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História Kiss Me Hard - Second Season - You need to leave.


Escrita por: priscilamenezes

Capítulo 18 - You need to leave.


ARTHUR P.O.V.:

— Tem certeza que vai ficar bem? – Eu disse antes de sair da sala, a Ro ainda tinha que terminar uns deveres.

— Não, não, Arthur, não vá, eu corro muito perigo aqui! – Ela disse fazendo uma cara de choro e depois riu. Eu revirei os olhos rindo e lhe dei um selinho demorado, levando uma advertência do professor e saindo da sala logo em seguida.

Andei pelo corredor com um sorriso besta no rosto, parei pra pensar e percebi que era o sorriso preferido da Ro.

“Você acaba comigo quando sorri mordendo o canto do lábio inferior.”

E eu gostava de acabar com ela, nesse sentido.

Virei o corredor e acabei dando de cara com uma pessoa inesperada.

— Mel? – Falei franzindo o cenho.

— Arthur? – Ela disse sorrindo e eu olhei pro seu sorriso. Porra, que lindo. – Você viu o Jacob por aí?

— Jacob? O que você quer com ele? – Eu não estava com ciúmes, só curioso. Por que eu estaria com ciúmes da Mel? Nunca tivemos nada.

— Ah, conversar, eu já conversei com ele há um tempo.

— Sério? – Arqueei as sobrancelhas.

— Sério, Arthur. – Ela disse sorrindo. – Algum problema com isso?

— Não, não, nenhum. – Sorri bagunçando o cabelo.

— Ah bom… – Ela se aproximou de mim e passou o dedo pela minha blusa, subindo pelo meu peitoral até chegar no meu queixo, ela ficou na ponta dos pés e sorriu. – Achei que estivesse com ciúmes.

— Não, claro que não, Mel. – Eu disse quase gaguejando. Qual é, aquela garota era maravilhosa.

— Ah, que pena. – Ela disse rindo. – Achei que você sentisse só um pouquinho. – Seu dedo subiu para minha boca e a contornou, logo depois eu senti seus lábios tocarem nos meus e então eu não respondi mais por mim.

A puxei pela cintura e ela agarrou meu pescoço com força. Comecei a dar intensidade ao beijo e à medida que eu ficava sem fôlego, fui me tocando do que eu estava fazendo.

Droga.

— Mel, não. – Eu disse me distanciando dela.

— Qual é, Arthur, não tem ninguém aqui no corredor.

— E daí? Eu to com a Ro, você sabe.

— Estão namorando?

— Não, mas…

— Então pra que essa preocupação? – Ela disse se aproximando novamente mas eu me afastei balançando a cabeça negativamente.

— Não, você não entende, eu… Eu não posso fazer isso com ela.

— Já fez, Arthur. – Ela disse revirando os olhos e passando por mim. – Dá próxima vez se contenha. – Me virei e a vi dobrando o corredor. Escutei o sinal tocar e as pessoas foram saindo da sala aos poucos, se misturando com a bagunça que estava rondando minha mente.

SHAWN P.O.V.:

A Vic e eu estávamos ficando em segredo, ela não queria que a Laura soubesse e convenhamos que eu também não. Saíamos da aula e normalmente íamos pra atrás da biblioteca, era aonde nos encontrávamos.

— Ainda bem que você não se atrasou. – Eu disse a encostando levemente na parede.

— Até parece que sou eu que me atraso. – Ela disse arqueando as sobrancelhas e sorrindo.

— Você é uma anã, Vic, pode passar de boa entre as pessoas. – Ela começou a rir e deu uma tapa em meu ombro que eu mal senti. Coloquei uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha e ela abaixou a cabeça sorrindo. – Você ainda fica tímida quando está comigo. – Ela levantou a cabeça sorrindo e fez uma careta que me fez rir.

— E você não fica? Acha que eu não percebo suas bochechas coradas? – Eu sorri com isso e ela levou suas mãos ao meu rosto. A puxei forte pela cintura e acabei tirando-a do chão. Ela riu com isso e agarrou meu pescoço, nossos rostos estavam frente a frente ela acabou sorrindo. – Eu mal acredito.

— Em que? – Eu disse sorrindo.

— Você… Eu…

— Nós. – Olhei em seus olhos e percebi que havia um brilho diferente, um brilho mais bonito do que antes.

— Nós. – Ela disse mordendo o lábio inferior e segurando meu cabelo com força. Selei nossos lábios com urgência, dando início a um beijo que só foi parar quando nossos pulmões falaram mais alto que nosso coração.

Coloquei Vic no chão e ela ficou na ponta dos pés, selando nossos lábios novamente. Sua mão deslizou pelo meu braço e eu apertei sua cintura com certa força. Ela mordeu meu lábio inferior e deu um sorriso no meio do beijo, no mesmo momento que eu dei.

— Então é verdade o que dizem. – Ela disse num suspiro ainda com seus lábios próximos aos meus.

— Hm?

— Não tem coisa melhor do que um sorriso entre o beijo. – Eu sorri com isso e senti suas mãos passeando pelo meu pescoço.

— Acho que tem…

— O que? – Percebi que ela riu e eu rocei meus lábios vagarosamente nos seus.

— Continuar te beijando. – Eu disse sorrindo e ela agarrou meu pescoço com mais força, me beijando novamente e agarrando o meu cabelo cada vez com mais força.

Eu aparento ser um anjo, não?

Só aparento mesmo.

HAYES P.O.V.:

— Certeza que essa escola é boa? – A Bella me perguntou enquanto entrávamos no colégio.

— Não sei, meus pais só me colocaram aqui porque fica no campus da faculdade do Nash.

— Pois é, e os meus por causa da Brenda. – Eu arqueei as sobrancelhas e a Bella riu. – Nós somos irmãs.

— Ah, nossa, não sabia. – Ela deu um sorriso meio sem graça e eu sorri.

Que garota linda.

— Qualquer dia nós invadimos alguma festa deles.

— Meu irmão me mataria.

— E o Jacob me mataria.

— Jacob?

Porra, que porra ela tem com o Jacob, porra?

— É, nós somos amigos e ele tem bastante ciúmes de mim. – Acho que fiquei com uma cara de cu porque ela percebeu. – Calma, Hayes, ele não é nenhum tipo de pedófilo, ele me vê como uma irmã.

— Aham. – Disse forçando um sorriso.

Não tínhamos nada, éramos apenas amigos.

Por enquanto.

TAYLOR P.O.V.:

— Se nós formos suspensos eu te mato. – Van disse enquanto eu a ajudava a subir o muro.

— Cala a boca e sobe. – Eu disse rindo e ela parou de tentar subir, cruzou os braços e arqueou as sobrancelhas. – O que foi?

— Não me manda calar a boca, seu idiota. – Ela disse me empurrando e eu ri.

— Ok, ok, princesa, suba, por favor.

— Princesa o meu pau. – Ela disse revirando os olhos e voltando a subir. Eu não conseguia parar de rir até o momento que ela escorregou e caiu em cima de mim.

— Você quebrou todos os meus ossos, sai de cima de mim.

— Ah, Taylor, vai se foder, eu não vou mais pra canto nenhum. – Ela disse se levantando e andando de volta pra faculdade, mas eu a alcancei e a puxei pelo braço.

— Calma aí, estressadinha. – Ela se virou com raiva e eu ri. – Vamos fazer assim, eu subo primeiro e você se vira, ok?

— Prefiro assim, você só me atrapalha. – Ela disse tentando não rir e eu fui em direção ao muro. Comecei a subir, pegando nos tijolos que sobressaiam e consegui chegar até o topo rapidamente, nem era tão alto.

— Aprendeu? – Eu disse antes de pular pro lado de fora. – Vem logo! – Gritei enquanto pulava e depois de uns longos minutos ela estava sentada no puro.

— Se você não me pegar eu te mato.

— Eu vou te denunciar, Van, você me ameaça de morte umas cinco vezes a cada hora.

— A culpa é sua, você deixa minha vida em perigo.

— Para de reclamar e pula.

— Eu não vou conseguir.

— Você levou quase dez minutos pra subir isso e vai demorar mais dez só pra pular?

— Eu tenho medo de altura, Taylor.

— Van tem medo de algo? – Percebi que ela estava mordendo o lábio inferior e estava apreensiva. Era engraçado vê-la assustada, temendo algo.

— Tenho! Eu não vou conseguir.

— Van, são só alguns metros, você consegue.

— Você me pega? – Eu fiz uma cara maliciosa e ela deixou escapar uma risada. – Você não presta, Taylor.

— Eu te pego sim, sério, relaxa.

— Não dá pra relaxar, eu estou a 50 metros do chão!

— Dá pra ser mais exagerada?

— Olha que dá! – Ela disse arqueando as sobrancelhas.

— Vai logo, Van!

— Ai meu Deus, a diretora!

— Que?

— Me segura! – Ela disse e pulou, caindo em cima de mim, fazendo com que eu caísse deitado no chão. Eu não conseguia parar de rir e quando eu olhei pra ela, seus olhos estavam fechados com força. – Já morri? To no inferno?

— Ainda não. – Eu disse tirando seu cabelo de seu rosto e ela abriu um olho apreensiva.

— Taylor! Você veio comigo pro inferno! Você também morreu? – Ela disse franzindo o cenho e eu ri.

Apenas segurei seu rosto com minhas mãos, e na posição que estávamos, eu deitado no chão e ela toda desajeitada em cima de mim, a beijei e pareceu com o nosso primeiro beijo.

Foi algo do nada, inesperado, e depois de uma euforia.

Cara, como essa garota me deixa louco… Isso não pode ser normal.

Minhas mãos desceram pra sua cintura e ela parou o beijo, se deitando ao meu lado.

— Tá tudo bem?

VAN P.O.V.:

Não pode ser.

Toda vez que eu o beijo é uma coisa estranha que eu sinto, esse garoto tá me tirando do sério, isso não é nada bom. Eu não quero, simplesmente não quero demonstrar nenhum tipo de sentimento, mas ele fode com tudo!

Enquanto eu o beijava, eu me lembrei da Magcon no Brasil e de quando ele me achou naquela multidão, parecia que só nós dois estávamos ali, e ele me beijou, sem se importar com as fotos que tiraram, sem se importar com fãs revoltadas ou algo do tipo, ele simplesmente… me beijou.

Eu não queria me decepcionar, não queria passar pelo o que eu via na tv, na vida de umas colegas e até mesmo na minha família.

Eu não queria me apaixonar.

— Tá tudo bem? – Ele perguntou quando eu me deitei ao seu lado na grama e eu virei minha cabeça, olhando em seus olhos que pareciam preocupados.

— Tarde demais, Taylor. – Eu disse dando um sorriso meio sem graça.

— Tarde demais pra que?

— Pra recuar. – Eu disse mordendo o lábio inferior e ele sorriu, logo depois se levantando. Ele estendeu a mão e eu a segurei, ele me puxou e eu fiquei em pé.

— Não vamos recuar, não teria graça sair do colégio pra depois voltar. – Ele disse rindo e começou a andar, eu fui andando ao seu lado.

Eu bem queria estar falando sobre voltar pro colégio.

Mas não, eu disse que não dava pra recuar em relação aos meus sentimentos, em relação ao que eu estava sentindo.

Mas ok, vamos pular essa parte.

— Pra onde nós vamos? – Perguntei enquanto andávamos.

— É perto daqui.

Andamos um pouco em silêncio e quando percebi, estávamos em um lugar lindo. A grama era  tão verde que meus olhos até arregalaram. Tinha um lago mais na frente, umas crianças brincavam na grama enquanto os pais tomavam conta, mas havia uma parte mais vazia, era aonde tinha uma ponte.

Taylor olhou pra mim e eu estava sorrindo que nem uma boba, aquilo tudo era lindo demais pra mim. Não que fosse pra mim, mas, ah, sei lá.

Chegamos na ponte e o clima estava maravilhoso, um vento calmo batia em meu rosto jogando meu cabelo pra trás, observei que Taylor me olhava sorrindo e fiquei tímida.

É isso mesmo, Van? Você ficou tímida com um garoto?

— É… Então… – Ele parecia estar nervoso, que coisa mais…  – Qual seu maior medo?

— Meu maior medo? – Perguntei sorrindo enquanto apoiava meus braços no corrimão da pequena ponte. – Hm… – Olhei pro céu e depois voltei a olhar em seus olhos que ainda me fitavam ansiosos por uma resposta. – Acho que… Amar.

— Amar? – Ele deu uma risada. – Mas amar é tão bom, Van. – Olhei pra ele semicerrando os olhos e ele riu. – Não que eu saiba, mas é o que dizem…

— É uma faca de dois gumes. Amar pode ser a melhor coisa quando é recíproco e aquilo tem futuro, mas pode ser a pior se você amar errado, amar a pessoa errada, no tempo errado…

— Não tem isso de amar errado, você não escolhe quem ama.

— Escolhe sim.

— Como? Você olha pra uma pessoa e pensa: “Eu vou te amar!” – Ele falou fazendo uma cara de safado e eu acabei rindo.

— Não, mas… Você pode evitar se apaixonar, sabe?

A quem eu estou enganando???

— Não, Van, não sei e não entendo esse seu ponto de vista. Acho que nós não podemos escolher se vamos ou não nos apaixonar, isso simplesmente acontece com o tempo, com os acontecimentos… A vida faz isso acontecer, a gente não pode se privar de algo tão… Raro. Tem noção de quantas pessoas dizem “eu te amo” sem ao menos saber o significado disso? Essa pequena frase ficou tão banal, é como se dissessem “Bom dia”.

Eu estava olhando pra ele que nem uma boba.

— E você ama alguém? – Porra, por que eu perguntei isso?

— Eu… – Ele disse olhando pro lago que estava abaixo de nós. – Eu não sou muito de amar.

Meu coração meio que encolheu ao escutar aquilo.

— Mas ultimamente… – Ele continuou e eu voltei a olhar em seus olhos que fitavam o finito do lago. – Ultimamente eu tenho amado. – Ele piscou o olho pra mim e eu sorri sem jeito. – Eu amo meus amigos. – Ele disse e eu revirei os olhos sem que ele visse.

Por isso que eu não gosto nem de pensar na hipótese de amar alguém, porque eu sei que vou fazer isso sozinha.

— E você? – Ele perguntou olhando pra mim.

— Eu amo… – Pausei e ri. — Eu não sei. – Abaixei a cabeça e escutei Taylor rindo. – O que foi?

— É engraçado como você gosta de mentir pra você mesma. – Ele deu um sorriso debochado e eu fiquei sem entender.

— Eu não estou mentindo, muito menos pra mim mesma.

— Você sabe que está mentindo, Van. – Ele piscou o olho e saiu andando em direção ao gramado. – Você não vem? Ou quer ser suspensa? – Nesse momento eu meio que despertei do transe que estava e fui andando em sua direção.

Quando estávamos quase saindo do gramado, senti a mão de Taylor encostar na minha e meu corpo gelou. Percebi que ele continuou andando sem falar nada e eu encostei minha mão na sua “acidentalmente”. Olhei pra ele no exato momento e percebi um sorriso brotar em seu rosto.

Continuamos andando, um provocando o outro, até o momento em que Taylor entrelaçou seus dedos nos meus e foi como se ocorresse uma explosão de fogos de artifício dentro de mim.

Eu mal conseguia conter o sorriso e mordia o lábio inferior na tentativa de camuflar isso.

Olhei pra Taylor e ele fazia o mesmo. Ele olhou pra mim e eu virei o rosto rapidamente, fazendo com que ele risse. Continuamos o caminho todo em silêncio e trocando sorrisos idiotas, e nossas mãos só se desgrudaram quando eu tive que subir o muro para voltar à faculdade.

LAUREN P.O.V.:

— Tem certeza que a senhora vai ficar bem, vovó?

Eu recebi uma ligação de urgência do asilo da minha avó, ela teve palpitações e aquilo foi fora do normal, os médicos disseram que ela não parava de falar meu nome então eu tive que ir.

— Eu vou ficar bem, Lauren, só preciso que você me faça um favor…

— Claro, vó, qualquer coisa.

Ela pegou a minha mão e colocou um papel dobrado nela, logo depois fechando-a e segurando-a com suas duas mãos.

— Não importa o que aconteça comigo, eu preciso que você faça isso. Você vai para o Brasil, você tem que ir, sozinha.

— O que? Como assim, vovó? Pra que eu vou pro Brasil?

— Pro seu bem. Antes era um perigo mas hoje o perigo está aqui. Eu preciso que você vá pra lá assim quando for necessário.

— E quando vai ser necessário?

— Você saberá. Só me prometa que vai fazer isso.

— Sim, claro, prometo.

— Lauren, não vai ser só uma visita. É melhor ir se desapegando de todos daqui.


Notas Finais




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