---------Baekhyun POV’S ON--------
Enquanto caíamos no buraco, logo depois de eu ter olhado para o coelho marrom, bati a cabeça e desmaiei, mas agora estou aqui, ainda segurando a mão de (S/N), que está desmaiada, em um estranho lugar, com muitas portas. Tenho a impressão de ter visto isso em algum lugar...
(S/N) acorda, e começa a me dar tapas.
-Byun Baekhyun! O que você fez? Tu és surdo, garoto? Não me ouviu pedindo para que me puxasse? –Ela gritava, ficou realmente brava.
-Não, eu não ouvi, estava abafado, tá? Não coloque a culpa toda em mim, até porque, quem quis entrar no buraco não fui eu! E aquele coelhinho do demônio estava fora do buraco o tempo todo! –Falo alterado, já cansado das gritarias de (S/N).
-Como eu ia adivinhar onde estava o coelho? Não sou eu que tenho poderes de telepatia com os animais! Falando em poderes, você poderia ter fechado o buraco para não cairmos, seu burro! –Ela me ataca. Vamos ver quem tem os melhores argumentos.
-Telepatia não, somos a-m-i-g-o-s, já que consigo falar a língua deles, não misture as coisas, porque aí a única pessoa burra aqui será você. Foi tudo muito rápido, eu tenho o poder da natureza, mas não super velocidade, entendeu princesinha? –Dou ênfase à palavra “princesinha”, para provocar a garotinha mimada, que revira os olhos.
-E por que o senhor príncipe da inteligência caiu em mim, fazendo-nos ficar nessa enrascada? –Ela pergunta, dando ênfase ao “príncipe”, como provocação, o que não me atinge, já que sou realmente um príncipe, mas que nasceu no corpo errado.
-Isso não teria acontecido se o coelhinho demoníaco não tivesse me empurrado usando o poder sonoro que ele provavelmente tem, já que é um demônio. E pior! Uma mão anticristo segurou meu braço, ela era toda suja, eca. –Falo, limpando minhas mãos no vestido de (S/N).
-O Heleno não é um coelho demoníaco! –A garota descabelada grita – E aquela era a minha mão!
-Heleno? O nome do coelho demoníaco é Frederico! –Corrijo (S/N).
-Heleno! –Grita novamente.
-Frederico! –Revido, na tentativa de dar um nome decente para o coelho demoníaco.
-Heleno! –(S/N) repete.
-Ok, então vai ser Osvaldo. –Cruzo os braços.
-Hm, bom nome! Osvaldo então! –Ela finalmente cede – Aliás, onde... –Ela olha em volta e nem mesmo termina sua frase – Baek! Esse lugar é exatamente como o descrito no livro! Eu sou a Alice, Baek! –Ela fica animada.
-Pensei que você fosse a (S/N), minha vida foi uma mentira. –Olho para um ponto fixo e começo a refletir sobre as mentiras da vida.
-------(S/N) POV’S ON-------
-Terra chamando Baekhyun! –Passo minha mão na frente dos olhos do maior, que pisca seus olhos repetidamente e volta ao normal.
-Alice, o que vamos fazer para voltar? –Baekhyun pergunta brincando, olhando para cima.
-Pode chamar-me de (S/N), porque a partir de hoje, todos que acreditaram que Alice iria salvá-los, irão mudar sua heroína para a incrível, estupenda, linda, carismática e maravilhosa, (S/N). Nós não vamos embora, nós vamos achar a porta que leva ao País das Maravilhas! –Falo animada, pegando a chave que estava acima da mesa central da sala e encaixando em todas as fechaduras, assim com no livro e abrindo a pequena porta, na qual não cabe nem eu nem Baekhyun. Pego a poção que está acima da mesa, escrito “BEBA-ME”, assim como fez Alice no livro. Abro a boca de Baekhyun com dificuldade e jogo o resto do líquido.
-Eu não deixei você enfiar isso na minha boca! Vai que é veneno. –Ele finge que está morrendo.
Depois de alguns segundos, somos encolhidos, e apenas nossas roupas são deixadas grandes. Quando saímos em meio aos grandes panos, estávamos com roupinhas diferentes, que serviam em nossos corpos.
-Olha (S/N)! Eu estou usando uma roupa de pano! –Baekhyun não para de passar as mãos em sua roupa, fazendo-me soltar alguns risos, lembrando de que ele nunca usou uma roupa decente.
-Que divo Baek. –Elogio-o, batendo palmas para o garoto, que desfilava com o novo visual.
-Eu sei, eu fico divo de qualquer jeito. –Ele me manda um beijo no ar.
-Enfim, vamos explorar. –Puxo Baekhyun para a pequena porta, que tinha um tamanho normal aos nossos olhos.
-(S/N)! Você é burra igual à Alice. –Ele coloca a mão na testa – Você deixou a chave na mesa, pode ser que precisemos usar futuramente. –Ele revira os olhos.
-Aff... Eu vou lá buscar, fique aí. –Falo, deixando Baekhyun sentado do lado da porta e vou indo até o doce escrito “COMA-ME”, porque assim como no livro, deixei a chave na mesa (sou tão boba). Como o doce e cresço, juntamente com minhas roupas.
-(S/N), sua cor preferida suas cores preferidas são verde e azul? –Ouço o pequeno Baek gritando.
-Sim. –Não dou importância e continuo tentando pegar a pequena chave, que era pequena demais para meus grandes dedos, então apenas jogo-a no chão, assim poderei pegar quando encolher novamente.
-Até a calcinha tem que ser dessas cores, (S/N)? –Ele grita, deixando-me completamente vermelha. Fecho por completo minhas pernas, grudando minhas cochas que estavam apenas entreabertas. “Como ele viu?”. Sento-me colocando a coxa por cima do resto das pernas e fechando bem as mesmas.
Como vou encolher novamente? Não me lembro de como aconteceu no livro e eu e Baekhyun tomamos toda a poção... Pense (S/N), pense... Ah! O coelho branco! Foi com o leque dele que Alice encolheu.
-Baek, se você vir o coelho, avise-me, temos que pegar o leque dele para encolher, lembra-se? - Aviso Baekhyun, que estava sentado ao meu lado, encostado em minha cocha, que parecia um muro perto dele.
-Aqui é mais quentinho do que lá em cima. –Ele muda completamente o assunto.
Pego Baekhyun nas mãos, fazendo o mesmo se debater inutilmente e coloco-o em meu ombro, assim posso escutá-lo sem me debruçar sobre o pequeno Baek. Estávamos brincando de pedra, papel e tesoura para passar o tempo, quando de repente, sinto algo mínimo batendo em minha cabeça e em minhas pernas. Era o coelho, mas era o coelho marrom.
-Osvaldo! O coelho demoníaco que me empurrou! –Baekhyun aponta furioso para Osvaldo.
-Não fala assim dele. –Passo o dedo com cuidado em Osvaldo, que parecia assustado com toda a situação.
-Aliás... Como foi tudo um sonho de Alice, isso pode ser um sonho também, e os sonhos não são iguais. –Baekhyun finalmente fala algo útil. Realmente, isso deve ser um sonho.
-Mas isso é um sonho meu ou um sonho seu? –Pergunto, tentando assimilar essa ideia.
-Deve ser meu, porque eu tenho certeza absoluta que estou existindo nesse momento. –Baekhyun diz.
-Mas eu também tenho certeza de que estou existindo, eu juro! –Rebato determinada a provar que sou existente.
-Então vou te morder, aí você me fala se é real. –Sinto a mordida, certamente não é um sonho... Ou é?
-Eu vou puxar seu cabelo, me fale se é real. –Baekhyun faz um sinal de “não” com os dedos, para que eu não puxasse seu cabelo, mas como sou rebelde, segurei o garoto pelos cabelos, que soltou um grito fino.
-Eu sou real sim, sua malvada! –Ele me dá um tapinha no pescoço, que não fez nem cócegas.
-Se isso não é um sonho, pode ser um sonho virando realidade. –Penso, tentando procurar um sentido para tudo aquilo que estava acontecendo.
-Só se for seu, eu nunca quis ficar preso assim, e ainda com um coelho demoníaco. –Baekhyun senta em meu ombro e cruza os braços emburrado.
-Pode ser um pesadelo também. –Retruco.
-Tá, tá, mas como isso poderia ser verdade? Não tem nenhum sentido. –Baekhyun fala pensativo.
-Fadas também não fazem sentido... –Murmuro, mas minhas palavras saem altas por conta do tamanho, e começando uma nova intriga com Baekhyun.
-Quem você acha que colore e desabrocha as flores? –O garoto começa a pisotear meu ombro.
-A Mãe Natureza? Deus? –Me faço de desentendida, fazendo a fada cerrar os dentes de raiva.
-A Taeyeon e o Heechul comandam, nós fazemos. –Ele fala sério, como se estivesse em uma reunião.
-Hm... –Falo desinteressada, ainda acariciando Osvaldo.
-(S/N), tem uma coisa brilhante ali, olha (S/N)! –Baek aponta para um lugar um pouco depois da mesa central.
-Deve ser a chave, Baek. –Respondo desinteressada.
-Vou lá ver, me leva (S/N). –Ele sobe em minha mão direita, que serviu como um aviãozinho.
Ele fala algumas coisas, as quais não entendo, pois ele está pequeno demais. Coloco minha mão próxima à ele, para que pudesse voltar para meu ombro.
-(S/N), eu encontrei duas coisas, uma delas era realmente a chave, e a outra é essa coroa. –Ele me entrega uma pequena coroa, parecida com a do meu pai.
-Deve ter algum significado, ela não estava aqui antes. –Observo cada parte da coroa, que era idêntica a de meu pai, tanto que dentro da coroa, estava gravada a palavra “França”.
-Coloque na sua cabeça, vai que acontece alguma coisa, eu estou sentindo. –Baekhyun fala determinado.
Coloco em minha cabeça a coroa que mais parece um anel aos meus olhos, que me faz encolher. Tiro a coroa rapidamente, para não acabar sumindo, deixo Osvaldo no chão, pego a chave, e começo minha nova aventura ao lado de Baekhyun.
--------Baekhyun POV’S ON----------
Aaah, essa (S/N) é tão complicada... Até nos próprios sonhos. Não que isso seja um sonho. Bom, é, mas não é, e essa é minha perfeita explicação. Enquanto caminhamos naquela floresta, onde parecíamos insetos pelo tamanho, ela entrelaça nossos dedos. Eu não gosto, mas vou deixá-la ter um gostinho de segurar na melhor mão de todas.
-Baekhyun, essa porta era para dar no jardim da rainha... Na verdade, Alice consegue chegar até aqui bem depois... Está errado! –(S/N) reclama
-Não é como se tivéssemos entrado no livro... Apenas conforme-se com o fluxo das coisas. –Respondo-a.
Como se fosse uma formiga saindo do formigueiro, brota um hibisco da síria do nosso lado, era grande comparado a nós.
-Baek, me levanta, eu quero ver o que tem na flor! Levante-me, Baek! –Ela age como se eu fosse surdo, repetindo as coisas... –Pode ajudar a nos deixar do tamanho normal novamente. No livro, quase tudo que Alice comia a fazia mudar de tamanho. –A levanto em meus ombros, para que pudesse ver o que tanto queria no topo da flor.
-(S/N), não é muito imprudente sair comendo qualquer coisa? –Pergunto por preocupação.
-Baekhyun! A Lagartona está aqui, a Lagartona! –Ela começa a apontar e se mexer, fazendo-nos cair.
-Você não me escuta, (S/N)! –Reclamo para a menina doidinha que não se desgruda de mim.
-Baek, a Lagarta devia estar em um cogumelo, e não em uma florzinha! Isso está errado, não é igual no livro. Nesse momento, deveríamos estar com o rato chatinho correndo com outros animais. –Ela continua questionando tudo e não me escutando.
-Mas o “sonho” é seu, (S/N). Você não é Alice, você é (S/N). –Coloco minha mão sobre a cabeça de (S/N), que fica com as bochechas infladas.
-Eu queria ser Alice... –Ela abaixa a cabeça, triste – Ah! Mas se esse é um sonho meu, como uma flor que eu nunca vi está aqui? –Logo ela volta ao ritmo que estava antes.
-Hm... Você conhecia a sala em que estávamos antes? –Pergunto, procurando respostas.
-Sim, era o depósito, versão redonda! –(S/N) responde.
-Essa flor é minha preferida, tem certeza que não conhecia? O nome é hibisco da síria, deve ter ouvido em algum lugar, tenta (S/N), tenta! –Tento tirar algo do subconsciente de (S/N). Se bem que, nem o consciente eu entendo, imagine o subconsciente!
-Nunca ouvi falar! Esse sonho deve ser seu! –Ela coloca seu dedo indicador em minha testa, sorrindo.
-Mas eu não conhecia o depósito! –Coloco meu dedo indicador em sua testa, assim como havia feito comigo.
-Então é nosso. –Ela cruza os braços.
Eu até discordaria porque é uma ideia da (S/N), mas deve ser mesmo.
-Vamos falar com a Lagartona, vem cá Baek. –Ela me puxa para trás, para que possamos ver a lagarta que está acima da flor. Uma palavra descreve a tal Lagarta: eca.
-Quem são vocês? –Pergunta a “Lagarta Fumante de Cachimbo”, em meia a toda aquela fumaça.
-Baek –(S/N) sussurra –Alice não fala de primeira quem ela é, eu não me lembro de como ela fazia no livro. –Ela continua sussurrando nervosa, olhando para seus pés.
-Você é você, (S/N). Não faça como os outros querem, não faça como todos fazem. –Sussurro de volta para (S/N).
-Sou Alice. –(S/N) fala para a lagarta. Ela não entende nada mesmo... –Eu quero brincar um pouco. –Ela sussurra para mim novamente. Vou entrar na brincadeira.
-E eu sou Alicio. –Sorrio para a Lagarta, que nos olhava com uma cara de “queria estar morta”.
----------(S/N) POV’S ON----------
-Frango ou carne de porco? –A Lagarta encontrou meu ponto fraco. Minhas duas comidas favoritas.
Olho hesitante para Baekhyun, que me olha com a mesma intensidade. Estamos em uma encruzilhada. Reunimos-nos em uma rodinha de apenas duas pessoas e decidimos nossa resposta.
-Pão. –Respondemos em coro.
-Sábia escolha. –A Lagarta responde. O rosto da mesma vai se deformando, está virando o rosto da minha empregada, Molle. –Agora escolham se querem comer as pétalas da esquerda ou da direita da flor. – Ela sorri.
-Por quê? –Baekhyun pergunta alto e claro.
-Porque se não eu irei contar a Rainha Azul que vocês não comeram o que ela quis. –Molgarta faz uma cara maligna.
-Baek, não devemos escolher as da direita, lembro-me que isso fará com que nós encolhamos. –Sussurro para Baekhyun.
-Eu quero o caule. –Baekhyun fala e vai até o caule, sem esperar respostas da Molgarta. Ele morde um pedacinho do caule e eu também, vamos encarar isso juntos.
Nós voltamos ao tamanho normal, porém...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.