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História Ink Boy - Inked


Escrita por: ickokim

Notas do Autor


boatos que eu tive que formatar meu computador
e fiquei sem tempo de atualizar antes
e eu preciso fazer capas h e l p
boatos que to atualizando hoje para demorar para atualizar depois risos ninguém viu afinal amanhã estarei 100% dedicada nas minhas edições e não queria deixar vocês sem att

Capítulo 2 - Inked


Fanfic / Fanfiction Ink Boy - Inked

O despertador ecoara. O soar torturante forrava o quarto, os corredores e principalmente toda a estatura mediana feminina, que tentara amenizar a amargura com o seu travesseiro pressionado contra as orelhas; falha tentativa.

As pernas balançaram com fúria, fazendo as cobertas que se beiravam no acolchoado irem direto para o piso – cobrindo, inclusive, seu animal de estimação que dormia próximo de um dos pés da cama e no mesmo instante passou a choramingar enquanto perdia-se nos lençóis.

— Cala a boca, cala boca, cala boca — Repetira oscilando o som de suas falas enquanto batia a mão contra o telefone celular sobre a cabeceira, como se aquele fosse um relógio comum e páreo aos toques.

Não havia uma sequer pessoa presente para alertar a garota de que o celular não cessaria os soares com agressão e ali, na briga contra o próprio aparelho eletrônico, permanecera durante alguns minutos, segurando-se até mesmo para não arrancar os próprios cabelos.

Fora uma dor auditiva que durara talvez uns vinte minutos até Seok Areum encorajar-se ao endireitar na cama de casal, apoiando as costas contra a parede. Um longo suspiro revestiu o cômodo recém-silenciado com os dedos trêmulos e irritados.

A jovem era uma recém-adulta. Havia completado os vinte e um anos em alguns meses e esbanjava a liberdade da forma mais odiada pelos pais, aos quais vitoriosamente já vivia distante há um ano – cada um em sua moradia.

Estava na faculdade de administração e trabalhava num estágio para uma empresa mediana. Alcançava os limites de suas emoções com esta brincadeira de vida dupla. Estressava-se praticamente o dia inteiro, alegrava-se nas últimas horas com o comemorar de trabalho concluído e excesso de álcool; mau costume que compartilhava com os amigos mais próximos do curso. Tornava-se, assim, uma bomba humana de sensações latejantes e almejantes por uma válvula que as liberassem.

— Mingyu — pronunciara em alto tom enquanto oscilava o olhar pelo quarto a procura daquele que proferia os murmúrios dolorosos. — Mingyu? — Franzira o cenho aproximando-se da beirada da cama, onde escutou em maior entonação a voz do animal, e puxou as cobertas visualizando o pequeno animal ali em baixo.

O pequinês de fios marrom passou a balançar o rabo com deleite enquanto esticava a língua e fitava a silhueta da dona sobre o grande objeto. Ela gargalhou e murmurou um pedido de desculpas inocentes pelas suas atitudes imprudentes, que acabaram por encobri-lo em tecidos pesados. Segurou-lhe em seu pequeno porte e trouxe-o para cama, vendo somente ali, na metade do caminho, a tinta preta cobrindo-lhe a pele e, num susto, largou o animal sobre o acolchoado com nenhuma delicadeza.

— QUE PORRA É ESSA — Gritara, como se alguém fosse lhe escutar. Com aquela tonalidade, talvez os vizinhos.

Seus dedos esfregavam, arranhavam e, até mesmo cobertos pela própria saliva tentavam retirar a tintura, mas todas as tentativas foram em vão; poderia ser tinta de henna, porém só começaria a sair naturalmente após alguns dias.

Os olhos enchiam-se de lágrimas em meio à fúria que viera a ser duplicado. Areum já classifica aquela manhã como a pior de sua vida, nem da sua semana. Concentrou-se no desenho durante alguns instantes para só então perceber que logo abaixo possuía uma sequência de números. Contorcia-se para melhor leitura dos dígitos e, pela quantia deles, deduziu que seria um telefone – o que apenas vinha a piorar a situação.

Lábio inferior preso entre os dentes enquanto a canhota vinha a digitar algarismo por algarismo encontrado selado em sua pálida epiderme. Pressionado o botão verde e com o aparelho contra o ouvido Areum só gostaria logo de encher a audição do responsável com as palavras mais grotescas que possuía em seu vocabulário e, até mesmo, aquelas que ainda não o compunham.

Sim — Atendera ao telefone da forma mais automática e seca que pudera, como o costume, ainda mais por serem dez horas da manhã e ter sido despertado de seu sono que mal havia iniciado.

Quem é?

Você que ligou — Pigarreara em seguida com a voz ainda distorcida pelo sono. — Eu que deveria estar perguntando. — Os olhos femininos rolaram.

Sou a garota cujo você, vândalo, feriu o corpo.

Eu não machuquei ninguém não.

VOCÊ ME MACHUCOU. VOCÊ VIU ESSE ABSURDO QUE FEZ NO MEU BRAÇO?

Quem é você?

Areum.

A-ah — O garoto coçara a cabeça e ajustou-se na própria cama, com os olhos ainda pesados. — A garota que pediu uma tatuagem de pênis.

Pediu? Você que abusou do meu corpo e fez esse desenho obsceno e ainda adicionou seu número.

O seu tipo de bêbada é o pior. — Minghao bufou e deitou-se mais uma vez. — Se quer tirar satisfação vá até meu estúdio hoje. É na rua em que você estava bebendo na noite passada.

Como você sabe que eu estava bebendo?

Como você acha? — Ele rolou os olhos antes de desligar o telefone sem despedidas.

Reclamações escapavam dos lábios rosados com facilidade enquanto os dígitos prendiam-se aos fios e ansiavam por puxá-los. As pernas passaram a movimentarem-se brutalmente contra o acolchoado mais uma vez, trazendo uma inconstância na posição do cachorro que com seus poucos atos expressava imenso medo com a dona.

— Ah, eu preciso de sopa. — Referiu-se a típica sopa coreana, a benção para a ressaca, enquanto apoiava a canhota na testa e lutava para retirar-se da cama.

Seus passos curtos e arrastados foram seguidos pelo animal que rebolava ao andar. O cabelo de longo comprimento fora preso num alto rabo de cavalo que visualmente era uma bagunça, mas um alívio ao pescoço da jovem. Ajustava os fios que lhe cobriam a testa enquanto abria a geladeira, em busca de ingredientes para fazer a refeição milagrosa já que tinha de ir ao trabalho e, decepcionara ao encontrar apenas um pote de salada, uma maça e uma garrafa de leite.

— EU NEM GOSTO DE SALADA. — Gritou consigo mesma batendo a porta do objeto agressivamente.

Afirmativo. Era o pior dia da vida de Areum. Um alarme infeliz, uma tatuagem inapropriada, um garoto deplorável e uma geladeira vazia. Já poderia abrir a varanda e dar-se aos ventos por ser moradora do vigésimo andar, mas não fara isso, amava demais Mingyu para isso. Isso mesmo; amava demais aquele animal que lambia a si mesmo no instante.

Voltou os passos para o lugar de onde viera. Um amontoado de roupas em mãos, uma toalha sobre os tecidos e um único desejo; um banho quente e feliz, ao menos isso. Deixou o líquido da temperatura de sua ira anterior lhe arder a pele, deixando cantos desta até mesmo avermelhada. Tentou, mais uma vez e a última, esfregar a suposta tatuagem, mas o pouco que tirou desta era absurdamente decepcionante.

Vestiu as peças íntimas, a calça jeans e uma camiseta de magas longas em pleno calor de Seoul, de temperatura mínima de vinte e dois graus. Prendeu os fios ainda úmidos em um alto coque e cobriu os olhos com os óculos redondos de seu grau; a vestimenta de garota comportada que só existia quando ia ao trabalho.

Oito horas no escritório insuportável para apenas na nona poder dirigir-se ao imprudente garoto de mau comportamento e, ele que a esperasse.

— Ei, Mingyu — Desta vez não havia nenhum animal, em forma ao menos, mas Minghao adoraria dizer que ele era tão grotesco como um. — Me deixe fazer uma tatuagem em você.

O garoto brincava rodopiando a máquina de tatuagem em seus dedos enquanto apoiava os calcanhares no balcão da loja. Os olhos reforçados com um delineado focaram-se na face do amigo de pele bronzeada que, como toda a noite, passava pelo local apenas para incomodá-lo.

— Que tipo de tatuagem? — Afastara o celular da face para retribuir o olhar do chinês.

— Minha cara — Esboçara um curto sorriso. — Na sua bunda.

Kim franziu o cenho e encarou-o indignação. Forçava-se a acreditar que aquela ideia idiota não havia sido pronunciada, mas não esperava muita coisa do garoto de baixa fluência em seu idioma.

— Por que na minha bunda? Por que na minha cara? — Desta vez Xu que lhe encarou indignado. — Digo, por que a sua cara, na minha bunda?

— Eu ainda estou surpreso que você não negou de primeira — Gargalhou largando a pistola de tinta sobre a vidraçaria. — Ficaria legal. Eu adoraria ver a cara das pessoas quando foram te ver neste ângulo.

— Eu não sou gay.

— Eu poderia estar falando de uma sauna, por que respondeu com tanto desespero? — Gargalhou mais uma vez. — Não é gay. — Os ombros movimentaram-se e os olhos rolaram. — Então você e o Wonwoo são o que? Mais que amigos, friends?

Interrompendo a intima conversa que blindava o local, na ausência de clientes pelo o horário, o soar do sino fora válvula atrativa de interesse de ambos os ‘Min’. O garoto de fios castanhos fixou o olhar na garota que entrava enquanto o outro se desinteressou no mesmo instante.

— Como posso ajudar?  — Disse da forma automática, mesmo que tivesse reconhecido os traços femininos.

Os passos pesados ecoavam no piso de mármore preto. As mangas finalmente recolhiam-se, diminuindo a extensão – como ansiava o dia inteiro depois de repetidas perguntas questionando-lhe se não estava com calor – e o braço tatuado fora repousado sobre o vidro que transbordava desenhos por baixo.

— Ok, vamos lá. Eu sou muito obediente e vim até aqui para você me explicar que porra é essa no meu braço.

— Literalmente — Kim se erguera e bisbilhotara o desenho no braço, recebendo um olhar negativo de ambos no balcão e reprimindo-se em seguida, escondendo-se novamente atrás de seu celular.

Minghao retirou do bolso frontal o guardanapo da noite anterior, aquele que tratou de trazer novamente ao trabalho em caso de uma bomba humana – tal como a Areum – viesse a se aproximar do estabelecimento com agressividades.

— Conhece isso? — Com sutilidade colocou o guardanapo no balcão e o aproximou da garota, que o fitou com duvida e hesitação.

— Como você tem isso?

— Você me trouxe isso ontem e pediu para que eu tatuasse isso em você. — Os longos e belos dedos masculinos apontaram para o desenho no braço alheio, finalizando com um sorriso grande e cínico esboçado nos lábios.

— EU ESTAVA BÊBADA! Eu não acredito que me deixou pagar por um absurdo desses. Eu não acredito que aceitou tatuar um absurdo desses! Que tipo de tatuador você é?

Soprou um riso e agachou-se atrás do mostrador, abrindo o armário da parte inferior e retirando deste uma garrafa de álcool e um pano. Ergueu-se e umedeceu o tecido com o líquido em mãos e logo fitou a face confusa e, ainda assim, continuamente enfurecida.

— Primeiro; eu não te deixei pagar por isso. —Os olhos rolaram antes de o lenço ser passado aprazivelmente sobre o desenho erótico. A garota, indisposta e sem palavras focava apenas na face tão bem decorada masculina, se o dom pela arte era existente, na maquiagem pelo menos era muito melhor que o seu.

Diminuiu a intensidade da coloração do rabisco inoportuno, apesar de ainda tê-lo marcado ali, pois para sair completamente necessitaria mais algumas doses de limpeza. Tacou o pano no armário ainda aberto e fechou a garrafa de álcool, arrastando-a para o lado.

— Mais alguma coisa para reclamar? — Sorrira sutilmente.

— O que diabos eu vou fazer com seu número aqui? — Referiu-se aos dígitos que Minghao não limpara.

— Há várias coisas. Você pode se martirizar pela situação infeliz que passou toda vez que olhar durante duas semanas, se não limpar direito. — Mingyu gargalhara, ela abaixara as mangas novamente. — Você pode esboçar sorrisos todas as vezes que lembrar-se que eu, ao invés de receber dinheiro e te marcar pela vida toda fui muito gentil ou, você pode usar esse telefone para me ligar qualquer dia. — Piscara ao final, ajeitando-se no banco que sentava anteriormente.

— Oh, inacreditável. — Murmurara o amigo logo atrás, rodando os olhos e virando-se para o outro lado. Lamentava-se por estar presente numa cena destas, Areum igualmente.

Soprara um riso desacreditado enquanto rolava os olhos e vinha a estender a mão e franzir os lábios.

— O que quer?

— Meu dinheiro.

— Que dinheiro? — Ele arregalara os olhos. — Eu acabei de dizer que você não me deu dinheiro, eu não te cobrei exatamente por que achei errado.

— Você me disse que eu tinha pagado!

— Quando?

— Ontem.

— Ah — O chinês gargalhou alto. — Agora você se lembra sobre ontem, mas quando foi para falar da tatuagem você não se lembrava?

— Eu não confio em você. — A garota cruzou os braços.

— Ótimo. — Uniu as palmas da mão deixando um som estalado escapar. — Confie nas infinitas garrafas de álcool que bebeu.  Por que não pede o dinheiro de volta por todo o álcool também?

— Por que vai julgar meus hábitos agora? Álcool não é permanente que nem as quinhentas tatuagens que você tem nos braços.

— Minhas tatuagens foram escolhas minhas e não irão me matar que nem você com seu costume infantil.

— CALEM A BOCA! — Kim ergueu-se e apoiou o celular sobre o estofado. — Ah, essa briga está pior do que as que eu tenho com Minghao. — Esfregara a testa com a mão direita. — Minghao, cala a boca. Você já fez o que deveria agora só fique quieto. Moça, ele já disse que você não pagou e apesar de chato ele é sincero então se você já acabou, por favor — as mãos sinalizaram para a porta. — Vá embora.

Os risos de Xu revestiram o local. A cena estava estranhamente confortável para ele e poderia continuar apimentando a discussão por mais um longo tempo. Estendeu os braços e alongou-os enquanto fitava as costas da garota que agora transmitia toda sua aura negativa ao seu melhor amigo e isso lhe deixava ainda mais contente; tal a sua relação de amor e ódio com o próprio.

— Você pode voltar sempre. — Seo, seu sobrenome coreano, insistira para a garota que já não sabia se irritava-se ou acomodava-se com a proposta.

— Eu estou indo. — Ela bufou antes de retirar-se do estabelecimento.

— Uau — O amigo bateu palmas enquanto se aproximava do balcão. — A foça tá grande ou só foi um amor à primeira vista?

— Cala a boca Mingyu.


Notas Finais


relevem os erros, revisão aqui rola, mas não é a melhor por que a disgrafia é real
AREUM É MEU ESPÍRITO ANIMAL se revoltaram com ela? pois bem, conheçam minha eu interior que também se odeia não se preocupemkkkkkkkkkkkk
sim o cachorro dela chama mingyu, o animal mesmo tá


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