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História Ink Boy - Ink Him


Escrita por: ickokim

Notas do Autor


boatos que depois desse capítulo eu vou demorar para atualizar e e e e e
mas vou tentar o máximo possível

Capítulo 4 - Ink Him


Fanfic / Fanfiction Ink Boy - Ink Him

— Você apostou! — Com a máquina em mãos o chinês limitava a saída do amigo que estremecia pelos corredores avermelhados.

— Eu não achei que você estava levando a sério!

— E quando eu não levo algo a sério? — Sorrira de canto apontando a biqueira para a face bronzeada. — Pode voltar e sentar na maca. Você disse com todas as palavras que eu poderia fazer a tatuagem que eu quisesse desde que fosse pequena, no seu braço, caso eu ganhasse.

Recolheu os braços quase que em um abraço e dera passos retrógrados. A cabeça meneava em negação constante enquanto Kim tentava fortalecer seus argumentos.

— Você não tem provas!

— Não? — Xu sorrira de canto e abaixara a máquina enquanto, com a mão vaga, alcançava o próprio celular. — Só um minuto. — Desbloqueou o celular com a própria digital e entrou nas gravações de áudio, selecionando a faixa incriminadora.

“Posso gravar?” A voz robusta de sotaque dava início. “É claro, você nunca vai ganhar” o Kim continuava logo em seguida entre risadas. “Então se o Wonwoo pedir para ir para a cama com você eu posso te tatuar, certo?” e, o moreno meneara a cabeça em concordância, mas apenas sua risada fora gravada. “Ei, use palavras!” Repreendeu-o. “Ok, sim, pode” complementara conquistando risos de ambos antes do cessar da gravação.

— Não tem saída Kim Mingyu — A máquina de fazer tatuagem fora mais uma vez direcionada para o rosto de modelo alheio. — Sua pele é minha, quem mandou não acreditar no que eu dizia?

— Mas eu não sou gay!

— Mas Wonwoo claramente era e você foi o único idiota que achou que ele só queria ser seu amigo. — O celular fora guardado novamente no bolso e os dedos, agora livres, sinalizaram para que o moreno continuasse o trajeto até o quarto em que Xu trabalhava de forma exclusiva. — Larga a mão de ser bunda mole, é só uma tatuagem e nem vai ser meu rosto dessa vez, para sua infelicidade, por que se fosse para tatuar meu rosto eu usaria no mínimo uma das suas nádegas inteiras, preferencialmente as costas todas.

— Ah, Minghao!

— Sem essa.

Os dedos finos empurram o corpo do amigo da mesma idade para o quarto ao qual fechara a porta no mesmo instante. Promessas e apostas com Xu não poderiam ser revogadas, ele teria o que queria até o final e, desta vez, seja o que fosse; Mingyu sairia do estúdio com uma marca dos talentosos dígitos chineses em seu corpo, mesmo que fosse para nunca mais pisar naquele território.

Sem saídas o amigo alto deitou-se na maca e suspirou. — Em que lugar vai fazer? — Questionara com os olhos aflitos e as mãos trêmulas. Aquele de fios bagunçados movimentara os ombros enquanto vestia as mãos com as luvas descartáveis.

— Escolhe ai, você disse braço. Aonde preferir.

The8, como era apelidado no estúdio, procurou entre as tintas a coloração comum para tatuagens – preta – enquanto o Kim observava de canto a canto toda a musculatura de seu braço, procurando o pedaço de epiderme que seria “menos pior”, como costumava dizer.

Para evitar incomodo enquanto realizava o esboço sentado largou o aparelho eletrônico pessoal sobre a mesa de apoio, logo ao lado da tintura, e veio a – sem dores – acomodar-se ao acolchoado de couro. Olhos fixados no amigo confuso e a pronúncia nunca realizada.

— Aqui. — Quebrara o silêncio com o sinalizar do local para tatuar, um pouco abaixo do bíceps onde, ao olhar de Xu, na mente dele poderia ser coberto pelas mangas da camiseta. Meneou a cabeça em concordância e alimentara a máquina tão talentosa quanto suas mãos para o início da mais nova obra de arte que seria a mão livre, sem rascunhos, não tinha medo de estragar a pele do amigo.

Iniciou o alinhavar cauteloso, acompanhado de enormes sorrisos vitoriosos. Realizava a letra T com precisão e detalhamentos sequer reclamariam de ser uma tatuagem sem significativos motivos. Terminava a ponta do caráter quando a tela do telefone viera a brilhar e os olhos foram conquistados na leitura rápida do contato que lhe enviara mensagem.

 

[Tatuagem de Henna – 15h30] Eu tenho uma reunião muito muito importante amanhã, eu finalmente posso deixar de ser uma mera estagiária que serve cafezinhos.

[Tatuagem de Henna – 15h30] Mas eu não consigo tirar esse negócio do meu braço!! E eu não vou durar com camiseta de manga comprida, eu vou morrer, suar, morrer, já disse morrer?

[Tatuagem de Henna – 15h30] Me salva!!

 

Os lábios de Minghao não resistiram e deixaram o riso tolo evadir, sendo repreendido e reposicionado a situação real com os murmúrios que mesclavam dor e ódio do amigo; não havia afastado a máquina em seu devaneio apalermado e transformara o “T” em um I.

— Bosta — Sussurrara afastando a agulha e aproximando um papel para retirar o excesso.

— Por que está sussurrando?

— Nada, nada — Soprara um riso enquanto inevitavelmente vinha a traçar um sorriso.

Com seus dons artísticos reformulou a palavra que iria gravar no braço amigo de “The8” para o costumeiro “Minghao”. Acrescentou o M antes do caráter já desenhado e as demais letras depois. Uma tatuagem básica, simples, gentil e muito embaraçosa.

Limpou os vestígios e ajustou a mesa e seus itens. Deu liberdade para aquele da mesma idade erguer-se e dirigir-se até o espelho próximo e observar sua mais nova permanente amiga; até que o dinheiro lhe ajudasse a retirar.

— Ah não, Minghao! — Repreendera em tom de decepção.

— O que? — Pronunciava em dificuldade entre risadas, vindo a puxar a luva elástica dedo por dedo. — Eu podia ter feito pior, como a tatuagem da garota que veio aqui da ultima vez e você viu, só que permanente.

— Preferia ter um pênis com asas permanente do que o seu nome!

— Ah isso não é um problema, eu posso fazer um.

— Nem começa Minghao. — Estendera o braço livre evitando maior aproximação do amigo.

Outro gargalhar do chinês. Largara as luvas no lixo e limpara o suor impregno na própria calça jeans antes de pegar o celular e procurar responder aquela que lhe digitara em meio ao seu trabalho gratuito.

 

[Minghao – 14h00] Me dê o seu endereço e eu tiro a tatuagem.

 

— Eu nunca mais vou apostar nada com você — Kim reclamava ainda em frente ao espelho com a expressão em um mesclar de ódio e desapontamento.

— Claro, claro. Sempre diz isso.

 

[Tatuagem de Henna – 14h02] Não!! Por que eu deixaria você vir em casa?

 

Girou os olhos como de costume, maldito costume. Não sabia se ria da insatisfação de seu melhor amigo ou se ria impacientemente da garota complicada que estava se aproximando nas últimas semanas.

 

[Minghao – 14:04] Divirta-se então com sua tatuagem!

 

A garota que mais uma vez emaranhava os finos dedos nos longos fios, segurando-se para não arrancá-los em massa, fitara a mensagem com excessivas hesitações. Poderia dizer que o chinês não era uma má pessoa, mas ainda assim não era certo, não eram próximos e ela morava sozinha; tinha tudo para dar errado.

— Agora vai choramingar em casa — Xu comentara com um vitorioso sorriso tomando-lhe a face enquanto os olhos fixavam-se na tela do celular. — Eu estou indo também, parece que tenho um compromisso para hoje.

— Compromisso? Compromisso vai ser você tirar essa tatuagem! — Os braços chacoalhavam contra o ar enquanto Mingyu encontrava-se na frase pré-esperneamento, como a má criança gigante que era.

Minghao apenas movimentara a cabeça em negação e movimentou os dedos contra o ar insistindo no enxotar do amigo. — A remoção de tatuagem é muito cara para você.

E o moreno choramingava, batia os pés contra o chão, às mãos contra a parede e insistia em murmurar o nome do amigo dos finos olhos. A infantilidade? Nenhuma novidade. Aquele de fios castanhos guardou o celular no bolso traseiro de sua calça e rolou os olhos antes de abrir a porta da sala e apontar em direção à saída mais uma vez.

— Vai logo Mingyu. Você nem vai notar a existência dessa tatuagem! É pequena e você mesmo escolheu um lugar que sequer vá olhar, da próxima vez, aposte coisas que você sabe que vai ganhar. — E finalizara com um sorriso cínico e amplo nos lábios, seguido pelos passos pesados dos sapatos caros de Kim ecoando sobre o piso escuro no caminho retilíneo a porta de saída.

Largara o celular, a garota, sobre o estofado da sala e dirigiu-se ao lavabo da casa para passar minutos com a esponja em mãos e a água gelada no braço. O esfregar amenizava a tintura, mas não o suficiente, era imensuravelmente menos eficaz até mesmo do álcool que o garoto utilizara em seu estúdio e fora uma decepção ver que não carregava em casa uma sequer garrafa deste líquido. Armários ausentavam não só alimentos como, também, produtos.

E na luta do atrito contra a epiderme enquanto refogado num gélido líquido a pele, já sovada, agradecera a mais nova companhia que tocava algumas repetidas vezes a campainha do apartamento.

— Já vou! — Seok gritava pela terceira vez, com passos escorregadios da meia nos pés e o piso liso de madeira cujo se tornava ainda mais raso com as gotículas de água que escorriam de seu braço. Tomando a frente o animal de pequeno porte sentava-se contra a porta a balançar o rabo com uma nova visita. — Sai Min — Sussurrara para o bichano que atrapalhava na abertura.

A porta fora destrancada e a garota fitou a face estrangeira com o seu exalante desespero e o movimentar dos lábios com suas pronúncias de angústia em busca de socorro. Em troca recebera vasto e convidativo sorriso daquele que carregava em mãos uma sacola branca.

— Uau, parece que além de tatuador eu virei salva-vi... — Adentrava a casa com seu excesso de pretensão com o acompanhar de seu nariz erguido quando, ao sentir um meneio em suas pernas, notou a existência de um pequeno ser. — Cachorro! — Desmanchou-se com o animal excedendo na exposição de seu lado aprazível, conquistando um riso baixo de admiração de Areum que visualizou o oposto do garoto vaidoso e irritante que havia recém conhecido.

Minghao desconjuntou-se por completo ao encontrar-se sentado contra o piso gélido, antes mesmo de retirar os sapatos – como costume do país –, largando a sacola que trazia consigo da loja de conveniências não muito distante. Suas mãos enleavam o pelo castanho do pequinês que se deleitava com a carícia num animo descomedido visto em seu rabo em constante movimento.

— Eu acho... — Cessara a frase enquanto segurava a face do cachorro que, extasiado, movimentava a língua contra o ar em busca da pele chinesa. — que seu cachorro me ama.

A mais nova que, erguida, mantinha os braços cruzados e os olhos fixados – acompanhados do cenho franzido – sobre a silhueta masculina soprara um riso desacreditado com a pronúncia.

— Eu acho... — Imitara a pausa, acrescentando no silêncio mais um riso soprado. — Que você é que está apaixonado! Min. Sai dai!

Com a expressão sutilmente surpresa o olhar do mais velho fora redirecionado com o auxilio do rosto erguido para as orbes de Areum, que se mantinha na mesma pose. Franziu o cenho, umedeceu os lábios e manteve as mãos entre os pelos do pequeno animal.

— Quando ficamos tão íntimos? Você está até me chamando de Min. — Sorrira curto e esbanjando triunfo.

— Hm? — O franzir fora repetido pela garota. — Ah! Bosta. — Sussurrara. — Você também tem Min. Não estou falando de você, tatuador, estou falando do meu cachorro!

— Ele tem meu nome?

— Não. —A cabeça meneara negativamente. —Nomes chineses são muito confusos para minha cabeça. Ele chama Mingyu.

Os dígitos escorreram pelos fios castanhos da pelagem e pararam contra o chão. A face de Xu permanecia estática enquanto o cérebro lentamente processava a fala. Calculava se havia sido um erro de sua má interpretação, causado pela má fluência, ou Areum havia mesmo dito; — Mingyu? — O sorriso fora aos poucos tomando a face enquanto ela meneava a cabeça em concordância. — Mingyu. O nome do seu cachorro. Mingyu?

— Sim! Qual é o seu problema? Mingyu. Min... Gyu — Falara sílaba por sílaba expressando sua separação com o movimentar das mãos.

— Seu nome é Mingyu? — Dissera em tom tenro enquanto franzia o lábio e batia as unhas contra o piso retomando a atenção do bicho que rodopiava no mesmo lugar. — Você é menos animal do que o Mingyu que eu tão bem conheço. — Levara os dedos a brincar com o nanico.

— Pode parar com a sessão paixão para finalmente ajudar a resolver o meu problema?

Com o indicado e o polegar erguidos e direcionados na face da jovem ele sinalizou a lembrança do real motivo pelo qual habitava aquele território. Ergueu-se com facilidade, pelo auxílio de sua habilidade quanto à flexão e dança, e agarrou a bolsa plástica que trouxera. — É claro. Ao trabalho.

Tomou a liberdade de encaminhar-se até a mesa de centro que visualizara de primeira após retirar os sapatos e colocá-los próximos a entrada. Tendo os pés acompanhados em todo o trajeto pelo pequeno porte animalesco – que poderia ser confundido com um rato – ele largou o que havia trazido sobre o objeto e retirou um por um item que ali se abrigavam.

Denotou para que Seok sentasse em uma das cadeiras e, silenciosamente, assim o fez. O garoto sentou-se em outra cadeira próxima e observou o braço esticado e avermelhado entre risos.

— Você nunca fez uma tatuagem de henna antes, não é?

— Eu nem sequer sei o que é henna. — Ela rolou os olhos antes de desviar o olhar.

— Henna é uma tinta temporária. É muito famosa em outros países, tipo a Índia. — Banhava um algodão em suco de limão, recebendo olhares negativos daquela que retomara a atenção em seus atos. — Ela, normalmente, dura entre uma a duas semanas. Faz umas duas semanas e meia ou três desde que eu fiz isso em você. Sabe o que significa? — As orbes negras, intimidadoras e bem delineadas com a maquiagem, fitaram o rosto ruborizado alheio.

— O que? —Murmurara a resposta.

— Que você não toma banho direito. — E com seu gargalhar, um tapa daquela que vinha criando uma maior intimidade. — Ei, eu não estou mentindo totalmente! Não sou nenhum médico de pele, mas conheço muito bem sobre ela e, isso — largara o algodão embebedado no líquido da fruta acida para dedilhar a epiderme vermelha alheia com o indicador — irritado do jeito que tá quer dizer que você estava raspando com muita força ainda hoje. Acertei? — “Sim”, ela tentara responder, mas acabara por deixar escapar um som incompreensível. — Hm?

— Sim, sim, acertou. — Disse relativamente irritada, causando mais uma risada baixa do mais velho que estava adorando esbanjar conhecimento a uma universitária.

— Hm. Pois é. Não adianta nada ficar esfregando na hora do desespero, muito menos se for com água gelada. — Com a mão vaga ela coçara a cabeça e desviara mais uma vez o olhar revestido pelo constrangimento. — O certo é você esfregar durante o banho em água quente ou passar cremes.

— Por que não me falou isso antes?

— Por que você nunca perguntou, muito menos foi gentil comigo. — Soprou um riso e fitou o algodão enquanto soltava o braço feminino. — Eu ia tentar limpar de uma maneira mais rápida com um truque que eu conheço, mas acho que pode machucar seu braço, então vou ter que pensar em outra coisa.

— Agora se preocupa com meu bem-estar? Eu que digo que estamos ficando próximos agora.

— Podemos estar mesmo. — Minghao levou o seu olhar a encontrar-se com as orbes negras alheias, daquela que não muito depois se constrangeu e pigarreou para sobrepor a situação. — De qualquer maneira, eu nunca machucaria você, tenho medo de ser processado.

— Você acha que eu tenho dinheiro para te processar?

Agarrou – o chinês – o novelo de pelos esbranquiçados e ameaçou apoiá-lo sobre a área avermelhada do braço. — Ótimo, sendo assim, podemos tentar.

— Não, não! —Os dedos finos e longos posicionaram-se sobre os dedos masculinos enquanto os olhos arregalavam-se em aflição. — Se... — Limpara a garganta novamente. — Se você disse que pode me machucar, não faça.

— Oh, como ela é uma boa garota, escutando o que eu digo. — Com a mão vaga e os olhos comprimidos acariciou sutilmente os fios castanhos antes de a garota esquivar-se com a cara de reprovação.


Notas Finais


genteeee saiu tracklist de teen, age
e fotos
e tudo
vocês estão bem? eu não
aplausos irá acabar comigo
aliás, qualquer erro é só avisar!
e me digam o que estão achando eeee <3


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