1. Spirit Fanfics >
  2. Kindness >
  3. Prologue

História Kindness - Prologue


Escrita por: baekbeagle

Notas do Autor


Boa leitura e me desculpe por qualquer erro :3

Capítulo 1 - Prologue


PROLOGUE

 “O famoso restaurante do centro de Seul, foi o alvo do assassino em série que anda aterrorizando todo o país. A vítima dessa vez foi o atendente Jackie Chou, um estrangeiro de 24 anos. A única pista deixada pelo assassino, até então desconhecido, foi uma carta em que ele supostamente elogia a vítima.”

 

Assassino. Por que isso machucava tanto de ouvir? Não era essa a verdade? Eu não era um assassino? Ninguém ao menos se preocupou em ler a carta deixada, não era um pedido de desculpas bom o suficiente?  Eu não fiz aquilo foi ele, ele é o assassino e não eu. Ele é o monstro eu sou apenas seu fantoche. Mas, ninguém nunca acreditaria nisso.

Iriam me achar louco, mal sabiam eles... que eu mesmo já me achava louco o suficiente.

 

“Seu pedido, senhor?”

 

“um café sem açúcar por favor.”

 

Eu gostava de ir em cafeterias, o ambiente calmo e o cheiro tranquilizante de café quentinho faziam eu me sentir em casa. Mas essa cafeteria em particular estava sempre com pouca circulação, e era exatamente por esse motivo que eu adorava ir ali. Eu ainda não sabia se meu medo era das pessoas, ou se elas teriam medo de mim. Tanto faz, eu apenas não gosto de lugares movimentados.

 

Em lugares movimentados era mais difícil de controlar ele, Muitas pessoas consequentemente significaria muitas histórias, muitas memórias e muitos desejos a serem realizados. E ele simplesmente adorava acabar com tudo isso. E eu que teria que me desculpar depois, eu nunca sei qual vai ser sua próxima vítima, então é sempre bom observar todas as pessoas ao meu redor.

 

O atendente; pelo crachá seu nome é Lee SongJong. Aparência jovem e provavelmente não tem mais do que 20 anos, estaria nesse emprego para conseguir bancar a faculdade ou por que quer comprar algum item material. Seu sorriso é infantil e engraçado e um pouco desastrado, pelo cuidado com que prepara o café deve valorizar muito seu trabalho ou apenas agradar ao chefe e aos clientes. Sempre prova o café depois de pronto, deve amar a bebida. Nunca havia visto ele aqui, deve ser um novo funcionário.

 

Observar as pessoas também era um hobbie gostava de saber os detalhes das pessoas que me cercam, mas de alguma forma, eu preferia observar do que falar. Minhas habilidades de comunicação não eram tão boas assim, a qualquer momento posso falar uma tremenda besteira e afastar de vez minhas chances de ser um ser-humano normal. Mas acho que o fato de eu observar as pessoas já não me faz normal.

Admito que é uma mania estranha, mas as vezes eu faço isso até sem perceber.

 

“Aqui está senhor.”

 

“Obrigado SongJong-ah”

 

“Como sabe meu nome?!”

 

Apontei para o seu crachá e ele sorriu envergonhado. Saiu para o rumo da cozinha e pude escutar o barulho das xicaras se quebrando e da alta exclamação que SongJong soltou.

 

Desatento e muito, muito desastrado.

 

 

O barulho que o sino fazia quando abrimos a porta da cafeteria também me atraía, era uma coisa bem antiga mas ao mesmo tempo tão procurada. Saí do local com um sorriso no rosto e uma pequena preocupação, SongJong era um bom garoto e parecia ser um bom amigo, espero que só eu tenha me interessado nele. Não gostaria de ver ele morto, já vi e causei muitas mortes mas a dele definitivamente gostaria de evitar.

 

 

Caminhei em direção ao prédio de classe média em que vivia, não era o melhor lugar do mundo. Mas era o único que entrava no meu orçamento de atendente em um mercado.

Era distante do centro da cidade e não tinha muitos moradores, isso era bom, pelo menos não teria que enfrentar meu inexplicável medo de pessoas.

 

O elevador parava de funcionar com frequência e não havia muito respeito por conta dos porteiros, contando que eles só dormem o dia inteiro e nem abrir a porta que é seu único trabalho faziam direito, era um verdadeiro milagre se eles estivessem acordados quando um morador passasse, e como se não bastasse a porta trava as vezes e temos que ir pela porta dos fundos, e subir cerca de duas escadas até chegar ao corredor onde fica os quartos.

 

E tudo isso estava acontecendo hoje.

 

Suspirei ao ver que ainda havia muitos degraus para subir, resolvi me sentar na escada e esperar alguns minutos na esperança de alguma boa alma viesse me carregar ou que uma porta mágica surgisse e eu aparecesse no meu quarto. Quando percebi que estava sendo ridículo, resolvi continuar a subir as escadas.

 

Maldito prédio sem nenhuma estrutura e planejamento.  

 

Quase chorei ao ver o corredor cheio de quartos. O meu era o último. Ainda teria que andar mais para chegar no meu apartamento.

 

Maldito corredor exageradamente grande.

 

Abri a porta, literalmente corri até a porta de meu quarto. E me joguei na cama, que sinceramente? Não era nenhum um pouco confortável.

 

Maldito salário que não podia pagar um apartamento decente.

 

Escutava o som da quase inexistente movimentação de carros e motos lá fora, era um bairro conhecido por ser perigoso e com traficantes á todo canto, mas a realidade é que não existia nenhum dependente de drogas ou algum cara que vendia elas, só havia uma grande quantidade de estrangeiros nesses bairros menores e afastados da cidade, e como todos nesse continente pareciam ter uma visão generalizada de tudo achavam que por que tinha um número maior de negros no bairro então o crime estava presente.

 

Idiotas...

 

Como o normal, eu não havia dormido bem de noite. O bairro era silencioso, havia tido uma chuva leve e ótima para cair no sono. O problema deve ser eu mesmo, dormir estava cada vez mais difícil, acho que tinha medo de cair no sono e perder de vez a sanidade, tudo que eu menos queria era que aquele monstro tomasse conta de tudo que era bom na minha alma.

Ou eu só tenho insônia mesmo.

 

Vesti a minha típica roupa preta e desci para a recepção do prédio, precisava pagar o Rick, da última vez que atrasei o aluguel ele jogou meu tênis favorito na caçamba de lixo, mas enfim, não quero ver meu converse novo sendo jogado em um lugar imundo.

 

“Veio pagar? Já estava meio atrasado não acha?”

 

“É eu sei, foi mal. Meu salário veio atrasado... de novo”

 

“Olha quer um conselho de gerente de prédio pra morador? Deveria sair daquele trabalho, sei lá, se valoriza cara. Aquele chefe só te humilha”

 

“Quando eu conseguir me estabelecer no centro eu mudo de emprego Rick... não se preocupe vou conseguir um chefe melhor”

 

“Acho bom, não quero ver você em um balcão de um prédio em pedaços lamentando sobre sua vida.”

 

“Lamenta sobre sua vida?”

 

“Estamos falando sobre você, Jongin.”

 

Neguei com a cabeça me despedindo de Rick e caminhando até o centro da cidade, seria difícil achar um emprego com tanta concorrência, que são bem melhores que eu.

Trabalhar como caixa não era tão ruim, o pior mesmo era o meu chefe. JoonJae, era um verdadeiro demônio, sempre com uma carranca que seria hilária se não fosse assustadora.

Talvez Rick estivesse certo e eu devesse achar um emprego melhor pra mim, mas não sei se conseguiria tão fácil assim.

 

“Atrasado de novo Jongin?”

 

“Me desculpe chefe, é que não tem ponto de ônibus no meu...”

 

“É eu sei você já me disse isso, veste logo esse avental e vai ajeitar aquelas prateleiras”

 

O avental cinza foi jogado no meu peito e eu suspirei para não começar uma briga ali mesmo, por mais que JoonJae fosse um ser-humano detestável e nojento ele ainda me pagava, e sem ele eu talvez estivesse jogado pelas ruas de Seul.

 

Coloquei as latas em fileiras milimetricamente arrumadas, até que escutei o som da porta se abrindo e corri para o meu posto atrás do balcão, era um homem, bem baixinho e com uma roupa que parecia de grife.

 

Usa roupas de grife, ainda não sei o que veio fazer em um bairro tão distante do centro, parece ter tido um começo de dia horrível e parece gostas de se manter arrumado pelo sue cabelo colocado em uma franja de lado e pelas mangas de sua blusa social branca serem tão bem dobradas. Não parecia estar bêbado, mas parecia muito cansado, deve ter sido demitido ou algo parecido.

 

“Coloque na minha conta” me surpreendi pelo fato dele ter uma conta, sua voz era arrastada e não parecia feliz por estar ali, carregava um pequeno carrinho com cremes para barbear e muitos pacotes de macarrão instantâneo.

 

“Qual o seu nome senhor?”

 

“Kim Junmyeon” coloquei suas compras em um sacola e o entreguei o comprovante. “e eu não sou um senhor.” Ele pareceu irritado ao dizer e se dirigiu para o saída do mercado.

 

Crise de meia idade?...

 

Sorri com meu pensamento deixando o homem estranho e misterioso de lado, ligando a televisão minúscula. Notícias de mortes, guerras e programas evangélicos.

 

Faça sua escolha Jongin.

 

Prefiro ficar sem assistir televisão.

 

Nada contra evangélicos, mas não sou muito religioso e não gosto de ver noticias de pessoas morrendo.

 

A culpa por ter matado metade delas, já era o suficiente.


Notas Finais


Agradeço a @DonaLannis pela capa e ao Oppa pela criação da sinopse ^^


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...