Com o fone de ouvido em um volume consideravelmente mais auto do que o recomendado pelo meu telefone, caminho distraidamente até o estúdio de dança. Quando minha mãe me manda uma mensagem;
Mãe:<Não vou poder ir hoje para o ensaio, não pegue pesado demais com eles ♥ >
<Nem pra pergunta se eu posso ficar no seu lugar né?>
Mãe: < ^^ >
Quando eu começo a digitar outra resposta alguém esbara em mim e acaba derrubando meu telefone.
S/N: Desculpe. –digo já me abaixando para pegar o telefone.
Antes que eu alcançasse o telefone ele é mais rápido e o pega. Levanto o olhar e o olho.
JH: Aqui está. –ele diz entregando o telefone.
S/N: Obrigada. –o olho uma última vez e do alguns paços entrando no estúdio.
Subo o mais rápido que posso as escadas e entro na primeira porta do longo corredor. Sento rapidamente no chão trocando os tênis pelas sapatilhas e tirando o sobretudo o guardando na minha bolsa.
S/N: Gente, minha mãe não vai poder vir hoje e me pediu para repassar a coreografia com vocês.
/Quebra de tempo/
S/N: Jokwon e Sun hee vocês estão indo bem mais sinto que falta algo, repitam por favor.
Jokwon Sun hee Tudo bem. –eles dizem com um suspiro.
S/N: Tudo bem, Jokwon venha aqui repasse comigo.
Fico de frente para o espelho e ele coloca a mão esquerda na minha cintura, quando ele me gira em sua direção.
S/N: Você tem que olhar para a sua parceira, olhe nos olhos dela, saiba seus próximos movimento, não porque você aprendeu a coreografia, mas porque você consegue ler isso através do olhar.–digo olhando nos seus olhos.
Estamos consideravelmente próximos o suficiente para que eu possa sentir sua respiração.
Então eu me afasto e indico com um braço para que ele volte para o seu lugar.
S/N: Bem, agora vamos-
JH: Com licença, posso falar com você? –o ruivo diz já adentrando a sala.
S/N: Pausa de 5 minutos. –digo aos demais e logo escuto um suspiro em conjunto.
Indico ao ruivo a saída e ele me acompanha.
S/N: Seja o que for, você tem 5 minutos.
JH: Serei breve. Quero participar da sua turma.
QUÊ? foi a primeira palavra que me veio à mente. Seguida pela frase, A turma não é minha.
S/N: Desculpe, é uma turma avançada recomendo que você comece pela 1º, fica no final do corredor.
Me viro para voltar a sala, mas assim que coloco a mão na maçaneta ele se coloca na minha frente.
JH: Eu sei dançar. –ele diz com convicção.
S/N: Tudo bem, me mostra o que você sabe fazer. –digo cruzando os braços e o encarando.
JH: Agora? Aqui? –ele diz olhando em volta.
S/N: É.
JH: Mas, não tem música.
S/N: Você não precisa de música para poder dançar, porque acima da música você deve usar os seus sentimentos seja raiva, angustia, gentileza, amor..
JH: Isso eu posso fazer.
[...]
Seria eufemismo da minha parte dizer que ele apenas dança bem.
S/N: Nossa. –foi a única palavra que me veio a mente.
O sorriso dele triplicou com essa simples palavra.
JH: Estou dentro?
S/N: Hum, na verdade não. Desculpe.
JH: Porque?
S/N: A turma não é minha, eu só estou substituindo a professora.
JH: Você poderia falar com ela?
S/N: Tudo bem, mas não prometo nada, até porque ela é...difícil.
JH: Entendo.
S/N: Você pode ficar para aula de hoje, apenas como observador. Afinal ainda dá tempo de desistir.
[...]
Quando começamos pela segunda vez eu me permiti esquecer os demais e fechei os olhos em meio aos movimentos. Antes que eu pudesse voltar a atenção aos demais pela ausência do meu parceiro eu senti mãos firmes e calorosas me guiarem.
Ele me gira em sua direção e assim que eu abro os olhos percebo que não é o Li.
Eu disse para ele apenas observar. Ele não pode simplesmente pegar toda a coreografia em 17 minutos.
Percebi que eu não estava apenas surpresa, estava com raiva em parte por ele não ter me ouvido e a outra por reconhecer que ele dança relativamente melhor que algumas pessoas desta turma.
Decidi retaliar, já que ele não deve saber toda a coreografia.
Dei o melhor de mim enquanto dançava, fui mais precisa e leve que pude. E mesmo assim ele me acompanhou facilmente.
Assim que acabamos eu me encontrei ofegante.
Li: Poxa S/N, vim o mais rápido que pude e mesmo assim você já me substituiu. –ele diz divertido arrancando um riso dos demais.
S/N: Pontualidade certamente não é uma dadiva sua, e ele é só um novato. Vamos continu-
Seook: Gente, ele! –ela disse apontando o dedo acusatoriamente para o novato.
Seook: Ele é.. o JH. –ela diz tapando a boca logo em seguida.
No segundo seguinte todos estavam olhando para o ruivo ao meu lado.
S/N: Porque as caras de idiotas? –disse sem entender nada.
Li rir e vem até mim e me puxa para um pouco mais longe do ruivo.
Li: S/N, ele é um k-idol. –sussurra.
Antes que eu pudesse pergunta ele volta a falar.
Li: Não, ele não é do EXO.
S/N: Eu não ia perguntar isso. –resmungo.
Li: Sério?
S/N: Ok era isso que eu ia perguntar.
Li: Sei que você viveu muito tempo no Canadá, mas como você consegue ser tão
desinformada?
S/N: Você diz isso porque minha mãe é apenas sua tia. Idiota. –digo dando um tapa na sua cabeça.
[Três semanas depois]
Esse foi o meu limite. Meu coração batia mais rápido do que o normal. Olhei em seus olhos intensos em seguida seus lábios perfeitamente tentadores e quis que ele me beijasse. Ele aproximou ainda mais a cabeça, mas parou antes que os lábios tocassem os meus. Estudou minha expressão ergueu uma sobrancelha e se afastou, não muito mais ainda sim, era uma distância.
S/N: O que foi?
JH: Sabe, você vem me deixando louco a três semanas. Não acha justo que eu possa fazer o mesmo por três minutos?
S/N: Bem, você pode usa-los para refletir sobre não ter feito nada enquanto podia. –disse determinada a deixa-lo sozinho.
Quando ele me pediu aulas particulares não achei que iria afetar tanto o meu psicológico.
Antes de qualquer movimento meu, ele como sempre soube o meu próximo passo e foi mais rápido do que eu e me beijou suavemente. Surpresa, eu o separei de mim estudei seu rosto e então tornei a beija-lo. Não foi um beijo suave nem doce. Era avido, quente, ardente. Algo possessivo e cheio de ância e desejo.
Ele me agarrou audacioso prendendo-me ainda mais a ele. Não havia como escapar. E eu não queria escapar. Teria morrido feliz ali. Eu era dele e ele se certificou de que eu soubesse disso.
Ele finalmente ergueu a cabeça e murmurou contra os meus lábios;
JH: Até que enfim, estava começando a acreditar na chance de você não me querer.
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