1. Spirit Fanfics >
  2. Intro Dust - Liberté >
  3. Me diz moça.

História Intro Dust - Liberté - Me diz moça.


Escrita por: mimasol

Capítulo 2 - Me diz moça.


Fanfic / Fanfiction Intro Dust - Liberté - Me diz moça.

POV Ana.

Sinto o primeiro feixe de luz em meu rosto, invadindo meu quarto pelas fretas das cortinas, logo uma dor de cabeça seral, faz com que desperte por completo. Faço com que meus olhos corram pelo espaço meia luz observando tudo a sua volta, por fim a vontade de me levantar aparece, me dirijo ao banho na tentativa de amenizar a dor e ali permito-me demorar um pouco mais com meus pensamentos e lembranças da noite passada. Lembro de tudo em flashs. Paola, ahh Paola, você havia sido tão amável ao cuidar de mim.

Saio do banho e é dada a largada à minha rotina turbulenta, me visto com uma pantalona preta combinada a uma blusa branca leve e um saltinho nude. Desço e preparo um café apenas e saio as pressas ao perceber meu atraso.

Entro em meu carro e começo a dirigir pelas ruas da calorosa São Paulo, observando suas paisagens únicas fazendo com que o trânsito não seja um incômodo. Ao chegar aos estúdios, vou direto ao meu camarim e encontro Paola terminado sua maquiagem.

- Bom dia Aninha, como está? Está bem? - Paola metralha assim que adentro a sala em tom de preocupação.

- Bom dia mamãe, estou bem, só com uma dor chatinha, mais logo passa! - Brinco com ela que dá um sorriso mais tenta fazer cara de brava. - Muito obrigado por cuidar de mim ontem, nem sei como te agradecer! - digo mais séria, demonstrando minha mais sincera gratidão.

- É o que os amigos fazem, estou aqui pro que precisar você sabe! - diz ela ao mesmo tom.

Por algum motivo senti com peso a palavra "amigos", não sei por que cargas d'águas isso estaria me trazendo este sentimento.

- Vocês vão hoje meninas? - Stella diz com entusiasmo sobre a noite que está por vir. Havíamos combinado de sair com o pessoal e havia me esquecido completamente.

- Claro que vamos, você vai Ana? - Paola olha pra mim esperando por uma resposta.

- Vo...Vou é claro - Solto meio insegura do que estou dizendo e minha dor de cabeça logo se faz presente outra vez, não queria deixá-las na mão.

Stella e Elena terminam de nos arrumar e vamos juntas ao set em meio a conversas e sorrisos, me perco mais de uma vez nos brilhos intensos de seus olhos e em seu sorriso contagiante.

As gravações se iniciaram e o inicio da prova foi dado, Paola chamava os pratos para julgar, quando se desequilibrou porque provavelmente fazia alguma pose de yoga para deixar com que seus pés descansasse, logo foi socorrida por Enrique e Erick e levantou fazendo graça.

- Opa, desculpa. A Paola Caiu - brincou ela completando - Era vodca no copo, não é o salto olha isso - disse estendendo suas lindas pernas para que visemos o culpado.

Não pude me conter e dei muita risada da situação e ela percebeu que estava rindo dela, vi seus lábios formarem um " Você me paga" e ri ainda mais de tal situação.

Dali seguiram-se horas de gravações, o tempo parece voar mais o cansaço se faz presente em cada segundo e logo Pato encerra. Vou em direção a Paola e pergunto se estava bem tentando segurar um sorriso.

- Estou bem engraçadinha, vou sentir só amanhã este tombo - Ela solta uma gargalhada ao lembrar do momento embaraçoso.

- Iai pessoal, vamos nos encontrar que horas? - Jacquin pergunta com entusiasmo

- Umas 23:00? Pode ser? - Fogaça diz com o mesmo ânimo.

Todos concordam e nos despedimos, tinha de passar no escritório ainda. Me troco e vou embora.

- Boa tarde meninas, como estão? - digo sorridente, ao entrar no escritório e sou retribuída.

- Olívia, você conseguiu me adiantar a matéria do Folxz? - continuo...

- Sim Ana, estão em sua mesa, sua entrevista com ele foi adiada para o dia 8, não se esqueça! - 

- Já havia me esquecido, o que faria sem ti? - solto um grande sorriso e sou acompanhada.

- Não sei o que faria, sou a melhor - ela brinca e dou risada de sua graça.

Me perco em meio a tantos papéis e quando sinto minha cabeça pedir socorro, percebo que esta na hora de parar. Sem uma cabeça pensante não vou a lugar algum. Me despeço de todas e vou para casa.

Coloco a chave na maçaneta e ouço uma recepção veemente, Mané latia e corria de uma lado para o outro, tentando me chamar atenção, perco alguns instantes matando a saudades do meu filho e subo para banhar-me.

Meu celular começa a tocar sem parar e logo o atendo, era o Walter.

- Oi meu am.... Walter, como você está? - digo incerta, espero não ter notado este deslize. Ainda não havia me acostumado com o divórcio, Walter sempre foi meu amor, meu melhor amigo. 

- Oi aninha, estou bem e você? Só queria saber se posso passar ai, pegar o resto das minhas coisas...- Ele sorri e tenho a certeza de que ele percebeu.

- Estou bem, claro que pode, caso não esteja em casa, deixei tudo separado no quarto, tudo bem? - 

- Tá bom aninha, se cuida, beijos -

- Se cuida também, beijos - desligo e solto o ar que estava segurando e nem sabia. Sempre nos demos melhor como amigos, nosso casamento não nos fazia mais bem, não fazia mais sentido, então estavam os felizes com aquilo.

Sou quebrada pelo meu transe quando mané lati parecendo ser na intenção de me despertar. Pego meu celular e mando uma mensagem para Paola " Vamos juntas? " . Não demoro a ser respondida "Vamos, eu passo ai?" . " Sim...!!!". " Ok.. ��".

Tomo uma banho demorado e saio ao ver minhas mãos enrrugadas. Escolho um vestido acima dos joelhos, vermelho, que deixava minhas costas despidas e um salto preto, deixo meus cabelos soltos e escolho não exagerar na maquiagem pois não quis me arriscar. Coloco em uma pequena bolsa somente o necessário e estava pronta. 

POV Paola.

- Com certeza o azul mamãe, você vai ficar muy guapa! - Francesca afirma sem dúvidas e não deixaria de ouvi la.

- Você tem razão este azul é mais bonito. - digo o vestindo.

Coloco um salto do mesmo tom e faço uma leve maquiagem, desço e dou as ultimas instruções a Felipa. Já estava mais que atrasada e já ansiava pelo enorme bico que encontraria.

- Comporte-se mi cariño a mama te ama- deposito um beijinho em sua testa.

- Te amo mama - me abraça e fica na porta até que entre no carro.

Mando uma mensagem pra Ana, avisando que estou saindo e sigo rumo a sua casa.

Buzino e logo aparece uma Ana deslumbrante e poderosa com um largo sorriso, entra no carro e seu perfume preenche seu interior.

- Pronta pra festa? - diz toda empolgada e dou partida no carro ainda com o queixo nas mãos.

- Prontíssima - digo ao mesmo tom.

- Você esta maravilhosa, a Fran te vestiu bem - sorri com um leve brilho em seus olhos.

- Como assim? Porque acha que não escolhi minha roupa? - solto uma gargalhada já sabendo a resposta.

Ela apenas sorri junto a mim e faz um gesto de negação.

Chegando lá estaciono o carro próximo e vamos em direção aos meninos que nos esperavam na porta.

- Mais olha quanta moça bonita - Fogaça brinca nos cumprimentando.

Entramos e sentamos em uma mesa próximo a pista de dança e logo Erick pede caipirinha para todos da mesa.

Entre risadas e muitos copos já vazios, Rô nos puxa pela mão.

- Vamos dançar!!! - diz nos arrastando até a pista.

Dançávamos esbanjando alegria por estar ali, não podia tira meus olhos de Ana, ela estava deixando seu corpo conduzi-lá sem passos pensados ou planejados, sua pele brilhava, suas mãos falavam com a música, ela me olhava como se estivesse à caçar.

Fogaça quebra meu transe quando se aproximou dela e começou a dançar junto, aquilo fez meu sangue ferver, a felicidade que me habitava naquele momento fugiu para um lugar distante, não pude me conter, sai embravecida em direção ao banheiro.

Me olhei no espelho tentando entender todas aquelas sensações que me domavam no dado momento. Molho minha nuca e tento manter toda fúria por longe, afinal não havia motivo para estar de tal forma, ela era minha amiga. Minha amiga.

Ouço a porta se abrir e Ana se aproxima. 

- Você está bem? - Ela pergunta sem esconder preocupação.

- Estou ótima, vamos dançar! -  A puxo pela mão e a levo de volta pra pista.

POV Ana.

- Você está bem? - Paola saiu sem que à visse, fiquei preocupada e não podia deixar de ir atrás dela.

- Estou ótima, vamos dançar! - Disse ela com um sorriso amarelo.

Paola era péssima mentirosa, sabia que havia algo errado, ela me puxou pela mão e eu segurei sua mão com força e decidi não tocar mais no assunto, já que ela não queria me contar, estava certa de que quando fosse o momento ela me contaria.

Eu já estava levemente alterada mais não queria parar, não queria ir embora, aquelas pessoas me causavam isso, mesmo que minhas costas reclamassem tão alto.

Estava me sentindo livre como nunca antes, dançava loucamente e fazia de tudo para manter Paola por perto, nossos olhares se encontravam quase que involuntariamente, me perdi em um deles e não pude deixar de notar o quanto eram penetrantes, era como se sentisse o mesmo que ela sentia, todas as sensações dadas naquele momento.

Volto a me concentrar em dançar e tento espantar aquilo, quando sinto um pressão em meus joelhos, sinto meu corpo fraquejar, meus braços procurarem por algo a se agarra, as luzes formam riscos constantes no teto... Eu estava caindo e acho que estava tão alta que vi tudo em câmera lenta. Espero o contato com o chão quando sinto minhas constas serem amparadas, minha pele fervia onde era tocada, meu olhos encontraram um rosto. E que rosto. Com o impacto Paola me puxa bruscamente pra si, fazendo com nossos corpos e olhos se encontrassem e que o tempo parasse.

- Você está bem? - Ela diz em tom desesperado.

Perco alguns segundos tentando responde-la, logo tudo volta ao seu tempo e consigo com que algum som saia de minha boca.

- Estou bem, você está bem? - digo ainda sem entender o que havia acontecido.

- To bem! - disse também confusa.

Por algum motivo não conseguia me soltar de seus braço e ela também não parecia querer. Minha pele se arrepiou e vejo meus olhos trilharem seus lábios, sinto meu rosto corar, meu sexo pulsar e minhas mãos soarem. O que era isso que esta mulher estava me causando?. Paola chegou ainda mais perto e me encarou com os lábio entreabertos e molhados que pareciam chamar pelos meus. Isso estava mesmo prestes a acontecer, eu iria mesmo beijá-la? 

Aparentemente não o era momento, nosso casulo é quebrado por Rô, que entrou entre nós perguntando se estava bem, Paola me solta rapidamente envergonhada.

- Estou bem, Paola me salvou! - Digo com um sorriso tímido que lamentava internamente pelo momento perdido.

- Acho que esta na hora de irmos. - Paola diz em tão irônico e risonho.

Eu assinto com a cabeça, nos despedimos de todos e caminhamos em direção ao carro sem dizer uma palavras sequer. Assim foi por todo o caminho, o silêncio prevaleceu. Ao se aproximar de minha casa, pensava loucamente no que dizer.

Paola para o carro e me olha tentando achar uma maneira de se pronunciar e aquilo me assusta de alguma forma.

- Muito obrigado por tudo, boa noite, tenha cuidado. - Digo disparada e completamente perdida.

- Não tem por que agradecer, boa noite mi amore, terei cuidado. - ela diz quase que em um sussurro.

Nossos rostos antes distantes, agora se encontravam a milímetros de distância.

Decidi parar de pensar, segurei com as duas mãos em seu rosto e comecei a desenhar seus lábios como se estivesse esperando por alguma permissão para o que estava prestes a fazer. Ela fecha seus olhos e lá estava minha liberação. Me aproximei devagar e a beijei, a beijei como se tivesse certeza deste ato, a beijei como se fosse o ultimo dia de verão, um beijo suave e despertante dos mais inusitados sentimentos. Ela colocou uma de sua mãos em minha cintura e a outra em meu rosto, sentia minha pele tremer onde era tocada, estava a beira de sucumbir em seus braços. Depois de alguns bons segundos perdidos o beijo se encerra e eu selo com um beijo curto, deixei ali meus mais sinceros desejos e segredos, estaria eu me apaixonando por Paola?.

- Boa noite argentina! - Disse sentindo meu rosto rubro e meu sorriso abobalhado.

- Boa noite guapa! - Ela diz mordendo seus lábios sem pensar muito no que estava a fazer.

Entro em casa e ao fechar a porta sorrio para o nada e sinto meu corpo vibrar de felicidade. Subo diretamente para meu quarto, estava mais que exausta, tomo um breve banho e ao me deitar mando uma mensagem para Paola perguntando se avisa chegado. Adormeço sem receber uma resposta, mais nem dormindo deixei de estampar um sorriso em meu rosto. 
 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!

Qualquer dica, sugestão, critica é só mandar! Beijos!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...