- Posso saber porque diabos vocês estão me olhando assim? - Eu perguntei.
- Harry, você ainda pergunta? O Malfoy acabou de tentar matar duas das nossas melhores amigas - Rony olhou para Hermione e depois para Luna. - E VOCÊ VAI LÁ E CURA OS MACHUCADOS DELE COMO SE NADA TIVESSE ACONTECIDO? Sinceramente, garoto, eu não te entendo. - Rony disse bravo.
- Herdei o bom coração dos meus pais. - Eu respondi.
- Isso aí não é bom coração, é uma idiotice. - Hermione disse.
- Tá, tá, vocês falam como se fosse o primeira vez que eu faço isso. Pelo amor de Deus, a cada ano que se passa, eu salvo o Malfoy da morte pelo menos uma vez. Ele até pediu desculpa! Por acaso vocês viram, em algum lugar do mundo, um Malfoy pedir desculpa? - Eu perguntei. - E o assunto acaba aqui.
Hermione e Rony não tocaram no assunto nenhuma outra vez. Depois de um tempo conversando, eu virei para Luna e disse:
- Luna, podemos conversar?
- Claro! - Ela respondeu. - Sobre o que quer conversar?
- Precisa ser em particular. - Eu disse e me levantei.
- Ah, tudo bem. - Ela se levantou.
- Isso aí não vai ser coisa boa... - Hermione disse baixo para Rony, mas eu escutei mesmo assim.
- Eu tive uma idéia. - Rony disse sacando a varinha discretamente e a apontando para mim. - Sonorus.
Rony sussurrou alguma coisa enquanto Luna me levou para um canto onde ninguém ouvisse nossa conversa.
- Espere, preciso fazer uma coisa. - Ela sacou a varinha e apontou para mim. - Quietus.
- Por que fez isso? - Eu perguntei confuso.
- Rony tentou aumentar o som da sua voz para poder escutar a conversa com um Sonorus, eu apenas acabei com o efeito. - Ela respondeu e olhou para Rony, que fez um cara de frustação.
- Típico de um Weasley. - Eu revirei os olhos. - Enfim, você sabe fazer poções?
- Sim, é minha matéria preferida! - Ela respondeu alegre. - Por quê?
- Preciso que você faça uma poção do amor. - Eu respondi um pouco inseguro.
- Desculpe por me intrometer em assuntos pessoais, Harry, mas... pra quem é a poção? - Ela perguntou pensativa.
- Olha, Luna, confio em você, então vou contar. - Eu coloquei minha boca perto do ouvido dela. - É pro Rony. - Eu sussurrei bastante corado.
- Hã? Como assim? - Ela perguntou surpresa e confusa ao mesmo tempo.
- Por favor, não conta pra ninguém... - Eu pedi. - É extremamente confidencial.
- Eu não vou. Eu juro. - Ela respondeu sorrindo.
- Sei que pode ser difícil pensar em mim apaixonado por um menino, mas você pode me ajudar? - Eu perguntei.
- Apaixonado... pelo Ronald? - Ela perguntou. - Isso é supreendente, mas vou ter muito prazer em te ajudar.
- É, por ele mesmo. Pode fazer a poção? - Eu perguntei confiante.
- Não, não posso. - Ela respondeu me encarando.
- Por que não? - Eu perguntei confuso.
- Harry, você não pode obrigar o Rony a gostar de você. O amor dos outros não é uma coisa que se controla segundo o que você quer. Quem controla os sentimentos dele é ele próprio, entende? - Ela perguntou segurando minhas mãos. - Se for pra vocês ficarem juntos, vai acontecer. Confie em mim. - Ela abriu um sorriso fofo.
- Você... Você tá certa. Desculpe pedir algo tão... idiota. - Eu disse e ela riu.
- Isso não é idiota, Harry. É fofo saber que você gosta dele, mas é errado querer obrigá-lo a sentir o mesmo. - Ela respondeu.
- Obrigado pelos conselhos. Vamos voltar para a mesa? - Eu perguntei.
- Claro. - Ela respondeu. - Mas antes... eu queria te dar isso. - Ela tirou seu colar das Relíquias da Morte do pescoço e colocou na minha mão. - É um presente. Pela sua amizade e pelas diversas coisas que já fez por mim. - Ela sorriu.
- Luna... eu não posso aceitar. - Eu respondi oferecendo o colar para ela.
- Não seja modesto, Harry, aceite meu presente. - Ela pegou o colar e colocou em meu pescoço. - E não se atreva a tentar devolvê-lo para mim. - Ela riu junto comigo.
Agradeci o presente de Luna e então nós voltamos para a mesa, nos sentamos e ficamos conversando até mais tarde. Eu fiquei conversando bastante com o Rony, afinal eu precisava me aproximar ainda mais dele. Rimos bastante juntos, discutimos algumas vezes e conversamos sobre milhares de coisas diferentes.
- Rony, quantas pessoas de Hogwarts você já pegou? - Eu perguntei fazendo uma expressão maliciosa.
- Harry, que merda de pergunta é essa? - Ela perguntou confuso e corado. - Nenhuma, Harry. Quem diabos iria querer alguém como eu?
- Tem gente que quer. - Eu corei bastante e fiz de tudo para esconder dele. - Quer dizer, é...
- Tá, já entendi, Harry. - Ele respondeu.
- Entendeu o que? - Eu perguntei.
- Que tem gente gostando de mim, blá blá blá. - Ele respondeu indiferente.
A conversa foi interrompida por um loiro colocando a mão no meu ombro. Um loiro chamado Draco.
- Posso... sentar com vocês? - Ele perguntou inseguro.
- Tá aqui pra tentar matar as meninas de novo? - Rony perguntou o provocando.
- Pode. - Draco sentou do meu lado e ignorou completamente a provocação de Ron.
- Gente, vou sair daqui. - Hermione se levantou. - Antes que alguém me machuque, né, Malfoy? - Mione saiu andando para longe da mesa.
- Menos, Hermione, bem menos. - Eu respondi alto o suficiente para ela me escutar, voltar até a mesa e colocar o dedo na minha cara dizendo:
- Acha mesmo que eu vou ficar na mesma mesa que a Doninha, Harry?
- Hermione, dá um tempo. - Eu respondi a encarando. - Você tá vendo que ele tá se arrependendo. - Malfoy estava tentando se desculpar com Luna, e parece que ele estava conseguindo, isso era bom. - Dá uma chance pra ele, vai.
Hermione respirou fundo e pensou um pouco antes de responder. Depois de um tempo, Hermione disse:
- Ah, tudo bem. Vou dar uma chance pra ele. - Ela respondeu e Malfoy abriu um sorriso. - Mas se ele pisar na bola mais uma vez, eu quebro a cara dele.
A típica Hermione. Draco demorou um pouco, mas conseguiu puxar assunto com todos nós e pedir desculpa para a Mione. No fundo, Malfoy era um menino engraçado e muito legal. Coisa que muitos duvidavam. Eram 16:00 quando terminamos de conversar e nos separamos, Hermione e Luna para um lado, Rony e eu para o outro e Malfoy foi sozinho fazer alguma coisa.
Eu estava pensando seriamente em contar para o Ron o que eu sentia por ele, mas estava muito indeciso. Fomos andando pelos corredores e demos algumas voltas lá fora, sentamos na grama e continuamos conversando. Depois de um tempo, eu virei para ele e disse:
- Ron... eu preciso te contar uma coisa.
- Ah, tudo bem. O que você quer me contar? - Ele perguntou com os olhos brilhando de ansiedade.
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