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História Kyle, o Sombrio Guardião da Luz - Parte II - Noxus - A Determinação de Katarina


Escrita por: AshenOne

Notas do Autor


Katarina precisa buscar respostas, e isso a levará a lidar com coisas das quais mais odeia. O que a aguarda?

Capítulo 6 - A Determinação de Katarina


Fanfic / Fanfiction Kyle, o Sombrio Guardião da Luz - Parte II - Noxus - A Determinação de Katarina

Katarina, armada até os dentes com suas inúmeras adagas menores e sua fiel dupla de lâminas curtas e retorcidas, saiu dos muros de Noxus e dirigiu-se para o Sul, a caminho da Grande Barreira. Ao caminhar durante uma hora sob um céu nublado e com numerosos abutres sobrevoando-a, denunciando sua posição, e alcançando os primeiros cataclismos causados por quedas de pedras das altíssimas montanhas que formavam a Grande Barreira, Katarina embrenhou-se pelo terreno pedregoso até chegar a uma caverna. Ao sentir o cheiro de enxofre com uma mistura de ervas, Katarina identificou que ali era o esconderijo do errante mago Ryze, que havia se estabelecido naquela caverna desde que passou a ter contatos diretos com Noxus. Ela adentrou a caverna onde o mago estava e notou que ele adormecia. Á sua volta, Katarina via a cama do mago, vários tomos jogados pela caverna, que era incrivelmente seca talvez por causa de magia, pequenos fornos de pedra para o preparo de poções e pedras diferenciadas que pareciam que haviam sido trazidas de outros lugares, o que chamou a atenção de Katarina.

A assassina noxiana notou que algumas pedras possuíam runas escritas pelo próprio Ryze, outras eram pedras comuns, outras eram simplesmente gelo verdadeiro e houve até uma que desmanchou-se em sedimentos nas mãos de Katarina.

“Ryze estudando pedras... Essa é nova. Preciso acordar esse louco.”, sussurrou Katarina, organizando seus pensamentos.

Ao se aproximar lentamente da cama do mago, Ryze abriu os olhos subitamente e saltou da cama. Ao fazer alguns sinais com os dedos da mão direita, Katarina interveio.

“Espera! Espera! Não estou aqui para feri-lo! Não quero lutar contra você!”, gritava Katarina, largando suas lâminas curtas e os cintos com as pequenas adagas.

Interrompendo suas ações, Ryze abaixou as mãos.

“O que quer aqui?! O que você pensa que está fazendo aqui? Espera. Como ao menos sabe que vivo aqui?!”, perguntou Ryze, visivelmente nervoso.

“Quero conversar. Eu aprendi a ler o padrão de saída de seus portais e eles sempre o levam para perto da Grande Barreira.”, disse Katarina.

“Mentirosa.”, exclamou Ryze, preparando uma nova magia contra Katarina.

“Tá bem! Tá bem! Tá bem! Eu o segui quando veio a Noxus para reparar um artefato do Vazio no estabelecimento de Morgana. Achei que seria útil saber onde encontra-lo caso precisasse de você.”, desabafou Katarina, muito tensa.

“E o que você precisa de mim?”, perguntou Ryze.

“Sei o que fez em sua última visita a Noxus, sei que visitou a Rosa Negra e também sei quem você trouxe junto. Quero que me ajude com uma coisa.”, disse Katarina.

“Como sabe sobre o garoto? LeBlanc disse que cuidaria bem dele.”, disse Ryze, incrédulo e desanimado.

“Ela deve ter mentido para você então, ele caiu nas garras de Swain e quase foi morto por aquele maníaco.”, disse Katarina.

“Isso não pode ser possível. Eu não queria o mal do garoto.”, disse Ryze.

“Acredito em você, mas não acredito nas pessoas com quem faz negócios. Kyle fugiu de Swain, mas seria pego por Darius se eu não intervisse.”, disse Katarina, ficando mais relaxada conforme percebia que estava fazendo Ryze cair em si.

“Não... Eu conheço LeBlanc e tenho certeza que em algum momento algo aconteceu de inesperado para que as coisas saíssem do controle dela. Ela prometeu que cuidaria do rapaz... Enfim, o que quer de mim?”, perguntou Ryze, espichando seu fino queixo e retomando seu costumeiro semblante ranzinza.

“Quero saber por que o trouxe a Noxus. Eu não me importo que tipo de relações você mantém com a Rosa Negra, mas se nessa história tem alguma informação que me ajude a derrubar Swain, eu irei até o fim por ela.”, afirmou Katarina, soprando seriamente uma pequena franja de seus cabelos vermelhos que escorria sobre seu olho direito.

“Não estou interessado nas intrigas de uma cidade-estado que se sustenta sobre intrigas de famílias de renome e mentes militares, o que eu fiz foi feito para meu próprio ganho e interesse. Não há nada que você precise saber sobre tudo isso.”, respondeu Ryze.

Katarina estava começando a perder a paciência com o intransigente Mago Rúnico, mas não a compostura. A assassina então mudou o assunto.

“Vejo que despertou em você um exótico interesse por pedras. Algum tipo novo de magia?”, perguntou Katarina.

Ryze olhou por cima de seu ombro direito e viu as pedras que estudava espalhadas sobre o chão da caverna, ele inspirou e expirou fundo e virou seu rosto de volta para a ruiva noxiana.

“O fato de você chamar isso de ‘nova magia’ mostra sua ignorância perante tal assunto.”, disse Ryze, cruzando os braços, tentando aparentar superioridade.

“Conheço litomancia, Ryze. Uma prática de magia que ninguém mais desenvolve ou treina há anos, porém extremamente interessante, controlar as pedras deve ser algo surpreendente. Infelizmente não sobrou mais ninguém hoje em dia com aptidões arcanas para se intitular litomante.”, disse Katarina.

Ryze surpreendeu-se com o conhecimento apurado de Katarina e chegou á conclusão de que subestimar a Lâmina Sinistra era um erro que não deveria ser cometido novamente.

“Como sabe de tais coisas? Não são muitos os tomos ou livros que citam a litomancia como prática de magia.”, perguntou Ryze, curioso e instigado.

“Ao contrário de você, eu respondo ás suas perguntas. Durante a invasão noxiana á Ionia, da qual fui veementemente contra, militares noxianos recrutaram e escravizaram magos que possuíam tais habilidades. Suas ações tornaram possível a infiltração de legiões de soldados em regiões montanhosas que seriam inacessíveis para regimentos de batalha fortemente armados. Ao longo da guerra, porém, tais magos começavam a tentar a sorte com a deserção e outros simplesmente se recusavam a seguir ordens...”, dizia Katarina, abaixando a cabeça e permitindo que seus cabelos ruivos cobrissem seu visível constrangimento.

“Devo supor que todos eles foram mortos, né.”, disse Ryze.

“Está correto. Boram Darkwill era um imbecil e suas ilusões de uma Noxus gigante e militarmente imbatível fez de nós a ovelha negra de toda Valoran. Amo o lugar onde nasci e morreria por ele, mas daria meu sangue e trairia até mesmo meus princípios para saber onde meu pai está e quem foi o responsável pelo desaparecimento do único homem que seria capaz de liderar Noxus.”, declarou Katarina, recompondo-se.

“Está dizendo então que é leal a sua cidade natal, mas não é leal a seu líder?”, perguntou Ryze.

Katarina aproximou-se de Ryze como um raio e, com seus lábios a centímetros de distância do rosto do mago, que ficara sem reação alguma, disse.

“Nunca questione minha lealdade. Você jamais saberá o que eu aguento por ela.”, respondeu Katarina, afastando-se lentamente de Ryze.

Intimidado pela determinação da assassina, o mago afastou-se dela e adentrou ainda mais a caverna, pegou um empoeirado tomo que estava no meio de uma grande pilha de outros tomos velhos, folheou algumas páginas e pediu que a assassina se aproximasse. Com a classe de uma Du Couteau, Katarina graciosamente aproximou-se do mago, que mostrou a página do livro que estava folheando.

“O que é isso?”, perguntou Katarina.

“O motivo pelo qual levei o garoto á Noxus. Necromancia mental.”, disse Ryze, sentando-se confortavelmente em sua cama.

“Isso explica a marca negra na cabeça do rapaz. Aqui diz que é um tipo de magia extremamente danosa e poderosa. Por que precisou vir até aqui para ter certeza disso?”, perguntou Katarina.

“LeBlanc tem conhecimentos em necromancia e ilusionismo dos quais eu nem sequer sonho em possuir. Pensei que ela poderia ser de grande ajuda, e ela o foi.”, disse Ryze.

“Ela anulou a necromancia?”, perguntou Katarina.

Ryze precisava tomar uma decisão naquele momento. Katarina estava cavando na direção certa para saber sobre o problema com o qual ele e Kassadin estavam lidando e que ambos tentavam manter em segredo. O Mago Rúnico precisava decidir se confiaria em Katarina ou se a afastaria de vez. Consultando seus pensamentos em alguns milissegundos e motivado pela inabalável determinação da bela ruiva noxiana, Ryze decidiu confiar nela.

“Nós tentamos. Entramos na mente de Kyle para entender a origem da necromancia e descobrimos que ela está ligada a um ser das trevas que executou toda a família do garoto a sangue frio.”, disse Ryze.

“Suponho que isso é algo que você deseja que eu mantenha em segredo.”, disse Katarina, levantando os olhos sobre o tomo que segurava e fitando o mago de pele azulada.

“Se acredita em retribuição em uma relação ligada pelos tênues e instáveis fios da confiança, então sua suposição está correta. Minha busca não está centrada no garoto, mas nesse ser das trevas. Ele pode ser uma ameaça se ele realmente existe. Nunca vi alguém capaz de bagunçar uma mente tão determinada como a de Kyle e maculá-lo tão profundamente com uma maldição de sangue, uma maldição que o liga á escuridão.”, disse Ryze.

“Tem minha palavra de que sua confiança em mim será uma via de mão dupla, ermitão.”, disse Katarina.

Conforme lia as páginas relativas á necromancia mental de Kyle, Katarina sentia horror pela dor que fora causada ao garoto. Enquanto isso, Ryze teve uma ideia.

“Ryze, se vocês entraram na mente do garoto e não desfizeram a necromancia, então como saíram dela intactos?”, perguntou Katarina.

“Esse é o motivo pelo qual estou estudando litomancia. A mente de Kyle tem como válvula de escape a visão de uma litomante deslizando sobre as pedras em um deserto e emitindo uma melodia que trazia paz á mente do garoto e nos permitiu sair ilesos desse pesadelo. Mas acho que você pode me ajudar com isso.”, disse Ryze.

“Quer que eu encontre essa litomante?”, perguntou Katarina.

“Faz oito anos desde que a guerra entre Noxus e Ionia se encerrou. Deve haver algum registro dos litomantes que foram escravizados pelos militares noxianos e submetidos ás suas ordens durante a guerra.”, perguntou Ryze.

“Se esses registros existem, não faço ideia de onde poderia encontra-los. Muito do que pertencia á época de Boram Darkwill foi queimado junto com seu corpo em seu funeral, assim como a cabeça do filho dele, Keiran Darkwill.”, disse Katarina.

“Acha que teria alguma chance de encontra-los?”, perguntou Ryze.

“Esse é o tipo de coisa que seria mais fácil de encontrar nos grandes salões de arquivos do Grande Conselho Ioniano do que nos registros de Noxus. Os crimes de guerra dos noxianos, como as mortes dos litomantes, é um assunto que os ionianos remoem até hoje em suas numerosas reuniões sem sentido.”, afirmou Katarina, desanimada por não poder ajudar Ryze.

“Então já sei qual é o meu próximo destino.”, afirmou Ryze.

“Ryze. Antes de ir. Não acredito que você esteja fazendo tudo isso sozinho, e se você teve que arriscar o pescoço indo até a Rosa Negra por causa desse garoto é porque a situação é séria. O que está realmente acontecendo?”, perguntou Katarina, com um semblante impressionantemente persuasivo e, ao mesmo tempo, preocupado.

“Por enquanto, tudo o que precisa saber é que esse garoto não pode cair nas mãos de qualquer governante ou feiticeiro. Leve ele a Piltover, era para onde ele estava indo antes de eu causar um desvio no caminho dele. Lá ele estará mais seguro e longe de conflitos que poderiam piorar a situação. Prometa que vai cuidar desse garoto, ele ainda é uma incógnita para nós.”, disse Ryze.

“Ugh, que seja. Vou dar um jeito de manda-lo para Piltover, mas não posso prometer que o manterei seguro, até porque você sabe como é Noxus.”, disse Katarina, insatisfeita com a resposta de Ryze.

“Sei sim. Enfim, preciso ir, assim como você também deve voltar á Noxus.”, disse Ryze, com um tom impaciente.

“Ué... Por que você não simplesmente vai? Pelo que eu saiba você está pouco se fodendo para o que vai acontecer comigo no processo.”, disse Katarina.

As pálpebras de Katarina se cerraram e olhos verdes penetrantes da assassina ruiva viam claramente através das expressões faciais do Mago Rúnico. Ryze esperava por algo ou alguém, mas não estava disposto a incluir Katarina em seus planos.

“Que droga.”, desabafou Ryze, incapaz de enganar Katarina.

“Se quer que eu vá embora, apenas diga... Espere, você vai se encontrar com LeBlanc!”, exclamou Katarina.

“E é por isso que deve partir.”, disse Ryze, franzindo sua careca.

“Merda, Ryze. LeBlanc fez ao garoto exatamente aquilo que você queria que não acontecesse. Kyle estaria virando comida de corvo se ele não tivesse conseguido escapar por conta própria de Swain. Por que você ainda confia nela?”, disse Katarina.

“É exatamente o que eu quero entender, mas seus argumentos são fortes. Permitirei que fique, mas fora da visão de LeBlanc. Se ela a ver, não sei como ela vai reagir.”, disse Ryze, aliviando sua expressão.

“Abre o portal pra ela, sua caverna tem uma câmara oca. Posso me esconder nela.”, disse Katarina, dirigindo-se ao fundo da caverna.

“Como sabia? Enfim, não importa. Vou chama-la.”, disse Ryze, fazendo alguns sinais com a mão direita e apontando para uma das paredes da caverna, porém, Katarina puxou Ryze pelo braço esquerdo e o ameaçou.

“Uma coisa. Se você me entregar, eu saio da câmara e encho vocês de adagas até que eu não tenha mais nenhuma comigo.”, disse Katarina.

“O dia que eu tiver que matar um Du Couteau será o dia em que eu declararei guerra contra Noxus.”, respondeu Ryze, sinalizando para que Katarina se escondesse.

A assassina escondeu-se numa pequena passagem entre as paredes da caverna que era pouco perceptível. Ryze completou sua magia e conjurou um portal, após alguns segundos, LeBlanc havia surgido dele, com a mesma classe de outrora.

“Ah... Não me canso de reclamar desse seu buraco.”, disse LeBlanc.

“Sem papo furado. O que raios aconteceu com Kyle?”, perguntou Ryze, visivelmente nervoso.

“Aconteceu com Kyle? Do que está falando? Disse que eu cuidaria dele e é o que estou fazendo.”, disse LeBlanc.

“Pare de mentir pra mim.”, disse Ryze.

“Digo o mesmo de você. Como sabe o que aconteceu ao garoto?! Andou tendo contatos com os Du Couteau recentemente?”, perguntou LeBlanc, consternada.

“Isso não importa. Você o entregou a Swain?! Ficou louca?! Aquele corvo miserável poderia...”, resmungava Ryze, sendo interrompido pela Falsa.

“Kyle me fez perder o controle da situação! Consegue ver essa horrorosa mancha roxa na minha testa? Kyle me arremessou aquele escudo terrivelmente pesado e gelado na minha cabeça pra tentar fugir antes de se ser preso e levado á Swain. Eu o queria tirar de lá, mas aquele moleque ingrato achou que eu iria entrega-lo.”, respondeu LeBlanc.

“O garoto tentou fazer o mesmo comigo quando o encontrei saindo de Freljord. Não esperava que ele reagisse assim depois de tentarmos ajuda-lo.”, disse Ryze.

“Enfim, que se dane. Com quem teve contato? Katarina? Talon? Fale logo, Ryze!”, gritava LeBlanc.

Cansada dos surtos de LeBlanc, Katarina saiu da câmara onde estava escondida e surgiu na caverna, surpreendendo a dupla de feiticeiros.

“Estou aqui, Rosa Negra.”, disse Katarina, com lâminas em punho e um sorriso típico de um assassino impiedoso.

“Ah, que ótimo! Trouxe ela aqui pra me matar?”, perguntou LeBlanc.

“Fique quieta, sua fresca. Não vim aqui te matar, apesar de estar com vontade de fazer você parecer mais com a idade que você realmente tem com uns cortes aqui e uma perda de sangue ali...”, comentou Katarina.

“Já chega! Vocês duas! Achei interessante que Katarina ficasse aqui até porque ela acolheu Kyle quando ele não tinha mais para onde ir, e todos estão de acordo quando digo que não podemos permitir que ele caia nas mãos erradas.”, disse Ryze.

“Não ficarei no mesmo recinto que essa vadia. Sei muito bem que deseja destronar Swain.”, resmungou LeBlanc.

“Que se exploda aquele corvo miserável, o que está em jogo aqui é o destino do garoto.”, disse Katarina.

LeBlanc percebeu que estava perdendo a compostura e que Katarina tinha argumentos razoáveis para que a conversa tomasse um rumo mais amigável. A feiticeira então viu que precisava honrar seu compromisso feito a Ryze de ajudar Kyle e cedeu á assassina.

“Até onde sabemos, ele foi morto por suas mãos, assassina... O que planeja?”, perguntou LeBlanc.

“Primeiro, quero que uma coisa fique clara. A maldição em Kyle é produto de algum ser muito poderoso e que precisa ser combatido, e quando esse dia chegar, todos nos comprometeremos a derrotar tal ameaça.”, disse Katarina.

Ryze, inspirado pelas palavras de Katarina, resolveu abrir o jogo e suspirou.

“Até saber exatamente com o que estamos lidando, teremos um longo caminho pela frente. Tenho caminhado por toda Runeterra seguindo os rastros do que indica ser um homem que surgiu neste plano misteriosamente e que foi capaz de subjugar o Vazio.”, disse Ryze.

“Impossível. Não existe humano algum que possua suficiente resiliência mental para ao menos não ficar louco com um mero vislumbre do Vazio.”, exclamou LeBlanc.

“Mas é a verdade, e ter encontrado essa ligação dele com Kyle é uma passo importante para o que procuramos. O que nos atrapalha é o fato do garoto não se lembrar de nada. Não conhecemos sua árvore genealógica, sua adolescência e nem sequer sabemos de onde ele veio.”, disse Ryze.

“Mas você comentou algo sobre ele estar indo para Piltover, talvez ele venha de lá.”, sugeriu Katarina.

“Difícil afirmar, mas acho que lá ele tem mais chances de encontrar algo do que em Noxus. O pouco que conversei com ele me provou que ele é estudioso e conhece bastante sobre Runeterra, ele foi até capaz de identificar magia espinhosa!”, exclamou Ryze.

“Tá bem, tá bem. Mas Swain acredita que o garoto está morto, se o virem vivo nesta cidade ou em qualquer outro lugar de Runeterra você será enforcada por traição, Katarina.”, alertou LeBlanc.

“Estou ciente disso. Tenho um plano para tirá-lo da cidade, mas não confio em você.”, respondeu a assassina.

“Tem a minha palavra de que não será traída.”, disse LeBlanc.

“Sua palavra pra mim vale tanto quanto merda de gato.”, respondeu Katarina, franzindo a testa.

“Katarina, confie em LeBlanc. Ela manterá sua promessa, tenho certeza.”, disse Ryze, olhando de forma séria para a feiticeira.

“Ugh, que seja então... Vou tirar Kyle de Noxus ao anoitecer, ele está na minha casa.”, disse Katarina.

“Então não há tempo a perder, o pôr do sol se aproxima. Onde está sua montaria?”, perguntou LeBlanc.

“Vim até aqui a pé, Ryze saberia de minha chegada se estivesse a cavalo. Esperava que você conjurasse algum tipo de portal para que saíssemos daqui.”, comentou Katarina.

“Moças, muito bom conversar, mas preciso partir. Vou para Ionia, preciso encontrar algum rastro da litomante de Kyle.”, disse Ryze.

“Boa sorte, Ryze. Mande notícias!”, despediu-se LeBlanc, sorrindo.

Katarina limitou-se a acenar e viu o Mago Rúnico partir em um portal criado por ele mesmo. Antes que LeBlanc erguesse seu cetro para criar um portal de volta para Noxus, Katarina não deixou passar a oportunidade de implicar com a feiticeira.

“Seu surto com o careca... Aquilo tudo foi ciúme?”, perguntou Katarina.

“Querida assassina... O mundo é muito diferente para aqueles que não conseguem ver além do que é colocado diante de seus olhos.”, respondeu LeBlanc, desfazendo o sorriso debochado de Katarina e encerrando a conjuração do portal.

“E o que não estou conseguindo ver?”, perguntou Katarina.

“Isso eu não sei, mas se conseguisse ver, seu pai ainda não estaria desaparecido. Vamos?”, disse LeBlanc, chamando Katarina para o portal.

Perplexa, Katarina não conseguia entender as charadas da Falsa, mas sabia que havia entrado em um caminho sem volta ao revelar seus planos á feiticeira. Em silêncio e com seus pensamentos distantes, Katarina entrou no portal junto de LeBlanc sem saber ao certo o que encontraria no outro lado. Para sua surpresa, elas haviam surgido dentro da residência dos Du Couteau, mas algo estava errado.


Notas Finais


Descubra no próximo capítulo o que aconteceu na mansão dos Du Couteau na ausência de Katarina. Semana que vem eu postarei!

Próximo Capítulo: Assuntos Inacabados


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