História Just for Benefits ( Yixing Long Imagine ) - I'm back

-E então, como é na China? Você comeu carne de cachorro? - Jongin perguntou enquanto esperávamos o almoço.

Infelizmente, as férias haviam acabado, e agora, a cansativa rotina de ter que acordar cedo tinha recomeçado.

-Foi, e não, eu não comi carne de cachorro.

-Poxa - falou decepcionado e eu acabei rindo.

-Eu duvido que se você tivesse no meu lugar comeria.

-Se eu soubesse que era, com certeza não.

-Mas e aí, aconteceu alguma coisa sensacional na sua vida nesse último mês pra você ficar totalmente inacessível?

-Viajei pra uma ilha que não pegava internet nem sinal de telefone.

-E o que aconteceu nessa ilha?

-Nada que mude a vida de ninguém. Fiquei com algumas garotas, mas nada que tenha durado. Aliás, acho que não quero uma namorada, a vida de solteiro é bem divertida.

-É, mas eu lembro que quando você tinha alguma coisa te preocupando, você me ligava e eu ia pra sua casa, então eu passava o dia mexendo no seu cabelo e você dormindo nas minhas pernas ou falando dos seus problemas.

-Exatamente, eu tenho você.

-E eu tenho namorado, minhas mãos são exclusivas dele.

-Eu só preciso delas pra um cafuné mesmo. - falou com um sorriso de canto e eu o olhei confusa.

-Ai Meu Deus Jongin! - falei alto assim que entendi o que ele tinha dito.

-Você é hilária. - falou rindo e eu chutei a perna dele por baixo da mesa.

-Cala a boca e come logo.

-Por falar no seu namorado, dono exclusivo do uso das suas mãos, cadê ele?

-Ignorando seu comentário estúpido, o presidente marcou um almoço com ele. Deve ser algum contrato difícil pra ele cuidar.

-Ou talvez ele seja demitido - falou com um sorriso e eu joguei uma azeitona nele.

-Para de falar besteira e come essa droga logo!

-Tá bom, parei.

Xxx

-E então, o que o presidente queria?

-Lembra a empresa em que o Chanyeol era advogado?

-Lembro.

-Faliu. Alguma coisa sobre o setor administrativo ter feito um balanço errado sobre os lucros, tirando boa parte do que realmente era arrecadado, aí a empresa começou a arrumar dívida e terminou com 3 processo nas costas.

-E o que você tem com isso?

-Adivinha quem foi escolhido pra cuidar do investimento que perdemos com saída deles do mercado? - perguntou com um sorriso forçado.

-Boa sorte.

-Nem me fale, já to até imaginando como vai ser um inferno conseguir o investimento deles com outras empresas novas.

-Calma, não sofre por antecedência. Espera dar tudo errado pra odiar a vida.

-Você é realmente uma ótima conselheira jagiya.

-Não me chama de jagiya! - reclamei batendo em seu ombro e ele resmungou.

-Ai! Por que não?

-A gente tá trabalhando, então você é o Yixing e eu sou a ________.

-Todo mundo já sabe que a gente tá namorando, não faz diferença.

-Ética profissional Sr. Zhang - falei séria e ele deu uma risada.

-Isso ficou bem sexy.

-Aish, dá pra parar?!

-Ok, parei. Desculpa.

-Se você já acabou com as piadinhas, eu preciso ir que tenho coisa pra fazer.

-Espera, hoje à noite tem uma festa de aniversário de um amigo meu. Vai ser uma boate eu acho, você quer vir?

-Ah…

-Vai ser divertido, ele é super legal e você pode conhecer uns amigos meus.

-Que tipo de pessoa faz uma festa numa segunda?

-Ele, pra que só quem é realmente próximo vá, mesmo que ele chame vários conhecidos. Eu quero te apresentar.

-Tá.

-Mesmo?

-Sim.

-Ótimo, então eu passo na sua casa, umas 20:00 e a gente vai ok? - perguntou segurando meu rosto entre as mãos e eu concordei - Prometo que antes da meia noite você tá em casa.

-Certo.

-Agora eu te deixo ir.

~~~

No decorrer do dia, eu tentava me convencer de que conhecer alguns amigos dele seria uma boa opção, mas talvez meu psicológico fosse realmente forte, porque durante a tarde, comecei a tossir e espirrar e meu corpo parecia ter levado uma boa surra.

-Como alguém pode adoecer tão de repente? - resmunguei sentindo minha voz mais anasalada e abaixei minha cabeça que, a essa altura, já doía.

Assim que fechei os olhos, tentando diminuir a luminosidade que entrava em contato com eles a fim de diminuir a dor, senti que meu corpo foi relaxando e como um passe de mágica, eu acabei dormindo.

-Unnie? - ouvi alguém de longe me cutucar, mas não conseguia fazer meu corpo e levantar.

-__________ unnie! - disse mais uma vez, um pouco mais desesperada, e eu grunhi em resposta.

-Você tá viva?

-Sim - respondi unindo o pouco de coragem que tinha me restado e levantei.

-Que susto! Eu achei que você tivesse desmaiado. O que aconteceu?

-Eu acabei de descobrir que to gripada.

-Poxa, eu acho que tenho remédio, mas ele dá sono, não vai ser legal você tomar e dirigir.

-Tudo bem, eu aguento mais um pouco até chegar em casa.

-Olha, o Sr. Kwang quer falar com você sobre um projeto novo, tá te esperando na linha 3.

-Ok - falei triste vendo a luz vermelha piscando incansavelmente no aparelho na minha mesa - Obrigada.

-De nada - sorriu e logo se despediu.

Mesmo doente, e com a cabeça sendo martelada, pude ver que ela tinha um anel diferente do que usava diariamente, mas depois eu perguntaria de que era aquilo, agora preciso trabalhar.

-Alô?

-Senhorita _______?

-Sim Senhor Kwang.

-Aconteceu algo? Sua voz me parece diferente.

-Apenas um resfriado, mas minha secretária disse que o Senhor tinha assuntos a tratar comigo, quais seriam?

-Ótimo. Como você sabe, a empresa vem tentando alcançar novos mercados fora da Ásia. E entre as opções de mercado, o seu país apareceu na lista dos que teríamos boa recepção dos consumidores.

-Isso me parece ótimo.

-Bem, como a Senhorita é de lá, nós queríamos a sua presença como braço direito nas negociações como tradutora e empresária.

-Mesmo?

-Sim, você é realmente muito capacitada e seria alguém de confiança para tratar de um assunto dessa magnitude para a empresa. Não se preocupe, você não precisará mudar de país para sempre, talvez algumas viagens mensais ou semestrais; ou ficar um tempo no país durante o início da empresa, isso caso consigamos fechar o negócio.

-Seria uma honra.

-Estava conversando com o presidente para que consigamos dar início às negociações nos próximos meses. E, caso o contrato seja realmente fechado, você será encarregada da administração da empresa no seu país, cuidando da parte mais técnica e precisa. Seu salário aumentaria consideravelmente, diria que cerca de 165%, juntamente com suas responsabilidades, claro. Então, você estaria interessada?

-Claro! Seria ótimo participar desse passo da empresa. Obrigada pela confiança

-Bem, com a sua palavra eu já posso dar início às ligações para as empresas, e logo contactarei você.

-Sim Senhor.

-Tchau.

-Tchau. E mais uma vez, obrigada pela confiança.

-Ahhhhhhhh!!! - não contive o grito de felicidade assim que certifiquei que havia desligado o telefone.

Sinceramente, essa era a chance de ouro de qualquer pessoa! Eu ia ganhar nome internacionalmente, mesmo que a Coréia já seja algo internacional se considerar que não nasci aqui. Sem contar que o salário ia quase triplicar, eu com certeza ia poder comprar um apartamento maior que minha casa, um carro melhor e até mesmo fazer mais viagens. Certo, o trabalho ia provavelmente mais do que triplicar, mas não poderia ter simplesmente tudo.

-Obrigada! - agradeci alto para qualquer que fosse a força que tinha me ajudado a conseguir isso.

Essa notícia, me animou até para continuar o trabalho mesmo cansada e doente.

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-E então, que anel diferente é esse? - perguntei a Yeonjoo assim que sai da sala.

-Lembra que o meu namorado tava meio distante? - perguntou com um sorriso feliz e já deduzi que tinham feito as pazes.

-Sim, e pelo visto deu tudo certo.

-Ele tava planejando com o irmão caçula como podia me pedir em casamento de um jeito que eu com certeza nunca esqueceria. Então ele passou quase dois meses vendo coisas de romance, e finalmente me pediu em casamento.

-E como ele fez isso?

-Ele comprou umas passagens para a Tailândia, e a gente se hospedou em um hotel que ficava em uma ilha quase cinematográfica de tão linda que era. Ele ficou todo romântico durante quase 2 semanas, e eu cheguei a achar que era peso na consciência por ter me traído. Mas aí, em uma noite, ele começou a tocar violão enquanto a gente tava na praia, e a falar de tudo que a gente tinha passado junto, de bom e ruim. E aí disse : “ se você disser que sim, eu prometo criar mais memórias com você pra sempre”

Assim que terminou o pequeno discurso, Yeonjoo tinha lágrimas nos olhos mas exibia um sorriso enorme no rosto.

-Eu disse que ia ter uma boa explicação pra esse distanciamento dele. - falei enquanto a abraçava e ele concordou com a cabeça - Parabéns.

-Obrigada unnie, e considere-se convidada. Você e o Sr. Zhang.

-Não precisa de formalidade, pode chamar ele de Yixing.

-Certo. E por falar nele - falou apontado para trás e ao me virar o vi nos olhando de longe como se não soubesse se devia vir para perto.

Foi quando lembrei da última vez que ele veio falar comigo quando ela estava perto, eu acabei surtando e ele pensava se realmente devia se aproximar.

Tentei dar um sorriso simpático e mexia a cabeça, sinalizando que ele devia se aproximar, e mesmo vindo, ele pareceu exitar um pouco.

-Bem, boa noite, meu noivo já chegou - disse empolgada, enfatizando o noivo, e eu acabei rindo.

-Até amanhã. - disse acenando e ela retribuiu.

-Eu não sabia se devia vir ou se você ia me odiar que nem da outra vez.

-Desculpa por aquele dia - pedi tentando ser fofa e ele deu uma risada - Ela tava feliz porque o namorado pediu ela em casamento.

-Então eu podia ter vindo antes né?

-Podia.

-Você tava chorando? Sua voz tá estranha.

-Sobre isso… - falei dando um sorriso forçado - Você me ama?

-Amo - disse com a testa franzida e eu respirei fundo.

-Eu tô grávida.

-Você o que?

-Eu tô grávida oppa.

-Mesmo?

-Sim - falei abaixando a cabeça e um silêncio mortal ficou entre nós dois.

-Eu te amo, e a gente vai passar por isso junto, não precisa chorar.

-É bom saber que você não vai surtar caso isso aconteça um dia - falei dando um sorriso divertido e ele ficou sério.

-Como assim? Você não tá grávida?

-Não.

-Poxa _________!! Por que você fez isso?!

-Desculpa! Foi engraçado - falei ainda rindo e ele fechou a cara - Deixa de ser chato Yixing!

-Nunca se deve mentir pra um homem sobre uma gravidez.

-Ok, ok. Prometo que só falo isso se realmente acontecer um dia.

-Obrigado - falou fazendo bico e eu o beijei lentamente sem me importar se alguém ia ver, até lembrar que estava doente.

-Nãoooo - resmungou tentando me beijar de novo mas eu botei a mão na boca dele.

-Minha voz tá assim porque eu tô doente, então se eu te beijar você pode ficar doente também.

-Você tá com o que?

-Dorme no corpo, na cabeça, espirrando e tossindo.

-Então você não vai pra festa certo?

-Você vai ficar com raiva?

-Claro que não. Quer que eu fique com você?

-Não precisa, quando chegar em casa tomo um remédio e durmo.

-Mas se você tiver alguma coisa?

-Eu não vou ter nada oppa, pode ir tranquilo.

-Certo, mas na volta eu vou passar na sua casa ok? E não adianta dizer que não quer, porque eu vou fazer do mesmo jeito.

-Certo.

-Você tá conseguindo dirigir?

-Sim.

-Então é melhor ir agora, antes que bata um sono sobrenatural e você termine batendo o carro.

-Dramático.

-Preocupado, é diferente.

-Certo preocupado.

-Mais tarde eu passo lá, vou só terminar umas coisas e vou pra casa.

-Então eu já vou, tchau.

-Tchau - se despediu dando um beijo na minha testa e seguimos caminhos diferentes.

No caminho, parei em uma farmácia para comprar alguns remédios que me seriam úteis e depois em uma loja de conveniência para comprar ramen e algumas guloseimas.

Ao chegar em casa, tomei o remédio e fui ao banheiro tomar um banho rápido. Vesti uma blusa que tinha roubado do Yixing e um short de uma pijama, seguindo até a cozinha para preparar meu ramen e voltei à sala, me jogando no sofá e ligando a tv em um dorama aleatório que eu nunca tinha assistido mas acompanhei o episódio com a atenção de um verdadeiro fã.

Depois de um bom ramen, guloseimas e lágrimas por conta da história dramática de uma das personagens que sofria abusos constantes do chefe e resolveu despejar todo ressentimento de uma vez, não me dei ao luxo de mexer no celular e me entreguei ao sono não só pelo dia cansativo como pelo remédio de gripe que tem uma pequena tendência de piorar a sonolência do usuário.

Acordei com a campainha tocando incessantemente, fazendo minha cabeça latejar ainda mais. Enquanto andava até a porta, olhei o celular e vi que eram 23:45.

-Aish, o Yixing levou a sério essa história de vir me ver cedo. - revirei os olhos mesmo que no fundo, essa preocupação dele me deixasse feliz, e coloquei o celular em cima da mesa.

-Oppa não precisa queb… - disse ao abrir a porta mas a frase foi interrompida ao ver que não era o Yixing do outro lado.

Uma sensação estranha percorreu por minha espinha, quase que gélida demais, ao olhar seus olhos fundos e sombrios. Talvez, se eu tivesse parado pra pensar, o Yixing não precisaria tocar a campainha, ele sabia o código, então não seria ele, e essa observação poderia evitar essa coisa estranha que eu sentia que iria acontecer.

-Chanyeol?