1. Spirit Fanfics >
  2. Jump in Time >
  3. Descobertas que mudam o seu ponto de vista

História Jump in Time - Descobertas que mudam o seu ponto de vista


Escrita por: DoYou

Notas do Autor


Oi estou uma hora e alguns minutinhos atrasada, sorry.
Gente quase 70 favoritos vocês são muito lindos, meus coelhinhos ( O que acharam ? Espero que tenham gostado. Porque eu vou chamar vocês assim a partir de agora. )


Ps : Não me matem.

Capítulo 5 - Descobertas que mudam o seu ponto de vista


      O inverno tinha começado a duas semanas, a neve caia do lado de fora da grande casa. A criança de dois anos descia as escadas devagarinho. O cheiro de chocolate impregnava em toda a casa, apresou os passinhos em direção a cozinha, tropeçava em suas pantufas, mas isso não o impedia de continuar correndo. Queria apenas tomar o chocolate no colo de seu pai e ver o quanto era engraçado para seu papai o vapor embaçar os óculos redondos. A criança não entendia o porquê daquilo ser tão engraçado, mas seu papai ria tanto que não conseguia ficar sem rir. Assim que chegou na porta da cozinha, estranhou. A porta fechada o impedia de entrar. Empurrou com toda a sua força, nem tinha se mexido. Começou a chamar por seus pais, eles estavam lá dentro, então por que não abriam a porta ? Continuou empurrando, talvez daquela vez ela abrisse. Forçou todo o seu corpinho em cima da porta de madeira. Ela tinha se aberto de uma só vez, seu corpo caiu no chão frio da cozinha, seus olhinhos se encheram de lagrimas. O som de um soluço o impedira de chorar, levantou a cabeça e viu seu papai chorando, sentado ao lado do chocolate esparramado no chão. Seu pai que estava ao seu lado saiu do cômodo apressado e sem olhar para trás. O barulho da porta se fechando fez seu papai chorar mais ainda, se aproximou e abraçou as pernas clarinhas. Seu braço foi puxado delicadamente, trazendo o seu pequeno corpo em encontro ao peito do loiro mais velho. Os dois ficaram assim por alguns minutos, a única frase dita por seu papai naquele momento confundiu sua cabeça. 

            - Eu sinto muito, Jamie.  

       A criança o olhava confuso. Ele não conseguia entender o que aquela frase significava. 

 

 

********************************************************************************* 

 

        Os gritos de Albus ecoava por toda a casa, o menino se debatia para se livrar do aperto que seu primo fazia em seu braço. Ele tinha que fazer aquele Malfoy se calar. Sua respiração acelerada fazia seu peito doer. Seus pulmões se comprimia, dificultando sua respiração. Foi jogado de volta em sua cadeira. Suas costas ardiam pela força do impacto. Sentia os olhares sobre si, sentia aqueles olhos sobre si. Os malditos cinzas. Era doloroso para ele também, mas por que ninguém notava isso ? Por que todos sempre preveriam os Malfoy ?  

         - Estou esperando a explicação para tudo isso.- Remus dizia, sentia a curiosidade de seus "responsáveis" sobre a sua pele. Não iria dizer nada. Não deixaria que o SEU futuro fosse de algum jeito afetado, claro que só falaria coisas que fossem para o seu favor. Era um sonserino afinal de contas.  

         - Remus, acho que não seja uma boa ideia eles explicarem esta história. - Draco dizia olhando atentamente os seus filhos. Sua expressão chocada ainda permanecia em seu rosto. Não aceitava o fato de que em algum dia iria se casar com o maldito Potter. - A informação de que eu em algum dia irei transar com o Potter já é o suficiente para mim.  

      Harry ao ouvir a frase do Malfoy contorceu o rosto em uma carreta. Se sentia perdido, como ele. Harry James Potter podia algum dia se casar com Draco Lucios Malfoy ? Espiava pelo canto dos olhos o loiro. Admitia a si mesmo que o rapaz era bonito. Não... não era Draco que era bonito. Era o veela. O garoto tinha agora traços um pouco mais delicados, mas não tão delicados como os de Nott. Nott era praticamente uma garota de tão delicado que era. E Draco ? Draco era um cara. Delicado, mas não deixava de ser um cara. Admitia a si mesmo que ser mais alto que aquele loiro maldito aumentava o seu ego. Apesar da diferença ser mínima. Mas com um veela ou não, Draco sempre seria um cara. Sempre seria um Malfoy. Ouvia de relance a conversa de Draco e de Moony. Sentia alguns olhares sobre si, evitava fazer qualquer contato visual com qualquer pessoa naquela sala. Por que tudo que o envolvia tinha que ser sempre tão complicado ?  

 

********************************************************************************** 

         O ministério nunca era um lugar calmo, mas naquela tarde, tudo estava estranhamente calmo. Desde que saiu do  Largo Grimmauld sua cabeça explodia. As lembranças rodavam em sua mente em uma velocidade impressionante. Os olhos de Theodore Nott o deixava culpado, sabia que agora, neste tempo. Nott não tinha culpa de nada.  Admitia que tinha sido errado a maneira que tinha tratado o garoto, mas isso não explicava o medo que aquele olhos carregavam. Andava entre os arquivos da sala procurava a ficha do garoto. Ainda não acreditava que a senhora da recepção tinha o deixado entrar tão facilmente. Só tinha tido que era sobre um caso que estava cuidando, não era literalmente uma mentira, só tinha omitido a parte que aquele caso o afetava diretamente. Não, não se engane, não pense que o motivo que tinha deixado o bar trouxa que estava era o arrependimento. O único motivo da presença do Weasley naquele local era apenas a procura de alguma maneira de não ser casado com Nott. Olhava os arquivos com as letras N/T. Nott, finalmente encontrou o começo dos arquivos da família Nott. Passava os arquivos rapidamente entre os seus dedos. Graças a Merlin encontrara, Theodore Nott. Abria a pasta, a primeira folha tinha as informações básicas. Idade : 19, sexo : masculino, identificação : docel.  

           Bufava em irritação aquilo não continha nenhuma informação decente, umedeceu a ponta dos dedos, segurou na ponta da folha. Seus olhos parou em uma palavra. Docel. Sua respiração parou por um momento. Como era possível ? Tinha que ser um erro. Só podia, aquele garoto não podia ser um docel. Não... não. Mas como ninguém sabia disso ? Todos sempre sabiam quando algum garoto era um docel. Neville era um ótimo exemplo. Ainda se lembrava dos lufanos que corriam atrás do pobre garoto dizendo que teriam lindos bebes juntos. Então como ninguém de Hogworts sabia disso ? Mas parando para pensar o seu suposto filho era muito parecido com ele e com o moreno. Não tinha a mínima possibilidade daquele garoto ser adotado. Tinha o seu cabelo, seus olhos e o rosto era nítido os traços de Nott. Passou a folha rapidamente, iria descobrir o motivo de ninguém saber daquilo.  

 

********************************************************************************** 

           Os olhos passavam pela sala, tentava entender a situação. Filho de Potter e Draco, Weasley era uma vadia, filho de Potter e da Weasley. Não entendia o que era tudo aquilo, por mais que tentasse. Draco dizia algo como "Podemos afetar o futuro deles." Se sentia perdido e odiava essa sensação. Estava estressado, o grito que um dos gêmeos soltara chamou toda a atenção de volta para eles.  

            - MAIS QUE PORRA ESTA ACONTECENDO ? - Fred gritava, Sirius trocava um olhar com Remus, Draco e Harry. Se estressou mais ainda. Porra era um Zabine, Zabine sempre eram os primeiros a saber de tudo. 

             - Acho que devemos contar para eles, pelo menos a parte que me afeta esta tudo bem em falar. - Um ruivo dizia tudo isso encarrando Theo, que segurava o braço de Pansy.  

             - Vamos explicar se a maioria estiver de acordo. Levante a mão quem  esta de acordo. - Sirius dizia com uma falta de interesse explicita. Todos os garotos levantaram a mão com exceção de uma garota ruiva que continuava com a mão abaixada. - Bom vamos dizer para eles já que vocês concordam e não direi nada sobre você senhorita Jenniffer.  

********************************************************************************** 

            Aquela já era a terceira pagina que lia. Estava perto da idade em que se descobriam sua identificação. Descobriu que o garoto era o mais aplicado do jardim de infância, que ganhou um concurso de soletrar, sabia tocar vários instrumentos, que praticava uma dança trouxa. E varias outras coisas desnecessárias, em sua opinião, agora estava próximo do 15 anos do garoto. Virou a pagina, tinha apenas documentos médicos. A primeira era apenas dores estomacais e febre, provavelmente é pelo desenvolvimento do útero. As outras três também era sobre a mesma coisa, apenas mudava a intensidade. A quinta era sobre um sangramento que aconteceu quando o garoto dormia. A sexta era apenas três dias depois da última consulta. E se tratava de uma agressão tanto física quanto sexual. As fotos do corpo do garoto quando chegara no hospital trouxa faziam seu estomago se revirar. O corpo repleto de manchas roxas e vermelhas, marcas de mãos, mordidas, o pulso deslocado, o olho roxo, os lábios machucados e sangrando, algumas pequenas queimaduras.  

             Fechou a pasta, seus olhos arregalados demostravam sua surpresa. Como aquilo aconteceu ? A consulta era de duas semanas antes de começarem as aulas. Se lembrava que o garoto tinha voltado somente depois de uma semana após o começo das aulas. Aquele ano se lembrava de alguns alunos do segundo ano de sua casa falando sobre como Nott era o protegido de Zabine e de Malfoy. Voltou a procurar mais alguma coisa sobre o que aconteceu com o garoto. Leu até a última página e nada, apenas consultas a médicos trouxas até os dezesseis anos e depois disso era apenas assuntos sobre Hogworts. Se lembro da forma de como empurrou o menino, dos olhos assustados. Se sentiu como um monstro, provavelmente tinha despertado a lembrança na mente do garoto. Era um completo idiota. Como pode fazer algo com alguém que já tinha sofrido tanto ?  

              Guardou a pasta no local e se retirou da sala, cumprimentou a senhora e apartara de volta em sua casa. Observou sua mãe colocar o jantar na mesa com ajuda do moreno. Se assustou quando viu quantas horas eram, tinha passado tempo demais lendo a ficha do garoto. Viu quando o mesmo parou por alguns segundos, o olhava com os olhos arregalados e logo desviou o olhar e voltou para a cozinha. Se sentiu ainda mais culpado. Sua mãe gritava para todos virem jantar. Não percebeu quando todos desceram, quando se sentou a mesa ou quando comera. Seu único foco naquele momento era o baixinho que conversava com seus irmãos sobre xadrez bruxo. Não reparou quando todos se levantaram da mesa ou quando sua mãe tirou toda a louça, muito menos quando se despediu dele e subiu as escadas acompanhada de seu pai.  

                Subiu as escadas quando reparou que era o única pessoa restante no local, caminhava em direção ao seu quarto. Parou no meio do corredor, Theodore fechava a porta do quarto de Zabine, se  virou para ir em seu quarto o vira, os dois se olhavam em pleno silêncio, o moreno foi o primeiro a quebrar o contato visual que estavam estabelecendo. Quando o garoto passou ao seu lado, o puxou em encontro ao seu peito, abraçou o corpo pequeno. O corpo paralisado do garoto era quente. As imagens da pasta voltaram em sua mente e com uma voz baixa disse.   

               - Me desculpe. 


Notas Finais


Esse é o menor capitulo que eu escrevi, mas admitam que ele foi importante.
Espero que vocês não queiram me matar.

Ps: Para quem não entendeu Docel é uma classificação para um homem portador, que nada mais é do que um homem que poça engravidar. A outra classificação seria os Varões, que são homens reprodutores, ou seja ele não pode engravidar.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...