- A gente podia ter um bebê. - o olhei chocada. - Mas a gente não pode.
- Isso, não podemos. - disse rapidamente.
- Mas podíamos ter um cachorro.
- Ah..., mas é um vínculo.
- Sim. Essa é a intenção.
- Mas e se a nossa relação acabar? Fudeu.
- Não. Faríamos como se fazem com os pais que se separam.
- Que horror. Coitado do filhote.
- Pensa com carinho, Jagi. Ia ser muito bom pra nós dois. Nos deixar unidos.
- Prefiro me manter unida de outra forma. - subi em seu colo.
- Você...é uma pervertida. - rio.
- Que cachorro você quer?
- O Chopa.
- O da gravação?!
- Sim...ele é fofinho.
- Mas eu gosto de cachorros bebês.
- Podemos ter dois também.
- Quem vai cuidar?
- A gente contrata alguém.
- Aigoo. Vai querer babá para os nossos filhos também?
- Já pensa nos nossos filhos? - aperta as minhas bochechas.
- Foi você quem disse que queria ter um bebê. - cruzo os braços.
- Na verdade, quando forem os nossos bebês, vamos cuidar deles. Faço questão.
- Acho bom. Vai que a mulher estraga os nossos filhos e daí já era. - riu.
....
Flashback ON~
- O que eu faço?! - grito de dentro do banheiro. - Ele não lembra de mim e esse...b-bebê. - ponho a mão na barriga, sentindo as lágrimas rolarem.
Saio dali depois do meu banho demorado. A enfermeira já estava impaciente.
- Demorou tanto que pensei que tivesse caído. - me ajuda a ir até a maca.
- Tem notícias dele?
- Sei que se preocupa, mas até agora não se lembrou de nada.
- Isso é tão injusto. Devia ter sido eu.
- Não diga isso. Deus sabe o que faz.
- Mas mandou ele se esquecer de mim!
- Calma. Não sabes o que fala. Durma um pouco e eu vou trazer seu almoço. - saiu e me coloquei na cadeira de rodas.
Fui até o quarto dele, que dormia. Mexi em seu cabelo e deitei sobre seu peito.
- Eu te amo tanto. O que eu devo fazer? Te contar?
- Contar o que? - sua irmãzinha de cinco anos chega com uma Barbie na mão.
- Sabe uma coisa legal? - negou. - Que agora terei como provar o que digo. - a coloquei em meu colo.
- Como assim, Unnie?
- Conversa de adulto. - sorriu e beijei sua testa.
- Está tão machucada assim?
- Foi só um corte.
- Mas tá costurado. - fez beicinho.
- Eu sei. É feio. Não olha. - tampei seus olhos e riu.
- Quando ele vai se lembrar da gente?
- Não sei, querida. Mas eu quero que isso aconteça logo.
- Unnie, ele me odeia agora. - seco suas lágrimas.
- A mim também.
Flashback OFF~
- Ah! - sento em um pulo e começo a chorar como uma desesperada. - Ah...- soluço e sinto uma pressão contra o peito. - Eu não mereço isso. Não de novo. - fui abraçada por trás.
Me apertou contra seu peito e chorei, tendo seu carinho em meu cabelo.
- Se acalma e me diga. - me encara e limpa minhas lágrimas.
- A irmã dele. Entende? Era tão pequena e eu tentei ajudar e consolar ela, mas eu precisava disso. Eu...tava...- um nó se forma na minha garganta.
- Grávida? - assenti e o abracei de volta. - E ele sabe?
- N-não...
- E você não quer contar, certo?
- Isso. É segredo. Não pode falar pra ninguém.
- O que?
- Eu tenho pavor porque perdi o bebê.
- Oh meu amor...- me abraça.
- Não conta. Okay?
- Não vou. Se me prometer não chorar assim. - faz um biquinho e me dá um selinho, abrindo um sorriso. - Te amo.
- Aigoo. Eu também. - sorrio.
- Agora, durma bem. - segura na minha mão e me deita na cama.
Me arrumou e me abraçou. Ficou fazendo cafuné no meu cabelo até eu dormir em seus braços novamente.
Taehyung ON~
Caralho, eu não esperava por essa.
- Minha gatinha indefesa. - beijo em sua bochecha. - Já sofreu tanto. Não vou deixar com que sofra mais.
Funguei e dissipei as lágrimas.
- Vamos ter o nosso tempo, todos têm. - tento pensar em um lado bom.
Me deito ao seu lado e fico sentindo seu cheirinho até dormir.
....
Ao acordar, a vi tranquila e a apertei em meus braços, a fazendo sorrir e abrir os olhos fofos.
- Yah..., pare de me olhar assim. - corou.
- Eu não resisto. - arrumo seu cabelo e dou um selinho.
- Eu vou ter que ir para uma entrevista agora. - se levanta.
- Mas...
- E eu tenho que passar na casa do Seo-Joon primeiro. Que merda...
- Jagiya...
- E ainda vou ter que ir em uma sessão de fotos. - se lembra e começa a se arrumar correndo.
- Jagi, se acalma. Ainda são 8:00.
- Mas eu tenho que estar lá às 9:00. - se arruma no espelho. - Aish...esse quarto. - murmura ao bater com o dedinho na quina da cama.
- Vem cá. - a abraço por trás e sorriu no espelho.
- Eu queria ficar, mas a Nim vai me matar se eu não for. - se vira pra mim e me beija. - Tchau.
- Tchau. - saiu correndo e caio na cama.
- Esqueci a bolsa. - riu e logo saiu novamente.
- Eu te amo. - sussurrei para as paredes.
Me arrumo pra sair e suspiro ao ver que estava sozinho, mas cercado por suas coisas. Sorrio e pego seu vestido preto nas mãos. Tão sem graça, mas chique. Ela não me ouve na hora de comprar as roupas e é tão insistente! Deixo o vestido no cabide e saio para treinar.
....
Quando saí, vi eles dois do outro lado da rua e a cara dela de quem não gostava nem um pouco de estar com ele. Mesmo suado e cansado, me aproximei dos dois.
- Hyung! - o cumprimentei.
- Você por aqui! - sorriu. Ai que raiva...
- Eu vi essa coisa linda do outro lado da rua e tive que vir. - a abracei.
- Estávamos indo para uma sessão de fotos agora mesmo. Quer vir?
- Quero. - acho que não esperava por essa resposta, pois ficou sem graça.
Fomos até o prédio e, na subida do elevador, a seguro por trás e coloco minha cabeça em seu ombro.
- Está suado. - sussurrou.
- Desculpe. - me afastei.
- Eu gosto. - puxou meus braços pra sua cintura.
- Ficou feliz por eu estar aqui? - assentiu.
Ele não escutava nossa conversa, mas estava com uma cara de bravo. Ao entrar na sala e eles trocarem de roupas, gerenciei tudo o que acontecia. Minha (S/N) é tão linda...
- Amor, olha essa roupa. - me mostrou um vestido decotado e cortado dos lados.
- Gostou?
- Não, mas achei que você fosse gostar. - sorriu.
- Verdade. É lindo e ficou ótimo em você. A gente pode levar? - pergunto a uma staff.
- Pode, claro.
- Eu não quero. - sorriu tímida.
- Mas ficou bem em você.
- Tae, agora eu vou só tirar mais essa foto e a gente vai pra casa. - assenti.
Posaram juntos e ela foi trocar de roupa.
- Hyung, tem algo que queira me contar?
- Nada. - fica um pouco confuso. - Por que? Você tem?
- Tenho sim.
- Então diga. - fala em um tom meio provocativo.
- Você deu em cima da minha namorada. - falo já com raiva.
- Não dei. - cruza os braços.
- Ela não mente.
- Não disse isso. Taehyung-shi, - põe a mão em meu ombro - tem certeza de que é essa a mulher que deseja? - desfiro um soco em sua cara e chamo atenção.
- Como ousa falar dela assim? - sorriu e limpou o canto da boca.
- Ela tá te enganando! - riu.
- Como?! - o agarrei pela camisa.
- Certeza de que já cresceu chifre em você. - sussurrou e o joguei no chão, chutando em sua barriga.
- Taehyung-ah! - a ouvi gritar meu nome e segurar meu braço para que parasse. - O que tá fazendo? - sua voz tinha um peso de angústia.
- Fica longe dele. - a abraço e me olha incrédula.
- Olha pra ele! - apontou. - Eu vou levar ele em um hospital, isso sim! - se agaichou e deixou algumas lágrimas caírem.
Pediu ajuda para levarem ele para o carro e olhou pra mim antes de entrar. Veio até mim e me abraçou, ficando na ponta dos pés.
- Desculpe. Só fiquei assustada. - deixou um beijo em meu pescoço e me olhou com carinho. - Vou levar ele no hospital porque é o certo a se fazer. Sei que teve suas razões,... Oppa. - sorrio de leve.
- Eu não vou. Quero tomar um banho, descansar. Me encontra em casa, okay?
- Estarei lá. - me dá um selinho e foi de carro.
(S/N) ON~
- Jagiya. - resmungou.
- Fica quieto e deixa a enfermeira cuidar de você.
- Seu marido é muito insistente.
- Oh...não. Ele é-
- Ai! Cuidado. - sussurra irritado a última parte.
- Como eu ia dizendo: ele é um conhecido.
- Ah...desculpe. Nomes. - pega uma prancheta.
- (S/N) e Seo-Joon.
- O que?!
- Quer que eu repita?
- Não. Eu ouvi bem. - engoliu em seco e chamou a enfermeira.
Ficamos sozinhos.
- Acho que já fiz o meu trabalho. - segurou meu pulso.
- Não. Fica.
- Seja lá o que disse pra ele, foi veneno seu. Do jeito que é...- me soltei e passei pelos corredores sendo notada pelas enfermeiras.
Bando de fofoqueiras.
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