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Matar ou ser morto ...
É isso que importa agora ...
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Eu devia ter ouvido ela ...
Ela me avisou , avisou que queriam me matar ...
Sou uma inutil mesmo
‘’Mate todos , faça eles sentirem o que você sentiu’’
A única coisa que pensou antes de desmaiar.
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Abriu os olhos levemente , não queria abri-los , levantou suas mãos acima de seus olhos e os mirou , estavam cheios de sangue , cheios de hematomas , cheio de cinzas ...
As cinzas do pequeno alce que a levou a desgraça , olhou ao seu lado e viu um corvo , com lindos olhos vermelhos.
- Sabe , dizem que corvos trazem ... azar – Falou a menina olhando o pássaro que a olhava atentamente. – Gostaria de ser um corvo ...
Ele a mirava como se a entendesse , deixava pequenas lágrimas caírem de seu rosto
- Também dizem que corvos tem ... uma inteligência íncrivel – Falou amolecendo os braços que cairam ao seu lado. – pelo menos você me entende ? ...
- Hey Flowey ... Acho que você estava certa ... – Falou dando uma risada triste.
Olhou para o tronco onde estava a pequena flor , ela estava machucada e se obrigava a ficar com os olhos abertos , a garota tentou se levantar , seu ventre doía muito era como facadas , havia sangue seco em suas pernas e corpo , uma coisa era certa ... estava em estado deplorável.
- D-Doí – Falou a flor enquanto cuspia sangue , a garota começou a se arrastar em direção a flor que gemia de dor.
Depois de muito esforço , vendo mais sangue jorrar de seu íntimo , conseguiu chegar pegar a flor em seus pequenos braços e a abraçar.
- Desculpa Flow – Falou a garota enquanto deixava pequenas lágrimas escorrem em seu rosto.
- Você não tem culpa...d-de nada – Flowey falou enquanto cuspia mais sangue e sentia as lágrimas da garota descendo por seu rosto.
- Você me avisou ... – Lembrava do momento em que Flowey falou que estava com um pressentimento ruim.
- Já passou ... – a flor falou limpando suas lágrimas com a suas raizes machucadas.
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Lá estava ela novamente , depois de uma curta noite de sono sentada em sua cama remoendo ter passado daquela porta , se culpava imensamente de não ter ouvido Toriel nem Flowey.
O lugar em que ela ficava era escuro claustofóbico , apenas uma janela aberta , lá se passava mais uma noite em insonia ou como muitos dizem falta de sono.
Não aguentava ver nenhum monstro novamente , sempre que via um coelho ou entrava em um lugar escuro como a maldita floresta tinha ataques de pânico.
Sofre de depressão , não sai da pequena cabana que acharam , tem medo do escuro , inúmeros problemas que aquele monstro causou a sua cabeça.
Transtornos bipolares , ataques de pânico , depressão , antisocialidade , como apenas uma pessoa pode causar tanta coisa ? ... Apesar que isso começou antes dele chegar.
- Corvos ... Hm – Falou olhando ao pequeno casal de corvos em uma árvore do lado da cabana.- Meu animal favorito ...
Suspirou enquanto levantava da cama , estava magra e pálida seus longos cabelos marrons desciam a sua cintura e suas antes lindas orbes amarelas agora eram opacas ... sem vida.
Flowey estava triste com o estado da garota , se via inutil nesta situação , a garota praticamente passava as noites tomando xícaras de café sem açúcar apenas com uma feição inexpressiva
Lá estava ela novamente com uma pequena xícara nas mãos apoiada na janela olhando a lua desaparecer e o sol tomar seu lugar.
- Já acordada ?... – Falou a flor se aproximando.
- Uhum ... – Falou a garota desviando o olhar para a pequena flor que se aproximava.
- Devia tentar dormir novamente ... – Falou a flor esfregando seus olhos , falou aquilo praticamente para as paredes ... sabia que a garota não conseguiria dormir novamente tão cedo.
A garota ficou em silêncio.
- Deveria para de tomar esta bebida amarga – Falou fazendo uma cara de desgosto. – É horrível...
- Nunca saberá as maravilhas do café – A garota falou uma face inexpressiva.
- Parece viciada ... – Flowey falou triste , há mais de dois meses não conseguia fazer a garota sorrir , mesmo fazendo piadas ... não adiantava estava quase desistindo.
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Ouvia barulhos a fora , tinha certeza de algo ... era ele .
Tremia de pavor ... Nunca passara por uma situação tão devastadora , o problema é que estava sozinha , na verdade sempre esteve.
Agiu por impulso , apenas pulou a janela de seu quarto e continuou em linha reta , cambaleando e batendo em todos os lugares possíveis , sentia sua cabeça latejar.
Agora entendia o porque de sua cabeça doer , ela a batera em um galho , sentia o liquido viscoso descer por sua testa
Seus olhos doíam , decidiu fecha-los , mais a dor não parava.
Não sabia por quanto tempo andara , mais sabia de algo não estava bem , sentia sua pernas latejarem pedirem por descanço.
Corria descalça naquela neve densa , gostaria de gritar pedir por socorro mais sua voz estava falha.
Flashes começaram a passar pela sua cabeça , naquele momento ...
Neste dia a pequena florzinha tinha pedido para garota para que ajudasse ela a pegar algumas frutas , mais a garota apenas recusou , agora faria de tudo para mudar esta resposta.
Em um momento sentiu o seu rosto na neve , e seu tornozelo doer muito.
Provavelmente torceu o pé , ou tropeçou em uma pedra.
Mais sabia de uma coisa ,só queria fechar seus pequenos olhos e dormir , e assim fez.
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