História [Jikook em] — Além da dor. ||DARKFIC|| - Frustração.

“Jungkook, vamos para o seu quarto. Aqui está muito escuro e frio.”

“Não se preocupe com o frio, ele logo irá passar.”

“Oppa, não me beije agora. Eu quero ir para o quarto! Mal consigo te ver.”

“Hum...você quer?”

“Sim.”

“Eu não ligo para o que quer, e sim para o que eu quero. Vamos ficar aqui e acho bom não contestar.”

“Mas...”

“Quietinha, só aproveite o prazer que vou te dar.”

“Jungkook!”

“Shiu... não era isso que queria? Você sempre se ofereceu para mim como uma puta necessitada e agora está reclamando porque quero te foder? Me poupe e se poupe.”

“Como pode me tratar assim? Eu só quero que seja especial...oppa.”

“Então procurou pela pessoa errada. Pode ir embora.”

‘’Calma, eu quero ficar com você.’’

‘’Cê que sabe.’’

‘’N-naa...ah...’’

‘’Você está tão molhada, para que se fazer de difícil?’’

‘’Hmmm, s-seus de-dos...ah Kook...’’

‘’Gosta deles, vadia? Huh? Gosta quando faço assim?’’

‘’S-ssim, oh!’’

‘’Tenho algo melhor...’’

‘’Jung..k-kook...V-você está t-tão duro.’’

‘’Olhe como desejo entrar em ti...’’

‘’Não espere oppa, quero senti-lo dentro de mim.’’

‘’Porra...tão...ah...tão apertada...’’

‘’Ahnn....devagar, está me machucando...’’

‘’E-eu n-não ligo...’’

A madrugada parece não ter fim. Eu me sinto um objeto qualquer neste cômodo, com minha presença sendo totalmente ignorada. A mulher coitada, há, ela acha que apenas os dois ocupam o espaço; estou totalmente mascarado pela escuridão. Porém, Jungkook sabe muito bem que não estão sozinhos. Ele sabe que estou aqui no meu canto frio, escutando tudo. Ele sabe que qualquer tentativa minha de dormir, seria inútil. 

Ele sabe, ele sabe, ele faz propositalmente, ele me fere, ele sabe, ele me destrói.

Por mais que eu tampe meus ouvidos com tal força que chegue a doer, o som parece sempre aumentar. Ensurdecedor. Qualquer barulho que eu fizesse seria facilmente abafado pelos gemidos roucos de Jungkook e os gritos melosos daquela mulher.

Eu gostaria de cantar uma canção bem alta para tentar desfocar dessa sujeira que inunda meus ouvidos; debater meu corpo para me distrair, mesmo que fosse machucar; sair correndo deste lugar até não escutar mais nada. Entretanto, tudo que faço é abraçar meus joelhos, me encolhendo o máximo possível numa tentativa inútil de fazer com que o meu subconsciente crie uma autoimagem de que eu não passo de um real objeto, um objeto inanimado que nada sente; nada ouve; nada vê; que não existe. Não importa o quanto eu peça mentalmente a Jungkook que pare com isso, meus apelos silenciosos nunca chegaram até ele, e se chegassem, este os ignoraria. Porquê? Porque faz isso comigo...

‘’O que está fazendo, Kook?’’

‘’Estou me vestindo. Faça o mesmo.’’

‘’Mas, eu gostaria de dormir contigo, oppa.’’

“Não partilhamos da mesma vontade. O que eu queria já aconteceu, não há mais nada para você fazer aqui. Só vá embora.”

“Então me leve.”

“Toma...pegue esse dinheiro e chame um táxi...vamos caralho, se apresse.”

“Não fale assim comigo.’’

‘’Estou com sono. Vá logo.’’

 Jungkook era sem dúvida um estupido. Em nenhum momento senti que ele a tratou com cuidado e carinho, parecia sempre rude e sem paciência com a mulher. Realmente, é um covarde que usa as pessoas e quando está satisfeito as joga fora, como sacos de lixo que entupimos de entulho e quando está cheio é deletado, pois para nada mais serve. Ele não é merecedor de nenhum sentimento que não seja de indiferença. Como eu pude...como eu posso?! Eis a cruz que carrego em meus ombros; ela é tão pesada que cada passo parece ser impossível de dar. Sinto como se seu peso esmagasse meus ossos a ponto de faltar o ar; a ponto de querer jogá-la fora, mas ela está costurada em mim, ela se apoderou de minha pele e pressinto que não posso a abandonar sem abandonar a mim mesmo.

Escuto os passos se distanciando do cômodo e logo a porta fora aberta e fechada com agressividade. Eu me senti aliviado pela tortura ter acabado, contudo, sei que esse martírio continuará massacrando minha cabeça. Eu nunca havia tido a infelicidade de presenciar as sujidades de Jungkook; volta e meia ele traz algumas mulheres para cá, é normal, mas fazer isto como se eu não existisse no local, foi algo tão...nojento!

— Psiu, gostou do showzinho particular? — um calafrio se instaurou em minhas costas. Jungkook havia se colocado atrás de mim sem que eu percebesse.

— Vá dormir Jungkook. Não dispensou a moça porque estava com sono? — a vontade de esmurrá-lo é grande. Eu preciso me controlar para não amaldiçoa-lo de todas as formas possíveis.

— Para ela eu estou. Mas para você não. — meu corpo se arrepia inteiro ao sentir sua respiração sobre minha nuca. — Você tem um cheiro tão bom, Jiminzinho.

Eu nada respondi.

— Tão doce... — a mão do outro pousa sobre meu peito, aprofundando mais nosso contato — Oush, porque seu coração está batendo tão rápido?

Porque você faz isso comigo. Eu tenho medo de você Jungkook.

— Porque não fala comigo? — ele impulsionava forte seu corpo contra o meu, eu podia sentir cada pedaço dele tocando em mim.

— Eu estou cansado. — digo ríspido, tentando manter meu corpo firme e não cair na bagunça que Jungkook estava tentando causar.

— Não conseguiu dormir enquanto eu transava com aquela mulher? Eu sabia que não conseguiria. — ele ri debochado e minha mão se fecha; minhas unhas cravam a pele, causando ardência.

— Então fez por gosto? — cerro os dentes.

— Sim. Eu fiz porque queria mesmo era estar fodendo você. — a boca do outro procura pela minha orelha mas eu esquivo. Não quero que me toque mais do que já está a tocar.

Você é louco, Jungkook? Você é louco!?

— Me diga, eu percebo em seu tom de voz que está incomodado. Isso é ciúmes, né? Queria estar no lugar dela, eu sei.

Me viro de frente para si e mesmo sem podermos nos enxergar direito, eu encaro raivoso sua face sombreada.

— O único incomodo que sinto, é da sua presença.

— Ah, não minta para mim, e nem para você mesmo. — a mão grande de meu irmão colocou-se entre o meio de minhas pernas, eu tentei tirá-la e então este apertou agressivamente meu pescoço, me imobilizando.

— P-para...— suplico.

— Olha Jimin. — ele coloca minha mão sobre meu próprio membro semi acordado. Eu não estou conseguindo me controlar, infelizmente meu corpo está respondendo erroneamente por mim — Você está ficando excitado com o meu toque.

Jungkook continua a massagear meu sexo coberto, por mais que eu queira quebrar contato me sinto preso em suas mãos. Ele é tão cruel.

— P-por f-avor...n-não...— peço mais uma vez inutilmente, controlando os gemidos teimosos. O mais velho pega novamente em minha mão e a leva agora até seu membro, totalmente rijo. Fecho os dedos e em resposta eles são abertos com força bruta pelo maior.

— Agarre firme, é todo seu.

Jungkook desfaz nosso contato para abrir o cinto de sua calça, eu começo a ficar apreensivo e tento me levantar apressado, só que logo sou jogado com força contra o chão e percebo que ele está irritado com minha negação sobre suas vontades mundanas.

— Jimin. Eu estou aqui com toda boa vontade deste mundo para o satisfazer e mesmo assim recusa minha bondade? Você merece ser castigado. — ele falava sereno, não dando a mínima para o pavor que estava exposto em cada canto do meu ser. Se a luz estivesse acesa ele poderia encontrar o verdadeiro significado do medo estampado em minha face.

Meu corpo é virado brutalmente de bruços e agarro-me firme no lençol abaixo de mim. Percebo que minhas vestes inferiores estão sendo retiradas e começo a me debater, recebendo em troca um puxão forte no cabelo.

— Fica quieto. Eu só quero te fazer um carinho. — a psicopatia era visível em sua voz, que apesar de todos meus resmungos de súplica; apesar da minha voz totalmente embolada pela vontade de chorar. Ele não parava, não parava.

— Hyung não faça isso comigo. Eu te imploro. Me surre; me machuque como sempre fez, mas não faça isso...

— Isso o quê?! Acha que vou te estuprar? — ele ri sádico — Eu nunca irei te forçar a foder comigo, pois isso será feito por livre e espontânea vontade sua. — ele faz uma breve pausa enquanto suas mãos rodeiam o cós de minha calça — Eu quero o ver implorando por mim, como uma putinha. Porque sei que você deseja me sentir te penetrando.

Em um movimento rápido minha calça e cueca são definitivamente retiradas. Afundo minha cabeça como se eu pudesse ultrapassar o chão e percebendo que ele irá sim me fazer mal, começo a chorar como uma criança. Soltando todos os litros de lágrimas que estavam presos em mim. Gritando mesmo que ninguém possa ouvir, pois minha voz é inaudível para aqueles que me têm como um nada, um mísero nada. Eu não acredito no que ele diz; eu não confio nele eu sei que o pior me aguarda. Ele me odeia.

— Que bundinha gostosa, tão macia e redondinha. Humm... — ele espalma minha nádega esquerda. — Sabe, Jimin...eu adoraria descobrir agora o quão apertado podes ser. Estou tão duro por você. Ah, não faz ideia de como eu realmente gostaria de comer essa bundinha. — Jungkook apertava a carne do meu corpo com afobação, como se a qualquer momento pudesse perder o controle. — Mas não farei isso, porque no fundo eu não sou esse monstro todo que pensa. Ah...eu sei que ainda terei o prazer de estocar você sem piedade. Oportunidades não faltarão. — ele gemia entre algumas palavras, parecia imerso na luxúria. — Por agora, o seu castigo será apenas umas boas palmadas. Como se fosse meu garotinho e eu o seu papai. Irei o punir até a marca de minhas mãos impregnarem sua pele.

Cada tapa desferido em minhas nádegas era tão doloroso quanto um chicote. Me senti um miserável. Sua destra me maltratava sem o mínimo resquício de pena. Eu podia sentir os vergões sendo formados a medida que a mão alheia afastava e voltava a tapear a mesma região. Chegou um momento em que eu aceitei minha cruz, pois agir contra só me mostrava o quão frustrado sou por Jungkook.