- Hyung, não vai ter treino hoje? - pergunto à Nam.
- Não. O coreógrafo faltou.
- Ah...então, eu posso ir pra casa?
- Hobi queria treinar mesmo assim, mas acho que não vai se importar caso queira ir.
- Okay então. - dei meia volta e fui direto pro parque.
Eu o conheço faz um tempo e venho aqui tirar fotos sempre. Me posicionei diante de um banco de flores e ajeitei a câmera. Alguém passa por mim correndo e não consigo tirar foto do banco, mas sim de suas pernas.
A olhei e já estava longe. Logo depois passou outro cara, que ficou puto ao notar que já não a alcançaria. Olhei a foto novamente e suas botas de couro bem incomuns estavam à mostra.
Cheguei a conclusão de que ali já não era um seguro como antes e que deveria procurar outro lugar.
- Aish...- balanço a cabeça negativamente.
Vou até um parque mais comum e que as pessoas iam para brincar. Tinham algumas crianças e mães. As pessoas me reconheciam, mas não me incomodavam.
Bem que eu queria que alguém viesse agora. Eu estou tão entediado, sendo que eu amo tirar fotos como tive o tempo de fazer hoje, mas a verdade é que eu queria tirar fotos com ela, sei que também gosta.
- K-Kim Taehyung? - alguém me cutuca com uma mão pequena.
- Sim?
- Pode tirar uma foto comigo?
- Ah...- sorrio sem graça. - Claro. - faço aegyo e sorriu fofa.
Suas bochechas coraram e me encarou animada. Morria de ansiedade e segurei sua mão.
- Que foi? Está bem?
- Aham. Só é o meu dia de sorte. - sussurrou, sem tirar os olhos de mim e rio.
- Mas você não tem que ir pra escola? - bagunço seu cabelo e negou.
- Eu sou formada.
- Oh...desculpe. Parece mais nova.
- Sem querer me intrometer, mas o que está fazendo aqui?
- Estava querendo tirar umas fotos.
Olhei para seus pés e suas botas me lembravam muito às de hoje mais cedo.
- Posso te acompanhar? Adoraria vê-lo.
- Pode sim.
(S/N) ON~
- Ai que dor de cabeça!
- Bebe. - Mark me oferece água e um comprimido e me lembro de quando Tae fez isso algumas vezes.
- Merda...- os engoli.
- O que?
- Meu relacionamento. - me levanto e começo a me arrumar. - Ele nem veio! - riu. - Ri não! - apontei e riu mais.
- Vai ficar na minha casa até quando?
- Até eu ter outro lugar pra morar. Não acredito que vendi minha casa...- reclamo.
- Você vai se arrumar com o seu namorado e parar com a palhaçada.
- Mas...
- 'Mas' nada. Vai pra casa dele agora. - ordenou e fui muito puta da vida.
....
- Taehyung? - bati na porta. - Tae!
- Ele não está. - Jungkook sussurra com sono.
- Você tem a chave?
- Tem na portaria. - volta pro quarto.
Desci e voltei com as chaves. Realmente, não tinha ninguém, mas o lugar estava um lixo e várias latinhas de energético espalhadas perto do sofá.
- Porco...- sento no sofá, vendo a camisa dele jogada no mesmo.
A peguei e cheirei. Me abracei nela e deitei no sofá.
- Por que você faz isso comigo? - algumas lágrimas já caíam e me lembro de quando soube que teria que namorar.
Flashback ON~
- O que? Você não pode fazer isso comigo.
- Está no contrato. - me mostrou.
- Quem é?
- Não posso dizer, mas já marquei um encontro aqui na semana que vem.
- E se eu não vier? E se eu recusar-me?
- Sofrerá as consequências.
- Pai! - bati na mesa.
- Vai apelar?
- Vou. - choraminguei. - Por favor, pai, não faz isso.
- Não tenho escolha. Vai alavancar a carreira dos dois.
- E se fosse a Nim?!
- Faria a mesma coisa.
- Mentira!
- Vamos, (S/N), colabore. Não quero discutir com você.
Flashback OFF~
Ouvi o molho de chaves na porta e me virei, esperando por ele, encolhida no sofá, abraçando meus joelhos. Chegou sorridente e com a câmera na mão. Deixou o cachecol no gancho e tirou o casaco, ficando de blusa social.
Me avistou e desmanchou o sorriso lindo de antes. Meu rosto estava vermelho por ter chorado e estava sem os saltos, no qual tropeçou ao vir até mim.
Se inclinou de frente pra mim e me encarou.
- Desculpe?
- Não. - o encarei de volta.
- Eu não queria te magoar, mas queria passar um tempo com o meu melhor amigo.
- Eu sei. Mas olha esse lugar. Vai ser assim todo dia?
- Não. Eu prometo que não. É que nós precisávamos terminar a fase, que eu deixei de jogar pra ficar com você.
- Então o vídeo game é melhor que ficar comigo?
- Não. Eu não disse isso. - me levanto e o empurro de lado. - Não faz assim. - segura meu pulso.
- Tae...
- É sério. Eu te quero. Aqui comigo, na sua casa, num motel, no carro, hotel cinco estrelas ou até em pensão. - me abraça e beija meu pescoço.
- Eu odeio pensão.
- Eu sei. - riu soprado. - Me perdoa?
- Sim, eu perdoo. Mas, com uma condição, o Jimin só poderá vir nas sextas e você quem vai limpar essa bagunça.
- Claro, mas não tem como mandar alguém fazer isso por nós?
- Não. É pra você sentir o quão chato é limpar a própria bagunça. - reclama.
- Jagi...
- Vai. - faz um biquinho, mas começa a arrumar.
....
Deitados na cama, Tae sobe em cima de mim.
- Me chama de Oppa?
- O que? Não...- rio.
- Mas é fofinho e as minhas fãs sempre me chamam assim.
- Não. - sorriu e me beijou. - Nem tenta.
- Mas eu quero muito. - me abraça.
- Oppa, você é muito chato. - riu e aperta as minhas bochechas.
- Fala de novo.
- Oppa, você é muito insistente e bobo.
- Que fofa! - esmaga as minhas bochechas e me beija.
- Tae, o Jimin devia ter uma namorada. Ele seria mais feliz e não viria aqui toda hora. - entrelaça nossos dedos.
- Ele também tem problemas com relacionamentos.
- O que aconteceu?
- Digamos que ele teve somente uma namorada e ela se foi.
- Morreu? - fico espantada.
- Não, voltou pro seu país de origem.
- Explica. - fico interessada.
- Eles se conhecerem quando ela tinha sete anos e ele oito. Seus pais vieram por causa da economia crítica de Cuba.
- Cuba? Nossa...é muito longe.
- Verdade. Mas em eles tiveram mais chance em Busan. Jimin-shi e ela viraram grandes amigos, mas ele acabou pedindo ela em namoro quando completaram sete anos de amizade e ficaram assim por um ano. Até ela fazer quinze anos e seus pais resolverem voltar para Cuba e ajudar os médicos cubanos.
- Que são os melhores. - assentiu.
- Ele nunca mais namorou.
- Ah...tenso. Porém acho que eu conseguiria trazê-la pra cá.
- Bem, o aniversário dele está chegando e já fazem cinco anos que eles não se vêem.
- Vou fazer essa surpresa pra ele. - sorriu e me abraçou.
- Yeah! Ele vai adorar...ou me odiar por te contar.
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