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História Jornada das letras - Está chovendo homem... em geral...


Escrita por: magnalock

Notas do Autor


Oi! Espero que aproveite e se divirta. Estarei postando sempre que for possível e se for do seu agrado deixe um comentário, ficarei feliz em saber o que acham, como está indo e suspeitas do futuro da história. Será que rola spoilers nas notas finais?

Capítulo 5 - Está chovendo homem... em geral...


Condado de Douglas, Colorado.

     A luz de Castle Rock ia se levantando ao nascer do sol, deixando o céu aquarelado nas cores amarelo, azul e rosa. A cidade nem acordara quando Lou chegou, tudo estava tranqüilonas ruas, só o barulho do vento nas árvores e de algumas pessoas abrindo suas lojas na rua comercial.

     Leonor havia se mudado para Castle Rock para recomeçar.Um novo lugar com novas pessoas e um bom emprego, para se ocupar. Quando estava terminando a faculdade, semanas antes de sua formatura, recebeu a notícia que seu avô havia falecido. Ficou arrasada com a notícia. Depois de sua mãe morreu quando tinha 16 anos, seu avô era a única família que restou, Mas agora estava só. Leonor teve que sair às pressas de Illinois da Denver ajeitar a papelada da cremação do avô.

     Ele havia sido encontrado por umvizinho que estranhou a ausência do senhorzinho simpático: Morreu dormindo, um enfarte foi à causa de sua morte. Lou sabia que poderia ser arte de algum demônio ou criatura, porém a autópsia dizia que era um enfarte e nenhuma evidencia diferente surgiu na casa ou na cidade. Já era um senhor de 80 e poucos anos, era difícil aceitar que a velhice o levou, ela iria sentir muita saudade de ligar todos os dias para ele, iria ser dolorosamente triste saber que não veria seu diploma na universidade de Chicago que ele tanto sentia orgulho em dizer que ela estudava. Tão joveme com tantas perdas, a vida não era tão gentil com ela, por mais dinheiro que ela tivesse herdado nada poderia tapar o vazio de sua alma, o vazio de perder quem ama.

    Estacionou o carro em frente a um prédio de aparência vintage com tijolos vermelhos em sua fachada, tinha somente dois andares, uma bela porta vermelha de madeira que dava de entrada e belas janelas grandes. Finalmente estava em casa.

     Entrou no pequeno prédio com as malas nos ombros, subiu as escadas até o ultimo andar onde ficava seu apartamento, eram somente dois apartamentos por andar, só possuía dois vizinhos do andar de baixo, os recém casados, senhor e senhora McAble e Dona flor, uma senhora muito gentil que era dona dos apartamentos alugados.

     Lou abriu a porta de casa, acendeu a luz feliz por esta em seu modesto lar. A mulher vivia num apartamento pequeno, assim que passava da porta via-se de cara uma sala de estar com uma televisão média em um raque de madeira encostado-se à parede esquerda a porta, um sofá de 3 lugares na parede oposta ao raque. Tinha duas estantes grandes de livros entre as salas de estar e jantar, um pequeno corredor que dava acesso ao banheiro social, Quarto de hóspedes, que ela usava como escritório no tempo em que trabalhava nas escolas locais, e por últimos no fim do corredor, seu quarto. A cozinha e a área de limpeza ficavam oposta a sacada da lateral da sala de jantar que tinha uma bonita mesa de mogno sob uma luminária oval para dar um ar de moderno no apartamento simples que vivia.

Estava há um mês, sem Emprego, havia pedido demissão da Douglas County High School, como professora substituta do ensino médio. Estava se mantendo com o dinheiro que herdou e que tinha vendendo artigos aos caçadores e colecionadores. Leonor deixou as malas caírem dos ombros no chão do quarto e se jogou no colchão, estava cansada e com falta de sua cama. Afinal passar praticamente um mês viajando pelo leste do país não era simples, quem sabe tiraria uma semana de férias estava precisando disso, de um bom banho e sua cama. Foi isso que fez.

Sete semanas depois

     Leonor já havia lido todos os livros que comprou de Marvin Willkins, e especialmente o fino diário. Não tinha o nome de quem pertencia, continha folhas rasgadas, tudo indicava que era de um iniciante a homem das letras, pois tinha feitiços simples que ela já sabia, seu avô a ensinara o pouco que conhecia pelas anotações do irmão mais velho, porém o mais peculiar era que na ultima tinha uma abreviação. “Normal- II”, ela matutou muito sobre o que isso significava, aquela era a única parte que restou da última folha, estava com a continuação rasgada no rodapé da folha. Frustrou-se mais vezes do que as duas mãos podem contar e nem a internet parecia auxiliá-la. Em meio a nebulosa confusão de descobrir o significado, seu celular toca tirando-a dos devaneios, era Dylan:

— Oi Dylan, quais as novas?— disse pausadamente.

— Oi estou em frente ao seu prédio, você bem que podia abrira a porta...

— O que?!— disse saltando da mesa que estava indo em direção da sacada. Lou viu uma figura risonha acenando para ela. — Ah seu canalha... — disse baixo numa falsa irritação.

— Eu ouvi isso Leonor! —disse ao telefone.

      Lou desceu as escadas resmungando por ele não ter avisado que faria uma visita a ela. Ao abrir a porta Dylan dispara:

— Pensei que iria me deixar aqui fora. —falou abrindo os braços convidando para um abraço.

— Devia sim, não teve nem a decência de me avisar.— falou da soleira da porta. — Entre logo, não estou afim de pegar um resfriado. E feche a porta ao entrar. —disse virando de costas para ele e subindo as escadas.

— Parece uma velha mal-humorada. —murmurou num fio de voz

— Eu escutei isso Greenhill!—falou enquanto subia metade da escada do primeiro andar.

     Já na porta de casa Lou deu passagem para Dylan entrar. Ela o conheceu no começo de sua faculdade, chegou até salvar seu pescoço algumas vezes e caçar com ele vez ou outra. Ele também através dela conheceu seu avô Christopher e a apoiou quando ele faleceu, foi nesse momento difícil que o ombro e tempo de Dylan foram imprescindíveis. Hoje eram bons amigos onde brincadeiras não magoavam.

     Dylan tinha pele branca bronzeada, como um hispânico, bem mais dourada que a de Lou, cabelos lisos e loiros cor de mel cortados baixo, brilhantes olhos castanhos alaranjados e um sorriso faceiro num maxilar triangular marcante. Agora estava no auge dos seus 29 anos e quase dez de caçada.

— Agora acho que posso ganhar um abraço. —disse abraçando forte Lou que corresponde da mesma forma rindo.

— a que devo a honra de sua visita?— disse se desvinculando dele. De qualquer forma era boa a visita. —Quer o que para beber? Cerveja, água ou suco?

—Cerveja. E tenho umas novidades sobre os olhos pretos, céu e inferno.

— Pois então diga homem! —diz voltando da cozinha com duas cervejas geladas.

— Parece que o novo chefão é Abbadon, sua nova rainha. Pelo que consegui extrair de um demônio tudo indica que céu, terra e inferno estão em situação difícil, foi o que a criatura disse.— falou Dylan tomando um gole de cerveja.

— Esse demônio não é qualquer um...— pensou alto— Mas creio que não veio aqui só para dizer isso, está trabalhando em algum caso?

— Sim, mas já terminei, foi em Franktown. Um ninho, e como é perto daqui eu resolvi fazer uma visita a senhorita Salmon.

     Aquele dia foi bom, eles não se viam sempre, mas mantinham contato por telefone ou se esbarando combinadamente na estrada, geralmente para ela ajuda-lo em algum caso. Lou naquele dia não jantou sozinha, serviu sua comida caseira e descontraiu sua semana, que cotidianamente era receber ligações de caçadores para consultoria e venda de artigos sobrenatural.

     Já era tarde da noite, Dylan e Lou conversavam animadamente riam no sofá. Leonor estava de frente para a sacada começou a ver no céu o que pareciam meteoritos caindo, mas ela sabia que não eram, pois havia lido num dos raros livros que comprou de Marvin, eram anjos, eles vão a terra assim.

     Lou levantou-se rápido do sofá e foi em direção a sacada ainda tropeçou numa pequena mesinha de centro no percurso.

— Oh não...— disse num sopro de voz olhando para o céu como alguns poucos curiosos na rua.

— O que foi?— Dylan se aproximou dela na sacada— Meteoritos? —Observou o negro céu agora rajado.

—Não. —Responde Lou. O rapaz olhou confuso para ela que parecia pálida encarando o céu —Os anjos estão caindo.


Notas Finais


E ai, gostou? Se não, garanto que vai melhorar não se preocupa.
deixe seu comentário jovens gafanhotos !


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