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História Janelas de Vidro - Capítulo 18: Sentimentos Estilhaçados


Escrita por: SweetBeauty

Notas do Autor


Olá amores!
Antes de tudo gostaria de agradecer a todos os comentários e favoritos, mto obg <3
Bem, meus anjos antes que comecem a ler esse capítulo gostaria de fazer um pedido...
Por favor, não se desesperem, okay? Vamos esclarecer algumas coisas...
Vejo que mta gente ficou incomodada com a atitude do Jimin em não procurar o Jungkook nesses 9 meses que se passaram.
Compreendo o ponto de vista de vcs, e respeito, entendo o sentimento de vcs, mas eu realmente não vejo o Jimin tomando outra atitude...
Peço desculpas se isso incomodou mto, mas na cabeça do Jimin, ele não cometeria o erro de procurar novamente tudo o que ele causou.
obviamente todos os envolvidos pecaram nessa história, mas a gente sabe que o Jimin foi o estopim para o inicio de toda essa confusão, num é verdade?
E eu sempre encaro meus personagens reconhecendo os traços de cada um deles, e nesse momento todos eles estão passando por um periodo difícil, não é só o Jungkook, ou o Yoongi, mas o Jimin também...
Então imaginem como deve estar a cabeça dele depois de tudo o que aconteceu? Mas concluindo, vamos ver o que acontece nesse capítulo, okay?
Vamos lá, e perdão pela enrolação aqui SAHSHAHSsSHASH'
Amo mto todos vcs <3
kissis e tenham boa leitura <3

Capítulo 19 - Capítulo 18: Sentimentos Estilhaçados


Fanfic / Fanfiction Janelas de Vidro - Capítulo 18: Sentimentos Estilhaçados

Na tarde de quinta-feira Yoongi estivera sozinho a maior parte do tempo. Sentia-se completamente entediado, além de incomodado. Aquela situação o incomodava muito. Nesses dois dias que se passaram desde seu último encontro com Hoseok, Min esteve completamente desassossegado. Era horrível conviver com Jimin e ter que encará-lo depois de descobrir a verdade; por muitas vezes se questionara em como Hoseok havia conseguido manter esse segredo por tanto tempo enquanto ele esteve consigo.

 

Se sentia tão traído quando se recordava desse fato. Era como se tivesse vivido uma grande mentira durante todo esse tempo, desde o inicio. Como se já não bastasse o seu casamento fajuto com Jimin, teve que sofrer outra decepção. Yoongi não possuía mais estruturas para isso. Bem no fundo desejava desistir de tudo, e de todos, mas o fato que vivia dentro daquele ômega – que em sua cabeça desgraçou com seu casamento – não o deixava viver em paz.

Era uma tortura para Yoongi saber que Jimin havia criado outra vida sem que fosse consigo, Min não conseguia aceitar. Nesse momento, o moreno observava pela janela o Toyota negro do Park estacionar para dentro da garagem. Esteve analisando o ruivo durante esses dois últimos dias, e não precisava de muito esforço para perceber o quão frio e distante este jazia. Lhe doía pensar que Park esteja sofrendo por causa do outro, algo que era notório.

Yoongi sentia como se estivesse com algo entalado na garganta, ou preso na boca do estômago. A existência de uma outra criança lhe incomodava tanto que o fazia se sentir mal. Mesmo que os fatos lhe provassem o contrário, Min ainda tentava se convencer de que o tal Jungkook fora apenas uma aventura do seu marido. Não conseguia sentir compaixão pelo ômega grávido, ele esperava um filho do Jimin – do seu próprio marido – enquanto o moreno havia sofrido aquele aborto espontâneo. Yoongi se sentia injustiçado em todos os aspectos, pois até mesmo o respeito e confiança de Hoseok havia sido falso.

Durante esses nove meses, Min tentou de todas as formas não se afetar com o afastamento do Park, e para isso tentara esquecê-lo com Hoseok. Pode-se dizer que o alfa havia conseguido suprimir uma boa porcentagem dessa falta, mas não totalmente. Ainda assim era muito para o ômega moreno que sempre se sentiu preso ao ruivo. Mas o destino havia sido cruel consigo novamente, e o pregado uma peça terrivelmente dolorosa. Por que Hoseok tinha lhe enganado? Justo no momento que estava se envolvendo de um modo tão bom com ele, tudo que se criou havia resolvido desabar outra vez. Por que justo a única pessoa que confiava e que havia lhe acolhido no momento mais difícil tinha lhe traído?

Esses questionamentos tristes assombravam a mente do ômega enquanto ele testemunhava o marido adentrando para dentro de casa com um semblante cansado. O observou caminhar em direção á espaçosa cozinha enquanto em silêncio o seguira. Sequentemente Yoongi o assistiu a abrir a geladeira de duas portas inox, buscando uma jarra de água e a despejando no primeiro copo de vidro que encontrou.

Jimin parecia tão abstraído referente ás coisas ao seu redor, ao menos Yoongi se sentia totalmente deixado de lado. Mas o que verdadeiramente o machucava era pensar que o ruivo esteja assim por causa do outro.

- Cansado? – a voz do ômega eclodiu despertando o alfa de sua distração. Automaticamente o ruivo se virou encontrando-se com as íris castanhas do esposo a poucos metros de distancia.

- Está ai... – simplesmente disse ao fitá-lo após beber todo o conteúdo do copo, o repousando na pia. – Um pouco... – respondeu a pergunta anterior.

Yoongi caminhou em silêncio para mais próximo do alfa que ficara parado no mesmo lugar. O moreno estacionou os passos bem em frente ao outro, encarando-o silenciosamente. Ambos se fitavam sem dizer nenhuma palavra, e durante esse meio tempo o ômega se erigiu para frente – ainda mais próximo do outro – repousando sua palma da mão destra na face alheia. A bochecha de Jimin estava quente, e Yoongi pôde sentir a quentura se misturar com sua pele enquanto ao mesmo tempo decidiu colar seus rostos incitando um beijo que Park recusou.

- O que está fazendo? – indagou afastando o outro de si com as mãos. Min suspirou fazendo um gesto negativo com a cabeça, Jimin tivera a exata reação que cogitou. Yoongi fez aquilo somente para testá-lo.

- Eu já imaginava... – comentou num tom evidentemente decepcionado. – Sente falta dele? – questionou de repente, fazendo Park franzir o cenho.

- O quê? – replicou meio descrente e confuso.

- Falemos sério Jimin, isso aqui não é mais um casamento. – desabafou. – E você entendeu perfeitamente o que perguntei. – completou o encarando com solidez.

Jimin soube que seu esposo se referia a Jungkook, ele só fora pego de surpresa. Não falavam sobre isso desde muito tempo, na realidade na maioria das vezes Yoongi evitava esse assunto, então aquela atitude do moreno certamente surpreendera o alfa. Contudo, esse questionamento fez com que Park se lembrasse do seu reencontro com Jungkook no shopping. Aquela barriga de gestante vem mexendo com seu psicológico desde então. Seria hoje que Jeon daria a luz, Park se lembrava, não houve como esquecer. Contudo, uma única indagação vem martelando seu cérebro, e esta seria aquela típica pergunta capaz de tirar o sono de qualquer um. Poderia Jungkook estar esperando um filho seu?

- Por que isso de repente? – Park contestou.

- Não respondeu a minha pergunta. – replicou.

- Creio que já saiba a resposta. – calara Yoongi no mesmo instante.

Jimin nunca fez questão de ser um hipócrita, por mais que tenha mentido e errado com seu esposo, ele nunca fizera questão de fingir amá-lo quando nunca o amou, ou omitir seus sentimentos por Jungkook. Durante esses nove meses os dois só tiveram três discussões sobre esse assunto, pois o moreno evitava. Nunca gostou de bater nessa tecla com o marido porque as respostas nunca lhe eram convenientes, e não contribuiria em nada para o relacionamento dos dois. Entretanto, hoje Yoongi tinha decidido romper com essa regra que havia criado para si mesmo.

- Ele nunca vai te amar como um dia eu te amei. – declarou fazendo o ruivo fechar os olhos num suspiro profundo.

- Eu sinto muito tê-lo feito passar por tudo isso. – disse num tom lastimoso. – Não há ninguém que sinta mais do que eu, acredite... – continuou naquele mesmo tom triste. – Pode me culpar se quiser, eu aceito, mas não culpe o Jungkook. Posso sentir que o odeia mais do que qualquer outra coisa nesse mundo, e isso me faz mal. – concluiu sendo honesto em suas palavras. Havia muita coisa entalada na sua garganta querendo sair desde muito tempo, e Park aproveitava aquele momento para isso.

- O defende com tanta intensidade... – repudiou aquilo. Yoongi não conseguia aceitar o modo como Jimin se referia sobre o outro. – Como pode achar que o conhece tanto a ponto de apostar toda a sua vida comigo? Tivemos um filho juntos.

- Yoongi, por favor... – Park pediu tentando evitar uma briga. – Você me pediu para voltar pra casa, e eu voltei. – voltou a dizer. – O que quer mais que eu faça?

- Só gostaria de entender o que viu nele. – insistia com o assunto, fazendo o ruivo suspirar num gesto negativo. Aquela conversa não poderia terminar bem se Min continuasse teimando.

- Não fará diferença responder isso a você. – retrucou.

- Claro que fará. – teimou.

- Yoongi, o problema nunca foi o Jungkook! – rebateu aumentando o tom de voz. Ambos se encararam num curto silêncio entesado até Jimin continuar. – Você e eu... Isso tudo... – dizia em pausas. – Nada disso nunca existiu. – completou a frase calando imediatamente o ômega moreno. – Olha; eu não queria estar falando isso pra você, ainda acho que não merece escutar isso.

- Fale... – encorajou com os olhos cheios de lágrimas. Min mordia os próprios lábios em pura agonia e raiva, era muito duro escutar aquelas coisas. – Diga... Continue... Vamos... – encorajava se corroendo de ódio interno.

- Eu sinto muito... – Jimin tentava não se comover com o estado decadente do outro, mas era difícil. Não se sentia orgulhoso de ter feito o que fez, mas também não se sentia desumano. Muito antes de conhecer Jungkook esteve tentando ser um bom marido, fizera o máximo que pôde, dará o seu melhor para Yoongi, mas ainda assim nunca conseguira amá-lo de verdade.

- Nunca pude dar o que você quer... – o alfa voltou a falar deixando uma ou duas lágrimas escorrerem. – Mas independente do Jungkook ou de qualquer coisa, eu estou aqui. – dizia em pausas curtas. – Desculpe por ter agido impulsivamente, mas é que nunca tinha vivido aquilo antes. Nunca tinha sentido o que sinto agora, e mesmo estando longe dele não é algo que posso mudar. – desabafava por completo. – Acredito que você que diz me amar possa entender isso...

Yoongi molhou os lábios limpando a vista que vazava lágrimas descontroladas. Pela primeira vez na vida estava escutando duras verdades da própria boca do marido. Era doloroso, doía muito, mas tinha que tentar lidar com aquilo de alguma forma.

- Eu tentei te esquecer com outro. – revelou com os olhos inchados e vermelhos. – Talvez agora estejamos no mesmo nível. – fungou tentando impedir que mais lágrimas escorressem, mas falhou. No entanto, Jimin não parecera nem um pouco abalado com a declaração de Yoongi.

- Não queria ter feito você chegar a esse ponto.

- Tudo bem. – fungou novamente coçando o nariz vermelho. – Isso não importa agora. – suspirou profundamente, fechando e reabrindo os olhos. – Acha mesmo que ele te corresponde? – questionou ao final.

- Não... – respondeu logo em seguida. – Eu tenho certeza... – completou com tamanha firmeza.

- Certo. – respirou fundo antes de prosseguir. – Vá em frente... – sua última frase saiu engasgada, não era o que de fato gostaria de dizer.

- Yoon-

- VÁ! – berrou num choro inevitável. Min prendia as lágrimas a todo custo, pois estava prestes a se derramar aos prantos. Yoongi fitava o chão da cozinha sem coragem de encarar o marido. Não se sentia preparado para mirá-lo nos olhos enquanto abria mão do mesmo.

Jimin se aproximou do esposo, cujo estava vermelho e totalmente descaído, acariciando os fios negros deste como num gesto de afeto antes de deixar a cozinha em silêncio. Min o deixou ir sem ter revelado o que sabia sobre Jungkook, aquilo seria de mais para si. Não conseguia se enxergar contando a ele algo do tipo, simplesmente não podia; se sentia incapaz disto.

 

 

*

 

 

 

 

Jungkook era carregado na maca pelos enfermeiros que auxiliariam o médico na sua cirurgia. O ômega sentia-se tonto e absurdamente nervoso, e o mesmo possuía ciência de que precisava relaxar para poder aguentar a cesariana, do contrário de nada adiantaria a anestesia. Jeon somente assistia o teto girar acima de si, enquanto sentia seu corpo ser empurrado para dentro de um quarto no hospital.

Seu peito subia e descia em pura aflição, mas brevemente um enfermeiro se esgueirou ao seu lado pronto para lhe aplicar a anestesia raquidiana com a seringa. Jungkook não sentia muita afinidade com agulhas, mas naquele momento isso era de longe o seu maior temor. Sentia muito medo de alguma coisa dar errado, mas precisava pensar positivo naquela situação. Acreditou então que todo mundo deveria se sentir assim na hora do parto.

- Essa anestesia vai fazer com que fique insensível do peito para baixo. – o enfermeiro explicou enquanto segurava a seringa com uma agulha de 12 cm. – Agora vire-se de costas com cuidado, irei aplicá-lo. – pediu ao final.

Jeon considerou aquela agulha grande, mas não podia se preocupar com isso agora. Tomando coragem, o ômega ficou na posição pedida pelo enfermeiro, sentindo brevemente a agulha atingir sua coluna lombar. O modo como foi injetado fora profundo, mas a aflição durara apenas poucos segundos. Logo Jungkook fora ajudado pelos enfermeiros a se virar de bruços e se manter numa posição um tanto desconfortável, mas que era necessária para a realização do parto.

Assim como o enfermeiro havia dito, em poucos instantes Jeon não sentia mais nada do peito para baixo. Havia perdido totalmente a sensibilidade, não podia mover nem os braços ou as pernas. Contudo, sua consciência ainda se mantinha intacta, e com isso Jungkook podia assistir ao seu próprio parto sem sentir absolutamente nada.

A cirurgia se seguiu tranquila, com o ômega tentando se manter relaxado. Era estranho assistir a tudo enquanto não sentia nada, mas pelo menos não sentia dor. O parto durou por cerca de trinta minutos e Kook sentira suas lágrimas vazarem automaticamente quando viu seu bebê chorando ao ser retirado de sua barriga. Permanecia a não sentir absolutamente nada por conta da anestesia, mas a emoção de dar a luz não teve como deixar de sentir.

Enquanto esteve em trabalho de parto, sua família lhe aguardava do lado de fora na sala de espera. Seu omma, Hoseok, e Daehyun estavam presentes, todos decerto muito nervosos e ansiosos. Após cortar o cordão umbilical, o bebê de Jungkook fora tratado pelos enfermeiros. Jeon o tempo todo só sentira vontade de tocá-lo, de tê-lo em seus braços, mas o médico lhe disse que deveria esperar um tempinho antes de poder vê-lo.

O recém nascido fora levado para o berçário do hospital, cujo possuía apenas quatro bebês ocupando o espaço. Jungkook devia permanecer no quarto após o parto até que sua sensibilidade retornasse. Sendo assim ele poderia ver seu filho e tomá-lo nos braços pela primeira vez. Terminado o parto, o cirurgião responsável anunciou aos presentes que aguardavam que tudo tinha ocorrido bem, e que agora Jeon só precisava se recuperar da cirurgia.

O enfermeiro que ficara responsável pelo filho do ômega deixara a criança cuidadosamente junto com as outras enquanto um alguém esteve o observando durante o ato, lhe assistindo pelo vidro do lado de fora do berçário. Assim que o enfermeiro esvaziou o recinto, Park Jimin se pronunciou.

- Esse é o bebê que acabou de nascer? – questionou o ruivo que havia chegado á 15 minutos atrás.

- Ah sim, do paciente número 7, Jeon Jungkook. – respondeu logo em seguida. – Você deve ser algum parente dele, suponho.

- Não. – Jimin retrucou, fitando o recém nascido pelo vidro.

- Ah então deve ser o mais novo appa. – ao escutar aquilo, o alfa lançou uma prévia encarada ao enfermeiro logo depois voltando a encarar a criança pelo vidro. Não desmentiu e nem afirmou, pois aquela suposição esteve lhe perpetuando desde que encontrara com o ômega no shopping. – Irei deixá-lo fazer companhia a ele. – o enfermeiro continuou.

- Obrigado. – Jimin agradeceu num meio sorriso.

Logo o aposento esteve habituado somente pelo Park e pelos recém nascidos no berçário. O alfa apenas observava o filho de Jungkook enquanto inúmeros pensamentos lhe rondavam, incluindo diversas lembranças que vivenciara com o ômega. Aquela pequena criatura de braços e perninhas minúsculas lhe trazia uma sensação boa. Park não compreendia ao certo o que sentia, ele estava apenas apreciando observá-lo. Sentia-se próximo de Jeon daquele jeito, mesmo que houvesse estado longe por tanto tempo.

Não havia resistido á curiosidade de ir ao hospital que o ômega tinha lhe informado. Mesmo que tivesse discutido com Yoongi, Jimin não resistiu a esse desejo. Precisava ver o filho de Jungkook pessoalmente pelo menos uma vez para saber o que iria sentir, e em fim ele tinha descoberto. Ao final chegara a uma conclusão curiosa, enquanto esteve observando o bebê perante o vidro transparente, Park concluiu que nada faria sentido se aquela criança não fosse sua.

O sentimento que compartilhava com Jeon não seria verdadeiro, e nada do que viveram juntos teria válido a pena. Aquele bebê tão indefeso e puro só podia ser seu, e de mais ninguém. E ao chegar a essa conclusão – bem do fundo do seu coração – Jimin se deixou emocionar pelas lágrimas.

- Gosta de crianças? – uma voz grave eclodiu bem ao seu lado, lhe roubando dos mais profundos e intensos pensamentos. Ao virar o pescoço Park avistou um homem – alfa – bem mais alto do que si. Ele também encarava o vidro do berçário com um sorrisinho ladino na face.

- Sim. – respondeu meio sem jeito, fora pego de surpresa. Aquele alfa causava em Jimin uma impressão de que já o conhecia de algum lugar.

- Crianças são fofas até uma certa idade, depois elas ficam irritantes. – o outro disse. – Ainda não sei bem como lidar com isso, é algo meio novo pra mim. – completou piscando os olhos.

- Você tem filhos? – Jimin indagou.

- Ah sim, claro. – ao ver a oportunidade, Daehyun fizera questão de fazer aquilo. – O meu noivo acabou de dar a luz. – respondeu com um sorriso grande na face.

- Você deve estar bem feliz. – Park ainda não havia se dado conta sobre qual criança aquele alfa falava.

- Estou, mas com certeza, ainda mais empolgado para o casamento.

- Não é casado?

- Ainda não. – respondia mantendo aquele sorriso dissimulado nos lábios. – Sabe como é, quando se está muito apaixonado as coisas saem do controle.

Jimin sabia perfeitamente como era isso, contudo, Daehyun dizia apenas para provocá-lo. Fazia questão de deixá-lo bem distante de Jungkook; queria garantir que não se reaproximassem novamente, então em sua cabeça não podia deixar nenhuma brecha.

- O Jungkook é aquele tipo de pessoa que não se pode domar. – dizia dando ênfase no nome de Jeon. – Sempre muito decidido em suas atitudes.

Aquilo certamente fora como um murro forte no estômago. Park não fazia ideia de qual pessoa aquele alfa falava até esse momento, e fora nesse mesmíssimo momento que o ruivo se sentira como num universo paralelo. O choque foi tão grande que Jimin não conseguiu discernir a informação logo de primeira, e sua surpresa ficara notoriamente evidente para Daehyun e qualquer um que participasse daquela conversa.

- Arh- então... – tentava articular palavras. – O seu noivo é o paciente 7...

- Esse mesmo. – afirmou em sequência. – Você o conhece? – Daehyun não perdoava na dissimulação.

- Não, quer dizer... – Park não conseguia raciocinar direito. – Só de vista... – completou não conseguindo disfarçar o seu espanto.

- Ah, então você deve ter vindo aqui ver o seu filho. – aquele comentário havia sido tão desnecessário, mas Daehyun queria mesmo era torturá-lo.

O pesar no peito do ruivo era tão grande que ele nem conseguia pensar direito. Somente uma cena vinha em sua cabeça, e essa era de quando reencontrou Jungkook no shopping e o jogou diversas indiretas sobre a gravidez, mas o mesmo pareceu se fazer de desentendido como se não quisesse respondê-lo, e agora essa atitude de Jeon torturava o alfa mais do que nunca.

- Com licença... – pediu completamente sem jeito, abandonando o aposento sem responder ao comentário do outro.

Jimin não aguentara mais aquela situação, fora imensamente desconfortante. Sua mente se encontrava numa verdadeira bagunça. O ruivo se martirizava pelas escolhas que havia feito, ao mesmo tempo, que sentia raiva de todos e de si mesmo. Havia se afastado de Jungkook unicamente com o propósito de não trazer mais tristeza e dor tanto para ele quanto para Yoongi, mas não sabia que isso lhe machucaria tanto.

Durante o tempo que ficara longe de Jeon, vinha suposições – ideias – na mente do Park de que o ômega poderia ter arranjado outro, mas Jimin nunca quis crer nessas ideias porque acreditava no sentimento que ambos compartilhavam. No entanto, fora muito presunçoso e arrogante de sua parte achar que Jeon não arrumaria outra pessoa. Agora Jimin podia sentir a verdadeira dor que essa distancia o trouxe. O sentimento de perca era terrível, e Park sentia como se houvesse perdido Jungkook para sempre.


Notas Finais


Esse Daehyun é um verdadeiro canalha, não?
Podem sentir raiva dele a vontade agora, tenho certeza que ele ganhou vários inimigos kkk
E agora é o Jimin que tá abalado, onde será que isso vai terminar?
Nem eu sei (mentira, sei sim -q)...
Aguardem até o próximo capítulo meus amores <3
e mtos kissis'*


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