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História Lamp - (Mileven) - Capítulo 05


Escrita por: AuntCherry

Notas do Autor


ME DESCULPEM PELA DEMORA BDJBSJNDJBD
eu fiquei um tempao enrolando e enrolando pra terminar esse capítulo e provavelmente ele nem vai sair grande, desculpem mesmo djnsjnjd

Dedico esse capítulo às BAM's, vocês(leitores), Julia, Lu, Alice, enfim sjbsjndjndn

Ouçam Take Control do Kodaline, POR FAVOR! Caso possível, dêem uma olhada na letra 💕

Capítulo 5 - Capítulo 05


Fanfic / Fanfiction Lamp - (Mileven) - Capítulo 05

Eleven praguejava constantemente a si mesma por ter se submetido a seguir Mike.
 
Ele havia passado o restante do período a importunando para que o acompanhasse até a mesma quadra que a levara mais cedo.
Depois de muito insistir, ela simplesmente não teve outra alternativa a não ser aceitar.

A quadra de certa forma era um local agradável, isso ela tinha que admitir, porém se sentia desconfortável toda vez que colocava seus pés ali. Ela não entendia exatamente o porque, só parecia que o lugar não era pra ela.

- No que está pensando? – Mike a questionou observando-a de soslaio enquanto caminhava logo mais a frente.

- Em nada, só estou me sentindo cansada.

E na verdade, estava mesmo. Desde que voltara do intervalo sua respiração resolvera dar algumas pausas dando a sensação de peso em seu peito. O restante de seu corpo estava parcialmente normal, apenas suas pernas lhe incomodavam um pouco, bambeavam em alguns determinados momentos mas sempre ficava daquele jeito quando se cansava muito.

- Sente-se um pouco – Ele ajudou ela a se agachar usando seu corpo como apoio.

- Mike

- Sim?

- Preciso que me traga um copo de água.

- Água? Eu não quero te deixar aqui sozinha. Você está pálida – Se sentou em sua frente, olhando-a fixamente nos olhos.

- Estou assim porque não tomei meus remédios hoje, por isso preciso que me traga um copo de água logo. - Disse ofegante.

- Tudo bem – Mike suspirou claramente contrariado – Você vai estar legal até eu voltar, certo?

- Oh, sim – Ele tentou esboçar um sorriso para ele – Vou ficar.

Ainda receoso, Mike se levantou olhando para ela enquanto retrocedi para trás, então se pôs a correr na maior velocidade que encontrou até o pátio. Olhou para os lados procurando pelos copos descartáveis que a cozinheira da escola sempre deixava por ali, o encontrou jogado pelo chão.

Ele fez uma careta, agachando-se até o objeto, afim de pegá-lo. Lembrou-se do dia em que a viu enchendo aquele mesmo copo até a borda, despejando nele o remédio de coloração azul. Não fazia ideia de que aquele medicamento era tão importante.

Estava com medo. Se acontecesse algo a Eleven, ele nunca se perdoaria por tê-la induzido a ficar depois da aula. A culpa seria inteiramente dele.

Ao ver a água chegar na extremidade do copo, o pegou rapidamente, voltando a correr ignorando seus tropeços nervosos, em direção a quadra esportiva.

Ele a encontrou deitada de forma retraída no chão, com seus olhos fechados.

- El, eu trouxe sua água – Agachou-se ficando de joelhos ao seu lado – El, está me ouvindo?

Cutucou sua bochecha tentando causar alguma reação na garota porém não foi o que aconteceu.

- Eleven, pelo amor de Deus me responde! – Puxou-a para cima, verificando sua respiração. Seu coração errou uma batida ao notar o quão fraca estava – El, eu não sei o que fazer pra te ajudar! Acorde, por favor!

Mike pegou a mochila de Eleven que estava jogada um pouco mais para frente dos dois. Provavelmente o remédio estava ali ou pelo menos o número de alguém para que ele pudesse ligar e pedir por socorro. Havia um número rabiscado numa folha de caderno juntamente ao um urso de pelúcia. Tomando a folha em mãos, voltou a correr em direção ao pátio

Estacionou seu corpo em frente ao orelhão e tentando não tremer tanto, começou a digitar os números.

- Alô?

- Oi, quem está falando?

- S-Sou o Mike! Eu preciso de ajuda, por favor - Respirou fundo na tentativa de evitar novos gaguejos.

- Se acalme, tudo bem? Tente me explicar o que está acontecendo para que eu possa ajudar você.

- E-Eu estou com Eleven aqui, ela está desacordada, parece que esqueceu seu remédio e está muito mal, eu não sei o que fazer, por favor me ajude!

- Espera, minha filha Eleven está aí com você?

- Sim.

- Onde vocês estão?

- Na quadra esportiva nos fundos da escola.

- Vá para junto dela e evite que fique com a cabeça baixa por muito tempo. Se eu não chegar ai em 10 minutos, ligue para emergência.

- Ok.

- Vá lá, já estou indo.

Mike desligou voltando a correr às pressas para a quadra. Ela continuava na mesma posição, imóvel. Sentou-se ao seu lado puxando sua cabeça para apoiar em seu ombro, acomodando seu corpo contra o dele.

- Você ainda não pode me ouvir? - Perguntou, sabia que não obteria resposta - Bom, ainda estarei aqui quando acordar, prometo.

Ela tossiu. Gotas de sangue espirarram ocasionalmente contra ambos, infelizmente sua camiseta fora atingida.

- Mike - Sua voz saíra mais baixa do que gostara, quase um sussurro.

- Não se esforce. Não fale nada - Ele ajeitou sua cabeça, encaixando-a mais para perto, deixando um pouco mais alta - Liguei pra sua mãe, ela já deve estar à caminho.

- Minha respiração...

- Não se esforce, já lhe disse - Ele pode ouvi-la suspirar fraco, contrariada - Vou falar sobre coisas aleatórias até sua mãe chegar, o que acha?

Ele sentiu sua cabeça balançar em concordância.

- Hm, eu adoro cabelos curtos, minha mãe costumava usar esse tipo de corte antigamente. Infelizmente, ela não gosta de seus cabelos curtos, ela acha que esse penteado a deixa menos feminina ou coisa parecida. Sempre discordei disso - Ele suspirou - Você me lembra muito ela, minha mãe. O temperamento de vocês é pratimente o mesmo.

Eleven pode vê-lo sorrir sutilmente.

- Você deve estar se perguntando o porque do meu sumiço, esses dias - Mordeu seu lábio nervoso - Bom, eu tenho problemas de enxaqueca crônica, infelizmente no meu caso levam uns 2-3 dias pra passar completamente. Costumava detestar antes, sabe, nascer defeituoso mas com o tempo eu entendi que pra poder saber lidar com essa coisa toda, é necessário aprender gostar disso.

Ele virou seu corpo, tentando sustentar o olhar de Eleven nos seus.

- O que quero dizer, Eleven, é que você não deve se detestar porque tem ou teve câncer, você tem que amar sua dor, amar esse sentimento pra poder crescer, e dizer "Venci a mim mesma".

Eleven voltou a tossir involuntariamente.

- Desculpe.

- Não precisa pedir desculpas. Acho que dei meu recado, conseguiu entende-lo, certo?

- Devo guardar meus lápis de cor do mundo - Um sorriso de satisfação se formou nos lábios de Mike.

- Exatamente.







Não demorou muito para que Terry chegasse. Ela levou tanto a filha quanto Mike para sua casa.

No momento sua filha estava sendo atendida por ser médico particular no quarto. Terry estava na cozinha, fazendo companhia a Mike enquanto esperava seu chá ficar pronto.
Mike observava a mulher discretamente. Ela parecia muito com Eleven, tinha olhos gentis iguais os da filha.

- São amigos? - Ela perguntou, virada de costas para ele, ainda vidrada no fogão a sua frente.

- Hm?

- Você e Eleven.

- Oh, eu não sei.

- Como não?

- Eleven nunca confirma nada, ela nunca diz exatamente o que está pensando ou o que quer dizer. É errado eu dizer que somos amigos, se pra ela não somos, então até descobrir o que sou realmente pra ela, simplesmente não vou saber te dizer.

- Você é bem sábio pra sua idade. Fala bem.

- Oh, obrigado - Seus lábios se comprimiram num meio sorriso torto. Ela abriu um armário, pegando duas xícaras.

- Aceita um pouco de chá?

- Do que é?

- Preto.

- Sim, aceito sim, obrigado.

- Enfim, acho que ela gosta de você de um certo modo, quero dizer, como amigo - Ele observou o vapor quente subir aos poucos, enquanto ela despejava o líquido num dos copos.

- O que quer dizer?

- Minha filha é bem radical, não se abre pra ninguém, entende? Nem mesmo pra mim. Eu vi como estavam quando cheguei. De mãos dadas, um apoiado ao outro. Bem, se ela não se importasse, ela teria te enchotado para longe, mesmo ela estando mal. Ela deixou você a ajudar, e isso é algo. - Terry colocou a xícara sobre a mesa, sorrindo de forma tímida.

- Você acha? - Levantou seu olhar.

- Tenho certeza.








Eleven encarava a Mike fixamente. Ele estava um pouco mais atrás de sua mãe. Escorado a porta. No momento Terry estava lhe dando um sermão de aproximadamente 20 minutos sobre os motivos de ser importante lembrar de verificar a mochilha antes de sair, se tomar os remédios, etc.

Mike não parecia ter nenhuma reação. Apenas as observavam em silencio, aparentando pensar em tudo e em nada ao mesmo tempo.

- Não sei nem quantas vezes eu digo para colocar o remédio na mochila e você sempre me vem com essas, não é?

- Não foi proposital.

- Nunca é - Terry sorriu, irritada.

- Meu dia já foi cansativo, mãe. Não o piore, por favor.

- Oh, eu tornei isso cansativo pra você? Tudo bem então, estarei lá em baixo quando estiver descansada - Terry revirou os olhos contrariada, num suspiro suave.

- Obrigada.

Terry levantou-se ajeitando o avental que usava. Deslizou sua mão sobre o tecido, retirando a poeira que ficara acomulada. Ela sorriu para Mike antes de abrir a porta e sair.

- Eu fiquei preocupado.

- Não foi algo muito legal pra mim também. Aliás - Ela gesticulou para a manga da camiseta de Mike - Me desculpe por isso.

- Isso? Oh, eu achei até interessante, posso imaginar que meu ombro está menstruando ou coisa semelhante - A expressão na face de Eleven tornou-se de nojo.
Ele riu.

- Queria falar algo com você.

- Pode dizer.

Mike aproximou-se, sentando-se ao lado dela.

- Sobre o que conversamos na quadra.

- Ah, sim, e aí?

- Decidi que vou tentar "amar a minha dor" como você sugeriu.
Mike sorriu.

- E o que te fez querer isso?

- Não sei exatamente - Usou seus braços para impulsionar seu corpo para cima, apoiando sua coluna contra a cabeceira - Acho que... quero tentar algo novo, sabe? Não sei.

- Já é um começo - Continuou sorrindo para ela.

- Tem mais uma coisa.

- O que?

- Eu quero que você me ajude nisso.

- Nem precisava pedir - Ambos sorriram um para o outro.

Algo dizia para Mike que depois daquele dia, algo iria mudar. Podia ver a vontade de mudança nela, só esperava que tudo desse certo.


Notas Finais


Eu vou arrumar tudo depois, espero que gostem mesmo assim, beijos!


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