Eu acordei, eram umas nove horas da manhã, os raios de sol atingiram meus olhos como flechas, eles estavam fortes e quentes, o dia estava lindo para cavalgar, mas quem disse que eu poderia? Não se passaram nem dois minutos que eu acordei e já ouvira minha mãe gritar no corredor:
- Nevvile! Levanta que já é de manhã, hoje temos compromisso! - Eu quase caí da cama com seus gritos altos, e bravos, ela estava de mal humor. Eu já esperava que ela chegasse para me dar uma bronca por eu estar ainda deitada, e coberta, ela logo chegaria no meu quarto e arrancaria minha coberta. Dito e feito, ela arrancou minha coberta e jogou as roupas que eu devia pôr no meu rosto, e saiu do meu quarto sem dizer sequer uma palavra. Mas seu olhar já dizia tudo, "se arrume logo ou você não vai poder cavalgar a tarde", eu já sabia das consequências de não a obedecer, ela era rígida, mas era uma boa mãe.
Neste dia era aniversário da minha prima, seu nome era Katrine, ela era linda, seus olhos eram castanhos claros, como mel, e seus cabelos eram ruivos, eles brilhavam diante da luz do sol, eu poderia admitir que tinha inveja dela, ela era 2 anos mais velha do que eu, ela iria fazer 18 anos, e eu 16 neste mesmo ano, ela era madura e responsável, meus pais sempre usavam ela de comparação a mim, eles diziam que eu tinha que ser tão responsável quanto ela na minha idade, que ela era madura, e que já sabia das suas responsabilidades, e toda aquela baboseira de adultos sobre a minha prima. Eu sempre quis ser tão bonita e responsável quanto ela, mas eu admiti que eu não posso fingir ser tão boa quanto ela, eu tenho que ser eu mesma, e quem gostasse de mim, gostasse do jeito que eu sou.
Assim que cheguei na festa, cumprimentei a minha prima, e meus tios, como a festa era elegante! Tinham candelabros de diamante, velas, e uma mesa enorme, cheia de comida gostosa, minha mãe não me deixou sequer provar uma fruta fresca, nenhum morango com chocolate, nada.
Onde eu vivo, existem ricos, nobres, plebeus, e a maior e mais rica família da nobreza, os Gevit. Eles eram pessoas cruéis que podiam fazer o que quisessem com o povo, não importando se é rico, nobre ou qualquer outra coisa, se você não for Gevit, você está sujeito a ser uma das marionetes reais, ou seja, um dos meios de diversão dos Gevit.
A festa estava agradável, a música me fazia se sentir nas nuvens.
Nos momentos em que minha mãe não estava me vigiando eu pegava alguns doces escondido, e eles eram tão deliciosos que não podia me conter.
Enquanto me deliciava com os doces da mesa principal, avistei de longe um menino com uma aparência encantadora, olhos negros e cabelos castanhos claro. Em sua roupa, havia um broche, e desenhado a ouro o símbolo do brasão dos Gevit, representado com as letras G.I.T, cretino! Não podia acreditar que eles tiveram coragem de aparecer em um evento onde não eram bem-vindos.
Eu senti uma espontânea vontade de enfiar as minhas garras em seu belo rosto, mas decidi não o fazer.
Quando finalmente me dei conta de que não conseguiria me conter por muito mais tempo pedi com licença para minha mãe e puxei-o para fora da festa, eu não podia saber qual seria sua reação, porém, tinha que interroga-lo.
Assim que chegamos do lado de fora da festa ele deu um puxão em seu braço a fim de me fazer soltá-lo.
- O que você está fazendo? - Ele gritou - Quem você pensa que é para acabar com minha diversão? Você sabe de que família eu sou? – Ele parecia irritado, e eu sentia minha mão tremer de ódio.
- É por este motivo que eu lhe trouxe aqui. O que lhe fez pensar que poderia estar em um evento Argyros? O que faz aqui? Quem permitiu sua entrada? – Ele me olhava como se eu fosse doida, e me fazia se sentir assim.
- Não lhe interessa, eu vou onde quiser, se me dá licença, estava a fim de me divertir esta noite.
- Com quem você acha que está falando? Que direito você tem de esbanjar seu brasão odioso e belo, os Gevit são mesmo nojentos! – Não conseguia controlar minha raiva por um segundo sequer, mas não podia ataca-lo, isto poderia trazer uma má reputação para minha família.
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