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História Ink Boy - Ink Boy


Escrita por: ickokim

Notas do Autor


eeeeba voltei com capítulo novo
se tudo der certo vou continuar a atualizar de 4 a 4 dias, ou 3 dias, algo do tipo
se tudo der certo

Capítulo 3 - Ink Boy


Fanfic / Fanfiction Ink Boy - Ink Boy

Os pais nunca aprovaram seus gostos e profissões. E olha que Minghao classificou sempre ‘nunca’ como uma palavra forte. Repeliam esta paixão pelas danças de ruas, pelos corpos desenhados com símbolos inapropriados – como religiosamente defendiam – e quaisquer vertente destas. A zanga excessiva fizera com que a mente do, até então, estudante, revestisse-se com um único propósito; mudar-se para o país vizinho.

Arriscaria se possível, fugir para outros países, mas com suas limitadas condições financeiras – provenientes dos bicos que realizava pelo bairro ou no colégio – a passagem que podia ser-lhe presenteado tinha poucos rumos e, a Coréia fora a melhor escolha.

Mudou-se aos vinte, com uma arriscada passagem só de ida. Comunicou, obviamente, os parentes que mesmo profundamente contrários não foram suficientes para cessar as rebeldias do jovem-adulto, que sequer sabia o idioma do país que agora moraria. Este aprendera na marra, vivendo temporariamente em hotéis até conseguir trabalhos e deste herdar dinheiro para constituir um estúdio e boas amizades que lhe auxiliaram com esse; quatro anos que acabaram por presentar o chinês com benefícios.

Eram, aproximadamente, oito horas da noite. Ausentara-se do trabalho matutino deste dia para um repouso físico e mental em sua cama, com muitos filmes. Na realidade, só dispensava mais madrugadas com embriagados exigindo-lhe um desperdício de seu dom artístico para realizações infames em suas peles; Areum não fora à última e dela já havia se passado duas semanas.

— O que tem de tão prazeroso em ver animais acasalando? — Levou até os lábios um punhado de pipoca enquanto os olhos fitavam o programa animal passar na televisão mediana. — Nada divertido, nada divertido. — Desprezara.

Lambeu as pontas dos dedos que se encontravam encharcadas na manteiga que havia colocado em excesso na pipoca – quanto mais, melhor – e apertou os botões do controle para que o canal mudasse, mas até mesmo o canal predileto de filmes ausentava uma afável programação.  

— Por quê?! — Reclamara movimentando as pernas brutalmente. — Eu também gosto de animais, mas por que até os filmes estão falando de animais! Eu não quero saber! — Rolou os olhos e desligou a televisão, cedendo-se apenas a comer o milho estourado em mãos.

Emporcalhava os dedos e os lábios com o excesso de sal e manteiga enquanto quase deitado por completo no sofá. Repudiava a ideia que vinha ao fundo lhe provocar de encontrar algum amigo próximo, mas aqueles que realmente lhe eram rentes eram, também, insuportáveis para vivência diária e o encontro semanal com Mingyu lhe havia sido o suficiente para um mês – obviamente acabaria encontrando-o em visitas inesperadas no dia seguinte.

E em meio aos pensamentos de como ocupar sua noite entediante viera a receber uma ligação. O “só um momento” proferido para si mesmo em meio ao mastigar ocorrera em meio aos dígitos sendo limpos na própria camiseta; saída de desespero naquele instante em que o soar da melodia lhe agoniava.

Alô? —Proferiu em questão, sequer havia observado o contato que ligara.

Olá... — A voz feminina soava suave e silenciosa do outro lado da linha. — Qual é o seu nome?

Aish — Ele bufou e retirou o celular dos ouvidos, para observar o número que o ligava antes de se estressar. Visualizara o contato salvo, “Tatuagem de henna”, e soprara um riso. Não poderia exagerar nas grosserias, de fato, o nome não havia dito em momento algum. — Hm, Xu Minghao.

Xu... Hm? Xu?

Aigo. Xu Minghao. Minghao. — Os lábios foram umedecidos e um curto sorriso se esboçara. — Não percebeu que sou chinês? Eu sei que tenho sotaque.

A-ah — Sua risada ecoara em meio ao constrangimento — Eu pensei que... Fosse outra coisa. Enfim. Xu Minghao-sshi, eu... Ahm... Só queria pedir desculpas.

Desculpas? — Ajeitou-se no sofá, sentando-se e apoiando o balde de pipoca sobre a mesa de centro.

É. Você vai fazer alguma coisa amanhã?

Está me chamando para sair? — Robusto de sotaque, sorrira novamente.

Aish. Estou fazendo um pedido amigável de reconciliação! — Falara apressadamente e no tom mais agressivo que, por fez, despertava um estranho entusiasmo em Minghao. Na realidade costumava divertir-se até por demais em ver a irritação alheia.

Hm, ok. Aonde?

Sabe o parque perto da sua loja?

Sei.

Lá então. No horário de almoço.

— Certo. É um encontro então. — Provocou-a junto a um riso baixo.

Os “bips” foram escutados repetidamente, num soar angustioso. Myugho afastou o aparelho de seu ouvido e fitou a ligação que havia sido desligada, tacando o telefone no acolchoado em que estava sentado e movimentando os ombros. Alcançou seu balde de pipoca mais uma vez e saboreou-as com muito mais deleite do que anteriormente; não tinha compromisso para a noite, mas teria para o dia seguinte.

Até dormira mais cedo naquela noite. Não por ansiedade, mas por que cumpria com o que prometia e, se havia dito que iria amanhã estar lá na hora do almoço, não poderia se deixar levar pela madrugada de costume. Encobriu-se no típico estilo que misturava a moda de rua, o hip hop e muita amostra de seus dons artísticos. Os braços expostos com as mangas curtas, tendo o tronco recoberto por uma camiseta branca e as pernas com uma calça jeans rasgada, já os fios naturalmente bagunçados.

Com o carro já estacionado em frente à loja, pois saberia que acabaria voltando lá logo após, tratou de caminhar a curta distância do estabelecimento ao dito parque. As mãos escondiam-se nos bolsos da calça enquanto os passos largos encaminhavam-no até o conjunto de árvores que, ainda assim, eram poucas.

Avistou em um dos bancos do local a garota que trajava uma blusa social acompanhada de uma saia. As mangas baixas mesmo na temperatura torturante aguçando a risada do chinês que não tardara em se aproximar.

— Olá garota da tatuagem erótica. — Sentou-se ao seu lado e dirigiu seu olhar para Seok.

— Olá tatuador abusado. — Comportou-se nas expressões faciais para não aborrecer-se e o aborrecê-lo sendo que fora aquela que marcara a ocasião.

Com as orbes negras fitando-se o silêncio tomou o local que já excedia mutismo por conta do horário do inocente encontro. Xu esboçou um curto sorriso fazendo com que, sem muita resposta, a coreana desviasse o olhar.

— Estou esperando.

— O que?

— Você me falar o motivo pelo qual me chamou.

— Para pedir desculpas? — O tom de dúvida arrancara uma risada dos lábios do rapaz.

— Pedir desculpas? —Minghao mordiscara o lábio superior. — Pelo jeito você sequer sabe o porquê veio pedir desculpas.

— Pare de ser grosso — Bufara. — Eu sei pelo o que vou pedir desculpas. Eu não sou tão explosiva quanto pareço, mas os estudos e o trabalho me estressam e com ajuda do álcool eu fico um pouco alterada.

— Você é muito nova para ser alcoólatra.

— Eu sou jovem e saudável mesmo alcoólatra, muito obrigada. — Movimentara os fios do ombro e fitara a loja em frente, procurando não concentrar-se na face do rapaz de intimidador olhar. — De qualquer maneira, eu só despejei toda minha raiva dessa vida dupla e de acordar com a porra de um pênis num braço em você, até por que você tem um pouquinho de culpa nisso. — E voltou-se a face com os olhos comprimidos e um amplo sorriso.

— Quer discutir de novo sobre esse assunto? Eu adoro discussões. — Perturbou-a, imitando-lhe o sorriso.

— Você é mais chato que eu.

— Ao menos eu sou bonito, não é? — Areum franzira o cenho e recolhera a face.

— Quem disse?

— Você. — O indicador da destra apontou para a face feminina enquanto o braço esquerdo apoiava-se no encosto do banco, acabando por apoiar-se atrás do corpo da própria.

— Eu? Eu nunca disse isso! — Os olhos rolaram-se da mesma maneira que Minghao tipicamente fazia e um suspiro escapara de seus rosados lábios.

— É por isso que eu continuo dizendo aos meus sócios que eu preciso de câmeras no estúdio. Imagina quantas apostas eu poderia fazer com você só por conta de um dia? — Os lábios foram umedecidos e destes um curto sorriso formou-se. — Você estaria choramingando para não me recompensar.

— Ah! — O fino e pequeno dedo apontou-se para a face chinesa.

— O que?

— Eu vi! — Apontara mais uma vez sustentando sua acusação. — Você, lambendo os lábios. Uau. Você é um pervertido.

— Olha como se refere a mim ok, mocinha? Eu sou mais velho que você. — Movimentara os ombros antes de cruzar os braços.

— Eu duvido. Você parece ser ainda mais novo que eu.

— Então quantos anos eu tenho, ó sábia garota? — Debochara.

— Dezenove.

— E se eu tivesse dezenove eu poderia estar trabalhando de tatuador?

— Ah — Os dedos emaranharam-se nos próprios fios. — Hoje em dia o mundo é tão avançando. — Ela por vez debochara, emaranhando o cabelo em um rabo de cavalo.

— Pois seja no mundo tão avançado ou não, como diz, eu tenho vinte e quatro.

As mãos esvaíram-se como se estivessem moles, parando sobre o próprio colo. Os olhos sutilmente arregalados, só não tanto quanto a boca que logo tracejava todos os esbranquiçados dentes.

— Ei! — Arrastou a sílaba enquanto sorria de canto e batia sutilmente contra o braço alheio. — Não brinque comigo só por que quer parecer mais velho.

— Uau. Você realmente não acredita em nada que falo e olha que deveria ser o contrário aqui, você que é a embriagada.

— Eu não sou! Eu nem bebo tanto assim. — Oscilara em sua entonação agradando o chinês com o explícito incomodo.

— Quem sou eu para argumentar sobre a sua vida então, né? — Chacoalhou os ombros e reposicionou-se no banco de madeira.

— Mas agora é sério. — Insistia. — Quantos anos?

A destra entrara no bolso frontal da calça jeans e puxara deste a carteira de couro, desta pegou sua identidade e tacou-a contra as pernas femininas. Os olhos interessavam-se por um pequeno carrinho não muito distante que vendia sorvetes o que era uma das mais tentadoras refeições em um calor destes.

— Não, não pode ser. Cadê sua identidade verdadeira? — Minghao bufou em alto tom.

— Eu desisto. O que fazer para que você, no mínimo, acredite na minha idade?

— Você pode comprar um sorvete para mim.

Os dedos femininos direcionaram até o mais velho a identidade que fora, no mesmo instante, recebida e guardada. A cabeça meneara positivamente e ele, rapidamente, veio a se erguer. — Hm, que sabor?

— Oi? — Os olhos surpresos encaravam-no. — Eu estava brincando, eu tenho que voltar para o trabalho agora.

— Então volte comendo sorvete. Que sabor?

Os lábios pressionaram-se, superior com inferior, e os olhos abaixaram-se. Uma pequena porção de si sentia-se mal em sequer cogitar a oferta não só de um estranho, mas de um mais velho que nada lhe devia, mas as longas vestimentas e o radiante sol eram mais do que suficiente para cessar quaisquer dúvidas.

— Morango — Revestira a pronúncia de suavidade e fofura, acarretando a um involuntário riso admirado do mais velho que lhe correspondera em concordância no mesmo tom.

Afastou-se o mais alto com a carteira ainda em mãos e passos largos, não tardara em chegar ao vendedor já próximo. Encolhida, ressentida e com as orbes interessadas em uma única silhueta, aquela que ainda calculava se seria motivo de ódio ou algo próximo do oposto; dependeria do tanto de rancor que guardaria e o tanto de vezes que esbarraria com o rapaz.

Um sorvete de morango na destra e um de creme na canhota. O pedido pela jovem fora estendido a si e o outro saboreado pelo garoto dos rasgos na calça.

— Quanto foi?

— Grátis.

— Aish. É sério! — Franzira os lábios, mais uma vez.

— É. Eu também estou sendo sério. — Uma colherada robusta fora direcionada aos próprios lábios. — Se quer me pagar, pode me pagar da próxima vez.

Recuou os passos e, antes de virar as costas, despediu-se com um curto e reptante sorriso. Agarrando o gelado com ambas as mãos, Areum permanecera em silêncio em meio a lenta interpretação da frase.

— Espera! — Aumentara a tonalidade da voz para alcançar o chinês já uns passos à frente. — O que quer dizer com próxima vez?

— Eu não sei? — Virou-se rapidamente e umedeceu os lábios preenchidos pelo doce antes de delinear mais uma vez o sorriso. — O que será que eu quero dizer, jovem alcoólatra?

— Eu não sou alcoólatra! —Os pés bateram contra o piso como se fosse uma criança prestes a realizar uma grande cena de drama e birra.

— Claro. E eu não tenho vinte e quatro anos. — Movimentou os ombros e voltou sua atenção para as ruas, seguindo a rumo de seu estúdio.


Notas Finais


agradeço todos os comentários e carinho que vocês estão tendo pela história, confesso que vir com hetera do seventeen me deixou muito receosa, mas se a resposta continuar sendo boa continuarem com novas uhu

qualquer errinho despercebido pode avisar!
e não esqueçam de dizer o que acharam <3

obs: TEEN,AGE VAI SER O MELHOR PUNK ROCK, SEVENTEEN REIS DO CONCEITO
VEM CONCEITO DARK


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