H I A T U S
" J u s t D r e a m s O r R e a l i t y ? "
D e : V e r o n i k a R i b e i r o
@GratidaoLerigou
Alana corria ofegante pelas ruas agora desertas de Londres; olhava para trás de minuto em minuto com medo do que a perseguia.
Alana acorda com um grito; estava ofegante, tivera outro de seus pesadelos.
Era sempre assim; Alana sonhava com coisas nas quais ela nunca entendia o significado e o porquê; mesmo assim continuava sua vida como se fossem coisas "normais"... Mas ela sabia que não eram coisas normais, porquê, de fato... não eram.
[...]
- Ally do céu, para de sonhar essas coisas menina! - Tessa diz ao ouvir Alana contar mais um de seus sonhos um tanto incomuns; talvez nem tanto assim.
- É involuntário Tes! - Ela se defende. - O pior é que parece tão real... - Sussurra para si mesma lembrando de seu último sonho.
- Você não acha que isso pode acontecer de verdade acha? - Tessa pergunta horrorizada e incrédula.
- Claro que não, a gente não tem mais 10 anos de idade pra acreditar em lobisomens, vampiros e esses seres mitológicos não é? - Alana responde pensando exatamente o contrário.
Era muito real pra não ser verdade.
- Eu vou ficar por aqui Ally. - Tessa diz se despedindo em frente a sala de aula.
- Boa sorte com o Ector! - Diz piscando para a amiga que revirou os olhos ao lembrar de que seria aula de Química e o professor da mesma não era muito simpático, nem com ela, nem com ninguém.
- Vou precisar, esse professor é cismado comigo! - Diz enquanto revira os olhos. - Comigo e com todos, nunca vi! - Conclui e entra na sala de aula.
Alana ri e logo volta a caminhar.
Ela olha pras escadas em que irá subir e flash back's de um dos seus sonhos tomam conta de sua mente.
[...]
- Pra onde você pensa que vai, linda? - Um homem pergunta em deboche para Alana.
- Não me mate, por favor! - A garota suplica com medo, mais cedo vira o mesmo homem matar uma menina friamente.
- Eu adoraria... - Ele diz sorrindo de lado. - Mas não posso. - Completa desfazendo seu pequeno sorriso.
- Por que não pode? - Ela pergunta receosa e um tanto curiosa.
- Você é a chave para a liberdade. - Ele explica simples, como se aquilo fizesse sentido para a garota que o olhou confusa.
- Então por que quer me fazer mal? - Ela pergunta ansiando a resposta, porém ainda receosa.
- Porque eu não quero liberdade. Está tudo muito ótimo do jeito que está. - Sorri abertamente, como se imagens dos últimos dias viessem-lhe a mente. - Mas ninguém pode saber que eu sou contra o chefe... eu seria decapitado. - Diz desfazendo o sorriso com a última frase.
[...]
- Você vai ficar parada aí moça? - Um garoto pergunta a Alana que acorda de seus pensamentos e percebe que estava parada ao pé da escada.
Alana sacode a cabeça e começa a subir as escadas.
- Ei! Você! - O garoto chama-a. - Está tudo bem?
- Na verdade não... - O garoto abre a boca para a responder mas ela fala antes. - Mas não é nada que possa ser resolvido. - Conclui vendo a expressão facial confusa do jovem que a fitava curioso.
- O que é? - Pergunta confuso, e, claro, curioso.
- Não é nada. - Alana sorri para esconder seus medos do que estava a acontecer com a mesma.
- An... Qual seu nome? - O garoto muda de assunto percebendo o desconforto vindo da mesma.
- Alana, e o seu? - Ela responde voltando a subir as escadas, mas agora acompanhada.
- Enzo. - Responde e sorri.
[...]
- Eu não acredito que você falou aquilo para o professor! - Alana diz entre risos.
- Você duvidou, nunca duvide de mim! - Enzo respondeu também rindo.
- Mas pedir ele em namoro já é demais você não acha? - Alana retrucou pensando em como teria sido se o professor aceitasse.
- Se ele aceitasse eu seria uma pessoa de sorte, imagina o boletim como seria! - Enzo disse fingindo desapontamento com o grande "não" que recebeu do professor.
- Estou começando a desconfiar da sua masculinidade! - Alana respondeu ainda rindo.
- Ah, gata... Não duvide! - Respondeu a garota fazendo uma voz grossa.
[...]
- Você não pode ir! Me ajuda, por favor... - Uma garotinha suplica chorando para Alana que não entende nada do que está acontecendo.
- O que você tem menina? - Alana pergunta totalmente perdida, pra ela estava tudo normal.
- O chefe quer me matar porque eu disse que não existia liberdade neste mundo. - Ela ainda chorava descontroladamente.
Neste momento Alana ouviu um som muito alto.
Um som de... um som de um tiro.
A garota que antes chorava agora encontrava-se caída no chão, sem vida, em cima de uma longa poça de sangue.
Dois caras apareceram por trás de Alana.
Um se encarregou em pegar Alana, e o outro em pegar a outra garota, agora morta.
Levaram Alana para fora do lugar e a jogaram no chão ignorando todo o escândalo que ela fizera.
- Quem são vocês? Por que fizeram isso com aquela menina? Vocês vão me matar? - Alana perguntou tudo rapidamente, e, num instante, encontrava-se desacordada, pois levara um soco de um dos caras.
[...]
Alana acorda como todas as noites: ofegante e assustada.
Mas dessa vez foi diferente... Ela acordou com uma dor imensa em seu rosto, bem onde levara o soco em seu sonho.
Correu para o banheiro e quando se olhou no espelho se surpreendeu...
Estava com uma marca enorme no rosto.
Mais tarde, quando se arrumava para a escola, notou que a marca havia sumido como num passe de mágica.
[...]
- Então você acha que você se machucou na vida real também? - Tessa pergunta surpresa, como se a amiga estivesse delirando... Bom, na cabeça dela era sim um delírio.
- Eu não acho Tes, eu tenho certeza, eu vi, eu senti, tava doendo e tava vermelho! - Alana respondeu tentando inutilmente convencer a amiga, mas não teve sucesso.
- Alô alô pessoas lindas da minha vida! - Enzo chega por trás das meninas assim as assustando.
- Meu Deus, Enzo! Você conhece a gente faz dois dias, não é pra tanto! - Alana responde com a mão no peito ofegando pelo susto.
- É garoto, seja mais normal por favor! - Tessa responde da mesma maneira.
- Isso é blasfêmia! Eu sou muito normal, vocês estão fazendo bullying¹! - Enzo diz se fazendo de ofendido, assim, arrancando gargalhadas das duas.
- Bom gente, eu fico por aqui... até mais! - Tessa diz entrando na sala de aula e Enzo e Alana seguem o caminho de sempre conversando conversas aleatórias até que Alana acaba falando de seus sonhos e Enzo para estranho.
- O que foi? - Alana pergunta estranhando a pausa repentina.
- Você também? - Ele pergunta perplexo.
- Como assim? - Alana perguntou sem entender.
- Eu também tenho esses sonhos! - Ele respondeu num grito atraindo olhares de alunos e... Um certo professor, que se apressou a chegar em sua sala, a sala em que Tessa estava.
[...]
- Beleza, vocês precisam saber disso! - Tessa disse rápido ao encontrar Alana e Enzo.
- O que? - Os dois perguntam ao mesmo tempo curiosos.
- O professor de Química, o Ector... Ele... Ele sabe dos seus sonhos Alana... E ele... Tentou me convencer a te... A te sequestrar! - Falou rápido com um pouco de dificuldade. Estava trêmula, com medo do que acontecera.
- Ele não falou de mim não é? - Enzo perguntou com medo, pois lembrou do grito que deu mais cedo.
- Falou. Ele queria a minha ajuda pra sequestrar vocês dois e uma outra garota. - Tessa falou agora mais calma, mas ainda com medo de tudo.
- Que garota? - Alana perguntou curiosa.
- Uma tal de Lauren. - Tessa respondeu pensativa. - Eu acho que sei quem é ela! - A garota sai puxando Enzo e Alana sem esperar resposta.
Depois de subirem um andar, Tessa soltou-os e começou a procurar uma sala.
- A sala de música! - Tessa diz apontando uma porta, logo puxou-os novamente.
Eles pararam atrás da porta e ficaram ouvindo a música que era tocava.
Esperaram que a música parasse para que entrassem na sala.
- Com licença... Lauren? - Tessa entrou na frente assim perguntando, Lauren assentiu um pouco tímida.
- Posso... ajudá-los? - A garota perguntou ainda tímida.
- Você sonha não é? - Enzo perguntou direto, a encarando.
- So-sonho... Por que? - A garota se assustou com tal pergunta, ninguém sabia que ela sonhava.
- O professor de química, o Ector, ele quer sequestrar você e eles dois. - Tessa diz apontando Enzo e Alana. - Por que vocês sonham.
- Que!? - A garota gritou apavorada. - Co-como ele sabe que eu sonho!? - Ela perguntou baixinho, como se falasse para si mesma.
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