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História Just One Night - Temos um acordo.


Escrita por: Vihh_AS

Capítulo 10 - Temos um acordo.


Fanfic / Fanfiction Just One Night - Temos um acordo.

—Apenas uma noite, Cosima.

Delphine estava parada bem na minha frente, seus olhos queimavam de desejo por mim. Ela se aproximou, tocou meu rosto, seu dedo deslizou por meus lábios, ofeguei, ansiando sentir os seus lábios nos meus. Seu simples toque estava mexendo comigo, deixando-me excitada e desejando-a intensamente como nunca desejei alguém antes, mas eu nunca a teria, ela nunca se interessaria por mim.

Mesmo que seu olhar me dissesse o contrário.

Mesmo que ela tenha pedido uma noite.

Delphine era uma mulher linda, sexy... Exuberante, por que se interessaria por mim quando ela poderia ter mulheres mais lindas do que eu ao seu lado?!

Só poderia ser um sonho!

—Eu quero você, Cosima. —Me surpreendi. Delphine pareceu ter lido minha mente. —Apenas você.

Ela me puxou, colocando meu corpo ao seu, seus lábios quase tocando os meus.

Suspirei. 

—Só você!

Sussurrou. Sua língua percorreu meus lábios, entreabri minha boca, de repente o ar sumiu dos meus pulmões e o quarto ficou quente. O meu corpo parecia estar em chamas. Ela sorriu, satisfeita por me deixar extasiada e totalmente entregue a ela, Delphine continuou me provocando, me excitando.

E em um momento ela me beijava, tocava meu corpo e em instantes eu estava deitada na cama com ela sobre o meu corpo.

—Você é minha!

—Sim!

Concordei incapaz de dizer não. E mesmo sabendo que eu não era propriedade dela, que eu deveria ficar irritada em escutar isso, mas de alguma forma, ouvir aquilo saindo dos lábios dela, o intenso vermelho atingindo o meu rosto, me excitou mais ainda.

Se é que era possível eu ficar mais.

—Você é minha. —repetiu, acariciando meu corpo por baixo do vestido. —Apenas essa noite.

"Quero ser sua todas as noites!" Pensei.

Mas isso não iria acontecer.

Ela retirou meu vestido, sua mão percorreu meu corpo, minha pele queimava por onde sua mão passava.

—Você é tão linda. —sua boca se apossou dá minha. Um beijo feroz, urgente, sensual. Assim como ela era. Ela terminou, chupando meu lábio inferior. —E é apenas minha.

—Sim! —Afirmei mais uma vez. Não conseguia dizer mais nada, além de sim.

Beijou-me mais uma vez, sua boca acariciou meu pescoço, meus seios e minha barriga. Gemi em expectativa quando ela se aproximou do meu sexo, me preparei para sentir sua boca bem onde ansiava...

A sensual que tocava no som deu lugar a uma irritante e foi ficando cada vez mais alta e mais ensurdecedora.

—Não. —protestei quando Delphine parou e se levantou. —Não pare!

—Você não é minha, Cosima. —De repente a droga do barulho pareceu estar dentro do meu ouvido. Implorei que ela não parasse.  —Nunca será minha!

Tentei ir atrás dela, mas ela já tinha ido.

Simplesmente sumiu.

Acordei assustada e extremamente excitada. Logo bateu a frustração por ter sido um sonho, procurei, desesperada, saber de onde vinha o irritante barulho, vinha do meu celular.

Era o meu alarme.

Droga.

Contive a vontade de arremessa-lo na parede e me joguei de volta na cama, claro que seria só um sonho, claro que Delphine nunca iria querer transar comigo, mesmo que apenas uma noite. Ainda mais... Olhei ao redor, não reconhecendo o lugar, não era o meu quarto e nem minha cama!

E eu estava nua sob as cobertas?

Sim, eu estava.

Então, imagens dá noite anterior invadiram minha mente, não uma noite qualquer de sexo casual e sem graça como das últimas vezes, mais uma intensa e inesquecível noite de sexo quente. E com ela, eu e Delphine estivemos juntas na cama em que me encontro nesse momento, seu cheiro estava empreguinado nos lençóis e nos travesseiros, me dando à certeza de que não foi um sonho.

Foi real! 

Só não me lembrava de ter adormecido ali, as últimas imagens era de nós duas gozando juntas uma última vez, meu corpo estremecendo tão intensamente quanto anteriormente e, deliciosamente exausta, fiquei de olhos fechados à voz dela sussurrando algo.

Será que ela dormiu comigo, afinal era a cama dela.

Um sorriso bobo surgiu involuntariamente em meus lábios.

Droga! Nada de fantasiar, Cosima!

Meu celular tocou mais uma vez, só então me dei conta de que iria me atrasar para a faculdade.

Merda! Era 08h00min

Não deveria ter dormido na casa dela.

Claro que não pensei em ir para casa depois de horas de um sexo delisioso, intenso e, estando exausta e satisfeita. 

Enrolei-me no lençol, levantei a procura dá minha roupa e dei de cara com ela em cima de uma poltrona, só não era a que usei na noite passada.

Como minha roupa veio parar aqui?

Que se dane!

Sem tempo a perder, peguei-a e corri para o banheiro, abri a porta certa na terceira tentativa, pois a primeira era um enorme closet e a segunda a porta estava trancada. Em vinte minutos já estava pronta, não me atrasaria para a apresentação, isso se não tivesse que ir para casa pegar meu projeto.

Encontrei Delphine na sala de jantar, a mesa posta e repleta de comida. Ela lia um jornal e só notou minha presença quando abaixou o tablet para pegar a xícara. Encarando-me, ela deu um gole no café.

—Bom Dia! —lançou um sorriso meigo. Desarmando-me. Estava pronta para brigar com ela por não ter me acordado. —Dormiu bem?

—Sim. —Lá á estava eu respondendo sim para ela. Como no sonho. Com certeza se ela falasse que não me deixaria ir embora eu iria concordar. —Dormi bem. Mas não deveria ter dormido aqui.

Com um tom divertido, ela quis saber.

—Por que não?

Não respondi, peguei meu cachecol, que estava no mesmo lugar de ontem, antes dela usa-lo para me vendar. Encarei a peça na minha mão, nunca mais olharia para ele como um simples cachecol, sempre me trairia a lembrança dá noite anterior.

Talvez nem o usasse mais, assim sempre que o olhasse me lembraria apenas dela.

—Cosima? —sua voz tão próxima me despertou. Virei-me, dando de cara com seu lindo sorriso. Ela ergueu a sobrancelha esperando minha resposta.

Suspirei. Olhei minha roupa.

—Como minha roupa veio parar aqui? —Quis saber. Agora ela inclinou a cabeça. Presumi que também não me daria uma resposta. Virei-me, decidida a ir embora. —Eu tenho que ir. Não quero me atrasar para minha apresentação.

—Não vai tomar café? Ainda temos tempo.

—Não.

—Eu liguei para o seu amigo e pedi que ele separasse uma roupa pra você ir à faculdade. E meu motorista foi buscar.

Dessa vez eu ergui a sobrancelha com sua audácia.

Ótimo, ter passado a noite na casa dela, com ela, já seria um grande motivo para o Felix pensar que havíamos dormido juntas, embora seja verdade.

Mas ele não precisava ter a certeza.

Não escaparia do interrogatório dele.

—O que não adiantou, porque tenho que pegar o meu projeto em casa. —Falei rispidamente.

Delphine não se abalou com meu tom. Calmamente falou.

—Não tem. Ele está em segurança a sua espera na sua sala. —Delphine sorriu divertida com o meu desconcerto. Declarou. —Então, pode tomar o seu café, sossegada.

*****

Além de ter tido a audácia de mandar seu motorista até a minha casa para pegar uma roupa e o meu projeto, ela fez questão de me levar para a faculdade. Não o seu motorista, mas ela mesma.

"Você está sem carro, Cosima. Eu a trouxe e não vejo problema eu ir deixa-la.”

Verdade, eu estava sem carro, mas poderia ir de táxi.

Não queria que as pessoas ficassem falando ou deduzindo coisas sobre nós duas, porque era isso que aconteceria. Afinal, as pessoas adoram fofocar.

E depois de ser noticia indo jantar com ela, chegar a faculdade em sua companhia seria um prato cheio.

Não que isso incomode, até iria adorar se pensassem que eu e Delphine Cormier estaríamos namorando. Assim como gostei quando todos ficaram surpresos por ela me “comprar” no leilão. Ela quis a mim e não os homens ou outras mulheres do evento.

Mas não éramos e muito provavelmente não seriamos namoradas.

Havia sido apenas uma noite.

Apenas isso!

"Quero ser sua todas as noites!"

Suspirei e balancei a cabeça para afastar esse pensamento.

—Tudo bem Cosima?

Ela me olhou de relance, voltou sua atenção para a estrada, Delphine conduzia com maestria seu luxuoso carro. Olhei-a intensamente, meus olhos percorreram seu corpo, ela vestia uma calça jeans branca, camisa social também branca e seus lindos cachos dourados estavam soltos, seu jaleco descansava no banco de trás.

Olhando-a assim, tão simples, tão jovem, ninguém diria que além de ser uma ótima cirurgiã, também era diretora de um dos maiores e melhores hospitais do país. E mesmo com roupas simples, Delphine tem o poder de mostrar toda a sua elegância, alto confiança, sensualidade, poder e ao mesmo tempo jovialidade.

Ela é simplesmente exuberante, magnifica...

—Cosima?

Meus olhos, que ainda admiravam o seu corpo, encontrou-se com os delas. Ela simplesmente sorria, enquanto me olhava intensamente, deixando-me desconcertada.

Apresei-me em responder.

—E.. eu estou bem!

—Tudo bem mesmo? —apenas balancei a cabeça em confirmação. Ela tirou o cinto e virou, ficando de frente para mim. —Você estava olhando meu corpo tão fixamente que nem percebeu que chegamos. —olhei ao redor, o carro estava parado em frente à universidade e todos que passavam olhavam em direção ao veículo. Será que conseguiam nos ver? —O que estava pensando?

Senti minhas bochechas queimarem.

—O quê...? Nada!

Soltei o cinto e sai rapidamente do carro. Ali dentro estava abafado.

Logo ela surgiu na minha frente. E todo o resto ficou ofuscado por ela. 

—Eu adorei a nossa noite, Cosima.

—Eu também. Foi ótima.

Ela se aproximou. Tentei me afastar, mas o carro me impediu.

Delphine sussurrou.

—Apenas ótima?

—Aham. Já tive noite melhores.

O que eu acabei de dizer?

Nunca tive noites melhores.  

Merda, eu devia estar maluca.

Mesmo tendo dito isso, Delphine não se ofendeu.

Não! Ela colou seu corpo ao meu, seu rosto ficou bem próximo ao meu.

Então falou.

—Cosima. Sabe o que eu quero fazer nesse momento? —consegui sussurrear um: Não sei. Ela sorriu. Seus lindos olhos brilhavam. —Eu quero beijar seus lábios. E sem me importar onde estamos, quero joga-la dentro do carro, despi-la, beijar cada pedacinho do seu corpo e fazê-la gozar. Até você dizer que a nossa noite foi maravilhosa...

Nesse momento eu parei de escuta-la. Só conseguia pensar em como desejava que ela fizesse isso.

Já sentia o quando estava excitada.

Então, a ouvi terminar, jogando um balde de água fria.

—Mas, temos um acordo. —Que se dane o acordo, quis gritar. Só que não esbocei nenhuma palavra. —E você tem o seu trabalho para apresentar. Não quero prejudicá-la. Une bonne journée pour vous.

Me deu dois beijos no meu rosto e se afastou. E me deixando desconcertada e com minhas pernas bambas, ela entrou no carro e partiu.   



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