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História Imagine JungKook - My Pervert Brother - Bônus: Criminoso


Escrita por: Fannymeii

Notas do Autor


Boa leitura!
Fiz um bônus pq eu realmente odeio deixar as pessoas reclamando q n entenderam.
Sim, vocês entenderam, só n querem aceitar!
Sim, foi aquilo.
Prefiro fazer um epílogo mais leve do que detalhar um estupro.
Me recuso a detalhar um estupro
Seria tão terrível para mim e pra vocês que prefiro fazer algo ilusório.

Capítulo 4 - Bônus: Criminoso


Fanfic / Fanfiction Imagine JungKook - My Pervert Brother - Bônus: Criminoso

 

 

Um mês depois.

 

As portas  do complexo estavam se abrindo, cheia de grades em meio aos muros grossos com arames farpados. O guarda olhou para mim com um rosto sério, parecia estar tentando decifrar meus segredos, enquanto me parava para me revistar. 

 

Aquele lugar era sombrio e melancólico, lamentava por JungKook estar num lugar desses. Depois de passar um detector de metal e não achar nada, revistou a minha bolsa que tinha kimchi com pouca pimenta. Insatisfeito por não encontrar o que esperava, retorceu a boca e voltou para dentro do seu posto. 

 

Andei pelo chão com tijolos retangulares, tendo a visão de um prédio largo de azul morto pelas manchas. Todas as janelas com fumê estavam fechadas. Um guarda me mostrou por onde eu deveria ir para visitar JungKook, disse que ele estava em uma sessão especial pois apresentava um perigo. Caminhei por corredores com luzes piscantes, várias pessoas me olhavam estranhamente ou carregavam semblantes tristes. Logo fui conduzida até uma recepção após virar o corredor, na recepção estava um letreiro:

 

Visitas apenas com agendamento.

 

O guarda foi embora quando olhei para o lado, não tinha ninguém na fila, então falei com a recepcionista.

 

‭― Eu agendei uma visita para hoje às 17:30. Com JungKook.

 

‭― Ah... ― ela deu uma espiada na lista encima do balcão, carregando um semblante de pena. ― Ele está na sessão especial. Trouxe algo pra ele?

 

‭― Sim, isso ― sorri educadamente, levando-a até ela.

 

‭― Colocou o nome dele aqui e a ala onde fica... ótimo ―‬ verificou a sacola, pondo-a em um armário no balcão. ‭― Vire o corredor esquerdo e chegará lá. 

 

‭― Okay ― ela apontou para onde eu deveria ir.

 

 

 

‭O O O

 

 

‭Eu estava ansiosa. 

 

‭Pediram para eu sentar numa cadeira, virada para uma tela transparente que podia ver outra sala. Havia uns buraquinhos estreitos, um vão embaixo retangular. Lá tinha ar-condicionado. Dois guardas estavam em cada sala, as armas posicionadas no coldre para serem tiradas a qualquer momento. 

 

‭As minhas mãos tremiam de nervosismo, queria ver o que ele estava sentindo e se já se arrependeu. Eu não o via como um criminoso, não conseguia, sempre tive um amor pelo meu irmão. Um amor de família. Pensava nele como alguém do meu DNA que sempre poderia confiar, eu me senti tão traída quando ele fez aquilo. Fiquei chateada. E, hoje, tomei coragem para perguntar por quê. Apenas queria saber.

‭Não sei porque meu coração batia forte, martelava, e eu me perguntava se ele estava como eu. Se sentia como eu. Kook me amava mesmo? Foi tudo por amor? Queria saber coisas da boca dele, o que o levou a fazer isso comigo... aquela noite foi tão linda. Os meus sentimentos estavam embolados, um nó difícil de desenrolar, sentia-me super estranha.

 

‭Queria ter certeza que era apenas amor de irmão para irmão. 

 

‭E mesmo tendo várias pessoas me dizendo que eu sou uma idiota, preciso lidar com JungKook. A única forma de acabar com essa dúvida me engasgando, de dizer tudo o que eu pensava. De ser livre para falar tudo na cara dele. De saber verdades, também escutar suas mentiras... queria saber se aquele Kook daquela noite era o mesmo. Daquela noite linda e ilusória. 

 

‭Quantos Kook’s deveria existir? Quantas máscaras ele poderia me mostrar?

 

‭Eu estava curiosa, as minhas mãos se entrelaçavam e as minhas pernas balançando. Olhando para a cadeira que estava vazia, a sala apenas com dois guardas, os olhos dançando por aí. Procurava JungKook. Para quê? Para que tanta demora?

 

‭― Aqui está ele ― uma policial loira abriu a porta da outra sala e trouxe um menino algemado com as mãos para frente com macacão laranja. Ele estava de cabeça baixada. Seu cabelo havia crescido um pouco. ― Dez minutos ― disse para mim. A mulher saiu, mexendo a cabeça para o lado indicando para os guardas saírem. 

 

‭Os policiais da minha sala também não estavam mais ali.

 

‭Jung sentou-se, olhando para baixo com os cabelos tampando o seu rosto. O meu coração se acelerava, meu estômago borbulhava de borboletas e minha respiração ficava rarefeita. Finalmente, ele levantou o rosto com o cabelo caído no olho. Seus olhos frios me fitaram bem no fundo dos meus olhos. Seu rosto estava macilento, sua cor mais branca e com um hematoma roxo no olho esquerdo. Seu olho estava de um roxo quase preto e com dificuldade de se manter aberto.

 

‭― O que você quer? ― Os seus lábios finos pronunciaram com deselegância. 

 

‭― Quem fez isso com o seu rosto? ― ele revirou os olhos:

 

‭― O que você quer, irmãzinha? ― Pronunciou sem paciência.

 

‭― Quero saber por que fez aquilo comigo. ― Suspirei, tentando me manter resignada.

 

‭― Por que te estuprei? ― Ele riu roboticamente, ajeitando-se na cadeira. ― Vingança.

 

‭― O que eu fiz? ― Arrepiei-me apenas em ouvir ‘’estuprei'’, meus olhos se encheram d’água.

 

‭― Nasceu! ― esbravejou, voando perdigotos de sua boca. ― Saia daqui!

 

‭― Não! ― Gritei, para ver se expelia o nó na minha garganta. Os meus olhos ardiam, vi que Jung também estava no mesmo estado. ― Como assim? ME EXPLIQUE!

 

‭― Quer a verdade? ― Arqueou as sobrancelhas, se curvando.

 

‭― Quero ― disse resignada, aproximando o corpo do vidro.

 

‭― Foi proposital ― deu de ombros. ― Quando nossos pais se separaram, meu pai ficou agressivo comigo. Na verdade, desde que eu nasci a nossa família não gostava de mim. Eles apenas gostavam de você, olhavam para mim com repulsa. Eu comecei a te odiar quando eles se separaram, ele fez o meu quarto de rosa e comprou roupas rosinhas para mim. Os meus únicos brinquedos eram o que dizemos de menina, a mochila, tudo que você pode imaginar... ― a minha boca ficou entreaberta. ― Nossa mãe nunca me visitou, só uma vez quando tive uma doença gravíssima pensando que eu ia morrer. Eu supus. Enquanto eu dormia, nossos pais conversaram sobre você... ― até então, ele falava para o nada. Quando disse ‘’você'’, ele me olhou e sorriu sombrio: ― ... soube que você é a mesma coisa que eu. Telepata. Os meus pais não sabiam, tentei contar várias vezes, mas não me davam assunto. Naquele dia, eles só deixaram a gente ficar juntos porque você insistia em me ver. Eles sabiam que eu tentaria algo, mas pensavam que eu tinha medo... ― gargalhou. ― Idiotas. Eu queria te ver humilhada, mais do que eu fui a minha vida inteira.

 

‭Eu tremi repentinamente, paralisada com o que ele dizia ser a verdade. Era difícil de aceitar. Era como se eu caísse nesse exato momento, o baque de cair e não acreditar.

 

‭ Continuou depois de uma pausa dramática:

 

‭― Eu sei que pareço um psicopata, no entanto fiz isso para dar uma lição neles. Pegar algo que eles amam e acabar com você de todos os jeitos. Queria te matar, de inicio, mas quando te vi tive umas ideias melhores. Quando você dormiu no carro... ― ele desviou seus olhos vazios de mim e fitou suas mãos algemadas. ― Eu... senti o meu coração parar... me senti mal por estar sendo ruim com você.

 

‭― JungKook... ― minha boca se moveu lentamente.

 

‭Ele levantou o rosto, algumas lágrimas rolaram.

 

‭― Não me perdoe, continue me odiando ― sorriu de lado. ― Seus pais querem que você me esqueça, nunca fui o suficiente para eles mesmo. ― Ele se levantou. ― Até!

 

‭― N-Não! Eu preciso falar mais com você! ― Gritei, colocando as mãos na mesa. 

 

‭A policial entrou, dizendo que havia acabado o tempo.

 

‭― Até mais, irmãzinha. ― Sorriu de lado.

 

 

‭Os meus olhos estavam mais pesados, saí com o semblante terrível... agora entendia as pessoas que passavam por mim  nos corredores. Esfreguei o meu nariz com as costas das mãos, dando sinal para o táxi. 

 

 

 

‭O O O

 

 

 

‭Novamente, na semana seguinte, estava naquela salinha. Esperando por JungKook. Estava com um papel na mão, uma caneta encima da minha mesa. Fui preenchida com todo aquele nervosismo, não parava de morder os meus lábios, tive alguns lampejos da última vez que vim. 

 

‭Logo vi algo laranja, entrando na sala algemado como antes e um sorriso estampava o seu rosto ao me ver. Ele rodou os seus olhos em cada detalhe em mim, até os itens em minhas mãos ganharem mais atenção. A mulher disse: ‘’ apenas 10 minutos'’.

 

‭― _________ ― a sua voz estava rouca, o hematoma no seu rosto melhorou. O seu cabelo estava desgrenhado e encaracolado. Ele estava mais magro. ― Senti saudades.

 

‭― Eu também ― sorri. ― Eu mal consegui dormir... bem, eu preciso te fazer uma proposta ― engoli em seco.

 

‭― O chão da cela de detenção é frio... que proposta? ― Pareceu interessado, colocando a cabeça para o lado.

 

‭― Eu te tiro daqui, retirando a acusação. É possível.

 

‭― Vítima ― riu. ― Parece uma piada... tenho certeza que os seus pais pestanejaram.

 

‭― Não ― balancei a cabeça. ― Não disse nada. Já sabia a resposta.

 

‭Mordeu os lábios, rindo e balançando a cabeça.

 

‭― Você deveria me odiar.

 

‭―‬  Você gosta da prisão, então? ‭― Arqueei uma sobrancelha.

 

‭― Eu posso tentar te matar quando sair daqui ― sorri. Aquilo não me dava mais medo, não depois de ver o JK todo esperançoso quando me viu.

 

‭― Tem razão ― ironizei, vendo ele me encarar sisudo. ― Eu também cogitei você me iludir. 

 

‭― Eu quero ficar aqui, é melhor do que viver com um monte de pessoas me odiando.

 

‭― Você pegou perpétua ― fechei os olhos para processar. Abri-os e respirei fundo. ― Você quer mesmo morrer vendo o sol quadrado?

 

‭― Eu vi como é a vida lá fora ―‬ moveu a cabeça para o lado. ‭― E eu não gosto dessa vida. 

 

Os dez minutos acabaram, e as chances que eu dei a ele foram acabadas.

 

Essa não será a última visita. Eu sinto isso.

 

 

 

 

 


Notas Finais


Obrigada por ler a minha fic.
Acho que o que me diferencia de outras escritoras, é estragar com as expectativas de vocês. :)


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