills

Notas do Autor


Oi swens. Acharam que eu iria esquecer de postar capítulo?Não mesmo.
Esse capítulo está menos, mas traz o passado de volta. É só um esquenta para o próximo.
Boa leitura e até o próximo capítulo.❤

Capítulo 6 - O maldito passado


Fanfic / Fanfiction I'm The Killer - O maldito passado

P.O.V Regina Mills


 Amanhecera e eu ainda estava acordada terminando de resolver algumas coisas para minha viagem á negócios para o Canadá, eu ainda fico aterrorizada só de escutar esse nome, foi naquele local em que minha vida antiga morreu, onde a antiga Regina morreu e a Regina assassina, a falsa Regina começou a viver, criar asas e agora ser a maior empresária na área de administração e também a melhor e a mais procurada assassina, ou melhor, assassino.

 Foi naquela pacata cidade que eu nasci, que eu vivi minha infância, adolescência e boa parte de minha juventude, foi lá que meus pais morreram, foi lá que eu fui assediada sexualmente, foi lá que eu deixei uma enorme dívida, a dívida que eu deixei lá será paga daqui um tempo, tudo tem sua consequência e creio que comigo não será diferente, eu poderia jurar que estou sendo feliz mas eu estaria mentindo em excesso, matar não é algo que me deixa feliz, matar é algo que apenas me agrada e faz que eu viva, matar pra mim é como respirar, é algo necessário para que eu possa viver,mas se alguma vez eu deixar de fazer isso eu morro, de qualquer jeito eu morreria, fazendo ou não isso, se eu não fizer eu morro e se eu fizer, quando for descoberta eu morrerei como pagamento.

 Estava sentada em meu escritório quando escutei a campainha e antes mesmo que o mordomo fosse atender eu proclamei que ele voltasse ao trabalho que era organizar minha estante de livros então eu mesma fui atender, e quando abri a porta fiquei impressionada, era Emma e ela trazia na mão um envelope maior que uma folha A4 que com certeza estava trazendo algum mandato para revistar minha casa ou algo do tipo, fiquei olhando nos olhos dela por alguns minutos até que a mesma decidiu quebrar o silêncio que havia entre nós naquele momento:

 - Senhorita Mills, vim trazer os papéis da audiência que ocorrerá daqui á cinco dias, espero que compareça, afinal você e eu somos as únicas testemunhas e eu confesso que esse juiz que a família resolveu colocar para tratar da audiência não é nem um pouco legal. – Emma falou sorrindo, não porque ela acha que eu sou sua amiguinha, eu apenas fingi estar aterrorizada, mas em momento nenhum eu afirmei ser amiga dela, fora que ela foi me acompanhar de intrometida e isso quase custou o “cargo” de assassina.

 - Eu viajarei hoje á trabalho e não sei se volto a tempo, mas se voltar terei um ‘’prazer enorme” em comparecer nessa audiência, é normal juízes serem chatos, eles não são pagos para ser legais, até porque se fossem estariam cuidando de crianças o que eu acho totalmente irritante ou até mesmo no circo, correto Senhorita Swan? – Perguntei sem o mínimo de graça, muito fria e indo direto ao ponto. Peguei o envelope da mão dela fazendo movimentos rápidos e bruscos, sem hesitar abrir e então comecei a ler enquanto a loira á minha frente me olhava com um semblante envergonhado que também usava suas bochechas coradas para aparentar esse sentimento.

 - Regina...é...claro Senhorita Mills, você está certa, desculpe-me pela brincadeira de péssimo gosto, eu não deveria ter feito isso. – Emma falou rapidamente, sua voz era incomodada e falhava algumas vezes por conta de sua vergonha, era totalmente perceptível que ela não estava gostando do jeito que eu estava tratando-a mas também ela vir falar comigo como se fosse minha amiga é errado, eu não tenho amigas.

 — Você não deveria nem ter vindo aqui. — Falei enquanto coloquei os papéis dentro do envelope e o amassei, afinal não seriam necessários para que eu entrasse no tribunal, se é que eu entrarei.

 — Você é uma babaca! Uma hora se faz de coitada e de santa e na outra começa a me esnobar sendo que você não está em uma boa posição. Já viu os jornais que têm saído esta semana?Quem está na primeira página sou eu e estou sendo colocada como a policial que te salvou, você está na última página e a única informação que consta lá é que você está traumatizada e precisa de alguém que cuide de você por um mês. — Emma falou rindo e logo após pegou seu celular, abriu na foto das tais páginas que ela citou e então me mostrou, eu fiquei boquiaberta pois era totalmente real o que ela falou, mas o que estava no jornal era nada mais que pessoas querendo dinheiro em cima de informações. — Quer que eu cuide de você minha cara? — Emma completou perguntando.

 — Babaca é sua… — Ia insinuar que babaca era a mãe dela mas eu não podia completar isso, se tem algo que eu fico totalmente vulnerável quando o assunto é mãe. — Isso é uma mentira e eu não preciso de seus cuidados, nunca precisei e não será agora que precisarei. Você não me salvou, foi pura sorte, você apenas me abraçou para cessar aquele pequeno e rápido transe que eu tive depois daquele momento de total desespero. Quer me salvar? Ache a merda do cara que fez isso, sua…

 — Sua?Realmente quer fazer isso Regina?Além de traumatizada agora você quer ser chamada de baixa?É uma pena, mas não é uma mentira, você é baixa Regina!Totalmente baixa, quer ganhar dinheiro em cima dos outros e uma completa hipócrita. — A loira falou e quando eu levantei a mão e estava prestes a direcioná-la em seu rosto ela segurou, apertou forte e encarou-me como se fosse me queimar, mas não queimou, apenas me repreendeu assim como o último que fez isso, só que o último que fez não está mais vivo, ele está debaixo da terra, ele é Daniel Hernandez.

 — Me solte. — Falei e tentei puxar minha mão, mas quanto mais eu tentava mais ela apertava meu punho. — Volte para o chiqueiro de onde você veio e me solte!Eu chamo a polícia e convoco todos os advogados possíveis.

 — Volte você para a escola e aprenda a ter educação, empresária de merda!Aceite também que EU sou a polícia. — Ela falou e soltou, virou-se e foi andando até seu carro, bati a porta e bufei enquanto voltava para meu escritório.


 Chegara o crepúsculo e eu estava chegando no aeroporto, a janela do carro estava fechada pois estava chovendo, eu tentava olhar lá pra fora mas tudo o que conseguia visualizar eram raios que reluziam no vidro e gotas que escorriam por todo o vidro, meu coração já estava batendo mais forte, meu nervosismo estava enorme e eu não conseguia me imaginar novamente naquele local. Em poucos instantes cheguei no aeroporto e então logo anoiteceu, meu vôo partirá daqui a alguns minutos então eu larguei o café que estava tomando e fui correndo para lá, ao chegar me acomodei rapidamente e logo depois disso o avião decolou.



 Deixei minha mala no chão quando respirei fundo o ar leve da cidade, Canadá é um local onde não tem tantas indústrias, o que purifica totalmente o ar, como estamos no Outono as folhas secas estavam caindo sobre os meus pés, olhei um pouco mais a frente e vi uma criança chutando um enorme monte de folhas, olhei para os meus dois lados e estava repleto de pessoas nas praças, algumas estavam lendo, outras mexendo computador e outras apenas respirando aquele ar puro ou até mesmos os idosos que sempre vão naquele mesmo local para alimentar os diferentes pássaros e pombos que passam por ali. Era bom mas também era ruim estar naquele local, cada vez que olhava para as pessoas criava um medo enorme pois foi ali, naquela cidade que eu sofri tanto e por mais que estivesse com uma arma em minha cintura e outra de reserva na mala, naquele local eu virei novamente aquela antiga e juventa garota.

 Eu teria de ir direto ao ponto, fui para aquele local apenas para um almoço e uma reunião de negócios, como fiz os outros sócios irem desde sempre para Las Vegas eles me obrigaram a ir para o Canadá dessa vez, eu gostaria de me sentar em uma daquelas cadeiras e passar o dia lendo ou alimentando os pássaros, a verdadeira Regina, aquela que se importa com todos, que gosta e zela pelo outros estava voltando e eu odeio admitir isso mas estava precisando muito do instinto daquela Regina. Sem demorar muito pedi um táxi que logo chegou, eu entrei e ele levou-me para o hotel mais próximo, talvez eu passasse no local que um dia fosse minha casa, mas só depois, agora eu preciso comer algo e logo após ir para reunião que começará daqui a algumas horas e foi isso que eu fiz.

 As horas passaram rápido e eu devia ir para a reunião, eu estava cansada mas relevei esse fato e coloquei uma calça preta colada e um blazer branco com muitos detalhes pretos, era um vestido colado que serviu para cobrir meus seios e ao mesmo tempo levantá-los então por isso não usei nada por baixo, como calçados apenas um salto aberto preto, meu cabelo, eu prendi em algo parecido um coque só que com a franja alta para o lado e um pouco caída para frente, foi necessário um pouco de laquê mas nada que não valesse pela minha imagem vaidosa. Quando terminei peguei meus portfólios que estavam repletos de informações sobre empresa e como ela agiu e cresceu nesses seis meses do ano, não dava para levar minha arma, então a deixei mas com muita dó e muito receio de ser a coisa errada a fazer nesse ponto do campeonato. Chamei o táxi que chegou rápido e então fui para a reunião.

 Cheguei na reunião um pouco atrasada por conta do engarrafamento que estava, li todos os ficheiros e revisei minha fala umas cinco vezes para ver se era correto o que eu falaria. Andei em passos longos e rápidos, na medida em que meu salto permitia, cheguei em frente a sala e me deparei com Kevin Smith, um dos mais influentes e dono das mais variadas empresas de variadas áreas, eu não sabia que ele viria hoje e então isso aumentou minha aflição até porque todos estavam dentro da sala menos eu e ele, fiquei olhando-o por um tempo até que ele que ele falou:

 — Atrasada?Não se preocupe, eu também estou e tento arrumar uma desculpa para entrar lá. — Ele falou e então a minha aflição sumiu quando disse que também estava atrasado, sorri levemente para disfarçar a tensão que ainda habitava meu corpo até porquê eu iria apresentar na frente dele, porém não deixei isso me levar, tentei relaxar e conversar com ele normalmente e tentar achar alguma desculpa para nós dois.

 — Estou muito atrasada e por causa do engarrafamento e não se preocupe com isso, afinal eu já tenho uma ótima desculpa para isso. — Falei rápido e abri a porta enquanto perguntei para ele: — Me acompanha? — Ele assentiu com a cabeça e então entrou comigo, olhamos todos que estavam na sala e então Kevin sentou enquanto eu me expliquei.

 — Bom, pode começar a explicação Regina! — Um dos sócios proclamou e eu comecei:

 — A empresa cresceu muito desde o final do ano passado, como podem ver nas fichas que entreguei a vocês muitas empresas se juntaram a nossa e os funcionários tiveram de aumentar, o que não foi nem um pouco prejudicial no nosso lucro, afinal 90% cresceram bastante e a nossa renda aumentou muito a cada mês e em Maio conseguimos atingir 560 bilhões de dólares e isso é uma enorme evolução, até porque em Janeiro nós atingimos nem a metade disso , ficando com apenas 70,000,000,000 como lucro. Se virarem a página vão ler todas as empresas que se juntaram à nós e quanto de lucro elas estão trazendo para nós, aí tem empresas de diferentes áreas. — Continuei falando sobre nossos lucros e então logo terminei, todos me elogiaram, principalmente Kevin Smith e foi algo que me deixou orgulhosa, fui caminhando para fora do local e então pedi outro táxi que estava perto e não demorou demais.

— Senhorita?Entre. — O homem que estava dirigindo falou enquanto abria a janela e então eu o encarei quando tive um flashback rápido e avassalador.

— Olá, o que acha de um lindo passeio?Talvez se você aceitar, pode ganhar um abrigo, comida, roupas refinadas e o melhor de tudo… Você vai ganhar-me!Eu serei seu e você minha… O que acha? — A voz era estranha e forte, virei devagar meu rosto e olhei diretamente nos olhos do homem que acabara de falar.O proprietário… Arg!Era ele.

 — Nunca! — Exclamei em um tom bravo e revirei os olhos. O homem sorriu e abriu a porta do carro como um novo cicio para que eu entrasse.Neguei com a cabeça e empurrei a porta enquanto terminei minha fala em um tom alto: — Você matou o meu pai e vai pagar por isso!Vai pagar da pior maneira.Eu te juro…

 — Nunca! — Falei alto saindo de meu flashback, aquele homem era a mesma coisa que o proprietário, o rosto era o mesmo, o corpo também, vi que quando ele gritou acabou indo um pouco para trás  então ele perguntou:

 — Senhorita, você me chamou, como assim não quer entrar para que eu te leve para o seu destino?

 — Você é o proprietário! Eu não vou entrar aí… Você matou meu pai e logo após me estuprou eu atirei em e você e não é possível que esteja vivo!NÃO É. —  Falei e no final gritei, eu sabia que não era uma coisa boa sair de casa sem arma, eu atiraria nele falaria que foi por legítima defesa, mas aí eu poderia causar um enorme alvoroço e isso poderia interferir na audiência, que merda.

 — Proprietário? Eu não sou proprietário eu sempre fui taxista, mas meu irmão gêmeo ele era bem rico e…oh meu Deus! VOCÊ MATOU MEU IRMÃO. — O taxista falou e então eu entrei rapidamente no carro.

 — ELE ME ASSEDIOU SEXUALMENTE. — Gritei enquanto deixei os ficheiros no banco  do carro e arrumei o meu blazer.

 — MAS VOCÊ MATOU ELE. — O motorista retrucou, se a imprensa ficasse sabendo disso não seria nada bom então calei minha boca por um tempo e fingir aceitar aquele fato, mas eu não fui errada em matei ele.

 — Quanto você quer pra ficar calado? — Perguntei rapidamente então mostrei pra ele meu crachá que dizia o que eu era e não deixava explícito mas era claro que eu tinha muito dinheiro.

 — Dois milhões para mim é o bastante. — O homem estava abusando porém eu podia dar esses dois milhões, era algo necessário para que as suspeitas não se levantassem para mim.

 — Certo.

 O homem se calou e apenas me levou até o prédio, quando chegamos lá eu peguei um cheque e assinei, por mais que isso seja coisa do passado eu sempre carregava um comigo, é algo necessário para um empresário que está viajando para algum lugar. Ele logo foi embora e eu corri para meu quarto, ao chegar tirei meus saltos e os joguei longe, tirei minha calça e também meu blazer e então estava apenas de com minhas roupas íntimas. Fui até o espelho e baguncei meu cabelo, sentei-me na cama do jeito que estava quando escutei o som de notificação vindo de meu celular, era uma mensagem, de Emma.

📲Eu só queria te pedir desculpas e falar que eu exagerei. Não devia ter falado aquilo com e de você! Eu não fui uma policial correta ao fazer isso. Desculpe-me Senhorita Mills.

 Como Emma tinha conseguido meu número?Isso eu não sei e demoraria um bom tempo para descobrir, parei um pouco e lembrei de suas palavras e logo após disso respondi

📲Não precisa se desculpar até porque é óbvio que eu não vou aceitar seu pedido. Você é tão ridícula Emma, me chamou de baixa e usou uma manchete que não vai influenciar em nada na sua vida para se gabar e falar coisas ruins contra mim, mas eu não vou mentir, preciso muito dos cuidados de alguém agora.

📲Regina você é fria e totalmente louca!Como assim em uma hora você falta me matar e agora fica querendo que eu cuide de você novamente. Onde está?

📲Estou no Canadá, minha cidade Natal, ou você acha que eu estaria legal assim se estivesse em Las Vegas?

 Conversamos por um tempo até que Emma começou a falar baboseiras pra mim e eu sem dúvidas retruquei, Canadá trazia de volta a antiga Regina mas isso não durava por muito tempo, não até que eu pensasse na morte dos meus pais e no assédio sexual que sofri.

 Fui novamente para frente do espelho e passei a mão em meu cabelo, lembrei de quando ele era maior e foi usado por aquele homem, eu ficava irada sempre que lembrava dele mas era inevitável, isso fez parte da minha vida e fez com que eu me tornasse a pessoa que sou hoje, eu sou capaz e posso não esquecer mas sim aceitar que esse homem me assediou sexualmente sim, mas eu sou mais que isso, se eu quiser eu posso impedir que esse homem atrapalhe minha vida, é impossível esquecer mas é possível aceitar se eu aceitar não me restam dúvidas de que eu serei uma pessoa "melhor" e conseguirei seguir a minha vida sem isso, mas como eu vou aceitar?Como isso é possível se em mais de doze anos vividos por mim depois daquela tragédia eu não aceitei, porque agora conseguiria aceitar e como conseguiria?

 — Tirando tudo que há desse homem de minha mente! — Sorri falando comigo mesma e fui até a mala devagar, quando peguei a minha arma e pensei no irmão daquele homem, eu coletaria todas as informações e buscaria saber se realmente aquele era o irmão ou se realmente era o proprietário, se fosse eu iria matá-lo da pior maneira possível e não será com uma arma, a arma é apenas algo que servirá para que eu me proteja.


Notas Finais


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Próximo capítulo: 24/11/2017
Beijos kilwens❤


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