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História Improvável Coração. - One


Escrita por: Esuteru-Chan

Notas do Autor


Hey povo. atualizei rápido não é?! Na verdade esse seria o primeiro capitulo então espero que curtão.
Vamos encher esse mundo com historias de McDanno. Vai que o roteirista se convence.
;)

Capítulo 2 - One


Fanfic / Fanfiction Improvável Coração. - One

Lá estava ele sentado em uma cama de hospital, de novo, só para variar. Devia ser a terceira vez naquele ano que levava pontos por ter se metido no meio de um tiroteio, ainda estavam em abril e já se sentia como um boneco de pano todo remendado. Desde que assumiu uma parceria com Steve no trabalho não havia um dia em que sua vida não era colocada em risco.

— Isso que dá trabalhar com um ex-seal.

Ouvia a médica dizer, a mesma já podia ser considerada uma amiga levando em conta o número de vezes que se cruzavam na emergência. Ele quase sempre inconsciente ou sangrando e ela com um kit de sutura em mãos.

— Vai me dizer que não gosta da minha companhia?

Falou rindo da cara irritada de Malia logo em seguida soltando um muxoxo dolorido ao sentir os pontos serem puxados com força.

— Não quando sou obrigada a manter seu coração batendo para garantir a próxima conversa.

Danny soltou uma risada anasalada, odiava aquela ilha de muitas formas assim como também amava, em que outro lugar ele teria a chance de conhecer a esposa de seu amigo de trabalho de forma tão inusitada?! Chin Ho Kelly devia ter um cuidado extra para não levar tiros, no pouco tempo que esteve com Malia sabia que a mulher era bem capaz de colocar o colega para dormir no sofá caso extrapolasse.

A médica saiu da sala por alguns minutos, atrás de mais ataduras para seu braço ferido, seguiu a mesma com os olhos até a porta e não os tirou mais de lá. A pior parte de quando levava um tiro era ter que esperar notícias de Steve. O chefe era treinado e sempre saia com ferimentos bem mais leves que os seus, mas não conseguia ficar despreocupado, aquele idiota vivia pulando de prédio em prédio durante as perseguições sempre colocando a vida em risco com movimentos perigosos como se não fossem nada, e mesmo que Danny insistisse em retrucar nunca era ouvido. Sabia que o parceiro não dava a mínima para seus avisos chegando até a debochar, e mesmo assim lá estava ele, ansioso feito uma garotinha apaixonada, esperando lhe trazerem informações sobre o estado do amigo.

… É… Apaixonada.

Ainda era estranho admitir isso para si mesmo, fazia pouco tempo que havia parado de lutar contra o sentimento e se contentava em observar o homem pelo qual os tinha de longe. Sempre ao lado de Catherine trocando beijos ou abraços, e ainda que os dois insistissem em não chamar aquilo de namoro Danny sabia que era. Seu tolo coração se agarrava a esse fato às vezes, principalmente à noite quando Gracie não estava em casa, mas não era um iludido. Desde que começou a gostar de Steve McGarrett, se condenou mentalmente, era algo fadado ao fracasso, sem futuro, feito somente para espremer seu coração até virar suco e vê-lo sofrer.

Olhava para saída tão perdido em pensamentos que tomou um susto quando Malia entrou, abriu um pouco a boca em uma exclamação muda enquanto encarava a doutora. A mulher retribui o olhar por poucos segundos antes de rir de canto de boca e sentar de novo de frente para Danny.

— Steve está bem, sofreu somente arranhões e vai sentir dor nos músculos por uns dois ou três dias.

O detetive se sobressaltou e ergueu a cabeça encarando a, agora, senhora kelly.

— Como voc-

— Você parece gostar muito dele.

Um silêncio sepulcral se fez na sala, o loiro não sabia o que dizer, em sua cabeça se perguntava o quanto deixava transparecer seus sentimentos para até a amiga desconfiar… “Será que mais alguém sabe?”.

— Porque não conta para ele?

Teve que abrir um sorriso, o quão estranho era aquela conversa? Sentia-se estupido. Era uma situação tão clichê, estar amando o melhor amigo, chefe e colega de trabalho. Depois do fiasco em que seu primeiro casamento tinha acabado considerou ficar solteiro pelo resto da vida, dedicar-se somente a filha tornando-a a única mulher que amaria até morrer, porém McGarrett não era nem de perto uma mulher.

“Que jeito estranho de manter a palavra.”

— Danny?

Viu Malia estalar os dedos em frente ao seu rosto percebendo que novamente havia se afogado em pensamentos.

— Ele gosta de Catherine há muitos anos — Suspirou cansado, estava realmente tendo aquela conversa — Não existe possibilidade de eu ser correspondido, não só por ela, mas eu sou um homem!

Deu tanta ênfase ao fato, como se ele mesmo temesse a questão. Eram policiais respeitados, sendo o amigo um ex-militar, ninguém veria isso com bons olhos.

— Não tem como saber, ninguém desconfia de que você seja gay, pode ser o mesmo caso com o comandante McGarrett.

— Falando assim parece tão fácil. E Eu não sou gay… Só… com ele. Aquele ex-seal idiota é louco pela “namorada” desde que eu o conheço e talvez até antes disso, não posso arriscar nossa amizade assim.

— Mas pode haver uma chance, voc-

Foram interrompidos por batidas na porta, Chin os chamava com pressa, sorrindo bobo, andava apressado pelos corredores.

— O que foi que aconteceu Chin? - Malia perguntava meio aflita. Tentava acompanhar os passos do marido enquanto imobilizava o braço do engravatado com uma tipoia.

— Steve pediu para que reunisse todos no refeitório do hospital, vamos logo.

Depois disso foi só correria, o refeitório ficava no último andar e Chin apertava o botão do elevador repetidas vezes ainda rindo como um retardado.

Entraram no lugar e vários policiais da corporação, alguns com uns poucos ferimentos já tratados, e um ou outro paciente que almoçava ali, se encontravam presentes olhando para Steve e Catherine que eram o centro das atenções.

— Finalmente chegaram, não queria que perdessem isso. - Steve ria de forma mais retardada que Chin, logo se virando para a “namorada” que parecia não entender nada até o momento.

Mas a dúvida não ficou por muito tempo. O comandante se ajoelhou perante todos, com uma caixinha em mãos diante de Catherine.

A também ex-agente da marinha colocou as mãos na boca maravilhada enquanto ouvia Steve dizer o quanto a amava, que não podia mais viver sem ela ao seu lado, e que não se importava mais com o quanto o trabalho dos dois era perigoso para se ter um relacionamento daquele porte.

Danny ouvia tudo despedaçado por dentro enquanto trocava olhares silenciosos com Malia como se perguntasse de forma irônica “ Pode mesmo haver uma chance?” até escutar a frase que esfarelou o que havia antes dentro do seu peito e deixa uma lagrima cair.

— Você quer casar comigo?

“Por favor, diga não”.

— Sim!

Arh, a mãe terra devia mesmo lhe odiar.

 


Notas Finais


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