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História Killer Love - Prólogo


Escrita por: cnematic

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Killer Love - Prólogo

Taehyung não aguentava mais aquela vida. Porém, se tudo desse certo, hoje à noite ele estaria livre. Estava na hora de colocar seu plano de fuga em prática.

- Como é não ter ninguém para te amar? Como é olhar no espelho todo dia e saber que você não passa de um bosta? - Taehyung falava com todo o desprezo que sentia para o homem na sua frente, o homem que o destino, infelizmente, escolheu para ser seu pai. - Como é saber que você não é nada?  - o garoto tentava se controlar, mas a vontade que tinha era de partir para cima dele até que não restasse uma única sombra daquela expressão arrogante estampada em sua face. 

- Isso é tudo o que tem a me dizer ou já está satisfeito? Reclamar é tudo o que você sabe fazer, seu pirralho? Me incomodar, como se eu não fizesse nada, como se eu não te desse tudo... - Lee Minho não parecia se deixar afetar pelo que o garoto dissera, mas mentalmente imaginava todas as formas que poderia castigá-lo mais tarde, como sempre fazia quando tinha vontade. 

- Não seja hipócrita - Taehyung ergueu as mãos para esbofeteá-lo, a raiva levando-o ao seu limite. - Você nunca fez nada a não ser transformar minha vida em um inferno. Você me tirou a única coisa com a qual eu me importava. Você... você a matou. Matou minha mãe. - Quando a imagem de sua mãe cruzou sua mente, com todas as memórias, as brincadeiras e aquilo, Taehyung teve que lutar contra a vontade repentina de chorar. - Seu assassino... - Taehyung gritou exasperado, partindo para cima de Lee e derrubando tudo que estava sobre a mesa. Suas mãos fecharam em torno da garganta de seu pai, sufocando-o. Sim, ele seria capaz de matá-lo naquele momento. Era o que tanto queria... Mas a porta do escritório fora aberta e a voz de um Seokjin pasmo com a cena a sua frente o destraiu. 

- Taeh, o que você está fazendo? - Jin não sabia como reagir, paralisando no lugar a tempo de ver seu padrasto, aproveitando o momento de distração de Taehyung, empurrá-lo com tudo contra a parede, agilmente tirando um revólver de dentro da primeira gaveta da mesa, mirando-o no garoto. - Pai, não! - gritou Jin, que não conseguia fazer suas pernas obedecê-lo a sair do lugar. 

- Saia daqui, garoto. Isso é entre mim e meu filho. E quantas vezes eu já disse para você não me chamar de pai...- Lee disse desviando, momentaneamente, a arma na direção do enteado, o que foi suficiente para fazê-lo correr como um garotinho assustado. - Sempre tão ingênuo, e sempre aparecendo nas horas mais inoportunas - Lee lamentou, pensativo, enquanto mantinha a arma apontada para Taehyung. - Mas eu ainda pego esse garoto de jeito... - Lee agora exibia um sorriso malicioso.

- Você é nojento, sabia - Taehyung queria atacá-lo novamente, mas a parte racional de seu cérebro lhe dizia para não fazer nada estúpido enquanto aquele maluco estivesse segurando uma arma. - Quer saber, atira. Pode atirar no seu filho. Matar não deve ser difícil pra você... Já que matou ela - Taehyung não estava brincando quando dizia aquelas palavras, às vezes essa era sua vontade mesmo. Morrer e acabar logo com tudo. Mas então ele lembrou de Seokjin, a única coisa agora na qual se importava, a única coisa na qual o motivava a continuar aquela vida miserável e sentiu seu corpo estremecer quando seu pai, lentamente, ameaçou puxar o gatilho. - ... Ou não tem coragem, seu covarde de merda? - Taehyung desafiou-o, tentando ignorar o medo que sentia naquele momento. 

Lee continuava apontando o revólver para o garoto, seu dedo próximo ao gatilho. Próximo demais... Mas não podia atirar. Não pelo fato de ser seu filho. E, sim, porque seu enteado já o vira com a arma na mão... Outro escândalo... não teria como justificar mais uma morte em sua vida. - Você, mais do que ninguém, devia saber que foi a vaca da sua mãe que matou a si mesma. Ela que escolheu nos deixar. Agora saía daqui. Saía! - gritou ele, abaixando a arma e desabando em sua cadeira, como se exausto com aquela discussão. - Vá para seu quarto, e se eu ver seu rosto na minha frente novamente eu juro que não pensarei duas vezes antes de meter um bala na sua cabeça - sua expressão estava tomada pela raiva. 

- Como quiser, papai -  Taehyung respondeu debochado, enquanto caminhava em direção à porta do escritório, batendo-a com força atrás dele. Agora seu pai não o procuraria pelo resto do dia, exceto à noite, quando viesse para puni-lo. Mas até lá, ele não o encontraria. Nem ele e nem Seokjin. Eles iriam começar uma nova vida. Juntos. 

(...)

Já era de tarde, quando Taehyung entrou no quarto e se deparou com um Seokjin encolhido em sua cama, ainda aos soluços. 

- Eu pensei que ele fosse te machucar. De novo. - Jin falava em meio às lágrimas que não paravam de escorrer por seu rosto. 

A dor ao ver seu irmãozinho chorando por sua causa era tanta que Taehyung não resistiu a vontade de ir até o garoto e abraçá-lo. 

- Eu estou bem... - murmurou ele passando os dedos por entre os cabelos de seu irmão - Veja só, nenhum arranhão - Taehyung apontava para o próprio corpo, mostrando que não tinha nenhum ferimento, e um sorriso triste se desdobrou nos lábios de Jin. 

- Eu te amo tanto, Tae Tae - murmurou enquanto dava outro abraço apertado em Taehyung, que retribuía o gesto com a mesma intensidade. 

- Eu também te amo, Jin. Muito mais do que você pensa... É por você que estou fazendo isso. Escute, vamos embora daqui. Começar nossa vida em outro lugar. Só nós dois. Tudo vai ser diferente. - Taehyung falava esperançoso, imaginando de fato que poderiam ser felizes no futuro e esquecer completamente o passado. 

- De novo com essa história de fugir... - Jin falou emburrado. - Quanta vezes eu já disse que não... Que eu não posso deixar a minha mãe, Taeh. Além disso, tem a escola, tem o....

- Tem o quê, Jin? - perguntou Taehyung esperando que o outro concluísse sua frase.

- Isso não importa agora... - Jin balançou a cabeça, querendo mudar de assunto. 

- É claro que importa, tudo que for relaciado a você me interessa. Mas enquanto estivermos aqui, vamos viver uma vida de sofrimento. Venha comigo, Jin. Eu já arrumei tudo, até suas coisas. Mas eu não quero te deixar. Eu não posso te deixar... Eu sei que você quer ficar pela sua mãe, você a ama, assim como eu aprendi a amá-la como se também fosse a minha... Mas não há nada que possamos fazer por ela, Jin. Ela não quer ajuda. Por favor, vamos... - Taehyung estendeu as mãos, implorando silenciosamente para que o garoto as segurasse e fosse com ele. Mas isso não aconteceu.

- Pode ir embora se você quiser, eu não preciso de você aqui. Nunca precisei. Eu posso proteger a mim mesmo e a minha mãe... - Jin não queria magoá-lo. Mas era preciso. Ele não podia deixar sua mãe, mas seria egoísmo de sua parte se prendesse seu irmão ali com ele. Ele merecia ser feliz. Ele merecia ser livre e encontrar uma pessoa que o amasse e que o alegrasse tanto quanto ele fazia o Jin sorrir. A única pessoa capaz de fazer o Jin sorrir, mesmo na desgraça que era a vida de ambos.

- Não precisa continuar. Eu sei que esse não é você. Eu te conheço. Você está confuso e eu entendo...

- Então porque não vai embora logo e me deixa em paz... - A dor causada por suas palavras doíam nele tanto quanto em Taehyung, como se alguém estivesse perfurando seu coração com centenas de agulhas. Jin queria parecer forte, do contrário, se desabasse em lágrimas, sabia que Taehyung desistiria de tudo por sua causa. E isso ele não podia permitir, mesmo que perder seu irmão fosse matá-lo por dentro. A felicidade de Taehyung era mais importante que a dele. 

- Espero que você saiba o que está fazendo, Jin. Mas lembre de uma única coisa, que eu te amo. E pode passar um, dois... dez anos, eu sempre vou estar te esperando. - Taehyung pegou um pedaço de papel em sua mochila, no qual acabara de escrever alguma coisa e o entregou a Jin. E partiu antes mesmo que o outro pudesse dizer alguma coisa, sem mesmo abraçá-lo uma última vez mais, ou não conseguiria soltá-lo. Somente depois do estalido da porta se fechando atrás de Taehyung, que Seokjin desdobrou o papel em sua mão. Não havia nada. Apenas um endereço. 

432 Park Ave, NY.

Apart. 095

Byun Baekhyun.

Seokjin fechou os olhos com força, amaçando o papel entre suas mãos, e finalmente deixou rolarem as lágrimas que tanto lutou para conter. "Quem sabe um dia, Tae Tae". 





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