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História Isso mudará tudo - A descoberta


Escrita por: Malu_dl

Notas do Autor


Há muito tempo eu já queria começar essa história, finalmente tomei iniciativa e comecei. Hahahahaha.
Na capa do capítulo, é a Audrey Hollister, eu amo ela e imaginei-a como Anna. Espero que vocês gostem. <3

Capítulo 1 - A descoberta


Fanfic / Fanfiction Isso mudará tudo - A descoberta

P.O.V Anna

 Hoje é meu aniversário. Estou completando 16 anos. Minhas avós, primos e tios estão vindo aqui em casa. Não será uma festa, apenas uma "reunião para a data não passar em branco", disse minha mãe. Tudo bem então. Nunca gostei de comemorar meus aniversários. Não sei direito o motivo, mas não me sinto confortável em festas para mim, porém meus pais sempre fazem algo. 

Estou na minha banheira, perdida em pensamentos. A porta para o meu quarto está aberta, olho para lá e vejo o relógio. São 19:50. Como assim? Parece que entrei aqui a dez minutos, e já estou há quase uma hora. Me levanto rapidamente, visto o vestido preto e justo que separei, calço um tênis preto com detalhes em dourado, e depois faço uma rápida maquiagem. Passei só corretivo e sombra roxa, já que minha irmã mais velha, Kara, diz que destaca meus olhos verdes. Ela tem 27 anos e sempre foi minha conselheira da moda. (Risos) Penteio meus longos cabelos ruivos, uso o secador e faço um coque bagunçado, para disfarçar a pressa e a preguiça de passar prancha ou chapinha.

 Quando desci as escadas, uma das minhas tias já havia chegado, junto com meu primo (filho dela) e minha avó, todos paternos. Falei com todos eles e fomos para o quintal, onde tinham algumas mesas e salgados. 

Nos sentamos e ficamos lá conversando, até o resto da família chegar. Quando estávamos lá fora, vi meu pai, Chris, chamar Kara, minha avó Guilia, minha tia Raquel e meu primo Diego (aqueles mesmos, os primeiros a chegarem). Estranhei um pouco mas continuei a conversar com uma prima minha. Até que pouco tempo depois subi para pegar uma blusa que minha prima havia esquecido aqui em casa outro dia, e lembrei que estava guardada no quarto de Kara. Entrei, e meu pai estava lá, junto com todos os parentes que ele chamou. Quando entrei, todos ficaram quietos e se entre-olharam. Então eu nao aguentei o constrangedor silêncio que havia se espalhado pelo quarto. 

 Eu: Nossa gente. Eu só vim pegar uma blusa de Mia, não precisam se olhar desse jeito, como se estivessem guardando um segredo mortal. 

 Era pra ser uma piada, mas todos ficaram sérios. Peguei e blusa e saí. O que eles estavam escondendo? Fingi que estava descendo as escadas e, silenciosamente parei em frente a porta. 

 Chris: Anna quase ouviu. Ela suspeita de algo. 

 Kara: Calma, pai. Ela pode até suspeitar, mas nao sabe a verdade. 

 Raquel: Espero que ela não nos pergunte sobre nada. 

 Guilia: Do jeito que Anna é desligada nem vai lembrar.

 Raquel: Você tem razão, mãe. Acho que podemos ficar tranquilos. Filho, por favor continue com o que descobrimos. 

 Diego: Bom, a ameaça que os vampiros representam é cada vez maior. Nos mudamos aqui para Miami certos de que não chegariam até aqui e poderíamos escapar do destino que fora escrito para nossa família. Estavamos errados. Já foram registrados pelo menos três casos de morte supostamente por animais numa cidade aqui perto. Vocês lembram de Julian, certo? 

 Kara: Aquele menino que conhecemos caçando lobisomens na Califórnia?

 Raquel: Ele mesmo. Saudades da família dele, que por coincidência também caçava seres sobrenaturais. Hoje em dia ele deve estar com uns 28 anos. Anna nem era nascida na época. 

 Diego: Ele está lá, e tem certeza que são vampiros, pois analisou um dos corpos, antes da policia acha-lo. Mantemos contato, porém os ataques estão cada vez mais frequententes e ele não da conta sozinho, já que seus pais foram mortos por lobisomens, anos atrás. 

 Chris: Temos que ir pra lá e ajuda-lo, mas teremos que inventar uma ótima desculpa para Anna, ainda mais agora que ela quase descobriu. 

 Kara: Pai... eu acho que tínhamos que contar para Anna. Naquela viagem para California eu devia estar com uns 9 anos e já sabia, tanto que fui junto e acabei ajudando vocês. Ela está com 16. Porque não contar?

 Pai: Porque quando você tinha 9 anos ainda fazíamos isso. Mas dois anos depois sua irmã nasceu e decidimos mudar pra cá e parar com isso. Você foi treinada desde pequena, ela não sabe nada. Não sobreviveria.

 Me afastei da porta. Como assim? Vampiros? Eu estava sonhando. Não é possivel. Não existem essas coisas sobrenaturais. Me belisquei. Estou bem acordada. Preciso entender isso. Entro no quarto e novamente todos se calam.

 Eu: O que está acontecendo?

 Guilia: Nada demais. Estamos conversando sobre assuntos banais. Nada importante.

 Eu: Bom... eu estava na porta e ouvi os últimos minutos de conversa. Não me pareceu um assunto idiota. 

 Todos fizeram cara de espanto. 

 Eu: Me digam o que está acontecendo. Agora.

Novamente todos se entre-olharam e meu pai, olhando para Kara, fez que sim com a cabeça. 

 Kara: Se você está aqui desde que pegou a blusa de Mia, já tem uma noção. Desde de pequena...

 Eu: Porque não me contaram? Não digam que foi porque pararam com isso. Essa parte eu ouvi. Podiam ter me contado que existem vampiros e lobisomens, que a nossa família não é como qualquer outra família de Miami, sei lá, alguma coisa. E o plano era continuar escondendo? Para sempre?

 Chris: Filha, foi tudo pela sua segurança. Eu sabia que alguma teríamos que contar-lhe, mas como paramos de caçar, achamos melhor adiar te revelar o máximo. Foi um erro.

 Olhei para todos eles, novamente em silêncio. 

 Eu: O que estou dizendo? Não existem essas coisas. Por favor, me digam que é algum tipo de brincadeira. 

 Meu pai apenas se levantou, e disse que me explicaria tudo que eu quissesse saber mais tarde. Todos se retiraram. Deitei na minha cama e fiquei lá, sozinha no meu quarto. Não estava mais em clima de comemoração. 

 Meia hora depois, ouço a porta se abrir e Kara entra. Se senta do meu lado e começa a falar algumas palavras, mas para na metade de cada uma delas, como se não soubesse como continuar. Finalmente, ela começou:

 Kara: Você devia ir lá em baixo. Sabe... é seu aniversário. Todos estão perguntando por você.

 Eu: Justamente no meu aniversário eu descobri que minha família é caçadora de criaturas sobrenaturais. Não, não quero festejar. Obrigada. Diga que estou passando mal.

 Kara: Anna, pare. Não fica assim. Você sabe que foi para sua segurança. 

 Eu: Eu podia pelo menos saber! Não é porque eu sei a história da minha família que vou caçar também.

 Kara: Eu quis te contar. Sempre quis. Mas o que importa é que agora você sabe. Espero que nos perdoe.

 Eu: Você é minha irmã. Eu te amo, e não consigo ficar brava com você. Só acho que podiam ter me contado antes.

 Ela se aproximou, me abraçou, se levantou e saiu do quarto. Acabei decidindo descer e aproveitar pelo menos um pouco a festa.

 Depois que todos foram em bora, subi, tomei um banho, vesti um pijama qualquer e quando já ia dormir, meu pai entrou no quarto.

 Chris: Acho que quer uma explicação, certo? 

 Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ele se sentou na cadeira da minha mesa de estudos e começou. Eu apenas fiz que sim com a cabeça. 

 Chris: Viemos de uma linhagem de caçadores. Está em nosso sangue. Seu avô, foi um dos maiores. Matou diversas criaturas como vampiros, lobisomens, bruxas... Até que um dia, foi caçar um grupo de vampiros na Austrália e foi morto pelo líder deles. Nem todos eles se organizam em grupos, alguns preferem ficar sozinhos, ou em duplas, porém quando o grupo é grande eles acabam recebendo vantagem sobre caçadores, como nós.

 Eu: Todos eles merecem? Quer dizer, todos são assassinos? Ou alguns são tipo os Cullen, de Crepúsculo? Que se alimentam do sangue de animais? 

 Chris: A maioria é assassino. Mas temos que matar todos, até porque não sabemos quando podem sair do controle e se alimentar se sangue humano.

 Eu: Mas nao é justo, é? Se a criatura nunca derrubou uma gota de sangue humano, por que merece ser morta?

 Chris: Você é nova demais para entender os perigos que eles representam.

 Eu: Apenas disse que não é justo. 

 Chris: Prefere correr riscos? 

 Eu: Melhor correr riscos do que matar inocentes, não acha? 

 Chris: Não são inocentes! São vampiros! Você vai aprender. Vai treinar. E quando formos ajudar Julian você vai junto, e entenderá porque não se pode ter dó dessas criaturas.

 Ele se retirou, mas eu não consegui dormir. Milhares de dúvidas ainda cercavam minha cabeça. Essas coisas realmente existem? 



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