História Kiss Me Hard - Second Season - Camp Party - Part 1

No momento em que Nash falou aquilo, senti um frio no estômago e uma sensação estranha tomou conta de mim.

— Então estamos sem uma supervisão essa noite?

— Acho que é isso…

— Nash, você não presta. – Cyn disse sorrindo e Nash soltou um sorriso debochado.

— Nunca disse que prestava. – Ele piscou o olho e se virou, se perdendo no meio da multidão.

— Acho que alguém hoje vai querer se inclinar. – Disse olhando pra Cynthia com as mãos na cintura e ela não conteve a risada.

— Mas ele não precisa se inclinar. – Ela disse parando de rir.

— Eu não to falando só de ficar. – Pisquei e ela arregalou os olhos, me fazendo rir. – Vamos. – A puxei pela mão e desci as escadas que faltavam pra me encontrar com todos.

Meu olhar percorria cada canto mas eu não encontrava o Cameron, quando olhei pra Cynthia, ela estava com um olhar fixo num lugar, ou melhor, em alguém.

— Cyn, vai lá. – Eu disse sorrindo.

— Hã? Que? O que? Tá louca? Claro que não.

— Se fazer de difícil não adianta nada, você só está deixando de se divertir.

— Mas é o Nash, Lauren, ele trata as garotas que nem lixo.

— E quem te disse isso? Mesmo eu tendo ficado com ele, a gente meio que se odiava e ele nunca me tratou feito lixo, a gente só ficou uma vez e pronto, às vezes isso acontece, mas não acho que seja coisa de uma ficada o que vocês têm.

— E o que nós temos? – Ela deu um sorriso debochado.

— Não sei. O que vocês têm, Cyn? – Eu disse arqueando as sobrancelhas e ela riu revirando os olhos.

— Para com isso, Lauren, eu não vou até ele e beijá-lo.

— Você não vai precisar. – Pisquei o olho e me virei, a deixando com um ponto de interrogação na cabeça e o Nash se aproximando cada vez mais.

Esses dois dão trabalho.

Forcei minha vista e avistei o Cameron perto do bar. Cheguei por trás dele e o abracei, ficando levemente as minhas unhas em seu abdômen.

— Lau… – Ele disse num suspiro e se virou, me abraçando.

Quando ele me colocou no chão novamente, olhei em seus olhos sorrindo e ele aproximou seu rosto do meu, me puxando pela cintura e me dando um selinho demorado.

— Eu estava te procurando. – Disse enquanto minhas mãos deslizavam pelos seus abraços.

— Não íamos nos achar nunca se eu não tivesse parado em algum canto.

Eu não sei por que, mas ainda ficava tímida quando Cameron me olhava por muito tempo. Isso era estranho, era fofo e estranho ao mesmo tempo. Sorri quando ele mordeu o lábio inferior e senti minhas bochechas corarem.

— Lauren? – Ele disse segurando meu rosto com as mãos. Eu olhei em seus olhos e dei um sorrisinho. – Você tá corada?

— Não, é o sol. – Disse rindo e ele riu.

— Realmente, o sol das onze da noite é bastante forte.

— Cameron, para! – Ele riu e suas mãos desceram pra minha cintura, me puxando pra mais perto.

— Por que você ainda fica tímida quando está comigo?

— Eu não estou tímida. – Disse dando um sorriso sem jeito.

— Lauren…

— Cameron…

Ele riu e eu o empurrei levemente.

— Ok, vou deixar de ser tímida. – Me apoiei com os braços no balcão e pedi um shot de vodka pro barman.

— Só com uma?

— É só o começo. – Pisquei o olho pra ele e antes de virar o copo, me aproximei e sussurrei em seu ouvido. “Cameron, provavelmente eu fique bêbada ou algo do tipo, mas não fique com receio de se aproveitar de mim, você sabe que eu faria de tudo com você sóbria ou não.”

Ele deu um sorrisinho e eu me afastei dele, virando a vodka em seguida enquanto pedia já outra.

A música a cada momento ficava mais alta e melhor, eu não sabia quem eram os DJs da festa, mas estavam fazendo um ótimo trabalho.

Depois de virar uns seis shots, ofereci um pra Cameron e ele negou com a cabeça.

— Alguém tem que ficar sóbrio.

— Pra que ficar sóbrio, Cameron? Não temos compromisso amanhã nem nada do tipo, o que pode acontecer?

— Lauren, você nunca me viu bêbado… – Ele disse sorrindo.

— E como você fica? – Me aproximei dele com o copo de vodka e colei nossos corpos, deslizando minha mão que estava vaga pelo seu braço.

— Você não vai gostar…

— Nunca vou saber se não ver. – Ergui o copo e ele segurou.

— Eu fico… – Ele disse olhando pro copo.

— Como? – Dei um sorriso malicioso e ele sorriu.

— Mais safado ainda. – Ele disse mordendo o lábio inferior e eu me controlei pra não beijá-lo.

— Então eu vou amar. – Ele sorriu e eu olhei pro copo. Ele virou de uma vez, fazendo uma careta logo em seguida.

— Não me lembrava que era tão ruim. – Eu comecei a rir e o barman encheu o copo mais uma vez, dessa vez dois, me dando um.

— Eu gosto do gosto. – Eu disse segurando o copo enquanto ele virava mais uma vez e fazia outra careta que me fez rir.

— Você é louca. – Ele disse colocando o copo na bancada e eu virei, logo depois lambendo os lábios.

— Delícia.

Cameron sorriu e me agarrou forte pela cintura, selando nossos lábios rapidamente. Uma de suas mãos subiu para o meu pescoço e eu agarrei suas costas com força. Ele mordeu meu lábio inferior com força, logo depois dando um sorriso, logo voltando a me beijar. Seu beijo era lento e delicioso, fazendo com que nós parássemos apenas por falta de ar. Ele depositou um beijo no canto da minha boca e eu escutei um grito fino, quando me virei, era a Van.

— Van? Você tá bêbada? – Cameron me abraçou por trás pela cintura e apoiou seu queixo na minha cabeça.

— Eu preciso estar bêbada pra gritar?

— Sempre fofa.

— To de boa, Lauren, hoje eu só quero curtir.

— E o Taylor?

— O que é que tem o Taylor?

— Ué, eu vi vocês quase se comendo ali no carro.

— Ah, tá, é, então… Pois é. – Ela pegou uma garrafa inteira de vodka e deu um gole longo. Eu arregalei os olhos e escutei Cameron dando uma risada. — Vocês tem… – Ela disse colocando a tampa na garrafa. – Vocês sabem… – Ela falou baixo, o que me fez rir da situação. Cutuquei o Cameron e ele pareceu se tocar, colocando a mão no bolso e tirando um par de camisinhas.

— Pra que duas? – Eu perguntei olhando pra ele. Van pegou as camisinhas da mão de Cameron e agradeceu, logo depois se virando e sumindo do meu campo de vista.

— Sei lá, vai que ela abre uma com a boca e rasga.

— Quem abre camisinha com a boca? É óbvio que pode acabar furando.

— Sei lá, tem gente Lauren por aí.

— O que você quis dizer com isso? – Eu disse dando um tapa no seu ombro.

— Te chamei de burra, pode me bater. – Comecei a rir e segurei seu rosto com minhas mãos.

— Posso até bater, mas não aqui. – Selei nossos lábios vagarosamente e Cameron deslizou suas mãos pelas minhas costas.

 VAN P.O.V.:

— Conseguiu? – Taylor perguntou enquanto eu me aproximava cada vez mais.

— Eu consigo tudo. – Disse piscando o olho e coloquei a camisinha em sua mão.

— Então… – Ele falou de cabeça baixa, parecia estar tímido.

— Tay… – Acho que era a primeira vez que o chamava daquele jeito. – Relaxa. – Ele deu um sorriso e pegou a garrafa de vodka da minha mão, dando um gole.

— Vamos pra onde? – Ele disse me puxando forte pela cintura.

— Pra onde você quiser. – Dei um sorriso debochado e o puxei pela mão até a “casa”. Subimos as escadas e fomos até o meu quarto. Tranquei a porta e o joguei com força na cama, logo depois colocando a garrafa de vodka em cima da cômoda.

(Maroon 5 — One more night)

Taylor olhou sorrindo pra mim e se ajeitou melhor. Caminhei devagar até ele e fiquei por cima dele, mas sem encostar nossos corpos, minhas mãos estavam apoiadas na cama e eu balancei minha cabeça, fazendo com que meu cabelo fosse pro lado. Taylor sorriu e me puxou com força, fazendo com que nossos corpos se colassem numa extrema precisão.

Taylor tirou meu cabelo do rosto e selou nossos lábios vagarosamente, mas foi um beijo que começou lento e foi ganhando velocidade. Ele se sentou e eu continuei no seu colo. Agarrei seu pescoço com força e ele deslizou suas mãos pelo meu corpo, apertando minhas coxas com tanta força que me fez soltar um gemido abafado.

Eu gosto de dor.

E o pior é que ele sabe.

Tirei a blusa de Taylor rapidamente e voltei a beijá-lo. Suas mãos foram ágeis e praticamente arrancaram o meu vestido do corpo, me deixando apenas com as roupas de baixo.

Taylor parou de me beijar e fitou o meu corpo enquanto mordia o lábio inferior. Dei uma risada e o joguei na cama, ficando sentada em seu colo. Ele levou suas mãos até meu sutiã, aonde teve dificuldade pra tirar e eu ri.

— Tá tão apressado assim? – Eu disse descendo uma alça do meu sutiã e logo depois a outra. Taylor deu um sorriso malicioso e me jogou na cama, ficando por cima de mim. Senti seus lábios percorrerem meu pescoço e ele tirou meu sutiã, logo depois deslizando seus lábios úmidos por ali.

Eu o joguei pro lado e comecei a desabotoar sua calça, tirando-a em seguida. Peguei a camisinha no bolso e coloquei corretamente. Fique por cima e ele segurou forte em minha cintura. Mordi o lábio inferior com força e olhei nos olhos de Taylor, ele parecia apreensivo e ao mesmo tempo ansioso. Não que ele fosse virgem, o que eu duvido, mas ele parecia apreensivo por ser comigo, eu não sei, mas eu estava apreensiva por ser com ele.

Senti finalmente o que eu estava querendo sentir e fechei os olhos, mordendo o lábio com força na tentativa de abafar qualquer gemido que ousasse sair.

Taylor começou a acelerar e eu então deitei meu corpo sobre o seu, agarrando seu cabelo com força. Depois de um tempo alternando movimentos e posições, senti meu corpo todo enrijecer e depois relaxar em cima do de Taylor, que fez o mesmo.

— Wow. – Ele disse num suspiro longo. Levantei minha cabeça e nossos olhares se encontraram. Subi um pouco e selei nossos lábios vagarosamente, logo depois descansando minha cabeça em seu peito.

(parem a música)

ROBERTA P.O.V.:

Eu ainda não tinha visto o Arthur, esbarrei em várias pessoas menos num loiro com piercing na boca.

— Opa, desculpa. – Falei ao esbarrar com uma garota praticamente da minha altura.

— Olha só quem está aqui. – Ela disse me olhando dos pés à cabeça.

— Desculpa, mas eu te conheço? – Disse arqueando uma sobrancelha. Ela deu um sorrisinho e cruzou os braços.

— Cuida bem do Arthur, tá? Não acho saudável ele sair beijando outras garotas, vulgo eu, Mel linda, enquanto está com você. Acorda, Roberta. – Ela disse dando uma risadinha e eu fiquei parada sem reação.

Quem é aquela garota?

— Ei, te achei. – Arthur disse me abraçando mas logo depois me soltando quando percebeu que eu não retribuí. – O que foi?

— Quem é Mel, Arthur?

— O que?

— Não se faz de bobo. Quem é Mel?

— Ah, Ro, é só uma amiga de infância.

— Só uma amiga de infância? Mesmo?

— Mesmo… – Ele disse sem olhar nos meus olhos.

— Olha pra mim, Arthur. – Ele olhou mordendo o canto do lábio inferior e então eu percebi que o que ela tinha falado era verdade. Soltei uma risada e olhei pros lados. – Então é verdade. – Voltei a olhar em seus olhos. – Eu sei que não somos namorados e nem nada dessas coisas fixas, mas eu achei que tivesse algum futuro isso daqui.

— Isso daqui o que? – Sua voz parecia não querer sair.

— Isso daqui que acabou de acabar.