História Jogos Vorazes Mockingjay:Maysilee Donner - O Alerta

   Acordo e as cortinas brancas de meu quarto não param de balançar,entrando aquele ar extremamente gelado,junto com alguns flocos brilhantes de neve,saio da cama ponhando minhas pantufas escuras coloco meu casaquinho e cruzo os braços respirando fundo,meu quarto está pior que o inverno para fora,me aproximo das janelas de vidro quadriculados que não param de balançar junto as cortinas,essa janela vive abrindo sozinha durante minhas noites sombrias,chego perto abaixando as cortinas enquanto aquela brisa fira inunda meu corpo levantando meus cabelos bagunçados,fecho a janela cruzando os braços me aquecendo,está um pouco melhor agora,retiro meu pijama andandi em direção ao nosso banheiro,ligo as duas torneiras de nossa banheira de porcelanato branco,regulando a temperatura para bem quente,eu odeio o inverno uma das épocas mais me fez sofrer,antes dos jogos ficar dias sem tomar um banho sequer,ter água escassa com a maioria das vezes ela sair congelada,sem aconchego ou uma lareira para se esquentar durante as noites frias,sem ter ao menos um casaco para aquecer e ter que usar simples retalhos que a traça a de comer,isso não é vida é um sofrimento,agora isso não é preocupação sou rica,esses últimos anos de sofrimento acabarão.

Espero a banheira se encher com água quente,e me olho no espelho percebendo as diversas olheiras em meu rosto,abro a torneira metálica da pia enxáguo meu rosto,encho meu típico copo de vidro,e puxo da prateleira alguns compromidos esverdeados meio sintéticos,elevo a boca engolindo em seguida tomando um d'água,para auxiliar na ingestão não tenho dormido muito bem durante noites,esses comprimidos são estimulantes que me mantém ativa durante o dia,ao contrário de muitos vitoriosos que se drogam com medicamentos pesados para curar dores emocionais,quanto a outros que acabam com seus corpos consumindo coisas de álcool enquanto se embriagam tentando esquecer as lembranças dos jogos,não sou diferente tenho algumas dores,más não dependendo de tais coisas para me curar,estou deixando com que o tempo leve e cicatrize pouco a pouco,arrumo meus cabelos em frente ao espelho quando olho para atrás com água da banheira quase chegando ao fim transbordando,fecho a torneira rapidamente,de tanto ficar refletindo e relembrando o passado as coisas que já ocorreram,que estou deixando me prejudicar dia-a-dia psicológicamente,coloco os dois pés dentro d'água,fazendo transportar aos poucos,abaixo lentamente meu corpo para dentro da mesma,e toda a banheira transborda violentamente molhando o chão,repouso minha cabeça na parede amarelada,e olho para o teto com a luz ofuscante em meus olhos,e afundo a cabeça para dentro d'água por alguns segundos,ainda terei a entrevista ao vivo com Caesar,meu dia será corrido,em fim irei matar a saudades,Bill e sua equipe maluca estão vindo para cá,queria que Bill viesse junto também estou com saudades dele,desde minha vitória ele ganhou bastante reconhecimento na capital,agora está bem atarefado soube que ele está desenhando uma linha de roupas e modelitos para uma das mais importantes e finas boutiques de toda a Panem,as vezes nos falamos por telefone ou até em cartas que demoram mais chegam,volto a superfície respirando fundo e termino meu banho,me levantando da banheira quase levando um escorregão por conta do piso úmido e molhado,e me enxugo,ainda sinto um pouco do ar gelado sobre minha pele,e abro o enorme armário de madeira eucalipto branco ornamentados com estampas com enormes flores avermelhadas abro as portas selecionando roupas pesadas,com um casaco de veludo,enorme cachecol vermelho que se estende até uma altura considerável a minhas costas,por último visto minhas luvas, e saio de meu quarto em direção a cozinha,e Hayselle e minha mãe estão preparando o café da manhã,me assento sobre a mesa,quando Hayselle põe o bule e as xícaras de chão sobre nossa extensa mesa.

__Animada para a entrevista? pergunta-Hayselle.

__Não muito. digo.

__Outra noite de insônia? pergunta-Hayselle .

__Outra,más tomei alguns compromidos não se preocupe. digo.

__Mamãe não gosta que você tome esse tipo de medicamento,são muito fortes Maysilee. diz-Hayselle.

__Só tomo quando há a necessidade. digo.

__Pois devia parar de tomar,pode acabar se viciando,se a mamãe descobrir... diz-Hayselle.

__Não vai dizer a ela,ou vai? pergunto.

__Não irei,desde que me prometa que não vai tomar esses comprimidos novamente. diz-Hayselle.

__Prometo. digo.

__Desconfio que o causador das suas noites mal dormidas é Haymitch. diz-Hayselle.

__Talvez. digo.

Hayselle me conhece mais do que qualquer pessoa,não posso negar que Haymitch também me tira o sono as vezes,fora que não nos vimos a quase o inverno todo,ele deve estar no distrito treze,nesse exato momento será que está pensando em mim?Ainda tenho que tirar algumas dúvidas que ainda estou confusa até agora sobrs o treze comJames,sobre a sua existência que é algo inacreditável,bem ele foi apagado do mapa de Panem,será que a capital tem conhecimento sobre o distrito treze?

__Não fique assim Maysilee,você sabe quando ele volta? pergunta-Hayselle.

__Não. digo.

__Basta esperar. diz-Hayselle.

Assinto com a cabeça concordando,quando minha mãe entra no servindo,torradas com mem e geléia de amora e ovos mexidos,tomo meu café rapidamente termino dando alguns goles no fumegante e delicioso chá,decido levar um pouco dele comigo em uma pequena garrafinha metálica térmica,com alguns pãezinhos e queijo,coloco tudo organizado dentro da bolsa,pego minha zarabatana.

__Onde vai? pergunta-Hayselle.

__Atrás de ervas e me aventurar pela floresta. digo fechando a porta.

Faço meu típico trajeto caminhando pela aldeia dos vitoriosos e suas doze casas,que somente duas estão ocupadas,passo pela fonte praticamente congelada,com a neve fraca caindo sobre meus cabelos loiros,indica que o inverno está quase terminando,esse é o pior momento aqui no doze,a produção cae bruscamente e o índice de mortalidade sobe,pessoas morrendo congeladas,fome sem contar dos acidentes nas minas de carvão,abro o portão de entrada da aldeia,corro pelas ruas brancas e cheias de neve em direção a floresta,onde estão vários garotos e homens com enormes pás,retirando montes de neve e gelo tentando ganhar algum dinheiro para suas famílias colocando em caminhões que transportam para algum lugar onde se livram delas,continuo andando chegando a extensa campina antes tinha uma variedades de flores,agora se transforma em uma paisagem fria coberta pela neve e sem vida,passo pelo cercado de alta voltagem adentrando na floresta,as árvores com aparência de mortas parece que toda a natureza e diversidade foi soterrada pelo frio,continuo andando a procura de ervas,como eu disse inverno é uma das piores épocas para todos não temos produtividade a natureza morre assim como a estação de outono quando as folhas caem,não vejo nada na floresta além dos pinheiros,arbustos e pedras e toda paisagem embranquecida e nebulosa,ainda consigo achar poucos sinais de algumas ervas em um estado até aceitável de congelamento,apanho algumas para dentro da bolsa,não é comparado ao grande número que consigo recolher creio que é bom o pouco do que sair com nada,ando até a pequena lagoa congelada e me assento em uma rocha,retirando a pequena garrafinha térmica tomando chá que ainda está com a mesma temperatura,quente e fumegante que desce pela minha garganta aquecendo,retiro os pãezinhos e o queijo e os como enquanto ouço o barulho do vento batendo nos galhos com um barulho meio tenebroso e sinistro,não tenho más oque fazer hoje na floresta já que tudo parece estar destruído pela neve,me levanto guardando minha garrafinha dentro da bolsa,com metade do queijo que ainda me resta,e cruzo o cercado que separa a campina da floresta de volta ao doze,ando me dirigindo de volta a Aldeia dos Vitoriosos,cruzo o portão em direção a minha casa,antes irei passar na casa de James preciso saber notícias sobre Haymitch esclarecer muitas dúvidas que ainda perturbam minha mente,caminho em direção a casa de James quando observo dois pacíficadores montando guarda em frente a porta de minha casa,será que aconteceu algo?volto meu caminho correndo em direção a minha casa com um olhar preocupado,"Vieram atrás de mim me prender "penso chego em direção aos pacífiadores,eles não dão uma palavra sequer apenas abram a porta para que eu entre,não estou com um bom pressentimento quanto a isso,entro dentro largando minha zarabatana e bolsa sobre a poltrona.

__Oque está havendo? pergunto.

__Maysilee,tem visita para você,lhe aguardando na biblioteca. diz-minha mãe.

__Visita? pergunto.

Ela faz um gesto a cabeça em concordância,me dirigo a pequena sala com paredes estampas de verde no centro a uma extensa mesinha com prateleiras de livros,e um sofa para visitas,continuo andando em direção a biblioteca quando vejo aqueles cabelos brancos como a neve que está caindo para fora,me fazendo ficar perplexa de medo,com seu olhar orripilante é o Presidente Snow,oque será que eu devo a honra de uma visita tão importante,ele se levanta e me comprimenta com um beijo entre as mãos,e nos sentamos cara a cara.

__Olá Srta.Donner. diz-Snow.

__Olá President Snow. digo.

__Espero que esteja bem. diz-Snow.

__Estou sim. digo.

__Você sabe o porquê de eu estar aqui? pergunta-Snow.

__Não. respondo.

__Irei direto ao assunto,está acontecendo algumas martes em alguns distritos. diz-Snow.

__Marrons? pergunto.

__Pequenos levantes,você é a maior expiração para isso. diz-Snow.

__Eu? pergunto.

__Uma garota que entra na arena,faz um ato de revolta,sofre por tal ato,no final usa a própria arma da capital junto com outro tributo como um gesto de rebelião,se uma garota faz isso e fica ilesa oque os impede de fazer o mesmo? diz-Snow.

__Eu não sei,más eu só queria sair da arena viva. digo.

__Eu sei,apenas lhe dei um aviso,você me parece confiável Srta.Donner,e você ama muito sua família,então isso tem que parar. diz-Snow.

__Sim. digo.

Fico um pouco assustada com o seu geito de falar,na verdade eu nem sabia que estava sendo inspiração para levantes,más isso tem que acabar pelo bem de Hayselle e minha mãe,quando a porta se abre é minha mãe com uma bandeja com o bule e duas xícaras de chá,ela nos serve e se retira de cabeça baixa.

_Estamos conversados Srta.Donner? pergunta-Snow.

Confirmo com a cabeça em afirmação,ele se levanta dando um único gole no chá e beija novamente minha mão.

__Então está bem,a propósito sua mãe a Sra.Donner faz um chá delicioso. diz-Snow se retirando da sala lentamente fechando a porta me deixando sozinha.

Sento na mesa, e passo as duas mãos na cabeça e fico pensando sobre aquilo"Hayselle e minha mãe estão em primeiro lugar"penso enquanto a neve não para de cair sobre a janela.