Continuei a andar a procura de algo que nem eu sabia direito como, fique pensando nas pessoas que estavam fumando naquela casa, será que vou acabar tomando o mesmo rumo? Ou será que essa é realmente a solução? Mas não posso pensar assim, tenho que agir como minha mãe agiria, mas ela nunca fugiria de casa, mas estou fazendo isso por ela, e por ela eu faria qualquer coisa, como ela fez qualquer coisa para me salvar e bom... ela conseguiu, mas acabou perdendo sua vida, e eu gostaria de ter morrido em seu lugar, ela seria muito mais útil do que uma garotinha que sofre bullying todos os dias, por alguém que ama, e que não consegue esquecer.
Eu andava e via aquele bairro que diziam ser perigoso, eu observava com calma, ele estava vazia, vazia como minha vida, mas esse bairro fica melhor sozinho do que com várias pessoas ruins nele, talvez minha vida também seja assim, como diz Paul Veléry: ''Há momentos infelizes em que a solidão, se tornam meio de liberdade'', tem momentos que preferíamos estar sozinhos do que cheios de amigos falsos, do que toda essas pessoas que só liga pelo o que você tem ou o que você diz ter.Enquanto observava o bairro avistei uma pessoa usando uma capa preta, ela estava ajudando um cachorrinho abandonado, resolvi me aproximar e falar ''oi'' ela me olhou e sorriu, e correspondeu ao meu ''oi''.
- Olá - ela sorri. - Vejo que é nova por aqui, qual seu nome? - ela pergunta enquanto acaricia o filhote de cachorro.
- M-meu nome é ______, e o seu? - perguntando a observando, novamente consegui falar com uma pessoa sem ser zombada... me sinto orgulhosa por isso, me sinto bem.
- Me chamo Hyuna, bom... está perdida ou só dando algumas voltas? Não te recomendaria ficar aqui, parece vazio mas as pessoas se escondem, e também se escondem da verdade... - disse ela e eu fiquei confusa sem entender a ultima parte.
- Eu... estou procurando abrigo, eu fugi de casa e... bom, eu só estou procurando um lugar - falei com medo de ela brigar comigo, e também confiei nela para contar isso.
- Fugir? Hum... você é das minhas! Eu também já fugi algumas vezes, mas acabei voltando por causa dos meus irmãos - disse ela colocando o cachorro encima de um travesseiro depois ela volta a me olhar. - Vamos! - exclamou ela.
- Vamos? Aonde? - perguntei mais confusa da minha casa.
-Para minha casa, vou te abrigar lá, sempre quis ter uma irmã, e você vai fazer esse papel! - exclamou ela segurando minha mão saindo correndo em direção a saída do bairro.
- A-Abrigo? - perguntei com meus olhos arregalados e abro um sorriso, parece que vou ter uma nova família.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.