História Jogos Vorazes Mockingjay:Maysilee Donner - A Colheita

   Ficamos naquele momento observando as estrelas do céu, deito a cabeça sobre o colo de Haymitch, enquanto ele não para de acariciar meu rosto dando beijos continuos, fecho os olhos adormecendo no colo do mesmo, minha mente é inundada pelos mais sublimes sonhos, onde me imagino em uma cerimônia subindo ao altar acompanhada por meu pai, onde estão todos reunidos em uma pequena capela do distrito doze, com Haymitch em um terno dourado em posição ereta me esperando sorrindo, me vejo em um belo vestido branco com um buquê de rosas brancas entre as mãos, enquanto garotinhas jogam petelas pelo enorme tapete vermelho, centenas de pessoas me observando enquanto caminho em direção ao altar, consigo ouvir uma única palavra da boca de meu pai que está segurado a meu ombro.

__Acorde desse mundo. diz-ele.

Abro os olhos lentamente quando o brilho do sol, surge do ocidente iluminando aos poucos a grama da extensa campina, ainda estou sobre o colo de Haymitch que está abraçado a mim, e sinto suas mãos sobre meus cabelos, levanto minha cabeça de seu colo lentamente um pouco sonolenta.

__Bom dia. diz-Haymitch.

__Dormimos na campina. digo.

__Sim, você disse que queria estar junto a mim. diz-Haymitch.

__Sem exageros, podia ter me acordado. digo.

__Achei melhor não acordala, você parece um anjo dormindo. diz-Haymitch.

__Oh.. digo com as bochechas um pouco vermelhas.

__Fofa, acho que podemos ir. diz-Haymitch.

Acinto com a cabeça me levantando pegando o buquê de rosas amarelas, Haymitch se levanta junto a mim, pegando em minha mão e começamos a andar para fora da campina em direção as ruas do doze, com a brisa ventosa e gelada da manhã batendo em meus braços os fazendo estremecer devagar, quando Haymitch desabotoa seu smolkey o tirando e colocando em volta de meus dois braços.

__Melhorou? pergunta-Haymitch.

__Sim. respondo em confirmação.

Ele sorri dando um beijinho na ponta de meu nariz, enquanto andamos em direção aos portões da Aldeia dos Vitoriosos, cruzamos adentrando na aldeia e paramos em direção a fonte que ermege água de seus fluidos mecânicos freáticos.

__Você está bem em relação a colheita? pergunta-Haymitch.

__Em vista do meu estado anteriormente, estou bem. digo.

__Em algumas horas eu irei para o 13, pode ser que não nos vemos mais, Maysilee me prometa uma coisa. diz-Haymitch.

__Sim, oque? pergunto.

__Quando estiver na arena, mostre porquê você veio do Distrito 12. diz-Haymitch.

__Darei, eu prometo. digo.

__Tente sair viva, caso você não volte eu só quero somente uma coisa nesse momento. diz-Haymitch.

__Uma coisa? pergunto.

Ele se aproxima pegando em minha cintura, colando meu corpo ao dele, com a mão em minhas costas e a outra segurando meu queixo o levantando para cima.

__Um beijo de despedida. diz-Haymitch.

Aproximamos nossos rostos e iniciamos um beijo enquanto o sol nasce, batendo em nossos corpos, abraço Haymitch fortemente entre o beijo, ela abaixa seu palmar tocando em uma das minhas nadegas, me arrepio com aquele toque quando sinto algo quente pingar em meu rosto,abro os olhos e percebo que Haymitch está chorando, sinto um grande aperto em meu peito, no fundo ele quer realmente que eu saia viva da arena, más para isso eu terei que abrir mão de outra pessoa que amo, Hayselle isso se eu não estiver morta bem antes, as coisas poderiam ter sido diferentes se meu nome não fosse selecionado na maldita colheita, eu poderia estar feliz sem me esconder com o garoto que verdadeiramente amo, paramos aquele beijo, algumas lágrimas descem de meu rosto.

__Não chore Maysilee. diz-Haymitch.

__E..eu não sei oque fazer Haymitch. gaguejo.

__Faça uma única coisa, ganhe e volte para mim. diz-Haymitch.

Assinto com a cabeça o abraçando fortemente, por alguns minutos, a coisa que eu mais quero e voltar viva, más será em troca da vida de Hayselle, não sei como será minha vida se eu perder, paramos aquele abraço, e Haymitch me dá um beijo na pontinha do nariz.

__Eu tenho que ir, más estarei com você todo tempo. diz-Haymitch.

Ele tira um broche dourado de tordo do bolso semelhante ao meu.

__Minha Garota 12.

Ele dá um beijinho em minha boca puxando meu lábio, e vira para direção contrária em direção a casa de James, me viro em direção oposta caminhando lentamente em direção a minha casa, abraçada ao smokey de Haymitch aperto a maçaneta gelada abrindo a porta, adentrando em minha casa, coloco o buquê em um vaso de porcelanto vazio, abro a porta de meu quarto abrindo as cortinas deixando a luz solar iluminar e me jogo sobre a cama abraçando o smokey de Haymitch e as lágrimas não se contém em caírem sobre meu rosto, pode ser a última que vejo Haymitch, fecho meus olhos lentamente tentando apagar o "Adeus" e acabo desabando em um profundo sono.

Acordo tirando meu vestido, me levanto tomando algumas leves chuveiradas, visto uma roupa a meu tipo e olho o céu radiante de primavera pela janela, ando novamente em direção ao banheiro e lavo meu rosto escovo meus dentes ando novamente em direção a porta de meu quarto, saio em direção a cozinha tomando um copo d'água me dirigindo a mesa de jantar, e deito a cabeça sobre o tecido branco observando fixamente o copo d'água acabo dando alguns cochilos me imaginando deitada novamente sobre o colo quente de Haymitch quando ouço o barulho de algo escancarando, levanto a cabeça um pouco atenta, quando Hayselle surge sobre a mesa pegando uma maçã da fruteira que fica ao centro da mesa se sentando.

__Bom dia Maysilee. diz-Hayselle.

__Bom dia. respondo.

__Como foi a noite com Haymitch? pergunta-Hayselle.

__Como sabe que eu saí com Haymitch ontem a noite? pergunto.

__Bem, digamos que eu dei uma ajudinha com as flores. diz-Hayselle dando um sorriso.

__Então as flores a idéia foi sua? pergunto.

__Foi minha, ele não sabia oque levar. diz-Hayselle rindo.

__Ele não é do tipo muito romântico. brinco.

__Más a sua noite como foi? Estou curiosa. diz-Hayselle.

__Inesquecível, jantamos ele me levou para a campina perto do lago. digo.

__Vocês não.... diz-Hayselle erguendo a sombracelha.

__Não sou esse tipo de garota, Haymitch é um cavalheiro e bem respeitador. digo.

__Só estava brincando, más aconteceu algo? pergunta-Hayselle.

__Aconteceu. respondo.

__Oque? pergunta-Hayselle.

__Haymitch me pediu em casamento. digo.

__Oh Maysilee, isso é maravilhoso. diz-Hayselle com as mãos na boca.

__Sim. sorrio fraco.

__Maysilee, não parece que você está muito feliz. diz-Hayselle.

__Como você quer que esteja feliz, hoje é o dia da colheita. digo.

__Não fique assim, você ira conseguir. diz-Hayselle pegando em minha mão.

__Conseguir?Tenho que salvar você. digo.

__Salvar?Oque adiantará você morrer em troca e causar a dor em Haymitch e principalmente em mim. diz-Hayselle.

__Hayselle, você não está dizendo que... digo.

__Isso não importa, se meu destino for morrer na arena, morrerei contente em saber que você estará feliz a lado de quem a ama. diz-Hayselle.

__Oh... Hayselle. digo.

Ela se levanta me dando um abraço bem apertado com um sorriso no rosto.

__Uma das formas de agradecer tudo oque você fez por mim. diz-Hayselle.

__Nunca poderei pagar o sacrifício que você está disposta a fazer. digo.

__Não pense nessas coisas, que tal irmos treinar? pergunta-Hayselle.

__Agora? pergunto.

__Porque não. diz-Hayselle.

__Tudo bem, pelo menos eu me distraio. digo.

Me levanto correndo em direção ao meu quarto, retiro minha jaqueta do roupeiro e minha zarabatana, e ando junto a Hayselle em direção a floresta, e começamos nosso treinamento Hayselle treina com seu chicote, enquanto eu trabalho tentando aprender a montar novas arapucas como Leslye e Spiley me ensinaram, ficamos boa parte da manhã treinando para esquecer os problemas, quando as horas se passam do meio-dia, em algumas horas a colheita irá se iniciar, decidimos sair da floresta cruzando a cerca de alta voltagem, quando damos de cara com Ray Senturn o chege dos pacificadores do distrito doze, um homem alto, corpudo cabelos grisalhos na faixa de uns trinta anos, com seu colete e farda branca com seu chicote sobre a cintura, eu o odeio alguns anos ele me pegou junto a Lelsye se aventurando em meio a floresta, e nos castigou com chicotadas, bem pelo menos não passamos essa humilhação em praça pública, além de ser cruel é fútil um verdadeiro monstro, que oferece uma míseria de grãos extras de óleo para algumas famílias, pedindo em troca o corpo de suas filhas para se deitarem com ele, isso acontece muito durante o inverno, por sorte tanto eu como Hayselle sempre ajudamos minha mãe e aprendi a caçar ervas sem necessitar fazer taís banalidades, ele dá um sorriso nos olhando de cima abaixo.

__Parecem que não aprenderam as regras. diz-Ray.

__Vai me chicotear como da outra vez? pergunto.

__Dessa vez não, hoje é dia de colheita, aliás vocês tem que se preparar ela acontecerá daqui a algumas horas. diz-Ray se afastando.

__Ele é assustador. comenta-Hayselle.

__Não se preocupe ele não nos fará mal algum. digo.

Andamos em direção as ruas cheias de carvão do doze rumo a Aldeia dos Vitoriosos, onde nos banhamos e nos alimentamos, e vestimos ponho meu broche de tordo dourado, e partimos em direção ao Edifício da Justiça.