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História Just an affair - XIX


Escrita por: Vichris2016

Capítulo 19 - XIX


Fanfic / Fanfiction Just an affair - XIX

Diria que dormi muito bem. Tae está tomando um banho. Só sei porque ouço o som do chuveiro. Saiu de toalha e ainda não tinha percebido que havia acordado.

Procurou uma roupa e resmungou ao ver que a blusa que queria usar estava amassada. A jogou de lado e procurou outra que combinasse com aquela calça.

- Aigoo...- reclamou e se virou quando eu ri. - Wah! Você acordou...- fez uma careta e subiu em cima de mim, me beijando.

- É...

- Por que não falou? - fez biquinho.

- Porque eu estava adorando te ver desesperado.

- Não é legal. Não tem uma roupa que combine nessa porra.

- Não fica chateado.

- Mas eu gostava de viver lá. Era apertadinho, tinha o Jimin, o video-game, Jin ia lá fazer comida...

- Acho que pode ir então. Se não vai sentir falta de mim também, pode voltar. - me viro e apoio a cabeça nas mãos.

- Jagi..., é óbvio que vou sentir sua falta. Na verdade, eu te quero lá. - deita sobre minha bunda.

- Minha casa é grande, luxuosa, de bom gosto...vou senti falta dela.

- Precisa mesmo vender?

- Ue...quer que eu tenha suas casas? Tá louco?

- Eu te ajudo a pagar.

- Não é isso. Tantas pessoas precisando de uma casa pra morar e nós podemos comprar duas se quisermos.

- É a vida...

- Mas é tão injusta. Me sinto mal.

- Está bem. Vamos vender e, se quiser, doar para uma instituição de caridade. - sorrio.

- Isso seria ótimo. - me viro e seguro seu rosto.

....

Resolvemos fazer o que disse e, alguns dias depois, viemos em um orfanato. Todos eram tão necessitados. O coração chega a sair pela boca.

- Você é a (S/N) da televisão? - assenti envergonhada. Só as crianças têm esse poder e essa tinha cinco aninhos. - Me dá um autógrafo?

- Claro, meu amor. - me agaichei e anotei em seu caderninho.

- Obrigada. - fica com vergonha. - Posso te dar um abraço?

- Claro que pode. - pulou e agarrou meu pescoço em um abraço apertado.

- Sunin, não atrapalhe os visitantes. - a cuidadora chama sua atenção.

- Oh não, está tudo bem. - a deixei brincar com os amiguinhos dela e segui a moça junto de Tae para discutirmos os termos.

- Então, o que os traz aqui? - se senta na cadeira.

- Queríamos fazer uma doação desse valor. - mostro um cheque.

Seus olhos arregalaram.

- E-estão falando sério? - ficou muito surpresa.

- Sim. Essas crianças têm um futuro pela frente e acredito ser difícil de bancar tantas.

- Aham...

- Não nos leve a mal, mas precisam de suprimentos, certo? - Tae a questiona.

- Claro, óbvio. Mas...acredito que as crianças daqui nem sabem o quão difícil a situação se tornou. Eu agradeço muito. - se reverenciou.

- A senhora me deixa ter uma palavrinha com a Sunin antes de ir?

- O que quiser. - sorriu nervosa.

- Okay. - me levantei e Tae me olha curioso.

Estavam correndo pelo pátio e acenei para ela. Veio sorridente e me abraçou. A peguei no colo e beijei sua bochecha.

- Seja uma boa garota, Sun. - corou.

- Aish...Unnie. - arruma o cabelo. - Você tem mesmo que ir? - abraçou meu pescoço.

- Eu tenho que trabalhar.

- Pra eu te ver cantar! - comemorou.

- Isso. - rio. - Não esqueça de seus estudos, se esforce, tudo é possível.

- Queria ser como você. - a coloco no chão e fico na sua altura.

- Vou te contar um segredo: - sorriu. - eu também sou órfã e hoje faço sucesso e posso ajudar aos outros, como você. Tente o que quiser. Uma hora alguém vai te dar a mão e conquistará tudo que sempre quis.

- Unnie...não tem Appa nem Omma? - neguei.

- Eu estou aqui desde os dois aninhos. - mostrou nos dedos.

- E eu desde que nasci. - me abraçou.

- Me leva com você. - disse baixinho.

- Não posso. Tenho que voltar para os meus afazeres.

- Me adota. - enxugo suas lágrimas.

- Não posso mesmo. - me sensibilizei.

- Jagi, vamos? Estamos atrasados. - Tae me chama.

- Calma aí. Fica bem, minha linda. - beijo sua testa e deixo meu bracelete com ela.

A vi abaixar a cabeça quando entrei no carro escuro. Ele segurou minha mão e suspirei.

- Era eu. Ela era eu ali. - sussurrei.

- Não fique assim. - me abraça.

- O pior é que eu não posso adotar ninguém agora. Queria tanto tirá-la desse sofrimento o mais cedo possível.

- Jagiya, não podemos fazer mais do que o que já fizemos.

- Tem razão. Senhor Geun me mataria na certa.

- Ele provavelmente faria, pois sua carreira está decolando.

- Aigoo...- me espremo em seus braços.

- Calma, meu amorzinho. Logo teremos um montão de filhos correndo pela casa.

- Quer me deixar louca? - rimos.

....

Taehyung ON~

Providenciamos também, em seguida, a minha volta pra casa. Jimin-shi ficou muito feliz porque disse se sentir sozinho depois que Jungkook arranjou uma namorada.

- Jimin-ah! - o chamei e veio saltitante.

- Fale.

- Cadê o meu vídeo-game?!

- É...- fica sem graça.

- Aigoo! - começo a bater nele.

- Eu vou trazer! Para garoto! - cruzei os braços e sinto falta da (S/N).

- Ela podia estar aqui agora...

- Toma. - coloca em cima da mesinha.

- Pode arrumar. - resmungou enquanto coloca no lugar.

- Aish...

- Eu sei que sentiu a minha falta. - dou uma chave de braço nele.

- Me solta, troglodita! - se debateu.

- Para de reclamar. Me roubou e quer discutir quem está certo aqui?

- Esquece...

- Vamos jogar, então?

- Isso! - comemorou e sentamos no chão.

Depois de um tempo, (S/N) chegou e nos olhou entediada. Continuamos a jogar por um tempo até que deu a hora da janta e ela levantou irritada. Foi até o quarto e voltou arrumada.

- Aonde vai? - dei pausa.

- Vou jantar.

- Sozinha?

- Não quero atrapalhar. - saiu sem dizer mais nada e Jimin fala pra continuarmos.

- Temos que colocar em dia! - me balançou e concordei com cabeça.

....

Ainda mais tarde, quando paramos de jogar, fiquei um pouco incomodado por tê-la deixado daquela forma, sozinha e chateada.

- Vai aonde? - Jimin pergunta.

- Atrás dela. - pego um cardigã e um cachecol.

- Mas...

- ChimChim, ela é minha namorada e já a deixei tempo demais sozinha.

- Você quem sabe. - se senta no meu sofá.

- Vai ficar aí? - disse antes de sair. - Pretendo chegar e...né.

- Ai, seu pervertido. - saiu comigo.

- Olha que m fala! - riu e foi pro seu apartamento.

Andei até o restaurante que costuma ir, mas o maître disse que ela não estava.

- Desculpe.

- Não. - levanto a mão. - Está tudo bem. - bagundo meu cabelo frustrado.

Saiu dali a procura dela e vejo o motorista dela do outro lado da rua.

- Motorista? - me olha surpreso.

- Senhor Kim. - se reverencia.

- Cadê ela?

- Está jantando com o senhor Tuan.

- Tuan...

- Mark, como ela diz. - franzi o cenho.

- Ela está jantando com ele?!

- Sim.

- Quando foi que ele saiu do hospital?

- Hoje cedo.

- Obrigado. - me reverencio e vou até o restaurante em frente.

Ele era muito chique e revestido de madeira, muito romântico e quente. Ao entrar, alguns olhares ficam sobre mim e vieram me atender de prontidão.

- Senhor Kim, o que deseja? - o maître me recebe.

- Eu estou aqui para encontrar uma pessoa.

- Quem?

- (S/N).

- Ela está lá em cima. - me acompanhou e paramos em uma sacada.

Tinham menos pessoas que o salão principal, mas um número considerável.

- Taehyung? Terminou de jogar? - fala com um sorriso sarcástico.

- Sim. - me sento ao seu lado.

- Podia ter ficado lá. - senti o cheiro de vinho.

Mark nos olhava pacientemente. Segurei em seu queixo e me largou.

- Iah! - foi informal. - Eu quero jantar sem você hoje. Ficou com o Jimin o dia todo, agora é minha vez.

- Mas eu não como ainda e não vou te deixar sozinha.

- Eu não estou sozinha. - se afasta de mim e segura a mão de Mark.

Ela bêbada é pior que o capeta. Mark queria esconder a cara de tanta vergonha.

- (S/N), vamos pra casa. - tento tirá-la dali.

- Não. Ou eu faço um escândalo. - me ameaça.

- Aish...- dei as costas.

- Boa noite, Kim Taehyung. - Mark se despede.

- Pra você também, Tuan.

- O senhor não vai ficar? - o maître pergunta.

- Não, essa mulher é louca. - riu soprado. - Não conte à ninguém o que eu disse. - rio sem humor e vou embora.

Me joguei na cama assim que cheguei em casa. Sei que não vem pra cá. Sei que vai levá-lo pra casa dela. Sei que ela está bêbada e faz isso sem saber o quanto isso me magoa. Mas eu confio nele. Sei que posso.



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