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História Killer Love - Capítulo 2


Escrita por: cnematic

Capítulo 3 - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction Killer Love - Capítulo 2

8 anos atrás.

- Alguém sabe se meu pai passou por aqui? Ele é... bem, ele tem quase a minha altura, pele não tão branca, anda sempre com aqueles amigos estranhos dele? - Namjoon já não tinha mais paciência. Passara o dia inteiro passando de bar em bar procurando notícias sobre o paradeiro de seu pai, que não voltara pra casa desde a noite anterior.

- Ninguém viu esse cara aqui não, moleque - respondeu um velho magricela, tão bêbado que não se aguentava em pé.

- Não escute esse idiota - retrucou um sujeito barrigudo - Ele bebe que nem um gambá, pra ele todo mundo parece a mesma pessoa.

- O que não é muito diferente de todos nós - acrescentou um terceiro de olhos arregalados, exibindo seus dentes amarelos e podres, e todos os outros caíram em uma gargalhada sem fim enquanto davam mais um gole em seja lá aquilo que estivessem bebendo. 

- Idiotas! - falou uma mulher ao fundo do bar, as pernas esticadas sobre a mesa. Como aquela parte não tinha iluminação, Namjoon não conseguiu ver seu rosto, mas ela parecia estar sóbria. - Acho que eu sei de quem você está falando, garoto. Todo dia aquele pedaço de mau caminho vêm aqui, ele bebe umas e outras e aposta com uns cara no baralho, mas ele sempre perde. Seu pai não é muito bom em perder, sabe. Por sorte, eu estava aqui noite passada... 

- Diga logo de uma vez, mulher! Sabe onde ele está ou não? -Soltou Namjoon exasperado. Odiava quando os outros faziam ele esperar.

- Acho que seu pai apostou uma quantia muito alta e não teve como pagar. Os caras começaram uma briga, quebraram uns copos e umas cadeiras e... Bem, eles deixaram seu pai todo arrebentado, coitado. Só pararam quando eu intervir. Imagina só o prejuízo que eles me deram... Acabaram com meu bar. 

- Você ainda não me disse onde ele está? - Namjoon não parecia surpreso. Briga de bar parecia bem típico de seu pai. 

- Vai me pagar quanto por essa informação, docinho? 

- Depende se ela se provar ser verdadeira.

- Ei, a senhora Sarah nunca mente - reclamou o gordinho e todos os outros concordaram em uníssono. 

- Tanto faz - Namjoon revirou os olhos - apenas me diga logo. 

- Eles largaram seu pai no chão do bar mesmo, eu tentei ajudá-lo, mas... Bem, ele não quis meus serviços. Depois eu só me lembro de vê-lo se arrastando em direção àquele beco atrás do bar. 

- Agradeço pela informação, senhora - Namjoon tentou parecer educado e partiu antes mesmo que a mulher cobrasse seu pagamento. Não iria pagar de qualquer forma. 

(...)

Quando Namjoon chegou ao beco, se deparou com uma garrafa de vidro espatifada ao lado de um homem repleto de hematomas por todo o rosto, a boca ensanguentada e o corpo encolhido em posição fetal. Seu pai. Tentou chamá-lo, mas o homem se encontrava completamente inconsciente. Namjoon teria de carregá-lo. Como de costume, ergueu-o pelos braços, jogando seu corpo por cima de seu ombro. Seu pai era pesado, mas ele aguentaria até chegar em casa. Não havia nada que ele não aguentasse nessa vida. Afinal, essa situação só estava se repetindo pela centésima vez. Já era parte de sua rotina. Mas Namjoon estava ficando, cada vez mais, farto dela. 

(...)

Dias atuais.

Namjoon correu por toda a plataforma, empurrando qualquer um que entrasse em seu caminho. A arma estava em sua cintura, mas seu casaco era grande o suficiente para que não desse para notá-la. Ele só teria que se livrar dela depois. Não podia ir para seu apartamento agora. Tinha medo de alguém pudesse segui-lo. 

Saindo da estação, dobrou o quarteirão e entrou na primeira loja que viu. O estabelecimento era pequeno e, devido ao frio que fazia, estava pouco movimentado. Havia apenas uma mulher com uma menininha grande demais para ainda estar no setor infantil, que parecia emburrada por não ter nada que a agradasse, e a moça do balcão, que parecia mais interessada em falar ao telefone do que em atendê-las.

Namjoon estava com pressa. Precisava de uma muda de roupas antes que fosse se encontrar com aquele cara. Pegou uma camiseta listrada que aparentava ser do seu tamanho, uma calça jeans e um boné azul. Qualquer coisa era melhor do que a que estava agora, já que a policia não iria procurá-lo por essas roupas. 

No vestuário, Namjoon vestiu as peças escolhidas o mais rápido possível, tomando um cuidado excessivo ao envolver o revolver no casaco. Pagou pelas roupas com o pouco dinheiro que tinha na carteira e abandonou a loja, colocando o boné sobre a cabeça e se misturando com as poucas pessoas na calçada.  

Virando a esquina, avistou o bar no qual havia marcado. Bares lhe traziam más lembranças, mas era o lugar mais discreto para se encontrar com alguém sem parecer suspeito. Adentrando o lugar, percebeu que o sujeito já esperava por ele em uma das mesas mais afastadas das outras pessoas. O que ele tinha para falar era particular. O homem tinha um bom porte e estava bem vestido com uma calça skinny e um suéter vermelho, e a expressão séria e impassível no rosto dava a impressão de que era alguém importante, alguém com o qual não se devia brincar. O que de fato era. 

- Então? – perguntou o outro assim que Namjoon se aproximou, sentando-se na cadeira a sua frente. 

- Deu tudo errado! Tudo por causa de um filho da puta metido a herói que achou que podia me impedir. Desgraçado!  – Namjoon não conseguia conter sua raiva, mas o mais importante era que todo o esquema ainda não estava completamente arruinado. Pelo menos ainda não.

- Ok, se acalme e me explique direito - a expressão do homem mudara subitamente, indo do grau mais leve de preocupação até o mais elevado pânico.  - Quer beber alguma coisa...?

- Pfff... Eu não bebo. - bufou Namjoon.  – Simplificando toda essa porra, acho que ele pensou que eu fosse matá-lo. Mas a arma acabou disparando... Acidentalmente. Não era minha intenção, mas eu tive que fugir.

- Tem noção do que você fez? Acha que já não somos procurados o suficiente pela policia? Principalmente com toda essa zona acontecendo no quartel! A facção inteira acha que o Agust’D é culpado. E você sabe que eu não coloco minha mão no fogo por ninguém daquela ganguezinha... – seu tom era de desprezo.

- Pare de ser hipócrita, Suho. Só estou sentado aqui com você neste momento porque você diz ser um líder honrado. Não que eu ache que a droga da sua palavra valha alguma coisa. Mas se você diz que o Exodus não tem nada a ver com o que está acontecendo...

- E não tem!  Você sabe que o nosso lance é outro, não contrabando de drogas. Se alguém tem culpa, é alguém no meio de vocês mesmo. Quem sabe o A’D devesse conhecer melhor seu próprio pessoal. 

- Tanto faz – Namjoon ignorou o que o homem acabara de falar, não cairia em provocações.  – Agora não se preocupe com aquele merdinha, tenho certeza que o tiro não foi suficiente para matá-lo, e ele não irá prestar queixa.

- Como pode ter certeza disso?

- Se o que ele me disse for verdade, ele não quer ser encontrado no momento. No lugar dele, iria querer distancia da policia. Além disso, você sabe que problemas é o meu sobrenome. Mas eu sempre me livro deles depois. – Assim Namjoon esperava. Se livraria do maior de todos os seus problemas. Problema esse que tinha um nome bem específico e conhecido: Lee Minho. Sim, ele iria matá-lo. Só não sabia como ainda.





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