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História [Jikook em] — Além da dor. ||DARKFIC|| - Esperança.


Escrita por: Dimin-ssi

Capítulo 4 - Esperança.


Fanfic / Fanfiction [Jikook em] — Além da dor. ||DARKFIC|| - Esperança.

— Jimin... Filho... — escuto a voz doce de minha mãe e levanto rapidamente. Procuro por ela, mas não a encontro em lugar algum. Começo a pensar que essas vozes possam ser da minha cabeça, já que tudo que passa em minha mente é sobre omma. — Filho... — continuo a escutar. Será que eu morri? Onde ela está? 

— Mãe, cadê você? — digo olhando para todos os lados ao meu redor, mesmo sem conseguir enxergar nada.

— Tô na porta... Não posso falar mais alto, vem em direção a porta. — mas, onde está a porta? Não consigo identificar nada aqui já que o local está no breu total. 

— Eu não enxergo... — quem sabe eu possa me guiar pelo som. Preciso que seu tom aumente o suficiente. — Fala um pouquinho mais alto, por favor. 

— Aqui Jimin. — ela aumenta a voz e eu caminho na direção Sul; vou tateando e encosto na parede. Peço para que ela fale mais algumas vezes. Após escutar dou passos para a esquerda e consigo encontrar a madeira que compunha a porta. Desço um pouco as mãos e encontro a maçaneta. Droga! Trancada. 

— Trancada! — digo sussurrando através da mesma. 

— Eu tenho a chave. Fique cuidando para o chão, vou jogá-la pela fresta. — me abaixo, sinto como se eu fosse cego, tendo de usar meu tato para conseguir me mover. Deslizo minhas duas mãos por todo o chão e sinto algo pontiagudo a perfurar meu dedo anelar, argh! Isso dói! Mas desesperado para sair daqui e ver SeongJin continuo a tatear o soalho, a sujeira invadia meu corte e ardia muito. 

— Não tô achando. — digo. 

— Eu joguei Jimin, está aí. — me alegro ao sentir um metal gelado e moldado, sem dúvida era a chave. Só tem um problema, achar o bendito buraco para encaixar. Pode parecer algo banal, mas quando a visão não lhe é concedida, se torna o mesmo que pôr a linha em uma agulha com a luz apagada. 

— Não consigo achar a fechadura. Porque não abre do lado de fora? 

— Seu pai a derreteu desse lado, ele sabia que eu tentaria tirá-lo daqui. — aquele homem é perverso mesmo, como pode fazer isso com seu próprio filho?! Na verdade, ele faz coisas muito piores, coisas que eu jamais faria a qualquer outro, principalmente se fosse meu filho. Independente de tudo.

Uso do meu tato novamente para sentir os dentinhos da chave e encaixar perfeitamente no lugar devido. Após minutos, vários, consigo. 

Abro a porta e vejo mamãe, abraço seu corpo com desespero, precisei e preciso tanto dela. A seguro muito forte em meus braços, como se assim ela nunca mais pudesse ficar longe de mim. Me afasto e começo a observar seu rosto, aqueles desgraçados a bateram mesmo, posso ver os hematomas roxeados em sua face. 

— Mãe! — pego em seu rosto, e choro... choro muito, como eles podem! Meu Deus, me ajude a acabar com esse pesadelo logo! Todas as noites eu peço pela vida de omma, esqueço de mim, mas nunca dela. 

— Filho, por favor. Eu estou bem! Veja, eu estou bem. — ela me olha e sorri, mas eu sei que é mentira. Ela está tão mal quanto eu. Mas ver esses machucados em seu rosto me deixa pior, dói tanto em mim quanto nela. 

Percebo que meus irmãos e meu pai saíram para o trabalho, isso me deixa mais aliviado e posso respirar agora, nem que seja um pouco. Aproveito para fazer uma refeição descente e tomar um banho. Meus carrascos permitem que eu me banhe, a diferença é que agora poderei tomar um banho quentinho, um banho de verdade, não aquela água fria que é jogada sobre meu corpo. 

Após a deliciosa chuveirada, repouso meu corpo no sofá macio da sala. Peço para minha mãe trazer-me a caixinha que guardo, guardo tão bem que nem eu acho mais, mas ela sim. Espero ansioso pela minha caixinha, nela armazeno meus pertences mais importantes, aqueles que não podem tirar de mim como todas as outras coisas que me tomaram. Na verdade, só existe um lugar onde posso proteger da maldade dos tiranos, esse lugar fica em meu interior; eles não podem tirar as coisas boas que guardo em meu coração, as lembranças, os sentimentos... mesmo que sejam poucos, os protejo com muito zelo. 

Vasculhando a pequena caixa, encontro diversos poemas que recebia do meu único amigo, na verdade possuo mais alguns, mas depois que eu fui mantido em cativeiro não tive mais notícias dos outros. Ficando apenas eu e Hoseok, comunicando-nos por cartinhas que a empregada e minha mãe levavam e traziam. 

Pego uma das folhas e leio-a, me sinto tão bem com isso. Depois de ler e reler incontáveis vezes, eu já decorei cada verso, cada palavra, decorei sua ortografia e sinto até hoje o cheiro que ela possuía quando me foi entregue. 

Sabe o que eu sinto nesse momento? Sinto vontade de escrever, de escrever para Hoseok, ou Hope, costumo o chamar assim porque ele é a minha esperança. 

 

"Meu amigo Hope, quanta saudade sinto de você! Como estão sendo seus dias? Gostaria tanto de saber. Falta me faz o teu sorriso, o teu carinho, a tua companhia. Hoseok, eu preciso sair daqui. Eu preciso sumir desse lugar. Eu preciso de você! Assim que receber minha cartinha, por favor responda. Todas as manhãs a empregada frequenta a feirinha, aquela próxima a sua casa, entregue a ela qualquer coisa que quiser me enviar. 

Muitas saudades, Jimin."

 

~xxx~

 

Caminho até a cozinha onde estava SeongJin e Hiuka, nossa empregada. Abraço minha mãe por trás, aconchegando a cabeça em seu ombro, recebo um selar na testa e fecho meus olhos com o contato. Sinto minhas narinas desfrutarem dum aroma delicioso vindo das panelas que estão sendo aquecidas no fogão. 

— Hum... que cheiro bom, dona SeongJin. — aperto mais sua cintura e beijo na bochecha. — Posso jurar reconhecer o aroma. 

— Claro né, seu bobo. Como não reconheceria o cheiro do seu prato preferido?! — é incrível como nos damos tão bem, até me esqueço das atrocidades que o resto da minha família faz comigo. Acho que essa é a rosa em meio ao jardim espinhento. Posso ser perfurado pelas pontas, mas recebo em troca a graça de sentir a essência de suas pétalas. 

— Já disse que você é a melhor mãe do mundo? Obrigado por existir na minha vida e me dar amor, obrigado por me aceitar do jeito que eu sou. Eu te amo muito omma. 

— Eu também te amo, meu pequeno. — ela vira seu corpo para me abraçar e me aninhar. — Jimin, o que é esse pedaço de papel em sua mão? — se refere a cartinha, — ou uma tentativa, já que não possuía um papel adequado para fazer uma carta descente — que eu carregava no bolso de meu moletom, parte dela estava amostra. 

— Ah, mãe, preciso de um grande favor seu. — digo já retirando de meu bolso. — essa cartinha é para Hoseok, aquele meu amigo da infância que a senhora tanto gosta. 

— Filho... Como vai entregar isso a ele? — diz pegando de minhas mãos e observando a folha amarelada. 

— Estou contando com tua ajuda e com a de Hiuka, como fazíamos tempos atrás. — junto suas mãos entre as minhas, formando uma concha e suplico. — Por favor... por favor. 

— O que eu não faço por você? — ela beija minha mão e sorri gentilmente. — Amanhã entregarei. Mas ao menos sabe onde ele está morando? 

— Espero muito que no mesmo lugar. Se não for, tudo bem, é uma tentativa que eu preciso fazer. — eu não havia pensado nisso, e se acaso ele tenha se mudado? É uma possibilidade.

Estou muito ansioso para ter notícias de Hoseok, a última vez que nos falamos faz muito tempo, e a última vez que nos vimos faz mais tempo ainda. Éramos crianças. Me pergunto como ele possa estar atualmente. Uma coisa que eu sei que não deve ter mudado é o seu sorriso, ah, como eu amava o ver sorrir.  

‘’Eu quero proteger essa imagem de você sorrindo.’’

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Gostaria de saber se estão gostando da Fic, e se preferem capítulos mais longos ou mais curtos.
Obrigada a todos que me acompanham! Muito obrigada :3
<3


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