- Não ouse falar comigo assim, Granger. Você não sabe dos meus motivos.
- Seus motivos?
A conversa dos dois atraia a atenção de alguns alunos da Sonserina que passavam.
- Chega. - Snape pegou pelo braço dela e fez menção de sair, ela puxou o braço e se desvencilhou dele. - Vamos.
- Não vou a lugar nenhum com você.
Mais alunos paravam para olhar, Snape fixou seus olhos nos dela e no seu olhar havia raiva... E ressentimento, talvez?
- Não vou admitir que uma aluna como você fale comigo desse jeito. Terá detenção comigo e nem ouse falar com um professor desse mesmo jeito outra vez.
Ele deu as costas à ela, e saiu. Hermione respirou fundo e segurou às lágrimas. Não iria dar esse gostinho a ele, mesmo que isso a machucasse por dentro, iria ser forte.
Seguiu o restante do caminho até o salão comunal da Grifinória, Gina estava sentada junto à Harry, riam com vontade e quando perceberam Hermione ali , ficaram quietos.
- O que aconteceu com você? - Harry perguntou à castanha.
- Recebi detenção com Snape. - ela deu de ombros.
- Mas o que você fez? - Gina estava boquiaberta.
- Ele queria que eu voltasse para sala, mas eu disse que não iria. - Falou, não iria contar o verdadeiro motivo.
- Quem é você e o que fez com a Hermione que eu conheço? - Harry riu. - Quando será a detenção?
- Ah, eu não sei. Ele não falou. Mas quer saber, não vou ligar. Cansei de me estressar por coisas bobas.
- Aí sim, não vale a pena mesmo. - Gina piscou para ela.
- Ah, ia esquecendo Gina. Dumbledore aceitou irmos à Londres! - A ruiva deu um gritinho. - Mas, a professora McGonagall terá que ir conosco.
- Não somos mais crianças. - ela revirou os olhos.
- Sabemos que não, mas é ordem da escola, e se quisermos ir, teremos que aceitar.
- Tudo bem. Estou tão animada! Já tem a sua roupa, Harry? - Gina olhou para ele.
- Ah, sim, claro.
- E você vai com quem? - a ruiva perguntou a ele.
- Com ninguém, eu iria com a Parvati, mas ela também foi contaminada com a praga da orla. - Harry respondeu. Hermione sentiu uma parcela de culpa, já que Dumbledore havia pedido para que ela e Snape trabalhassem juntos com isso.
- Quer ir comigo? - Gina perguntou, quebrando o gelo.
- Ir para onde? - Rony chegou.
- Para o baile. Com o Harry. - ela falou e deu de ombros. - E então?
- Po-por mim tudo bem.
- Ótimo então. E você, Ron? Vai com quem? Ou vai esperar mamãe vir para ir com ela?
- Há há há. Óbvio que não, eu irei com uma das veelas, a Anne. - ele deu um sorriso de lado. - E você Hermione?
- O quê? - ela estava pensando em outras coisas. Gina, Harry e Rony franziram o cenho. - Ainda não tenho par.
- Certo. Vamos arrumar isso.
Gina saiu puxando a amiga para o dormitório.
~ SS ~
- Ele a quer. Daqui a poucos dias, quer a Granger.
Severo Snape caminhava aflito pela sala de Alvo Dumbledore. O diretor estava sereno, e olhava curioso a aflição do mestre de poções.
- Já conversamos sobre isso, Severo. Ele não fará nada com a garota enquanto ela estiver sob ordens de Hogwarts.
- Ele mandou outra pessoa atrás dela. Eu já usei a legilimância para entrar na cabeça dele e saber, mas não consigo. Pode ser qualquer um. E se for algum aluno da Durmstrang? ou alguma garota de Beauxbatons? Pode ser aquele garoto em que está flertando com a Granger. - ele disse a última frase ríspido.
- Ora, vejo que se afeiçoou à garota, Severo. Isso é mais que uma relação aluno-professor?
- Você não entenderia.
- Ah, amigo, eu te conheço a tempos. E isso me parece ciúmes. - Dumbledore riu.
- Eu quero protegê-la, é o meu dever.
- Vejo que seus sentimentos quanto à senhorita Granger é de uma reciprocidade invejante.
- Não sei do que está falando. E também não interessa o que sinto.
- Você é um homem bom, Severo. Não deixe que o que você sente pela garota seja abafado.
- Isso não é para o mal dela.
- As vezes, o pior mal está na separação. O amor, ele é a maior força. - Dumbledore piscou e Snape se manteve inexpressivo. - A Granger é uma menina muito boa, e também decidida.
- Do que você está falando? - Snape arqueou a sobrancelha.
- Ah, ela veio aqui me pedir permissão para ir à Londres. - Dumbledore sorriu.
- Londres? - ele manteve o mesmo olhar ao diretor. - O que ela faria em Londres?
- Compras, é claro. Eu liberei ela e a senhorita Weasley.
- VOCÊ O QUÊ?
- A professora McGonagall irá acompanhá-las.
- Você só pode ter pedido o resto de sanidade que tinha. - Snape andou pela sala, parecia pensar em algo. - E quando será isso?
- Oh, olha só! - Dumbledore olhou para o relógio de formato de pomo de ouro que se encontrava na sua escrivaninha. - Agora mesmo!
Snape saiu da sala sem se despedir, foi até onde a maioria dos professores se encontravam. Não sabia o porquê, mas teria que ver a professora McGonagall antes dela sair. Parou em uma porta onde havia um quadro de um leão dormido, que logo rugiu quando ele bateu.
- Professora McGonagall? Está aí?
- Ah, entre, Severo. O que faz aqui? - ela perguntou surpresa.
- Dumbledore me pediu para acompanhar a senhorita Granger e Weasley até Londres.
- Por que? Eu já estava pronta para leva...
Mas não houve resposta. Com um baque na porta, o mestre de vestes negras saiu em direção ao salão comunal da Grifinória. Com sua capa farfalhando no ar.
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