História Inadequado, mas irresistível (Harry Potter) - A Fúria do Mestre de Poções

Snape corria ofegante, nas masmorras Pansy Parkinson delirava. No chão ao seu lado, havia vômitos e ela estava caída sobre toalhas com o brasão da Sonserina que brilhava incansavelmente. 

– Ela estava dançando no salão quando de repente começou a se sentir mal e disse que queria vir para cá. – Contava a garota que tinha ido chamar o professor para dar assistência à garota. – Não sei o que aconteceu. 

– Ela deve ter bebido mais do que deveria. – Snape falou impassível. 

– Mas então eu pedi para levá-la à enfermaria ou ir chamar a Madame Pomfrey, porém ela começou a gritar e falar que eu tinha que ir chamar você. – A garota parou, e olhou da menina caída para o professor, parecendo lembrar de algo. –Ela disse que você tinha que deixar Hermione só. – Completou. Snape então parou, parecia que agora tudo havia ficado claro. 

– Como ela sabia? – olhou para a garota. A frieza em seu olhar, se tornara fatal. A sonserina se encolheu. 

– E-eu n-não sei... Ela sumiu alguns instantes na festa e depois começou a ficar mal. 

– Leve-a até a enfermaria, vou chamar alguém para ajudá-la. 

Snape apressou o passo, quem quer que fosse que queria afastá-lo de Hermione havia conseguido, e não era aquela garota. 

Seguiu até o salão principal, avistou logo um dos monitores e deu ordem para que o mesmo fosse até às garotas e fornecesse auxílio. Saiu aflito para onde havia deixado Hermione o esperando. 

Por Merlin. 

Se culpou e praguejou todo o caminho. 

Eu juro por tudo. Se alguém tiver feito algo com ela eu nunca mais irei me perdoar. 

Seu coração se apertou. Havia sido tolo. Era sua missão protegê-la. Havia prometido para si mesmo que não deixaria nada de ruim acontecer com aquela que nos últimos tempos havia sido o motivo da sua existência. Deveria saber que iriam querer separá-los e deixá-la sozinha, a mercê. Como havia sido inepto no que havia se comprometido a si mesmo. 

Pensamentos perpassavam sua cabeça a caminho da saída do castelo. Fazia promessas a todos os melhores bruxos que já haviam existido para que nada acontecesse com aquela que era sua mais preciosa. 

Jurou por tudo que não a abandonaria mais pelo resto da vida se ela estivesse bem ali, sã, salva e em segurança. 

Promessas em vão. 

Onde a poucos minutos se encontrava o amor de sua vida, agora só existia um adereço, que ela usava em seus cabelos cacheados. 

HG

      Hermione se encontrava caída em um chão com pisos sujos. Um lugar que ela desconhecia. Parecia um sótão enorme, com grandes colunas e uma pintura desbotada. Havia grades que fechavam a única passagem que havia dali para um outro cômodo acima. Suas mãos estavam geladas e estava difícil se mover com aquele vestido que ela ainda usava. Recolheu toda a força existente e conseguiu levantar. Parecia que uma parte de seu corpo havia se desintegrado e a outra trabalhava por dois. Pensou tirar o vestido, mas logo desistiu, lembrou do que estava usando por baixo e se o tirasse ficaria nua. Puxou a parte do vestido que havia se rasgado, não lembrava como, mas havia um rasgão no meio da perna que estava banhado em um vermelho vivo.  

–Ai! 

Soltou um grito abafado quando passou o dedo na perna e ali havia um corte. Seu corpo começava a se recuperar do susto e agora todas as dores estavam intensas. Amarrou um pedaço do vestido no meio da perna, o que estancou o sangue. Mas parou logo que ouviu passos na escada. 

SS

 Draco estava parado, imóvel. Ao seu lado, outros 4 sonserinos gemiam em silêncio. Snape puxou a varinha da parte interna de sua roupa e uma fúria tomou conta de si. 

– Onde se encontra a senhorita Granger? – perguntou. Apontando a varinha direto para a cara do garoto, que estremeceu de medo. A voz do professor de poções estava diferente, parecia que tudo em sua volta poderia pegar fogo se ele quisesse, seu corpo era puro ódio. 

Ele lançou um contra-feitiço no ar e os garotos começaram a se mexer. 

– EU PERGUNTEI ONDE ESTÁ HERMIONE GRANGER! – Gritou. Da sua varinha apareceu uma grande serpente de fogo, que iluminando o local onde estavam, logo se aproximou dos garotos. Draco começou a choramingar, e os outros também. 

– E-eu não sei. – respondeu o loiro. 

– NÃO BRINQUE COMIGO! – a cobra se aproximou ainda mais dos garotos, o fazendo estremecerem com mais vontade. 

– O Lord das Trevas a levou. – Uma vozinha fraca saiu de onde um dos garotos estavam. Snape se aproximou dele, a cobra ao seu lado deu uma volta entre eles. 

– Quem a levou? – Falou, num tom mais baixo e sombrio. O garoto tremeu o lábio inferior. 

– A fi-filha dele. 

Snape franziu a testa. Estavam por acaso brincando com sua cara naquela altura do campeonato? Ele poderia matar todos com apenas um aceno de varinha, mas não o fez. 

– Quem é a filha dele? 

– A garota que estava com você, professor. – O garoto olhou para baixo. – Aquela Chanel Oberlin. 

Snape então pareceu entendeu tudo. Seu semblante mudou, e com um chamado de varinha, suas roupas foram substituídas por suas vestes tradicionais.  Com um farfalhar da sua capa preta ele sumiu. Sabia onde ela estava.