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História Killer - Two


Escrita por: kihywnn

Capítulo 2 - Two


O som do telefone ecoava insistentemente pelo apartamento e eu o ouvia de longe enquanto tomava meu banho, antes tranquilamente. Respirei fundo, desligando o chuveiro, enquanto me atentava aos toques contínuos, que logo se cessaram. Sorri de lado, imaginando que novamente teria a paz rotineira de meu lar, porém ao terminar de me secar e enrolar a toalha em minha cintura, o irritante barulho se fez novamente presente. Caminhei lentamente até o aparelho, atendendo-o com uma certa preguiça.

- Hyunwoo, precisamos de você agora na delegacia, é uma emergência!
- Sr. Kim? O que houve?
- Hyunwoo, eu não te peço isso como superior. Te peço como cidadão. Venha agora!

Ouvi o aparelho sendo desligado e logo me pus à correr atrás de roupas minimamente decentes para ir à delegacia. Não tinha a menor ideia do que poderia estar havendo, mas pelo desespero do delegado, era realmente grave.

A trajetória até o local foi rápida. Com meus anos de serviço acumulei dinheiro o suficiente para ter uma boa moto, um pequeno apartamento bastante confortável para um homem solteiro, e algumas regalias, como viagens e saídas às sextas feiras. Deixei a moto no estacionamento da delegacia, correndo até a sala de meu antigo chefe. Ele estava sentado em sua mesa, visivelmente abatido. Olhava fixamente para várias imagens espalhadas na mesa, às quais não havia prestado tanta atenção enquanto entrava, mas assim que parei à frente da mesa, pude ter uma boa visão de cada fotografia. Retratavam pessoas de diferentes idades, tanto homens quanto mulheres, mortos.

Haviam pelo menos cinco diferentes ali. Mas algumas coisas ligava todos eles. Todos usavam roupas brancas, e tinham seus olhos abertos. Haviam sinais de tortura em todos eles, como marcas roxas em seus braços e pernas. Aparentemente, todos haviam morrido enforcados mas, o que realmente me chamou atenção, foram imagens que focavam que, junto à todos os corpos, que por sinal estavam estrategicamente colocados na mesma posição, haviam pequenos ursos de pelúcia. Os pequenos brinquedos, todos únicos entre si, eram feitos com remendos, e eram deixados junto à uma porção de jujubas de uma única cor para cada morte. A porção variava de acordo com as fotos, e eu pude notar que seguiam uma ordem crescente, como se numerassem cada morte cronologicamente.

Senti os olhos cansados de meu superior sobre mim, mas logo seu olhar se concentrou novamente nas fotos, e pela aura de desespero que pairava naquela sala, pelo silêncio constante que o outro mantinha, eu sabia que o fim de tudo aquilo dependia unicamente de mim.

- Ninguém conseguiu pará-lo, Hyunwoo. Nenhum de nós foi capaz. Pensamos que poderíamos acabar com isso antes de ter que envolver você.
- “Pará-lo”? Como sabem que é um homem?
- Ele se pronunciou na primeira morte. Havia uma carta. Sequer foi feita com colagens, era sua própria letra. O cheiro de sangue era recente das manchas no papel. Ele disse para que nós o chamássemos de Minnie, ou apenas Min.
- Min... ele disse algo à mais? Não conseguiram descobrir nada sobre sua caligrafia? A tinta usada? O sangue, ou digitais?
- Não haviam digitais, ele foi cuidadoso. Sua caligrafia não foi reconhecida, já o sangue é da primeira vítima. Hyunwoo, ele mencionou você.
- O que quer dizer?

O mais velho abriu uma pequena gaveta ao lado de sua escrivaninha, retirando de lá um papel amarelado com várias manchas vermelhas e algumas palavras escritas. Ele estendeu o mesmo para mim e eu respirei fundo antes de pegá-lo, tomando coragem. Meus olhos passearam rapidamente pelas palavras, sentindo meu coração se acelerar à cada letra lida.

- Só você pode parar ele, Hyunwoo.

 

 

“Son Hyunwoo, eu tenho certeza que vai ler isso! E você não imagina o quão ansioso pra te ver eu tenho estado todos esses anos. Você pode me chamar de Minnie, já seus amigos policiais, apenas de Min. Não vão conseguir nada sobre mim em investigações, mas você pode ter o que quiser de mim, oppa. Sabe quanto tempo eu passei planejando tudo para você me notar?! Não tente me parar, mas não fuja de mim.

Ps.: ‘Amor, um grave distúrbio mental.’ Conhece essa citação?

Do seu, Minnie.”


Notas Finais




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