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História Jump in Time - Raiva


Escrita por: DoYou

Capítulo 7 - Raiva


  Corpos apresados trombavam com o seu, macas eram levadas para as salas correta as presas, seu corpo latejava em um pedido desesperado para algum descanso. Andava praticamente se arrastando pelos corredores. Seus olhos avermelhados pela falta de sono queimavam por causa da iluminação exagerada do ambiente, vagavam em busca da loira de cabelos longos. Caminhava pelos corredores da ala infantil, escutava as gargalhadas gostas de crianças e entre elas a risada de Astoria se sobressaia pelo corredor azul, acelerou os passos em direção a um quarto qualquer. Abriu a porta e observou a loira brincar cm alguns bebes que estavam no local. A mulher segurava um recém-nascido em seus braços, uma cena bonita, não tem como negar. Forçou a garganta e a mulher se virou em sua direção.  

    - Sinto falta de quando Scorpius tinha essa idade. Era realmente trabalhoso, mas é tão gostosa essa fase. - A moça colocou a criança no berço e se encaminhou para a saída do local. Andavam lado a lado em um silêncio por alguns minutos. Sentia o olhar da mesma sobre seu rosto. - Você esta acabado... Quando foi a última vez que você realmente teve uma noite de sono, Draco ? 

     - Eu estava de plantão. Espera que eu durma como ? - Sua voz saíra baixa e rouca pela falta de uso. - Hoje as crianças vão ir lá para casa por isso vim lhe chamar para irmos embora mais cedo.  

     - Somente espero que Scorpius e James não tenham virado a noite em claro por causa daquela maquina trouxa... Ah e se o plantão de deixa assim você deveria o recusar. Não irei conseguir cuidar de duas crianças sozinha.  -  A loira suspirou e apartou em direção a Malfoy Manor.  

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     A garganta ardia pela bebida enjerida, sua cabeça latejava de dor por causa do monologo de Gina. Revirava os olhos impaciente. Como aquela mulher poderia ser tão irritante. A voz fina ecoava em seus ouvidos, fazendo sua dor de cabeça piorar. Sua mente se focava em qualquer ponto da sala menos na mulher que se mexia nervosamente. Encheu novamente o copo e não tardou em leva-lo para sua boca. Sentia seus nervos relaxarem a cada gole. Fechou os olhos e continuou a ignorar a ruiva descontrolada. Seus pensamentos voavam, pensava em como tudo poderia ter sido... Oh droga, tinha se esquecido que quando bebia sua imaginação o proporcionava situações sádicas.     

     - HARRY EU ESTOU FALANDO COM VOCÊ!- A ruiva gritava continuamente em seus ouvidos, os cabelos se encontravam bagunçados e o rosto vermelho de raiva. - EU NÃO QUERO O MEU FILHO NA CASA DAQUELE VADIO. IMAGINE O QUE ELE IRÁ APRENDER COM AQUELE LÁ.  

      Sentia vontade de gargalhar e realmente o fez na cara da ruiva, seus olhos lacrimejavam por debaixo dos óculos e sua barriga doía. Oh Merlin aquilo era tão engraçado, os gritos da Weasley voltaram.  

      - Oh Gina não há nada que Draco possa ensinar para Albus, você mesma já teve este trabalho. - A ruiva demorou alguns segundos para finalmente compreender a frase dita. Voltou a fechar os olhos, voltando para sua vida imaginaria. Escutou a porta ser batida com força e o barulho do carro da mulher saindo da garagem.  

       Sua mente voltou a lhe presentear com aquelas maravilhosa cenas depois de mais um copo da bebida. A cena se passava no jardim da Malfoy Manor, Teddy corria atrás de James tentando beijar o seu filho, Scorpius lia um livro na sombra de uma árvore e Albus dormia do seu lado. Observava tudo pela porta, sentiu um par de braços o abraçarem por trás, sentiu o cheiro do shampoo do loiro.  

      - Poderíamos ter tido tudo isso, Harry. - Frase dita em um sussurro fizera o abrir os olhos e colocar o copo na mesa. Passou as mãos pelos cabelos e com a voz quebradiça por segurar as lagrimas dissera :  

      - Por que eu tinha que fuder com tudo ?  

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    Ronald não poderia dizer ao certo quanto tempo tinha se passado desde de que o garoto a sua frente tinha gritado, apenas sentiu uma pressão em seu rosto, seu corpo foi de encontro ao chão frio do corredor. Levantou seu rosto e viu Nott encolhido com o rosto entre os joelhos chorando. Seu corpo fora puxado para cima e viu Zabine com o punho fechado segurando o seu colarinho. Ouviu as portas abertas rapidamente. Um vulto passou ao seu lado e parando em frente ao pequeno garoto que chorava. Sentiu novamente o soco de Blásio em seu rosto.  

        Seu nariz estava dolorido, sentiu um liquido quente cair em sua boca. Seu corpo voltou a cair no chão, se levantava com dificuldades, Fred e Jorge seguravam o garoto descontrolado, Pansy abraçava Theodor no chão, consolava o garoto com frases sussurradas em seu ouvido. Não conseguia ouvir o que a garota dizia, os gritos e ameaças de Zabine o impediam, porem o garoto tinha feito em alguns míseros segundos uma pausa para respirar.  

        - Ninguém irá lhe machucar novamente, meu amor.  

         A frase da garota lhe esclareceu o que estava acontecendo. Merlin como pode ser tão burro ? O garoto tinha sofrido uma agressão e o que fazia ? O abraçava para faze-lo relembrar todo aquele ato monstruoso. Olhou o garoto que chorava e a culpa era sua. Ele causara o choro. Sentiu seu peito se apertar quando encontrou o olhar do moreno. Se sentiu sufocado e sem se importar saiu em direção as escadas fugindo novamente de todos aqueles problemas.  

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  A conversa entre os jovens se encerrou depois de todas essas revelações. O peito de James batia descontrolado, sua vontade era de chorar depois de ver seus pais juntos no mesmo local. Cada um dos participantes da conversa "agradável" tinha se encaminhado para lugares diferentes, todos precisavam de um certo tempo para engolir o que fora tido. Entrou no quarto de Teddy e esperava que continuasse no mesmo lugar que no futuro. Empurrou a madeira e se surpreendeu ao ver o quarto infantil de paredes azuis. Assim que se recuperou do choque entrou no quarto repleto de brinquedos, se sentou em uma cadeira que se encontrava no meio do cômodo.  

          - Não há como isso ficar mais fácil ? - Se perguntava olhando para o teto branco, esperava a chegada de alguma conclusão. Odiava o fato de ser tão inseguro ao ponto de não conseguir tomar alguma atitude. Mas tudo era tão estranho... seus pais tecnicamente juntos e sem ter o clima sufocante, era estranho. Se lembrava das conversas com seu tio Nivelle, de como era a relação deles antes de tudo. Antes de Ginna, antes de Scorpius, antes de Albus... Antes de tudo.  

          Enumerava as plantas na estufa, sentia os olhares de seu tio queimar sob suas costas. De tantos professores em Hogworts tinha que ser justo o seu tio ? Levantou um vaso de uma planta que não conseguia identificar e colocou ao lado do homem de cabelos castanhos. Respirou aliviado quando percebeu que tinha acabado a detenção, se sentou ao lado da planta e torcia para que a mesma não engolisse sua cabeça.  

         - Como você esta, James ? - A voz do homem era baixa e calma, o mesmo cuidava de algumas plantas estranhas, em sua humilde opinião.  

         - Cansado... o senhor deveria pegar mais leve comigo, tio. Meus braços vão ficar doloridos amanha, por causa que o senhor me obrigou a carregar de um lado para o outro essas plantas pesadas. - Disse com um bico nos lábios, fazendo seu tio rir, cruzou os braços e virou o rosto, deixando seu nariz mais empinado.  

          - Primeiro senhor-sou-um-pobre-coitado : Eu não te obriguei, apenas te dei um castigo. Segundo : Você realmente é filho de Draco, não há como negar. - O tom brincalhão chamou a sua atenção, era uma dúvida que tinha como seus pais eram na escola ? Nunca teve tempo ou proximidade o bastante para perguntar aos dois.  

           - Como eles eram aqui em Hogworts ?  

           - Draco era um pequeno demônio, sem tirar nem por. Já Harry bem... Ele vivia se metendo em confusões e tinha uma coisa que seu pai chamava de Crise de Herói. Eles não te falaram isso ? - Sentiu o olhar de pena por alguns segundos sendo lhe direcionado.  

           - Bom, meu pai praticamente vive no hospital e quando estamos juntos não conversamos sobre isso. E bem... Harry deve estar guardando seus conselhos para Albus. - Sentia os olhos se encherem de água, mas não iria mais chorar. Não iria ser fracote como Albus vivia dizendo. - Como era a relação dos dois ?  

           -  James... Seus pais não se davam bem, na verdade tinham um ódio mutuo. Viviam brigando e se azarando pelos corredores. Eles ficaram assim até o último ano, naquele ano eles se aproximaram muito... e começaram a gostar um do outro, demorou um certo tempo para eles ficarem finalmente juntos, mas depois eles não se desgrudavam parecia Rony com o Theo quando ele estava esperando o Matthew, era lindo de se ver. Quando você nasceu... foi uma explosão de alegria. Harry ficou completamente... hum... idiota, por assim dizer. Eles te colocavam em um pedestal, você provavelmente não irá se lembrar, já que você era muito novinho; mas tudo se resumia a você.  

           - Parece que era apenas naquela época que eu tinha tudo isso. - Se levantou do chão e ajeitou a capa, sorriu tristemente para o professor. Caminhava lentamente em direção a saída da estufa  - Com licença professor.       

           - James, não pense que eles te amam menos, eles continuam te amando do mesmo modo. Não pense que isso não é verdade, por favor. - Parou no lugar ao escutar as palavras do homem, sentiu uma vontade de chorar, mas ao invés disso apenas soltou uma leve gargalhada.  

            - Eu não penso, eu vivo isso... 

           - Estava te procurando... - A voz de Teddy quebrou o silêncio melancólico do quarto, ouvia os passos do garoto ficarem mais altos indicando a aproximação. - O jantar está pronto, vamos descer antes que o Matt acabe com a comida. - O agora azulado dizia alegremente enquanto puxava seu braço para levantar da cadeira.  - Hey, você está bem ? - Seu braço foi solto delicadamente, ignorou a pergunta do mais velho.  

            - Como é ? - Viu o olhar de confusão no rosto do garoto. - Como é ser amado pelo os dois ? - Ouviu um suspiro e seu nome saindo em tom de repreensão pela boca do azulado. - Não me olhe desse jeito Teddy eu só quero entender como é , seus pais te olham como se você fosse o mundo deles, eu sou apenas o filho bastardo.   

             - Você deveria parar com isso, James. Eles te amam do jeito deles e você sabe disso. O jantar está pronto se quiser pode descer, era só isso que eu queria dizer. - O garoto se afastou e saiu do quarto batendo a porta com força.  

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     - Hey, Scorpius, poderia parar de me ignorar ? - Albus andava atrás do loiro nervoso que o ignorava. - Eu não sei porque toda essa sua raiva quem foi socado pelo melhor amigo aqui foi eu. - Disse com raiva e vendo o garoto a sua frente parar e se virar em sua direção, caminhado lentamente com a expressão fechada até estarem cara a cara.  

            -  Sério, Potter. Você não faz a mínima noção da merda que você fez para mim estar com raiva ? Para eu te socar ? Não passa porra nenhuma na sua cabeça, seu bosta ? - O loiro dizia com o punho fechado pronto para mais um soco, Albus continuava imóvel, chocado pelo vocabulário usado pelo amigo que era sempre tão educado.  

             - Você ta falando do James ? Faça o favor, ninguém se importa com aquele lá. - Dizia com raiva e viu o amigo fechar ainda mais as mãos e rir sem humor, o garoto se afastou e o olhou com decepção.  

             - Sim, Albus. Eu estou falando do James, o meu IRMÃO, a minha FAMÍLIA que você seu idiota ofendeu e humilhou na frente de todo mundo. E nunca mais volte a falar que ninguém se importa com ele, porque para mim ele é a pessoa mais importante que tenho. Eu devia ter escutado ele, você é um idiota mimado.  - O loiro dizia com raiva, Albus sentiu seus olhos marejarem pela fala do amigo. " Ele é a pessoa mais importante que tenho. " Ótimo, que seja.  

             - Foda-se , eu não me importa com isso. - A voz saiu um pouco embriagada. - Ele também é  meu irmão e eu falo que eu quiser, não tenho culpa se ele se doeu com a verdade. - Olhou diretamente nos olhos prateados do amigo, isso é se ainda podia considerar o loiro assim. O silêncio sufocante pelos olhares raivosos que eram trocados. Prata e verde, tinha pensado por tanto tempo e agora era tão... errado. Não era para ser desse jeito. Não com aquela raiva no olhos do Malfoy, não com o rosto vermelho de raiva. Sentia como se tudo estivesse voando de suas mãos, era sempre assim, sempre James tirava tudo o que era dele. Sempre. - Scorp... eu sin...- Sua voz foi abafada pelo som de uma porta batendo, ouviram os passos pesados  enquanto a pessoa descia as escadas. Olhou novamente para o garoto que andava em direção a escadas. - Scorp... eu... - Sua fala fora interrompida pelo Malfoy, que sem sequer dirigir o olhar para o moreno dissera.  

               - Vá se foder, Potter.     


Notas Finais


Oie, estou até com vergonha por essa demora.
Me desculpem, de verdade eu estou realmente lotada de coisas para fazer e sinceramente eu nem me lembro da ultima vez que eu sai de casa sem ser para ir para a escola ou para o trabalho. Mas isso não justifica essa demora.
Me desculpem novamente de verdade.


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