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História Kiss Me Hard - Second Season - I am a fairy.


Escrita por: priscilamenezes

Capítulo 10 - I am a fairy.


— Sabia o que?

— O que você acabou de dizer, Lauren.

— O que eu disse?

— É sério?

— Quem? – Ele começou a rir e eu não entendia o porquê.  – Eu to com um nariz de palhaço? Não, espera, não, nem brincando.

— Não, não tá. – Ele disse rindo e me soltando. – Consegue ficar em pé? – Cambaleei um pouco pro lado mas ele me segurou.

— É que nem andar de salto alto, vou ficar bem, obrigada. – Eu disse dando um tchau no ar em alguma direção que eu não sei e me virei.

Minha vista estava embaçada mas ficava mais clara aos poucos. Quando eu estava chegando perto da concentração maior de pessoas, escutei um som conhecido. Não pode ser, meu DJ favorito.

— HARDWEEEEELL! – Dei um grito e me apoiei em alguém, começando a rir. – Arthur, coisa linda. Oi Ro. – Eu disse olhando pros dois.

— Você tá bem?

— Sou uma fada. – Sorri pra ele e saí andando pela festa.

Entrei na floresta e abracei uma árvore. Fechei os olhos e comecei a pensar no Cameron.

Oh, shit, aquele garoto não sai da minha mente.

 Me lembrei de quando eu havia aberto a porta do quarto e dado de cara com ele, com aquele sorriso lindo e aquele cabelo bagunçado. Meu coração estava acelerado e ficou mais ainda quando me lembrei do nosso primeiro beijo.

Do nada, eu abri os olhos e fiquei muito eufórica, eu queria sair pulando, correndo, gritando. Minha boca ficou seca e eu me senti muito… Louca.

Corri em direção às pessoas e baguncei meu cabelo, eu não conseguia parar de sorrir e a música se tornou mais alta.

 Avistei o Taylor de longe e corri até ele, ele estava com a Van.

 — Taylor, caralho, Taylor! – Ele me olhou assustado e a Van também.

— O que aconteceu, Lauren? – Ele parecia preocupado mas eu só sabia rir.

— Eu to feliz, feliz, caralho pra feliz!

— Que? – A Van perguntou rindo. – O que você bebeu?

— Refrigerante, o Nash me deu. To feliz, eu quero gritar. – Eu disse rindo e o Taylor segurou meus ombros.

— O Nash te deu refrigerante e você ficou assim, Lauren?

— Foi, acho que tinha pó de Peter Pan dentro porque eu virei uma fada.

— Uma fada?

— Uma fada safada, meu Deus, eu to pensando muita putaria. Eu vou pro inferno?

— Deve ter sido ecstasy. – Taylor disse olhando pra Van e ela assentiu com a cabeça. – Já volto.

Ele me puxou pelo braço devagar, mas eu senti o toque dele com muita precisão, que coisa estranha.

 — Tá me levando pra onde?

— Você não pode ficar solta por aí.

— Você vai me prender? O que eu fiz?

— Cala a boca, Lauren. – Ele disse rindo e finalmente parou de andar. – Cara, o Nash deu bala pra ela e agora ela tá assim.

— Eu tinha desconfiado. – Escutei aquela voz e me virei. Oh, Cameron. Ele fica mais gostoso quando eu to chapada ou é impressão minha?

— Cuida dela. – Taylor disse me “entregando” pro Cameron.

— Eu sou algum tipo de mercadoria, sua passiva? – Gritei pro Taylor e ele riu.

Cameron pegou em minha mão e meu corpo todo arrepiou.

Porra, esse garoto já tem um efeito enorme sobre mim, agora com essa coisa que tinha no meu refrigerante inocente eu sinto tudo com mais intensidade.

 — Cameron, não faz isso comigo.

 — Isso o que, Lauren? Eu só peguei sua mão.

— Justamente… Quando isso vai passar? – Eu disse olhando em seus olhos.

— Não sei, em dependentes leva horas. Foi sua primeira vez?

— Foi com você.

 — Que? – Ele começou a rir e eu me toquei do que ele estava falando.

— Ah, foi, foi.

— Então vai demorar menos tempo, daqui a pouco passa, não acho que o Nash tenha colocado uma bala inteira.

— Bala?

— É como chamam…

— Ah, e por que o Nash colocou? – Ele respirou fundo e olhou pra mim.

 — O Nash tá envolvido com essas coisas e quer que todos se envolvam também, é estupidez.

— É legal.

— O que?

— O efeito, eu to feliz.

— E é?

— Sim, depois de dias sofrendo por causa de você, finalmente eu to feliz.

— Você não precisa sofrer por minha causa, Lauren. – Ele disse me puxando contra seu corpo. Não sei o que eu tinha de errado, mas eu estava sentindo um tesão louco naquele momento, tudo o que eu queria era empurrá-lo contra uma árvore e fazer miséria.

Não, eu não queria beijá-lo, eu queria mais que isso e aquilo estava me assustando.

— Cameron… Quais os efeitos dessa coisa? – Eu disse com o olhar fixo em sua boca. Ele riu e me apertou mais contra si.

— Tá sentindo o que? – Ele disse com um sorriso malicioso e eu olhei em seus olhos.

— Tudo de ruim. – Eu disse rindo.

— Ruim? Depende do ponto de vista, não é?

 — Como você sabe?

— Ah, Lauren, bem vinda ao meu mundo.

— Você já tomou isso?

— Não, mas já vi isso acontecer com o Nash muitas vezes.

— Oh… – Eu disse jogando a cabeça pra trás e sorrindo.

— Já é difícil só de olhar pra você… — Olhei em seus olhos.

— Cam… – Eu disse fechando meus olhos e encostando minha testa na sua.

— Não, Lauren, você tá chapada.

— E daí? Não muda o que eu sinto por você.

— E o que você sente?

— No momento? Um tesão do caralho. — Cameron riu e eu também.

— Quando isso vai passar? Eu to tonta. – Ele me soltou e se sentou encostado numa árvore, me chamando pra sentar do lado dele, mas eu estava muito safada pra isso. Sentei em seu colo com uma perna de cada lado e agarrei seu pescoço. Cameron deu um sorriso e eu olhei pra sua boca.

 — Eu entendo que você esteja se sentindo assim, ecstasy deixa as emoções à flor da pele.

— Uhum. – Eu disse mordendo meu lábio inferior e olhando pra sua boca.

— O que você quer fazer agora, Lauren? – Cameron disse apertando minhas coxas com força.

— Chupar… Uma halls. Você tem halls? Eu quero halls. – Cameron riu tanto que apoiou sua testa em meu ombro. Puxei seu cabelo com certa força e o fiz olhar em meus olhos. – Cameron Dallas.

— Lauren Campbell.

— Quem?

— Você.

— Ah, é, Lauren. – Eu ri mas logo voltei à minha postura séria. – Olha, eu não aguento mais fingir que está tudo bem.

— Nem eu.

— Então por que a gente tem que ser amigo?

— A gente não tem que ser amigo, Lauren.

— E por que você definiu aquelas regras?

— Eu achei que você fosse falar “Não, Cameron, não quero ser só sua amiga, me beija, seu gostoso!”. – Não resisti, comecei a rir e Cameron também.

— Ai, ai, Cam… Tá tudo tão colorido. Isso é legal.

— Só não vira uma drogada, por favor…

— Agora eu entendo por que o povo se droga, isso é bom demais! Eu sinto tudo multiplicado por mil, se você me beijar eu acho que tenho orgasmos múltiplos.

— Será? – Ele disse arqueando uma sobrancelha e eu sorri.

— Com certeza, mas não quero. – Disse me levantando com dificuldade e colocando as mãos na cintura.

— Você me confunde, Lauren.

— Por quê?

— Em um momento você quer me beijar e em outro não quer.

— Cameron!

— Oi? – Coloquei as mãos na cabeça e baguncei meu cabelo. – Essa música. – Comecei a mexer o corpo no ritmo da música e fechei os olhos. Estava tocando “Call me a spaceman – Hardwell” e aquela música me deixa maluca.

Louca não, maluca, desesperada.

— Agora! – Levantei os braços e começou a batida.

Puta merda!

Comecei a pular e a rir, eu não consegui mais pensar em nada, só senti meu corpo caindo no chão e tudo apagando de vez.


Notas Finais




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