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História Laços Inquebráveis - Verdade exposta


Escrita por: lucyschan

Notas do Autor


Gente, me perdoem, eu demoreeeiiiiiiiiiiiii muitoooo né?

Simplesmente a história não fluía mais na mente, e senhor, eu estava muito triste com isso, mas são as más fases dos escritores heuhuehe

Sem mais delongas, um novo capítulo

beijos ;*

Capítulo 7 - Verdade exposta


 

Ela tremia com os dedos sobre a mesa, mal conseguia encarar Gaara e Kankuro.

 

- Por que? - ela disse trêmula.

 

- O que eu disse?! - Kankuro olhou o abalo que atingiu a rosada.

 

- Ele fez isso para protegê-la - Gaara falou firme.

 

- Você sabia? - Ele baixou a cabeça - Todo mundo sabia? Menos eu?!

 

- Acalme-se por favor - o ruivo pediu - Ele só queria mantê-la a salvo.

 

- Ele não... - As lágrimas desciam pelo rosto sem hesitar, ela levou a mão aos cabelos entrelaçando os dedos nos fios, descrente do que estava a ouvir, Sasuke estava vivo e preferiu que ela não soubesse. O luto, a tristeza, o sofrimento de seu filho, sua cabeça girava, talvez ela nunca fosse aprender. Sasuke era egoísta demais.

 

- Sakura - Gaara a chamou - Ele se preocupa com o bem estar seu e do bebê. Há muita coisa acontecendo lá fora e poderiam...

 

- Aquele maldito sabe do bebê?! - Ela grunhiu furiosa - Ele abandonou nossa família, por puro egoísmo! Eu não acredito nisso...Eu... Ele... Nosso filho... Ele não se importou em ficar conosco, meu peito dói.

 

Ela estava sem chão, pois o homem que ela amou a vida inteira desde criança, havia lhe abandonado de novo. E mesmo que ela dissesse a ele eu te amo, seu coração nunca pertenceria a ela, pois seria sempre assim, sua família nunca poderia ser completa com ele. Abandonaria seu filho e nunca lhe daria um motivo, parecia que ele preferia permanecer “morto” para Sakura de forma que ela deveria continuar sua vida sem ele. Era inevitável não estar sentindo seu coração palpitar rápido enchendo-se de rancor por aquele que ela tanto amou. Trincava os dentes e rangia, em conjunto com seu coração disparado e as lágrimas intermitentes, a orquestra do desespero que havia se instaurado. Mas ela sabia de algo, que não importava o motivo, ela nunca deixaria Sasuke encostar um dedo em seu filho, ela pagaria caro por esquecer dele, mas com aquela criança, ela seria mais forte, e teria o mínimo de amor próprio e o criaria sozinha, se era isso que Sasuke queria.

 

E como Naruto havia falado ao Kage, Sakura destrambelhou na frente deles e saiu correndo muito rápido.

 

- Satisfeito? - Ele olhou para o Kankuro.

 

- Como eu imaginaria que o Uchiha abandonaria a própria família?

 

- Vamos logo atrás dela...

 

Sakura corria rápido com os olhos marejados e a vista embaçada, sabia que estava um pouco além dos portões da aldeia, mas só iria parar quando achasse um local vazio para expor a raiva que seu coração estava sentindo. Se aquilo ela achava que era amor, se enganou fielmente. Esperando por ele, que preferiu esquecer a existência da família. Ela parou num desfiladeiro e soltou um urro preso na sua garganta.

 

- Eu te odeio! Por tudo que existe nesse mundo, eu te odeio!

 

Seu coração disparado a fazia irradiar chackra em seu corpo, e ela liberou tudo que podia com um soco fazendo a montanha se quebrar e tornar-se quase pó. Mas aquele gesto chamou a atenção de alguns seguidores do culto de Kaguya. Precisamente shinobis da Névoa. Após Sakura soltar sua tristeza presa, ela desmaiou cansada e sem chackra.

 

- Você sentiu isso? - Kankuro olhou para o irmão apavorado.

 

- Sim - ele disse firme - Não tenho um bom pressentimento.

 

Ela abriu fraco os olhos, um pouco mais aliviada, mas encontrou acima de seu olhar, dois ninjas que julgou serem da Névoa pelas bandanas. Aliados provavelmente, já que ela conhecia a união das nações.

 

- O cabelo rosa não nega, é ela - O mais alto, lembrava Kisame, da Akatsuki, pela aparência demoníaca e a pele que lembrava um tubarão.

 

- A esposa do Uchiha - A voz enjoada do outro a assustou.

 

- Senhorita, não deveria estar por aí desacompanhada, onde está seu marido?

 

- Eu não tenho marido nenhum! - Ela esbravejou fraca, tentando se por de pé.

 

- Nos enganamos irmão?

 

- Olha a barriguinha - o outro provocou - A vingança é um prato que se come frio.

 

- N-não! Meu filho não tem nada a ver com isso!

 

- O senhor Uchiha tem matado muitos shinobis, sabia?

 

- Eu não sei de nada! - Ela grunhiu irritada. Ela saira tão rápido quando soube da notícia que esqueceu completamente do que Kankuro havia mencionado. Os tais boatos.

 

- A nossa deusa Kaguya jamais renascerá sem que a sacerdotisa conceba chackra suficiente! Se este maldito continuar matando todo mundo, não conseguiremos!

 

- Eu quero que ele se foda! - Sakura grunhiu chorosa.

 

- Sinto muito princesa, mas vamos precisar dar um jeito no herdeiro Uchiha.

 

- Ninguém encostará um dedo nela! - A voz se fez firme numa Sakura quase inconsciente.

 

- Gaara - ela o chamou fraco, mas seus olhos estavam cobertos de ódio.

 

- Vocês virão conosco - ele informou e o ninja sentiu sua pele gelar - Kankuro, leve-os para a prisão.

 

- Isso não vai... - Questão de segundos, a areia já envolvia seus corpos e eles não podiam se mexer.

 

- Eu vou logo - Gaara informou. Analisou a kunoichi deitada e a pegou em seu colo. Ela não dormia, estava com o olhar fraco semicerrado. Olhou ele de canto, sentindo o corpo quente que a carregava. Suas bochechas se coloriram de vermelho ao notar que ele a levava para a casa enquanto ela não conseguia se mexer.

 

Não demorou muito, ele deitou o corpo delgado no sofá e deu as costas, fazendo ela murmurar um obrigada suave antes dele sair e se dirigir a prisão de Suna.

 

Kankuro estava muito preocupado quando o ruivo chegou, e ao olhar a sala de interrogatório, sua expressão de ódio aumentou.

 

- O que houve?! - A gota de suor descia pelo rosto de Kankuro.

 

- Dois dos melhores ninjas da inteligência da aldeia, mortos sem nenhuma dificuldade... - Ele comentou, incrédulo - Os presos também morreram.

 

- Pensaram até nisso... Um genjutsu que ataca após alguém tentar se infiltrar na mente.

 

- É provável, mas nunca vi alguém usar algo assim, se é que possamos chamar de genjutsu.

 

- Vamos ficar alertas, vou avisar as outras nações e não deixe que Sakura saia da aldeia de maneira alguma. Naruto tinha razão.

 

A mensagem chegou como um raio ao escritório do Hokage, que já trabalhava até tarde.

 

- Mais uma noite que não poderei ir mais cedo - Ele arfou - Merda - Dizia enquanto lia a mensagem deixada pelo Kazekage - Então eles sabem que a Sakura está grávida... - Seus olhos então arregalaram ao ler a parte final da mensagem - Droga, vou ter que falar com aquele idiota do Sasuke.

 

(...)

 

A manhã chegou quente na aldeia da Areia. Notou a mesa posta do café e que provavelmente os irmãos da areia, já haviam saído.

 

 

Ela aprontou as aulas e foi diretamente para o hospital, lecionar, sentia-se esgotada, mas pelas lágrimas que derramou a noite toda. Ainda demorara cair a ficha, mas ela simplesmente tinha um trabalho a cumprir e seus alunos não tinham a ver com a história dela e de Sasuke. Assim que terminou a aula de especialização, notou que Kankuro esperava ela na saída da sala.

 

- Eu detesto pedir isso, mas vamos precisar de você para mais duas autópsias.

 

- Tudo bem, eu já terminei por aqui.

 

- Não agora, vá para casa e amanhã você continua.

 

- Mas eu consigo...

 

- Por favor - ele pediu sério - Você não está nada bem, eu sei. Será um trabalho difícil, dois ninjas da inteligência, mortos por algum genjustsu que ataca a mente, você precisa estar bem para poder verificar.

 

- Desculpe - ela lamentou.

 

- Eu imagino que seja difícil para você, mas o que resolve nossos problemas é o tempo.

 

- Sim, Obrigada - ela agradeceu se retirando da sala.

 

Chegou em casa silenciosa, mas Gaara parecia naquele dia ter voltado mais cedo.

 

- Amanhã mesmo eu faço as autópsias - ela avisou.

 

- Você realmente está bem? - O ruivo indagou.

 

- S-sim - Ela comentou trêmula - Não se preocupe.

 

- Não saia mais da aldeia desse jeito - sua voz soou como um sermão, mas ele parecia preocupado - Eu sei que você tem habilidade exemplar em Genjutsu, mas até os nossos melhores shinobis... Eles não aguentaram.

 

- Eu irei ficar bem - ela sorriu fraco - Só espero que isso pare de acontecer, não entendo o que eles querem.

 

- Vamos com calma, a verdade virá a tona.

 

(...)

 

Ela preparou o material, enquanto pela janela do vidro o Kazekage observava atento aos movimentos. Fez a higienização e começou o trabalho externo apenas observando os corpos intactos e sem ferimentos. Quando pegou o bisturi e abriu, não havia nada errado e ela concluiu que eles morreram de parada cardíaca e anotou. Então usou sua mão para apalpar a pele pálida de um dos ninjas de Suna e foi quando tudo escureceu.

 

As imagens passavam rápido por sua mente de forma embaralhada, que deixaram a kunoichi completamente enjoada. E haviam múrmurios e vozes gritando por todo lado. Vários templos antigos surgiam desfocados com luzes, parecia uma espécie de ritual, com muita energia envolta. Então tudo se apagou. Ela viu uma sala escura e... Parecia estar deitada sobre uma cama amarrada. Percebeu que era uma ilusão e então tratou de dissipar, mas não se desfez.

 

- O que?! - Ela se desesperou - Concentrou sua energia e tentou novamente, mas nada aconteceu.

 

Uma figura surgiu das sombras e apareceu, e então saiu a assustando.

 

- Sasuke... - Ela percebeu que ele carregava algo no colo, era seu filho! - Me dá ele, por favor...

 

- Eu vou levá-lo.

 

- Não, por favor, não o leve! - Ela tentava retirar a ilusão mas não saia de forma alguma. Sua voz então sumiu em meio aos seus gritos e Sasuke tomou sua criança e desapareceu na escuridão.

 

- Ele cumprirá o seu dever como um Uchiha, há muito escrito.

 

- Ninguém encostará um dedo nela! - A voz se fez presente na sala e a rosada percebeu o ruivo perto de si.

 

- Gaara... Como?

 

- Sakura, acorde! - Ela então despertou e notou que estava mais uma vez nos braços quentes do Kage da areia - Você está bem?

 

- Eu... Não tenho certeza - Acho que preciso descansar - Ela colocou a mão sobre a testa.

 

- Achei que você fosse morrer - Ele bradou apavorado.

 

- Obrigada - ela sussurrou enquanto seu coração estava ainda disparado, ela fez o impensável. Ainda no chão sobre os braços quentes dele, ela enlaçou seus braços em suas costas e fechou um abraço que o paralisou - De novo - ela sussurrou.


Notas Finais


Obrigada e até o próximo :3


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