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História Into my Arms - Capitulo 1


Escrita por: Cliochi

Notas do Autor


Oi, tudo bem?
Essa fic ta classificada na categoria The Borgias, mas ela vai acabar tendo poucos elementos da série, e um pouquinho de elementos históricos. Porém, quero deixar claro que não vou seguir os fatos históricos a risca, vou me dar a liberdade de escrever uma fic baseada tanto na realidade, quanto nos fatos fictícios da série. Considerem que o cast da fic e o mesmo da série The Borgias(até porque eu acho que a Holliday Grainger e’ a Lucrezia ideal, assim como o François Arnaud e’ o Cesare perfeito <3).

Se notarem a falta de algum acento por favor me avisem, meu teclado e UK e nao sei colocar acentos sem ajuda do corretor automático ;(

Capítulo 1 - Capitulo 1


O balançar da carruagem já a estava deixando enjoada, e para tentar distrair-se Lucrezia focava-se no barulho constante dos cascos do cavalo contra o chão duro e rochoso. Pensava que a cada passo do animal estava mais perto de casa, e por alguns segundos isso a alivia.

Claro que teria de se recompor antes de encontrar seus pais, afinal se dissesse que estava sentindo enjoos com certeza deduziram que estava grávida. Nada poderia estar mais longe da verdade, pois mesmo o asqueroso de seu marido lhe tocasse todas as noites ele não havia conseguido colocar sua semente em seu ventre.

E se tivesse conseguido Lucrezia já tinha conhecimentos suficientes sobre ervas e chás, que poderiam deitar fora a criança indesejada. Um conhecimento que ironicamente, aprendeu com uma freira na época em que morou em um convento para receber seus estudos.

Irmã Catharina sabia muito bem que era melhor mandar uma alma inocente e intocada para o céu do que vê-lá apodrecendo pelas ruas de Roma. As mulheres sempre eram as maiores vítimas, e agora, mais do que nunca, Lucrezia compreendia isso.

Caso tivesse concebido uma criança da união com seu marido também mandaria sua alma ao céu antes de chegar a esse mundo. Com certeza Deus não a condenaria por poupar os sofrimentos de um inocente, afinal, nada de bom poderia vir aquela maldição na qual estava presa.

Respirou fundo enquanto dizia para si mesma para banir aqueles pensamentos, não era hora nem local para tais devaneios. Olhou pela janela da carruagem viu  a silhueta de Roma se formando no horizonte. Desejava parar um pouco, mas estava tão perto que não queria adiar mais sua chegada.

Tentou controlar sua ansiedade, respirou fundo mais uma vez para que o balanço das rodas, ou calor exorbitante daquele verão, a fizessem desmaiar.

Ocupou sua mente com as memórias de casa, pensava em abraçar sua mãe e seu pai, em encher de beijos seu pequeno irmão, em ver Juan e poder dançar com ele, mas acima de tudo, pensava em Cesare. Ansiava tanto ver o irmão que lhe era preferido que sentia seu coração apertar-se.

Amava toda sua família, porém Cesare era aquele a quem ela mais amava, a quem ela adorava. Tinha medo de pensar que talvez amasse mais o irmão do que ao próprio Deus. Mas a conexão que partilhava com o mais velho era maior do que tudo. Maior que a devoção de todos os clérigos ao Senhor e todos os santos.

 

Lucrezia tinha medo de que aquilo pudesse ser uma blasfêmia, mas como poderia ser? Nada acontece se não for da vontade de Deus. Se ao menos pudesse amar seu marido daquela maneira, mas sabia que era impossível, blasfêmia ou não, jamais amaria outro homem como amava Cesare. E isso sempre fazia seu coração agitar-se em dúvida e culpa.

A carruagem parou e os barulhos dos cascos cessaram, finalmente havia chegado, mal podia esperar para descer e respirar ar fresco, enfim, estava em Roma.

Caminhou em direção a porta, ainda sentindo-se um pouco enjoada, mas sentia que melhorava a cada passo dado em direção a sua mãe, que a esperava com Joffre nas barras de sua saia.

Não demorou muito e correu de encontro aos braços de Vanozza, como era bom sentir novamente o abraço de sua mãe e o perfume de seus cabelos. Assim que se soltou abraçou o irmão mais novo e como planejado o encheu de beijos.

‘Como voce esta grande Joffre.’ - Disse sorrindo, era nítida a alegria de estar com sua família novamente. Lucrezia era uma Borgia, e seria para sempre uma Borgia, não importasse a família do tirano com a qual estava casada.

‘Seu pai e seu irmão irão chegar mais tarde, para o jantar.’ - Disse sua mãe enquanto os empregados pegavam os pertences de Lucrezia.

‘Meu irmão? Qual deles, mãe?’ - Perguntou tentando esconder a ansiedade em sua voz e olhar, temia que tivesse de esperar ainda mais para ver Cesare.

‘Juan. Se está querendo saber de Cesare, e eu sei que você quer, ele está no jardim.’ - Respondeu Vanozza, que já sabia da adoração um pelo outro.

‘Posso me retirar para encontrá-lo? Por favor, mãe.’

‘Sim, eu cuidarei de seus pertences, quando estivermos todos juntos poderemos conversar. Seu irmão também ficará feliz de lhe ver.’

Vanozza sabia que Lucrezia era a única que conseguia aplacar o temperamento difícil do filho. A filha era a única que domava a personalidade difícil de seu primogênito, que estava cada vez pior, desde que a irmã havia casado-se.

Que Deus perdoasse, mas às vezes tinha medo do extremo afeto que tinham um com o outro, rezava para que não sofressem, rezava para que fosse apenas amor fraternal, e nada mais.

Lucrezia caminhou pelo pátio e chegando ao jardim começou a percorrer os olhos a procura do irmão. Lembrou-se de quando voltou do convento para morar na casa dos pais, a primeira vez que viu Cesare. Fazia anos que nao via o irmão mais velho e quando chegou em casa lá estava ele, havia sido recém ordenado bispo. Pensou que nunca havia visto um homem tão bonito em vestes vermelhas.

Caminhava com a leveza que era típica, mesmo ja nao sendo mais a criança que fora quando saiu daquela casa. A poucos metros de si viu as vestes carmim designadas aos bispos, era Cesare. Seu coração encheu-se de uma alegria que quase a fez começar a rir de tão feliz que estava.

Porém controlou-se e nas pontas dos pés foi ao encontro do irmão, que estava de costas, e, como um gato que dá um pulo, ela jogou-se de encontro a ele, o abraçando por trás. Cesare imediatamente virou-se e encarou a irmã, estava linda como sempre fora, como se lembrava.

Os cabelos loiros e cacheados deslizavam por seus ombros formando uma moldura perfeita para seu rosto delicado. Lucrezia era tida como uma das mulheres mais belas de Roma, e ele alegrava-se de saber que ela era só dele. Mesmo que estivesse casada com um desgraçado qualquer, era a ele a quem Deus a havia dado.


Notas Finais


Proximo capitulo sera mais pela visao do Cesare :)


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