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História Kiss Me Hard - Second Season - Love somebody.


Escrita por: priscilamenezes

Capítulo 11 - Love somebody.


CAMERON P.O.V.:

A Lauren se levantou e começou a dançar, eu não entendi muito bem o que ela gritava enquanto dançava mas juro que me esforcei.

Do nada, ela desacelerou e caiu no chão.

Meu Deus, que menina problemática.

Me agachei do seu lado e percebi que, realmente, ela estava desmaiada. Eu não sabia o que fazer, minha mente estava girando de preocupação e a única coisa que eu pensei foi em pegá-la no colo e sair gritando pedindo ajuda. Mas.. Quem me ajudaria?

A música estava muito alta e eu mal conseguia pensar. A peguei no colo e fui andando no meio das pessoas, com o intuito de chegar à trilha e voltar à faculdade. No meio do caminho, senti a Lauren agarrar meu pescoço com força e começar a sussurrar meu nome.

— Cam, eu to bem…

— Lau, sério? Você tá bem?

— To… Só quero descansar.

— A gente já está chegando

— Ok…

Na verdade não estávamos, eu nem sabia praticamente aonde estávamos. Depois de andar muito resolvi parar. Encostei-me em uma árvore e coloquei a Lauren no meu colo, sua cabeça estava apoiada em minhas pernas e ela abriu os olhos.

— Cam…

— Oi, Lauren. – Eu disse segurando sua mão e olhando em seus olhos.

— Aonde a gente está?

— Eu não sei. – Acabei rindo.

— Nos perdemos? Não consigo escutar mais a música, acho que estamos longe.

— Pois é…

— E a trilha?

— Que trilha?

— Eu lembro que eu segui por uma trilha com a Cynthia.

— Ah, essa trilha… Eu também fui por ela, mas quando eu te vi desmaiada eu não pensei em nada disso.

— Eu desmaiei? – Comecei a rir e ela deu um sorriso. – Eu te dou tanto trabalho, Cameron.

— Não vou descordar. – Ela deu uma risada e eu sorri.

Cara, como é bom ver aquele sorriso. Isso pode soar o mais gay possível, mas eu não me imagino sem essa garota, ela tem um poder anormal sobre mim.

Eu não gosto disso, nunca fui assim e não achei que uma simples garota fosse chegar na minha casa e virar a minha vida de cabeça pra baixo.

Era ruim, mas era um “ruim” que me fazia bem.

É, estranho.

— Cam… – Ela disse com seus olhos fixos no céu.

— Oi?

— Sabia que existem mais estrelas no nosso universo do que grãos de areia em todas as praias do mundo? – Dei uma risada abafada e ela sorriu.

— Como você sabe disso?

— Não sei, eu não contei, eu vi em um site.

— É claro que você não contou, Lauren. – Eu ri e ela também. – Você ainda tá brisada?

— Eu não sei, deu uma tristeza do nada.

— Tristeza?

— É… – Ela disse fazendo beicinho e eu passei meu dedo pelo seu lábio inferior. – Cam… Não faz isso.

— Por quê?

— Eu não sabia, mas com essa coisa que me deram, cada toque é multiplicado por mil.

— Mas você não disse que já tinha passado?

— Tá na fase de transição…

— Prefiro você safada do que triste.

— Ai, Cameron. – Ela disse colocando as mãos no rosto, tapando-o. — Como que eu vou pra aula amanhã?

— Amanhã não tem aula, Lauren, você acha que fariam uma festa tendo aula no outro dia?

— Sei lá, universitários são loucos… Por que não tem aula amanhã?

— A Dolores disse que amanhã devemos conhecer a faculdade, andar por ela e tal…

— Dolores… – Ela começou a rir e colocou as mãos em cima da barriga. Sua respiração ficou mais calma e ela olhou nos meus olhos. – Cameron Dallas… – Ela começou a cantar num suspiro. – Is my boyfriend… – Eu comecei a rir mas ela continuou a cantar olhando em meus olhos. – Oh, I adore, him him him him him… – Ela mudou o ritmo pra Adore You, eu comecei a rir e ela também, logo em seguida fechando seus olhos e dando um suspiro longo. – Ai, ai, Cameron…

— O que foi, Lauren? – Ela abriu os olhos e olhou pra mim.

— Você… Sei lá. – Ela deu um sorriso e notei que sua mão procurava algo. – Segura minha mão? Eu não to achando a sua.

Isso vai soar o mais gay possível, mas eu achei aquilo tão… fofo.

Ok, e o prêmio de gay do ano vai para: Cameron Dallas.

A culpa não é minha.

Segurei sua mão e ela fechou os olhos, dando um sorriso fraco.

Senti sua respiração ficar mais calma e com isso eu fiquei mais calmo. Apoiei minha cabeça no tronco da árvore, olhando pro céu e depois de um tempo fechei os olhos.

(…)

Aquela festa tinha tudo pra ser perfeita… E foi.

Pra mim, não teve bebida, não teve música, não teve dança, não foi nada disso que fez com que a festa fosse inesquecível, foi o simples fato de eu estar com ela.

Depois de semanas sem conversar, sem se tocar com tanta frequência, eu pude ficar com a Lauren novamente, e não havia festa melhor que aquilo.

Nem vou falar que isso soou gay novamente porque ficaria repetitivo.

Não posso evitar.

Soou gay.

Enfim… Eu pude recordar o quanto era bom ficar com ela, o quanto ela me fazia bem, e isso renovou o que eu sentia por ela. Não que o que eu sentia tivesse ido embora, mas eu senti como se tudo aquilo ficasse maior. Tudo aquilo o que? Não sei, não consigo explicar o que eu sinto por aquela garota que estava sentada no meu colo com o cabelo em seu rosto, com os raios de sol a incomodando, tanto que ela colocou o braço sobre os olhos.

Não consigo entender como que alguém conseguiu me deixar tão gay desse jeito. Gay no sentido de ficar meloso, isso me deixava com raiva. Eu sempre imaginei um relacionamento diferente… A Lauren não era melosa, ela era, mas não era.

Viu? Não sei explicar, não dá, não tem condições.

Só pode ser história de outras vidas, algo de reencarnações passadas, eu me apaixonei por essa garota em outras vidas e nessa não foi diferente.

Só pode ser… Não é a explicação que pode ser confirmada por fatos científicos mas pode ser pelo meu coração.

Gay.

Ok, um dia eu vou parar de me chamar de gay.

— Cameron? – Ela abriu os olhos com dificuldade, esfregando-os. Um sorriso brotou em seus lábios quando ela me viu e eu sorri automaticamente.

— Bom dia, Lauren…

— Dia?

— É, não sei a hora mas com certeza o sol indica que é dia. – Ela deu uma risada fraca e colocou as mãos sobre o rosto, tapando-o. – Ainda está chapada?

— Hm… – Ela fez uma careta e eu ri.

— Você não se lembra?

— Lembro… Eu acho. – Ela sorriu e se sentou, prendeu seu cabelo em um coque e sentou-se ao meu lado encostada na árvore.

— Tá tudo bem?

— To com dor de cabeça…

— Só?

— Só? Você acha pouco?

— Pra uma ressaca do ecstasy sim. – Eu disse rindo e ela sorriu.

— Eu quero dormir.

— Mais?

— E quero chorar.

— Chorar?

— É. – Quando olhei pra ela seus olhos estavam marejados.

— Por que chorar, Lauren?

— Não sei, bateu uma tristeza. – Coloquei meu braço ao seu redor e a puxei mais pra perto. Ela deitou sua cabeça em meu ombro, desmanchando seu coque e eu sorri.

— Não chora… Eu sei que a depressão é algo normal depois da ecstasy, mas… – Ela levantou a cabeça e olhou seriamente pra mim.

— Eu vou ficar depressiva? Eu não quero ficar depressiva, Cameron. – Ela disse enxugando as lágrimas e eu ri.

— Não vai ficar, relaxa, nem todos ficam, mas se você continuar chorando…

— Não, já parei, parei. – Ela limpou as lágrimas que ficaram acumuladas em seus olhos e deu um sorriso fraco, me fazendo sorrir. – Como que nós paramos aqui?

— Boa pergunta…

— Estamos perdidos, Cameron? – Ela disse rindo.

— Não…

— Cameron!

— Talvez um pouco.

— Ninguém fica um pouco, ou estamos perdidos ou não estamos.

— É, estamos. – Ela começou a rir e eu também.

— Qual é, você fez com que nós nos perdêssemos?

— Não, Lauren, você fez isso! – Ela abriu a boca surpresa e eu ri. – Não, a culpa é minha mesmo, mas não devemos estar tão longe da faculdade.

(Love Somebody — Maroon 5)

— Será? – Ela disse virando o rosto em minha direção e olhando em meus olhos.

— Por mim nós ficaríamos aqui o dia todo. – Eu disse segurando seu queixo e olhando pra sua boca.

— Sério? – Ela disse dando um sorriso sapeca e mordendo seu lábio inferior. Notei que escureceu um pouco e eu olhei pro céu, estava nublado.

— Acho que o tempo não concorda. – Eu disse sorrindo e ela riu. Eu me levantei e a puxei pelo braço com uma certa força que fez com que nossos corpos ficassem colados. As gotas de chuva começaram a cair e foram ficando mais fortes a cada segundo.

Lauren estava sorrindo e com o olhar fixo em meus olhos. Seu cabelo já estava encharcado e eu coloquei uma mecha atrás de sua orelha.

— Ainda acho que poderia ficar aqui o dia todo. – Ela disse sorrindo.

— Por causa da chuva? – Minhas mãos ficaram mais firmes em sua cintura e ela deu um sorriso.

— Claro, Cameron, a chuva… Amo a chuva. – Ela disse fechando os olhos e sentindo as gotas de chuva em contato com o seu rosto.

Agarrei seu cabelo com força e encostei meus lábios em seu pescoço. Lauren soltou uma risada fraca e agarrou meu cabelo, voltando a olhar em meus olhos.

— Não faz isso comigo, Cameron… – Ela disse num suspiro e encostando sua testa na minha.

— O que me impede? – Subi minhas mãos para seu rosto e olhei em seus olhos. – O que me impede, Lauren? Quem me impede? – Eu disse dando um sorriso e ela sorriu.

— Nada… Nem ninguém. —  Senti os lábios da Lauren chocarem-se com os meus e finalmente eu me senti completo. Completo como da primeira vez em que nos beijamos, como da primeira vez em que nos olhamos com sentimento.

Era único, especial, algo indescritível.

Seu beijo era lento e com desejo, mais desejo do que nunca, mais saudade do que nunca, aquilo estava me deixando louco, louco de felicidade e louco pra imprensa-la contra o tronco da árvore e matar a saudade.

De todas as formas.

Minha mão desceu para sua cintura, apertando-a com força e ela mordeu meu lábio inferior na mesma intensidade, me fazendo dar um sorriso safado.

A empurrei não muito levemente contra o tronco da árvore e ela agarrou minhas costas com força, fincando suas unhas nela.

Desci os beijos para o seu pescoço e ela sussurrou em meu ouvido: “Cameron…”.

Parei de beijá-la e olhei em seus olhos que estavam abertos com certa dificuldade. Sua respiração estava ofegante que nem a minha.

— Hm? – Eu falei com certa pressa.

— Não me larga. – Ela disse com um sorriso e eu me lembrei de quando fomos ao telhado pela primeira vez.

— Nunca. – Eu disse e ela sorriu, pareceu ter se lembrado também.

Era ela, ela era a garota que comandava o meu coração, isso pode soar o mais inseguro possível mas eu não sei o que eu faria sem ela, eu não consigo me imaginar sem o seu sorriso, seu o seu toque, sem a sua risada, sem o seu beijo.

Ela é, sem sombra de dúvidas, a garota que veio pra mudar a minha vida.


Notas Finais




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