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História Just for Benefits ( Yixing Long Imagine ) - Why not me?


Escrita por: TaeSmile

Notas do Autor


ATENÇÃO❗❗❗❗❗

LEIAM❗❗❗❗

Esse capítulo ficou um pouco muito pesado, fazia parte da história e quero dizer que realmente foi um pouco difícil escrever isso.

Quero reforçar que é totalmente FICCIONAL (OBVIO) é que sou COMPLETAMENTE contra violência com qualquer pessoa sob qualquer circunstância. Se vocês souberem de qualquer ato d e violência, denunciem e ajudem a proteger vidas inocentes.

Se você não gostar de ler histórias de agressão, NÃO LEIA O CAPÍTULO.

Edit 2020: no capítulo original, eu cometi o erro brutal de escrever uma história com violência sexual (no caso, insinuação e não concretizada). Apesar de deixar claro a tremenda repugnância desse ato desprezível, ao reler a história, percebi que isso me abalou muito em razão do forte conteúdo da ação. Assim, considerando que a história já estava escrita e concluída, resolvi reeditar o capítulo e tudo que falar sobre esse ocorrido, retirando esse fato completamente e modificando o suficiente para que o rumo da historia não mudasse muito, descrevendo minimamente a violencia sofrida pela personagem, em respeito à seriedade do assunto e a todas as vítimas de qualquer tipo de violência. Não sei se os antigos leitores vão receber a atualização da história, mas se receberem, com minha mente atual, peço desculpas por tê-los feito ler algo tão horrível quanto isso e por todo e qualquer mal estar que os fiz passar. Aos que não leram e acompanham agora, peço perdão por não ter a consciência no passado de simplesmente não abordar esse tema e seguir um caminho menos violento e triste.

Capítulo 28 - Why not me?


-Chanyeol? - o olhei assustada e vi seus olhos lacrimejando.


-Essa blusa é dele _______? - perguntou me olhando de cima a baixo e pude sentir claramente o cheiro de álcool que ele exalava por completo.


-Chanyeol o que você tá fazendo aqui?


-Eu sinto sua falta _______, por que você me trocou por ele?


-Tchau - respondi seca fechando a porta, mas meu movimento foi impedido pela mão dele, que usou toda sua força para empurrar a porta contra o movimento.


-EU TE AMO E VOCÊ FICA DESFILANDO COM BLUSAS DELE ______?! VOCÊ ACHA ISSO JUSTO COMIGO? - gritou enquanto gesticulava e eu fechei os olhos esperando sentir um tapa no rosto.


-Chanyeol calma, vamos conversar.


-CONVERSAR?! VOCÊ FICA TRANSANDO COM UM HOMEM QUE NÃO SOU EU E QUER SÓ CONVERSAR?


-Oppa, calma - apelei gesticulando com as mãos para que ele parasse com isso.


Sinceramente, um homem com mais de 1,80 gritando com você bêbado não é exatamente uma coisa que transmita segurança.


-Você tem noção do quanto dói pensar que ele pode te abraçar quando tiver algum problema e eu não? - falou descendo pela parede e começou a chorar.


Eu fiquei estática o olhando, essa talvez fosse a situação perfeita para correr e pedir ajuda, ou até mesmo ligar para a polícia, mas não, eu só conseguia olhá-lo no chão.


-Eu só queria poder te abraçar, mas ele é seu namorado.


-Calma - pedi me ajoelhando e envolvi meus braços ao seu redor. Logo ele me apertou e começou a chorar no meu ombro.


-Eu to tão sozinho sem você ______, volta pra mim, eu te amo mais do que tudo na minha vida.


-Você sabe que eu não posso fazer isso Channie.


-Pode, é só dizer que quer acabar com aquele chinês estúpido e voltar pra mim.


-Channie… Não fala assim.


Assim que conclui a frase senti meu corpo ser empurrado com força, me fazendo bater as costas na cadeira - aumentando ainda mais a dor que sentia por conta gripe - e ele levantou.


-EU TE AMO DROGA! VOCÊ SEMPRE DISSE QUE ME AMAVA, NÃO É PORQUE EU TRANSEI ALGUMAS VEZES COM OUTRAS MULHERES QUE EU DEIXEI DE TE AMAR, ENTÃO QUAL É RAZÃO PRA VOCÊ DEIXAR DE ME AMAR?!


-PARA DE GRITAR! - gritei inconscientemente e o arrependimento logo bateu quando a aura dele ficou quase visivelmente negra.


-Você. Gritou. Comigo? - perguntou pausadamente, fechando a porta com um empurrão forte e eu senti meus olhos lacrimejando.


Eu ia morrer agora.


-Não Channie, desculpa, foi sem querer.


-SEM QUERER?! QUEM VOCÊ ACHA QUE É PRA GRITAR COMIGO ________?


Meu corpo antes no chão, foi erguido pelos meus antebraços e jogado na parede, me fazendo derramar todas as lágrimas que surgiram nos meus olhos, não só pela dor como pelo medo.


-TÁ CHORANDO PORQUE? EU NÃO FIZ NADA.


-Para com isso, por favor.


-PARAR? VOCÊ REALMENTE ACHA QUE PODE ME PEDIR ALGUMA COISA DEPOIS DE NÃO TERMINAR COM ELE? 


-VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUANTO DÓI GOSTAR DE UMA PESSOA QUE NÃO GOSTA DE VOCÊ ? QUE NÃO QUER MAIS TE VER? E QUE JÁ TÁ COM OUTRO?


-Por favor, para. A gente pode conversar - eu tentava dizer entre soluços, mas acredito que não tenha sido possível entender uma palavra do que disse.


-EU NÃO QUERO CONVERSAR , SÓ QUERO QUE VOCÊ SINTA COMO MEU AMOR POR VOCÊ DÓI!


Dessa vez o recebi um tapa no meu rosto e logo em seguida mais dois, e Deus, se antes eu achei que tinha sentido dor, agora tinha alcançado um novo nível. Cai no chão fraca pelo medo e dor e senti ele chutar minha barriga, o que me fez cair deitada sem nenhuma energia, enquanto sentia o gosto de sangue em minha boca.


Várias coisas passavam na minha cabeça nesse momento - como que eu devia ter olhado no olho mágico, ou corrido quando tive a chance assim que ele escorregou pela parede e começou a chorar, e até mesmo ter ido a festa com o Yixing - mas ao mesmo tempo, eu sentia como se minha mente estivesse completamente vazia.


Me apoiei usando os braços e fiquei de joelho.  Meu corpo todo, literalmente até o couro cabeludo, doia. Meu estômago queimava, minhas bochechas ardiam como se alguém  tivesse retirado minha pele com uma faca afiada ou até mesmo um descascador de legumes, para que apenas saísse uma fina cama; fina o suficiente para que o ardor parecesse maior que a dor propriamente dita. Minhas costas estavam destruídas pelo impacto contra a parede e podia sentir um ardor no meu couro cabelo, que indicava que ele tinha sido cortado no momento do choque contra a superfície de cimento.


Eu estava deitada no chão,  tentando respirar ou me arrastar até perto da porta, como uma tentativa ilógica de fugir dele e da sua agressividade. Ilógica porque, no estado em que me encontrava, seria impossível eu tentar abrir uma maçaneta e me arrastar até, ao menos a casa do vizinho, sem que ele visse e me arrastasse até dentro de caso novamente. Mas naquela situação, eu só precisava me apegar a qualquer fio de esperança que me mantivesse presa na possibilidade disso tudo acabar o mais rápido possível. 


Minha tentativa de fuga patética foi interrompida quando, com o canto dos olhos, vi uma coisa caindo no chão.  Minha visão estava embaçada o suficiente para que eu não conseguisse enxergar muito além  do que um palmo à minha frente, ou um pouco menos, assim, não pude ter certeza do que se tratava esse objeto. Mas eu via sua forma embaçada, e até mesmo sua cor, que parecia um marrom muito escuro ou preto. Pelo som que foi feito quando caiu no chão, não parecia ser algo muito pesado, e sim, que se jogado com força,  reproduziria um barulho muito maior do que o seu. Seu formato era comprido, mas não parecia ser muito largo. E foi quando me veio à mente o dia que Yixing falou do ocorrido no estacionamento, que Chanyeol estava com uma faca e o furou.


O objeto que eu via provavelmente era a capa da sua faca. Ele ia me matar.


Deus, por favor, não me deixa sentir mais dor.


- Depois que acabar com você, a gente vai ficar junto lá em cima. 


Ele também vai se matar!


Logo que concluiu sua frase, senti meu pé direito ser puxado para trás, levando meu corpo fraco e derrotado com o movimento, e nesse estágio eu já não reagia, apenas rezava para que como quer que ele tentasse me matar, isso não causasse mais dor ainda e que fosse rápido o suficiente para que eu não o visse fazendo o mesmo consigo.


-Jagiya, eu trouxe algu… - ouvi a voz do Yixing e foi ela quem me fez sair do transe quase anestésicos que me encontrava, me fazendo gritar instantaneamente.


Logo ouvi o barulho da porta batendo contra a parede, e em poucos segundos, ouvi um barulho extremamente alto e pesado caindo no chão, sendo acompanho por uma das cadeiras da pequena mesa que ficava na entrada, caindo e talvez outra que sofreu o impacto dos dois, mas não o suficiente para cair. Em seguida, o barulho que ouvi era mais seco, e oco, sendo ele repetido diversas vezes até que consegui reunir um pouco de força e levantar minimamente minha cabeça para ver o que se passava.


Yixing estava em cima do Chanyeol, desferido vários socos em seu rosto.


-O QUE VOCÊ FEZ COM ELA ?! - Yixing gritava e sua entonação  parecia refletir a força que ele usava em seus golpes - EU DISSE QUE TE MATAVA DA PRÓXIMA VEZ QUE TE VISSE PERTO DELA! - ele gritava e eu sentia que aquilo não seria uma mentira.


O que menos queria era que ele passasse o resto da vida na cadeia por ter matado alguém com uma surra, mas eu também não tinha força para sustentar meu próprio corpo, quanto mais segurá-lo nessas circunstâncias.


-Yixing - murmurei tão baixo que duvidei até se realmente o nome dele tinha sido dito por mim, ou se não passava da minha cabeça.


Como eu não ouvia nenhuma reação do Chanyeol, deduzi que ele já estava inconsciente, então o Yixing definitivamente o mataria.


Meus olhos começaram a pesar, e antes que se fechassem, vi alguns dos meus vizinhos entrando pela porta - provavelmente foram acordados pelos gritos - e o corpo do Yixing foi levantado por dois homens, enquanto uma mulher se ajoelhou ao meu lado ao tempo em que segurava o celular contra a orelha esquerda, com sua mão trêmula, e repetia para  mim.


-Calma querida, acabou agora.



Xxx


Acordei com dor em todas as partes do meu corpo, uma dor imensamente maior do que quando ele me batia. Toda vez que tentava puxar o ar, era como se algo apertasse meus pulmões.


Olhei ao meu redor, e não reconheci aquele lugar. Talvez eu realmente tivesse morrido, ou só ter sido internada em um hospital, mas de qualquer forma, eu me sentia mais segura.


De relance, olhei para minha mão que tinha uma sensação quente nela e a vi coberta por outra mão, que tinha os ossos dos dedos vermelhos e parte da palma enfaixada.


-Me desculpa, eu não tava lá pra te proteger, eu te deixei sozinha e ele quase te matou. - reconheci de imediato a voz do Yixing e ao levantar o olhar, pude ver sua cabeça apoiada na beirada da cama, com o rosto virado para baixo, escondendo as lágrimas do choro que por sua vez era evidente em sua voz.


-Eu te amo tanto, mas não te protegi, eu devia ter ficado com você, mas eu te deixei só. Eu sou o culpado. Me desculpa jagiya.


Ao terminar a frase, ele começou a chorar ainda mais alto, vez por outra soluçando, o que me arrancou lágrimas que eu sequer sabia que tinham restado.


-Oppa - falei baixo demais para que ele me ouvisse por conta do choro.


-Não me deixa jagi, eu prometo que sempre vou te proteger de agora em diante, eu juro com todo coração.


-Xing - tentei falar mais alto e minha garganta doeu.


-Jagi? - perguntou me olhando com os olhos vermelhos e foi quando eu desabei definitivamente.


-Tá doendo! - foi a unica coisa que consegui dizer antes de desabar a chorar, sentido ele me abraçar assim que as lagrimas comecaram a descer nos meus olhos.


-Vai passar meu amor, vai passar.


-Não vai não! Eu tô com medo, me ajuda - pedia desesperada em meio a soluços, e ele só me abraçava mais forte.


-Eu to aqui e vou te proteger de qualquer coisa.


-Ele vai voltar Xing, ele vai me pegar e me matar - falei desesperada ao lembrar dos olhos do Chanyeol me olhando com raiva.


-Não jagiya, ele vai morrer na cadeia, eu prometo. Nem que eu precise pagar o melhor advogado do mundo, esse cara vai pagar pelo que fez a você.


-Eu fiquei com medo de você matar ele, com medo de você virar um assassino. - falei tentando apertá-lo o mais forte que conseguia.


-Eu não me arrependeria disso.


-Não fala isso Yixing!


-Certo, nunca mais eu falo isso, nem falo dele.


Nesse momento, a porta se abriu e um Senhor com uns 50 anos ou mais, entrou acompanhado de um policial.


-Desculpe atrapalhar, mas preciso conversar com a Senhorita _______. - disse após confirmar meu nome com seu bloco.


-Vocês precisam fazer isso agora? Ela acabou de acordar!


-Senhor, eu entendo o seu nervosismo, mas é um procedimento necessário. Ela já recebeu cuidados médicos, e foi liberada para conversar conosco. Quanto mais informações ela nos der, melhor será o resultado para o processamento do caso.


-Pode ir Xing - falei baixo e ele me olhou apreensivo antes de deixar um selinho delicado nos meus lábios.


-Bem Senhorita, eu entendo que o que você passou foi realmente forte, mas essa é uma etapa crucial para o processo. Eu preciso que você me conte tudo que lembrar, para que possamos ajudá-la da maneira mais eficiente o possível. 


Não respondi, apenas concordei com a cabeça  e ele sorriu acolhedor, tirando um bloco do bolso do seu terno, acompanhado de uma caneta retrátil. 


-Perfeito. Então eu preciso que você me conte tudo a respeito da sua relação com o agressor…  - deu uma pausa enquanto procurava o nome dele no papel que havia recebido - Park Chanyeol.


Ouvir o nome dele seguindo um adjetivo forte como agressor, me causou um embrulho no estômago. Mas mesmo com esse embrulho, eu precisava falar dele.


[...]


-Obrigada por sua cooperação Senhorita, eu tenho certeza que ele não escapará dessa, principalmente já tendo a ficha suja. - disse levantando e fechando o bloco onde anotou toda minha história.


-Eu que agradeço.


-Agora vamos deixá-la descansar. - falou curvando rapidamente, sendo seguido pelo policial e sai do quarto. - Desejo as mais sinceras melhoras.


Sorri em agradecimento e logo ele saiu.


Pouco depois que ele saiu, Yixing entrou acompanhado de um médico que folheava uma prancheta que tinha nas mãos. Depois de depositar a prancheta na ponta da cama, o médico me lançou um sorriso e logo veio fazer alguns exames rápidos.


-Bem, a Senhorita me parece ter seus sinais vitais muito bons depois de tudo. - disse guardando uma pequena lanterna que tinha usado para iluminar meus olhos - Com base no que nos foi relatado, fizemos exames e, felizmente, você tem apenas duas costelas quebradas, que por sorte não perfuraram os pulmões. As dores que você está sentindo agora serão tratadas com medicamentos normais, e estão mais fortes por terem sido recentes.


-Quantos tempo ela vai ficar aqui? - Yixing perguntou apertando minha mão.


-Diria que mais 1 ou 2 dias serão o suficiente.


-O Chanyeol tá aqui? - perguntei baixo e vi Yixing me olhar rápido.


-Park Chanyeol - repetiu o médico após ler o nome dele em uma das fichas - Sim, alguns ossos da face quebrados, mas nada que o custe a vida.


-Certo. - falei abaixando o olhar e ele se despediu, saindo da sala.


-Não se sinta preocupada com ele ________.


-É só que… eu não sei - falei suspirando e sentir meu lado direito do tórax doer, o que provavelmente me arrancou uma careta.


-Eu sei que você tá pensando nele, mas não se preocupa, não me deixaram quebrar a cara dele toda, então ele não vai morrer.


-Sua mão ta doendo? - perguntei tentando desfocar o assunto diretamente do Chanyeol.


-Não - mentiu talvez para que eu não me sentisse pior ainda.


-Obrigada.


-Não me agradece jagi, por favor.


-Claro que eu tenho que agradecer.


-Eu fiz muito menos do que devia, eu não podia ter confiado que ele ia te esquecer, nunca gostei dele.


-Você fez o suficiente, me salvou e não matou ninguém - o olhei nos olhos e ele deu um sorriso triste.


-Eu te amo - falou abaixando e me deu mais um selinho delicado, como se tivesse medo de me machucar ainda mais.


-Eu te amo oppa.



Notas Finais


Caso saibam de qualquer caso de agressão, denunciem. Vocês estarão protegidos pelo anonimato. Isso é sério, e precisa ser denunciado o quanto antes. A agilidade pode e salva vidas, não tenham medo, seja isso acontecendo com vocês ou com qualquer pessoas que vocês tenham conhecimento.

É uma informação meio comum hoje em dia, mas que infelizmente as pessoas não praticam e atualmente, com tantos casos de agressão por intolerância, machismo, homofobia, racismo e todo outro tipo de preconceito que pode ceifar vidas, é muito importante que sejam feitas denúncias desses criminosos.


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