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História Improvável Coração. - Two


Escrita por: Esuteru-Chan

Notas do Autor


Oi gente eu sei que eu demorei, mas bloqueio criativo é foda eu queria ter colocado algo mais no capítulo e acabou que não rolou, por isso o próximo vai ser maior.
Um beijo aos que comentaram, vocês me insentivam.

Capítulo 3 - Two


Danny ainda se encontrava… Estático… Surpreso… Não sabia que palavra usar, talvez não houvesse.

Sua mente insistia em lhe pregar peças, para onde quer que olhasse a imagem de Steve e Catherine se beijando reproduzia-se destruindo e esmagando seus sentimentos. Nunca o viu sorrir tanto, talvez esse fosse o motivo pelo qual não recusou o convite do amigo.

— Achei que esse dia nunca chegaria - Foi o que disse quando o casal se aproximou. Era a mais pura verdade, e de forma estranha tê-la dito em voz alta trouxe um pouco de alento ao seu coração.

.... Mesmo que escondido por trás de um sorriso.

— Ainda bem que Chin te encontrou, não queria que perdesse isso — Steve falou extasiado. A euforia era tanta que não percebia o quão tenso e desconfortável estava o ambiente.

Parecia algum tipo de piada cruel de tão irônico. McGarrett fazia tanta questão da presença de Danny durante o anúncio e ele era o único que não queria de jeito algum estar ali.

“Preferia ter ficado inconsciente”

— Da próxima vez que for pedir alguém em casamento e quiser que eu esteja presente, tenta não começar um tiroteio antes — Sim ele foi sarcástico, pode não ser a melhor maneira de cumprimentar um amigo pelo noivado, mas entre isso e sair correndo chorando acaba parecendo uma excelente opção.

Catherine fez uma careta em desagrado, entendendo o recado por detrás da frase. McGarrett deveria ser realmente muito cego para não notar as alfinetadas que o amigo e a noiva viviam trocando entre si.

— Pode ficar tranquilo Danny, não haverá próxima vez — Ela sorria irônica, encarando-o em desafio, seus olhos diziam saber de tudo, o que não era verdade, mas aquele riso era o que lhe dava mais raiva.

… “Ou seria mágoa? ”

Era como levantar um cartaz e gritar que havia ganhado, que ele nunca teve chance e deveria se conformar.

— No que depender de mim, essa será a primeira e última vez, então pode sossegar Danno — Steve ria do drama do amigo, não vendo maldade em suas palavras, agarrava Catherine pela cintura enquanto a mesma se segurava em seu pescoço, seria uma cena romântica, fofa, mas na atual situação não passava de trágica.

O casal estava prestes a dar um beijo dos mais apaixonados, e aquilo ele não conseguiria suportar.

— Vou deixar os pombinhos a sós — O loiro se virou tão rápido para ir embora que ficou tonto; quase tropeçou nos próprios pés quando uma mão segurou a sua.

— Espera Danny preciso que me faça um favor — McGarrett o puxou para mais perto, mas ainda lhe parecia tão distante. Suas mãos permaneciam juntas e o ex-seal não parecia fazer questão de soltar, pegou a outra que se encontrava junto ao corpo do amigo apertando os nós dos seus dedos tentando se acalmar; olharam-se tão fixamente fazendo com que o detetive se sentisse estagnado até despertar do transe com a pergunta.

— O que você disse ?!

— Perguntei se você não gostaria… De ser meu padrinho?

A magia daquele momento foi totalmente quebrada, foi como acordar bruscamente de um sonho bom. Ele era seu melhor amigo, trabalhavam juntos salvando constantemente a vida um do outro.

Não havia porquê dizer não.

Depois disso foi acometido por um abraço apertado, aproveitou cada momento inspirando o cheiro característico de quem tanto gostava. McGarrett ditou um “Eu te amo” em seu ouvido, mas ele sabia que não era da forma romântica, não era da forma que ele queria, mas trazia conforto.

E teria que aceitar que somente assim ouviria essas três palavras vindas dele.

“Eu te amo camarada”

 

(...)

 

Mesmo com o ombro machucado Danny se ofereceu para levar Malia até em casa, Chin teria que voltar para o escritório e terminar o relatório sobre o caso e queria fazer isso há tempo de comemorar o noivado do chefe, não seria nada muito grande, apenas uma noite em um bom restaurante de frente para o mar com todos os amigos. No escritório, terminava o trabalho de forma animada, diferente do clima que se encontrava no Camaro prata.

O detetive dirigia calmamente, sem perigos, o que era impressionante considerando o vazio em que sua mente se encontrava, era como um grande vácuo, sentia a cabeça oca de tão anestesiada e talvez fosse melhor assim.

Malia via tudo em silêncio, chegava a ser assustador, seu amigo não dizia uma palavra e o único som que se ouvia além do da respiração eram os de resmungos de dor quando o braço incomodava.

Já não suportava mais.

— Vai festejar com a gente? — Apesar da pergunta parecer má, essa não era a intenção. Danny parecia tão afundado e machucado, como se tivesse apanhado há horas e já não sentisse mais nada.

Mas ela sabia que ainda havia algo para sentir.

Sabia que ainda tinha dor ali, mesmo que o engravatado tentasse esconder percebia-se o brilho em seus olhos.

Ele queria chorar. E por que não choraria? Pode ser ridículo para algumas pessoas derramar lágrimas por um amor frustrado, mas para Malia não era, se tinha alguém que não o julgaria esse alguém era ela.

— Não tem motivo para que eu não vá — Foi dito seguido de um suspiro cansado enquanto estacionava o carro. O loiro saiu primeiro e deu a volta abrindo a porta para a amiga, era um cavaleiro no final das contas.

— Só que você não quer ir, e como sua médica devo dizer que seria muito imprudente de sua parte sair essa noite, acho que vou recomendar que descanse e que não vá ao trabalho amanhã — Ela dizia tudo com um curvar nos lábios.

Viu seu amigo sorrir agradecido, era impressionante como eles conseguiam se entender sem palavras. A médica compreendia tudo sobre as entrelinhas, se Danno não queria ir à comemoração ela lhe daria cobertura.

— Mas você ainda vai ter que me ajudar a escolher uma roupa!

— Ah não Malia!

— Você me deve, então vem logo! — Exclamou puxando a amigo pelo braço bom até o interior da casa.

O detetive bufou, mas segui a amiga de bom grado, ficou na sala esperando a mesma trazer os vestidos que tinha em mente enquanto olhava os portas retratos. A maior parte era do casal, dando destaque ao do casamento, que era o maior de todos. Percebeu como sua vida estava uma bagunça, havia feito a tão famosa promessa do “felizes para sempre” à única pessoa pela qual já se apaixonou na vida, achava que tinha sido abençoado, amava Rachel, tinha uma filha com ela e desta forma uma família normal, apesar de sempre pensar no pior não se atentou ao que viria.

O pedido de divórcio foi tão repentino que manteve as esperanças de que poderiam reatar mesmo depois de ter assinado os documentos, mudou de estado, cidade e trabalho, adaptou a vida e a rotina principalmente por amor a sua filha, mas também por Rachel, fez novos amigos, reatou e terminou de novo com a ex-esposa até finalmente desistir.

Desistir do amor.

Teve uma namorada e atualmente se encontrava em um romance eminente com Amber. Aquilo não era sério de nenhum dos lados, funcionava mais como uma amizade colorida. Ela e Malia eram as únicas que sabiam dos seus sentimentos por seu chefe, foram elas que abriram seus olhos quando tentou negar, que secaram suas lágrimas e ofereceram os ombros para que pudesse chorar a desgraça que era amar Steve McGarrett, além de sempre incentivar o engravatado a confessar seus sentimentos.

Talvez se fosse menos teimoso e o tivesse feito antes não estaria tão despedaçado agora, Steve não teria feito algo tão cruel quanto chamar seu melhor amigo apaixonado para ser padrinho de seu casamento.

E nem ele se veria obrigado a aceitar.

— Isso é pior que levar tiro — Murmurou para ninguém em particular, apenas precisava desabafar.

— Então por que disse sim?

Tomou um susto ao se virar. Maria descia as escadas com três vestidos em mãos, um mais bonito que o outro, e encarava o amigo confusa.

Pairou sobre o ambiente um silêncio desconfortável. Malia se aproximou do amigo e com a ponta dos dedos da mão livre arrumou uma mecha de seu cabelo.

— Steve ligou para confirmar nossa presença e ficou chateado quando eu disse que seu padrinho não poderia ir.

— Por que eu diria não?

— Porque você o ama, é loucura ajudar no casamento do homem que você gosta com outra mulher.

“Ajudar? ”

— Ajudar?

A médica rolou os olhos em reprovação, suspirou de olhos fechados segurando com a ponta dos dedos o espaço do nariz entre os mesmos.

Como os homens podiam ser tão desinformados no quesito casamento?

— Eu não sei como funciona entre vocês seres masculinos, mas para nos mulheres a madrinha é aquela que nos ajuda nas decisões do casamento, desde os preparativos ao vestido.

— Bom! Para nos seres masculinos, significa apenas que teremos que comprar um terno mais caro do que o usual.

— Continua sendo loucura, parece atitude de um masoquista.

— Será que a gente pode parar de falar nisso?! Não aguento mais!

A amiga ficou quieta ainda meio contrariada, começou a bater o salto no chão meio aborrecida segurando os vestidos em frente ao corpo.

— Qual dos três?

Dany olhou os vestidos pensando seriamente na questão podia não transparecer na aparência, mas entendia muito sobre moda, afinal serviu de manequim por muitos anos para a irmã mais velha, que agora trabalhava em uma grande empresa do ramo.

— O vermelho.

A médica largou os vestidos no sofá levando somente o escolhido consigo até o banheiro. Já haviam se passado 15 minutos e nada da amiga sair daquele cubículo.

“Por que é sempre uma demora para se arrumar”

— Malia eu quero ir para casa ainda hoje!!! — Gritou da sala, não era conhecido por sua paciência.

— Estou terminando a maquiagem.

— Então será que eu posso ir embora? — Estava realmente cansado além de dolorido. Queria ir para casa dormir e transformar todos os acontecimentos em pesadelos.

— Não! Eu quero sua opinião! E para de reclamar já estou saindo!

— O Chin vai chegar e você não está pronta!

— Pronto sai — Falou abrindo a porta do banheiro. O vestido em questão era tubinho e marcava perfeitamente o corpo da médica até um pouco acima dos joelhos, o cabelo sempre natural em perfeitos cachos tinha um pequeno adorno na lateral e apesar de ainda estar descalça não deixava sua beleza, na verdade ela estava era

— Sexy!

— Isso é bom? Não quero chamar atenção, acho que está muito provocante.

— Não se preocupe com isso depois do dia de hoje tudo o que o Chin vai querer é te ver assim.

Os dois sorriram, achando graça da situação, mesmo com Danny amando McGarrett isso não o tornava menos homem, continuava a saber apreciar a beleza de uma mulher, apenas não sentia mais atração por todas elas.

Amava um homem, mas nem por isso assumia um papel submisso, continuava sendo quem era em personalidade. Como Malia dizia “ainda era um ser masculino” apaixonado ou não pelo sexo oposto.

                      Ame a quem quiser com liberdade, mas não perca sua essência.

— O que é tão engraçado?

— Jesus cristo! — O engravatado exclamou dando um salto, não tinha escutado Chin abrir a porta — Mais cuidado, muita gente morre do coração.

— Desculpe, mas eu já cheguei tem uns minutos e vocês estão aí parados rindo e nem notaram a minha presença.

— É que sua esposa estava preocupada se você iria gostar do vestido — Explicou saindo da frente da visão do colega para que ele pudesse ver sua amada.

A recém-casada sorriu tímida e corou um pouco, se tinha uma coisa da qual se arrependia era de não ter se casado antes com aquele homem.

— Nossa! — Foi tudo o que o tenente disse, estagnado, não conseguia sair dali.

— Muito bem! Vou deixar vocês aí se admirando e vou para minha casa, preciso descansar, acho que os analgésicos estão fazendo efeito.

O nascido em New Jersey declarou indo até a porta, mas nenhum dos colegas se mexeu.

“Acho que um casal vai se atrasar para o jantar” Pensou rindo. Aqueles dois se amavam há anos e deveriam compensar o tempo perdido.

Ninguém teria coragem de questionar, estavam mais do que no direito deles.

E eles iriam aproveitar bastante.


Notas Finais


Vamos fazer um jogo.
Qual é a frase desse capítulo que foi retirada de um dos episódios e qual de qual temporada?
Valendo uma dedicação no próximo capítulo.


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