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História Inexplicável - 3


Escrita por: jenngps

Notas do Autor


Tentei colocá-los da melhor forma possível juntos, porque, no meu ponto de vista, Jeryl não vai acontecer sem travar umas guerrinhas antes.

Capítulo 3 - 3



- Não tem mais nenhum por perto. - Daryl voltava para dentro da cabana, depois de ter rondado-a para verificar se tinha mais algum walker ali por perto. 

- Então, você conseguiu encontrar alguma coisa? - Paul estava sentado no chão, recostando as costas na parede de madeira velha. Daryl fechou a porta da cabana se dando por vencido de que Paul não iria embora dali.  Daryl não queria que o loiro fosse, mas era perigoso demais ficar a sós com ele, perigoso demais pro auto-controle de Daryl.

- Não. - Daryl se virou de frente para Paul. - Nada que possa ajudar.

- Não tem muita coisa sobrando por ai ultimamente. - Disse o loiro, um pouco desanimado. Ele observava Daryl de pé. Como podia ser tão fodidamente atraente? 

- Vou continuar procurando. - O moreno falou, dando de ombros. 

- E se você acabar dando de cara com os Salvadores? - Supôs o loiro, franzindo a testa na espera da resposta do outro. Daryl o encarou fixamente por longos segundos mas nada respondeu, então ele caminhou ate a mesa encardida onde sua mochila estava jogada e começou a revirá-la. No chão haviam pedaços da cadeira que Paul usou para matar o walker que os atacou. - Daryl, você tem que começar a se importar com o perigo que está correndo.

- Mas eu não me importo. - Retrucou ele, rabugento. Paul respirou fundo. 

- Já passou pela sua cabeça que tem pessoas que se importam com você e não querem te ver morto? - O loiro pareceu bravo. Daryl virou o pescoço para olhá-lo; quis retrucar mas simplesmente voltou a remexer sua mochila. - Pare de agir como se fosse um pecador que está tendo que pagar por seus pecados! - Paul se levantou do chão, irritado. Conseguiu a atenção de Daryl e o caipira começou a se estressar; Paul percebeu só pelo olhar de Daryl.

- Mas não é isso que eu sou, Jesus? - Debochou ele, irritado. 

- Você não é um monstro, Dixon! - O loiro se aproximou bruscamente de Daryl, que não recuou, apenas enfrentou o olhar faiscante de Paul. - Para de agir como se fosse.

- Eu causei a morte do meu amigo. O cara mais humano que eu conhecia. Eu vi ele morrendo e não pude fazer nada. Você não sabe o que é isso! - Daryl falou alto.

- Não foi a sua culpa! - Paul disse.

- FOI SIM! - Gritou Daryl.

- NÃO! - Paul agarrou o rosto de Daryl com as mãos e o obrigou a olhá-lo fixamente, sem distância entre os rostos. Ambas as respirações se misturaram, quentes, aceleradas. - Não foi a porra da sua culpa, Daryl Dixon. A culpa disso tudo é do Negan, e é por isso que você está aqui fora. É por isso que eu estou aqui também. Nós vamos combatê-lo, mas você tem que parar de tentar ser morto para se livrar da culpa. - Paul falava compassadamente, como se tivesse fazendo uma criança entender alguma coisa. Daryl era tão teimoso e não aceitava estar errado mas ele estava errado. 

A respiração de Daryl era muito intensa. Ele sentia as mãos de Paul grudadas em seu rosto e era como se sua pele estivesse queimando em consequência daquele contato. Os olhos azuis de Paul causavam um tremor pelo corpo do moreno incapaz de ser controlado. As palavras de Paul eram como um choque elétrico em cada parte viva de Daryl e aquilo só fazia com que Daryl lutasse contra a perda de juízo naquele momento. Porque Paul, ah, ele já havia perdido seu juízo por Daryl há muito tempo.

- Você não sabe de porra nenhuma. - Daryl murmurou, pegando as mãos de Paul com as suas e tirando-as de seu rosto. O moreno se afastou imediatamente do loiro e Daryl o ouviu suspirar profundamente.

- Eu sei que você está com medo, Daryl. - Paul continuou a falar mas Daryl virou-se para ele de novo, ainda mais irritado.

- Você não sabe de metade das coisas que eu e o meu pessoal tivemos que passar por todos esses anos. Isso não é medo, é sede de justiça. - O moreno retrucou.

- Eu posso ver você. - Paul não se intimidou com a irritação de Daryl. - Eu sei que está com medo, eu também tenho medo. Mas a gente vai conseguir.

- Pare de falar. - Daryl grunhiu, irritado. 

- É difícil pra você ouvir a verdade? - O loiro desafiou-o com o olhar. Daryl subitamente fechou os punhos e se aproximou de Paul.

- Eu não quero você aqui mais. Vai embora. - Ordenou ele, frente a frente com Paul.

- Você não consegue perceber o quanto está com medo de mim. - Paul abriu um sorriso de lado, completamente provocativo.

- Sai daqui. - O moreno ordenou novamente.

- Eu não vou sair. - Paul falou tranquilamente, encarando os olhos rutilantes de Daryl. - Eu não vou deixar você até você parar de ter medo de mim.

- Eu não tenho medo de você. - Daryl começou a respirar pesadamente quando Paul tocou-lhe no queixo e começou a acariciar aquela região. Os punhos de Daryl que estavam fechados se abriram involuntariamente e seu corpo começou a estremecer. Merda.

- Tem certeza? - Paul sussurrou, sorrindo tentadoramente. Daryl queria se afastar mas não tinha controle de seu corpo naquele momento. Paul subiu o dedo pela rosto de Daryl até chegar na boca e então começou a deslizar lentamente seu polegar pelos lábios do outro. - Você tem medo de mim, Dixon. Mas você não precisa ter, porque eu só quero ficar com você. Então, se você não me quiser, essa é a hora de me socar e me obrigar a ir embora.

Daryl sabia que tudo que Paul estava dizendo era verdade. Ele tinha medo de se envolver porque isso nunca lhe aconteceu antes. Ele tinha medo de se apegar ainda mais e perdê-lo, porque Daryl não aguentava mais perder quem amava. Ele tinha medo porque não sabia o que fazer, como fazer, se seria bom o suficiente; ele nunca tinha sido antes. Mas naquele momento, o olhar de Paul fazia todo aquele medo ir embora. Daryl não sabia o tamanho da roubada em que estava se metendo mas tinha certeza de que já não conseguia controlar mais nada.

- Que se foda. - Daryl segurou Paul pelo pescoço, enfiando seus dedos ágeis por entre o cabelo do loiro, e tudo que viu antes de colar sua boca na dele foi o sorriso insano que Paul lhe deu, um sorriso capaz de fazer Daryl esquecer tudo em sua volta. 

Paul agarrou a cintura de Daryl com precisão enquanto sentia a lingua dele invadir sua boca. O choque dos gostos se misturando foi enlouquecedor. As mãos de Daryl passeavam pelos fios loiros de Paul com um certo desespero, ele queria aquilo há tanto tempo que já nem fazia questão de esconder seus fetiches. Definitivamente o cabelo de Paul era um fetiche e tanto para o moreno. O beijo era tão intenso quanto os corpos colados e a vontade de estar juntos naquele momento. Quando já estavam ficando sem ar, foram parando o beijo aos poucos mas não deixaram a proximidade entre os corpos acabar. 

- Ainda com muito medo de mim? - Paul provocou, com um sorriso. Seus lábios estavam avermelhados e inchados.

- Cale a boca. - Daryl mandou e beijou a boca de Paul mais uma vez. Chupou os lábios do loiro sem pressa.

- Eu venho querendo isso há muito tempo, Daryl. - Paul disse baixinho, olhando agora nos olhos de Daryl, intensos demais. - E eu quero arriscar. Não me importo com as consequências, só me importo em ter você assim comigo.

- Uhum. - Murmurou Daryl, sem jeito. 

- Uhum não é resposta. - Implicou o loiro, subindo uma mão da cintura de Daryl e chegando até os cabelos negros. Paul tocou o cabelo de Daryl lentamente, brincando com os fios. - Por favor, Daryl, diz o que você quer.

- Eu tô com medo. - Confessou ele e Paul o olhou com ternura. - Medo de muitas coisas, não sei como agir e não quero.... - Daryl estava notoriamente sem jeito para falar aquelas coisas, mas o olhar insistente e terno de Paul o fez continuar - e eu não quero ter mais o que perder. Não quero te perder.

- Você não vai. - Paul disse com certeza. - Eu vou olhar por mim e por você. 

- Não preciso de babá, lembra? - Daryl falou, mas não estava irritado.

- Acho que você precisa sim. - Paul sorriu e deslizou seus lábios nos de Daryl. Eles fecharam os olhos e ficaram ouvindo a respiração um do outro.

- Acho que quero que você fique por hoje. - Daryl disse, sussurrando.

- Só por hoje? - O loiro indagou.
- Me ajude a enfrentar um medo a cada dia e você vai ficar. - Falou o moreno.

- Eu vou cuidar de você. - Paul sussurrou e Daryl se arrepiou. - Internamente. - Paul colocou uma mão sobre o peito de Daryl. O moreno colocou sua mão por sobre a dele e instantaneamente as bocas se encontraram mais uma vez.

Pelo fim daquela tarde, só pelo fim daquela tarde, Paul poderia ficar.


Notas Finais


Perdoem qualquer erro ortográfico e não deixem de comentar :)


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