História Inadequado, mas irresistível (Harry Potter) - Confia em mim

Hermione e Snape dançavam em perfeita sincronia, seus corpos colados, a respiração ofegante, no momento aquilo era tudo que importava. 

... Olho profundamente em seus olhos,

Eu toco você cada vez mais

Quando você vai embora, imploro para você não ir...

Hermione se permitiu não pensar em nada. Não ligou pela forma que as outras pessoas os olhavam, e nem os cochichos que se seguiram pelo salão. Sentia a música e dançava com ele. 

... Chamo seu nome várias vezes seguidas 

É tão engraçado tentar explicar 

Como eu estou me sentindo, a culpa é do meu orgulho 

Porque eu sei que eu não entendo,

Como o seu amor pôde fazer o que ninguém mais pôde... 

Naquele instante não existia ciúmes entre eles, nem Chanel, Victor. Somente os dois. 

... Me tenho parecido tão louca,

Eu não sou eu mesma

Ultimamente tenho sido uma tola, eu não faço isso

Estive jogando comigo mesma...

Ela pousou sua cabeça no peito dele, e ambos diminuíram o ritmo, até parar lentamente. 

... Mas quer saber? 

Eu não me importo, 

Porque seu amor tem o melhor de mim agora... 

— Senti a sua falta. 

— Também senti a sua, pequena. 

Passaram mais alguns minutos sem dizer nada. 

— Por que veio com ele? — Snape quebrara o silêncio, ela o olhou e fez outra pergunta como resposta. 

— Por que você veio com ela? — rebateu. 

— Você não entenderia. 

— Não me venha com esses clichês, Snape. Não vejo o por quê eu não entenderia isso. 

— Estou apenas fazendo o melhor para você. — Ele a pegou pelo queixo, fazendo-a encará-lo. — Dá pra, pelo menos uma vez na vida, você não me contrariar e confiar em mim? 

 — Eu confio em você. 

— Eu não faria nenhum mal a você. — ela fechou os olhos. 

— Eu sei que não. 

Ele a abraçou, e não queriam mais sair daquele laço. Enquanto as batidas da música ficaram mais agitadas, mais pessoas foram até a mesa de drinks. Eles se afastaram, mas Snape continuou perto dela. Com um estrondo que soou na sala, Dumbledore anunciou a escolha do Rei e Rainha do baile. Hermione havia votado em Gina, alguns minutos antes. 

— Estão todos bem acomodados? — Dumbledore estava usando um traje típico, um vestido que ia até os pés, verde escuro. — Vamos escolher os dois que irão reinar nesse lindo baile hoje. 

Minerva andou até ele com uma caixinha que lançava pequenos confetes quando era balançada. 

Então, assim que ela colocou a caixinha em um banco, um papelzinho dourado voou até a mão de Dumbledore. Ele brincou fazendo suspense e logo anunciou: 

— E o rei do baile é... Victor Krum! 

Salvas e palmas ecoaram de todo o salão, Victor que estava dançando com uma das garotas foi até onde o professor Flitwick o chamava. Uma coroa com o brasão de Hogwarts foi posto em sua cabeça. 

O diretor pediu silêncio, e retirou outro papel, mais pequeno. 

— E a nossa rainha da noite é uma loira que arranca suspiros por onde passa... Chanel Oberlin! 

A acompanhante de Snape subiu com um sorriso de canto a canto até onde Victor estava, e uma coroa também foi posta em sua cabeça. 

Hermione se sentira aliviada ao ver que seu par estava recebendo mais atenção do que ela o havia dado, de modo que ele não sentiria falta dela nem tão cedo. 

Snape decidiu sair para fora do castelo, carregando a Grifinória consigo, não havia quase nenhum aluno ali. A noite estava gelada, uma brisa vindo da Floresta Negra pairava sobre os arredores fazendo grande parte dos alunos aproveitarem a festa de dentro do castelo. 

Hermione tremeu de frio, e ele deu sua blusa à ela, ficando com uma mais fina azul escuro, que estava vestindo por baixo. A Grifinória agradeceu, e ficou vermelha de vergonha. 

Como um ato quase inconsciente, ele pegou pela mão dela, seus dedos enlaçados valiam muita coisa. Era como uma redimicão, por tudo que haviam passado nos últimos dias. E Hermione se amaldiçoou por estar nesse jogo de ficar bem com Snape e ficar de mal. 

Mas não se reprimiu. Em resposta pressionou a mão dele de volta. Ele deu um meio sorriso a luz do luar. 

— Snape? — ela o chamou baixinho. Pararam de andar, e ele retirou um dos cachos que caíam sobre o rosto dela. — Por que você me evita tanto? 

Ele não quis encará-la, não poderia revelar a verdade. Não agora, não sem antes saber quem Voldemort havia intimado para levá-la até ele. O que Hermione não sabia era que ele nunca a abandonara, havia estado cada minuto dos últimos dias a seguindo, mesmo que de longe. 

— Não posso... 

— O quê? 

Uma turma de alunos alcoolizados estavam indo até o Lago Negro, sem perceber o casal que estava na escuridão.  

— Aqui não é hora para falarmos sobre isso. 

— Ok. Não vou te cobrar nada por hoje, está bem? 

Ele a encarou. Ela ficava mais linda ali sobre o brilho da lua. 

Então ele a beijou, e se afastou em seguida. Ela mordeu o lábio inferior, o fazendo pressioná-la contra a parede, arrancado um gemido da castanha, o que fez o mestre de poções enrijecer seu membro. 

— Ah, Sevie... — Ele a pressionou ainda mais, adorava ser chamado assim por ela. Hermione sentiu o membro dele roçar por sobre sua barriga, e então Snape puxou suas coxas e as colocou enlaçados em seu quadril. O vestido deslizou facilmente quando ele puxou, deixando a mostra seus seios fartos sobre a lingerie que ela usava. 

Com um beijo ardente, fez aumentar ainda mais o tesão que os dois sentiam. Snape começou a beijar e deixar algumas marcas no pescoço dela, enquanto ela puxava o cabelo dele para encontrar ainda mais sua pele, soltava gemidos que o deixava ainda mais excitado. 

— Estou louco. — ele falou arfando.  

— Eu também. 

Hermione o puxava para mais perto, ele tateou pelas coxas dela até subir, onde sentiu a minúscula calcinha que ela usava. Isso o deixou com mais tesão, pois deu um tapa na bunda da castanha, chamando-a de gostosa. 

Entre beijos molhados e o desejo louco que estavam sentindo um do outro, Severo puxou-a para longe de si. 

— Não podemos... Não aqui. — completou, vendo a cara de desgosto de Hermione. 

— Tudo bem. Mas se... 

— PROFESSOR SNAPE! PROFESSOR SNAPE?! 

Uma quintanista da Sonserina, baixa e de cabelos escuros, chamava-o quase gritando, os dois se afastaram, Snape deu um soco na parede e virou para onde vinha a garota. 

— Mas o que está acontecendo? — perguntou com raiva, a garota o viu e correu até onde estavam. 

— Professor Snape... — ela ofegava. Parecia que tinha o procurado por todo o castelo, ou talvez corrido uma maratona. — Por favor... A... 

— Diga. — Ela olhou de Hermione para ele sem entender. 

— A Pansy... Ela... Ela... 

— Respire garota. — Ele já ficava sem paciência. 

— Ela está muito mal. 

— E onde ela está? 

— Nas masmorras. 

Ele suspirou, e olhou para Hermione. Ela assentiu, como se falasse para ele ir. 

— Eu já volto, ok? 

E saiu acompanhado pela garota. 

Hermione ficou no mesmo lugar, observava o breu que a orla da Floresta Negra proporcionava. Contou as luzes que haviam do lado de fora do Castelo e quando já ia voltando para dentro para esperar por Snape, se esquivou quando ouviu algumas vozes. 

— Aquele velho idiota, os dias dele nessa escola estão contados. — uma voz masculina falou. 

— Do que você está falando, Draco? — Crabbe o perguntou. 

— Vocês verão... E aquela maldita Granger! - risadas foram dadas quando ele pronunciou o nome dela. 

— Mas você já sabe o que irá acontecer com ela depois que você-sabe-quem pega-la? — Goyle falou, quase sussurrando. 

Hermione parou de se mexer, e tentou se esconder ainda mais na coluna da torre que estava. Eles pareciam alcoolizados, e ainda haviam uma ou mais duas vozes que Hermione não reconhecera, e que ficavam rindo a cada palavra que Draco falava. 

— E aquele Krum... Não sabe onde se meteu. O Lord das Trevas não irá deixá-lo sair assim, não depois de tudo que aconteceu. — ignorou a pergunta de Goyle. Mas ao falar de Krum seu tom parecia grosseiro, como se tivesse com raiva. — Essa maldita escola. Qualquer dia explodo ela com todos dentro. 

— E seus planos de acabar com o Potter? — Crabbe falou com a voz embargada, os outros dois riram. 

— Já tenho tudo planejado. E da próxima lua cheia, não passa! E não vai só ele, como também a Granger, o Weasley e qualquer outro que se meter!

Hermione que ouvira tudo tapou a boca, mas não sem antes de soltar uma exclamação, o que logo se arrependeu pois Draco ouviu. 

— Vocês ouviram isso? 

— O quê? — um dos garotos perguntaram. 

— Tem alguém aqui. — Hermione sentiu seus passos, ele buscava algo da mesma forma como um predador procura sua presa. 

— Deve ter sido o vento, Draco. — Crabbe falou. 

Mas o sonserino não ouviu, voltou a rodear o local, seus passos estavam mais perto de onde ela estava. 

Hermione prendeu a respiração, e se espremeu ainda mais para não ser vista, mas não havia muito o que fazer, algumas partes do seu vestido brilhavam na escuridão. Se amaldiçoou por isso e pediu a Merlin para Draco ir embora. 

Em vão. Antes dela pegar a varinha, Draco a viu. 

— Ora, ora olhem só, é a Granger. Sozinha... O que vamos fazer com você, hein? 

Hermione tentou azara-lo, mas sua varinha voou até a mão dele, que deu uma gargalhada que Hermione se encolheu toda. Pela primeira vez na vida, estava com medo de Draco Malfoy.