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História Lendo Harry Potter - O Guardião das Chaves


Escrita por: MissLestranges e foreveryoung-

Notas do Autor


Eu queria pedir desculpa pela demora para postar, eu tive alguns problemas e por isso não deu pra postar antes.

Espero que gostem.

O do gif do capitulo é Charlus Potter

Boa leitura...

Capítulo 7 - O Guardião das Chaves


Fanfic / Fanfiction Lendo Harry Potter - O Guardião das Chaves

1 de Janeiro de 1944,

Beirava as 13h da tarde, quando Riddle observava o corpo que jazia em sua frente, rindo, sendo acompanhado por seus cumplices. Não poderia estar mais satisfeito, acabara com mais uma sangue-ruim. Petter teve o que merecia, era uma sangue-ruim desprezível e teve a pior morte que poderia ter, a mais cruel e dolorosa. Riddle não aparentava sentir o menor remorso, sabia que o que fez foi a atitude certa, estava fazendo um favor para o mundo bruxo e agora seus capachos o admiravam ainda mais.

- Tirem o corpo daqui, façam parecer um acidente – ordenou Tom Riddle e seus cumplices concordaram, antes de se preparem para sair dali.

Mas havia uma coisa que incomodava Riddle profundamente, o que poderia estar acontecendo? O que Dumbledore estava escondendo? Será que ele sabia de seus planos? Teria que descobrir e conseguiria, pois tudo que Tom Marvolo Riddle quer, ele consegue. Assim, Riddle saiu dali, tentando pensar em um plano para descobrir tudo...

 

Scorpius e Loren observavam alarmados, Freya e Julius. Eles pareciam almoçar tranquilamente, juntos, sentados perto um do outro e vez ou outra, conversavam. Não pareciam mais inimigos mortais como antes e isso preocupava a menina Lestrange e o menino Malfoy.

- Scorpius, você acha que essa profecia vai se realizar? – perguntou Loren preocupada. Sabia como era a profecia e era devastadora.

- Acho pouco provável, a Freya parece estar mudando de verdade, não parece um fogo de palha e ela e o Lupin estão apenas conversando, não é como se eles fossem... – começa Scorpius fazendo uma careta, sendo interrompido por Loren.

- Assim eu espero, o mundo bruxo depende da nossa bisavó – diz Loren continuando a almoçar.

Enquanto isso, Julius Lupin observava Freya atentamente. A garota parecia um mistério para ele e tinha mais camadas do que ele poderia imaginar. Mas hora ou outra, ele ainda desvendaria esse mistério.

- Quer uma foto, Lupin? Não para de me encarar – Freya perguntou assustando-o em um tom de deboche, deixando-o decepcionado. Parecia que a velha Freya arrogante e sonserina estava de volta, mas se surpreendeu ao vê-la sorrindo, percebendo que a garota estava apenas brincando. Freya estava se abrindo para ele e isso era bom!

- O que você acha que vai acontecer no restante da leitura? – pergunta Julius tentando puxar assunto.

- O pior, se escreveram sete livros, é porque eles precisam que mudemos algo e se for assim, o futuro deve ser terrível, só espero que no final, Harry fique bem – diz Freya sincera.

- Você gosta do neto do Charlus? – perguntou Julius surpreso. Pensava que conhecia Freya Parkinson, mas não a conhecia tão bem assim.

- Talvez, ele tem em comum comigo mais do que eu imaginava – responde Freya misteriosa.

- Você é um mistério que eu ainda vou desvendar, Parkinson – disse Julius mais para si mesmo, mas Freya ouviu e deu um sorriso discreto, sem que seu mais novo amigo percebesse.

 

Logo, todos já terminavam o almoço e se preparavam para prosseguir a leitura, ansiosos com o rumo que tudo tomaria. Já tinham lido alguns capítulos e muitos ali, haviam se apegado ao menino Harry Potter, mais do que poderiam imaginar e pareciam preocupados com o que ainda poderia acontecer com ele.

- Quem quer ler? – pergunta Dumbledore e Charlus ergue a mão, logo se levantando e sentando na cadeira do meio, pronto para ler o livro.

– O guardião das chaves.

- Que guardião das chaves? – perguntou Callidora curiosa.

- Vamos saber se continuarmos a ler – responde Charlus também curioso.

BUM!

Charlus leu assustando todos ali presentes.

Bateram outra vez. Duda acordou assustado.

 

— Onde está o canhão? — perguntou abobado.

- Idiota – resmungou Freya fazendo uma careta e apenas Julius que estava sentado perto da mesma ouviu.

Ouviam coisa cair atrás deles e tio Válter entrou derrapando pela sala. Trazia um rifle nas mãos, agora sabiam o que era aquele pacote fino e comprido que ele carregava.

- Se for um bruxo isso não vai adiantar – disse Dorea, imaginando quem poderia ser.

— Quem está ai? — gritou. — Olha que estou armado! — Silêncio. E em seguida...

 

TRAM!

Charlus gritou assustando todos novamente.

- Para de me assustar, Potter – disse Freya irritada e Charlus apenas lhe lançou um sorriso maroto.

A porta levou uma pancada tão violenta que se soltou das dobradiças e, com um baque ensurdecedor, desabou no chão.

Um homem gigantesco estava parado ao portal.

- Hagrid – disseram Dorea, Charlus e Septmus animados e Freya apenas revirou os olhos, não gostava de Hagrid, o considerava irresponsável por soltar uma acromantula, graças a ele Murta estava morta.

Tinha o rosto completamente oculto por uma juba muito peluda e uma barba selvagem e desgrenhada, mas dava para se ver seus olhos, luzindo como besouros negros debaixo de todo aquele cabelo.

 

O gigante espremeu-se para entrar no casebre, curvando-se de modo que a cabeça apenas roçou o teto. Abaixou-se, apanhou a porta e tornou a encaixá-la sem esforço no portal. O ruído da tempestade lá fora diminuiu um pouco. Ele se virou para encarar todos.

 

— Não poderia preparar uma xícara de chá para nós, poderia? Não foi uma viagem fácil...

Todos menos Freya riram. Julius percebeu e se perguntava se Freya não gostava de Hagrid.

E dirigiu-se ao sofá onde Duda estava paralisado de medo.

 

— Chegue para lá, gordão — disse o estranho.

Duda soltou um guincho e correu a se esconder atrás da mãe, que parara encolhida, aterrorizada, atrás de tio Válter.

- Quanto drama – disse Dorea fazendo uma careta.

— Ah, e aqui está o Harry! — disse o gigante.

 

Harry ergueu os olhos para a cara feroz e selvagem em sombras e viu que os olhos de besouro se enrugavam em um sorriso.

 

— A última vez que o vi, você era um bebê — disse o gigante. — Você parece muito com o seu pai, mas tem os olhos da sua mãe.

- Eu me pergunto como deveria ser minha nora – diz Dorea refletindo sobre a esposa de seu filho.

- Deve ter sido uma mulher adorável – diz Charlus sorrindo para a amiga e mãe de seu futuro filho.

Tio Válter fez um som estranho e rascante.

 

— Exijo que saia imediatamente! — disse — O senhor invadiu minha casa!

 

— Ah, cala a boca, Dursley seu cara de passa — disse o gigante, e esticou o braço para trás do sofá, arrancando a arma das mãos de tio Válter, vergou-a no meio como se fosse de borracha e atirou-a a um canto da sala.

- TOMA SEU TROUXA INUTIL  – gritou Freya empolgada, vendo todos lhe olharem espantados – Que foi? – perguntou revirando os olhos.

Tio Válter fez outro som esquisito, como um camundongo sendo pisado.

— Em todo caso, Harry — disse o gigante, dando as costas para os Dursley —, feliz aniversário para você. Tenho uma coisa para você aqui, talvez tenha sentado nela sem querer, mas o gosto continua bom.

- Queria que o Harry estivesse aqui para eu lhe dar os parabéns – diz Dorea triste.

- Você o conhecerá, bisa, mudaremos tudo – disse Lily Luna Potter que observava a leitura calada, não era de falar muito com pessoas que não conhecia ou falar em público, mesmo com duas pessoas de sua família presentes.

- Assim espero querida – Dorea sorriu para a bisneta.

De um bolso interno do casaco preto ele tirou uma caixa meio amassada. Harry abriu, com os dedos trêmulos. Dentro havia um grande e pegajoso bolo de chocolate com a frase Feliz Aniversário escrita em glacê verde.

- Nossa – disse Freya em um tom alto.

- O que foi Parkinson? – pergunta Charlus irritado por ser interrompido pela pessoa que menos gostava.

- Eu estava tentando odiar o Hagrid, mas parece difícil – diz Freya surpreendendo todos.

- Porque você odiaria alguém incrível como o Hagrid? – perguntou Julius sem entender.

- Tenho meus motivos... – diz Freya misteriosa.

Harry olhou para o gigante. Quis dizer obrigado, mas as palavras se perderam a caminho da boca, e em lugar disso o que disse foi:

 

— Quem é você?

- Uma pergunta nada educada – diz Dorea em um tom repreendedor e Charlus ri, se fosse ele ali, teria a mesma atitude que Harry.

O gigante deu uma risada abafada.

 

— É verdade, não me apresentei. Rúbeo Hagrid, Guardião das Chaves e das Terras de Hogwarts.

 

Estendeu uma mão enorme e sacudiu o braço inteiro de Harry.

 

— E que tal o chá, hein? — perguntou esfregando as mãos. — Eu não diria não a uma pessoa mais forte, se é que você me entende.

 

Seus olhos bateram na lareira vazia em que ficara o pacote carbonizado de cereal e ele soltou uma risadinha desdenhosa. Curvou-se para a lareira, não viram o que ele estava fazendo, mas quando se afastou um segundo depois, havia dentro dela um clarão ribombante. O fogo estrondoso encheu todo o casebre úmido com sua luz tremeluzente e Harry sentiu o calor envolvê-lo como se tivesse mergulhado em um banho quente.

- Depois de tudo o que ele fez, ele ainda tem autorização de fazer magia? – pergunta Freya em um tom de irritação.

- E o que ele fez hein Parkinson? – diz Charlus saindo em defesa do gigante. Charlus acreditava em sua inocência assim como Dumbledore, Septmus e Dorea.

- Ele matou uma pessoa inocente que não tinha nada haver com isso – diz Freya irritada. Claro que ninguém a entenderia.

- E desde quando você tem sentimentos a ponto de se importar com alguém? – pergunta Dorea provocando a rival.

- Desde quando... – começa Freya, sendo interrompida por alguém.

- Silencio! Senhor Potter, continue a leitura – disse Dumbledore, antes que houvesse alguma briga.

O gigante se recostou no sofá, que afundou um pouco sob o seu peso, e começou a tirar coisas de todo gênero dos bolsos do casaco: uma chaleira de cobre, uma embalagem amassada de salsichas, um espeto, um bule de chá, várias xícaras lascadas e uma garrafa de um líquido âmbar de que ele tomou um gole antes de começar a preparar o chá.

Logo o casebre se encheu com o ruído e o cheiro de salsichas fritas. Ninguém disse nada enquanto o gigante trabalhava, mas assim que ele empurrou as primeiras salsichas gordas e suculentas, ligeiramente queimadas, do espeto, Duda se mexeu. Tio Válter disse com rispidez:

 

— Não toque em nada que ele lhe der, Duda.

 

O gigante deu uma risadinha ameaçadora.

 

— Esse pudim de banha do seu filho não precisa engordar mais Dursley, não se preocupe.

 

E passou as salsichas para Harry, que estava tão faminto e nunca provara nada tão maravilhoso, mas ainda assim não conseguia tirar os olhos do gigante. Finalmente, como ninguém parecia disposto a explicar nada, ele disse:

 

— Me desculpe, mas continuo sem saber realmente quem você é.

- Harry poderia ser mais educado – diz Dorea em um tom repreendedor.

O gigante tomou um grande gole de chá e limpou a boca com as costas da mão.

 

— Chame-me de Rúbeo, é como todos me chamam. E como lhe disse, sou o guardião das chaves de Hogwarts, você sabe tudo sobre Hogwarts, é claro.

 

— Ah, não — disse Harry. Hagrid pareceu chocado. — Sinto muito — apressou-se Harry a dizer.

- Agora eu quero ver – diz Hanna rindo.

— Sente muito? — vociferou Hagrid, virando-se para encarar os Dursley, que tinham recuado para as sombras. — Eles é que deviam sentir muito! Eu sabia que você não estava recebendo as cartas, mas nunca pensei que nem ao menos sabia da existência de Hogwarts, para apelar! Você nunca se perguntou onde foi que seus pais aprenderam tudo?

 

— Tudo o quê? — perguntou Harry

 

— TUDO O QUÊ? — berrou Hagrid — Ora espere aí um segundo!

 

Ele se levantara de um salto. Na raiva parecia encher o casebre todo. Os Dursley se encolhiam contra a parede.

 

— Vocês vão querer me dizer — rosnou para os Dursley — que este menino, este menino! Não sabe nada, de NADA?

 

Harry achou que a coisa estava indo longe demais. Afinal tinha freqüentado a escola e suas notas não eram ruins.

 

— Eu sei alguma coisa — falou — Sei, sabe, matemática e outras coisas.

Todos riram.

Mas Hagrid dispensou-o com um abano de mão e disse:

 

— Do nosso mundo, quero dizer. Seu mundo. Meu mundo. O mundo dos seus pais.

 

— Que mundo?

 

Hagrid parecia preste a explodir

 

— DURSLEY! — urrou ele.

- Acaba com os Dursley, Hagrid – disse Freya surpreendendo a todos.

Tio Válter, que ficara muito pálido, murmurou alguma coisa ininteligível Hagrid olhou alucinado para Harry.

 

— Mas você deve saber quem foram sua mãe e seu pai — disse — Quero dizer, eles são famosos. Você é famoso.

 

— Quê? Meu pai e minha mãe eram famosos?

 

— Você não sabe... Você não sabe... — Hagrid correu os dedos pelos cabelos, fixando em Harry um olhar perplexo. — Você não sabe quem é? — perguntou finalmente.

 

Tio Válter de repente encontrou a voz.

 

— Pare! – ordenou — Pare agora mesmo! Eu o proíbo de contar qualquer coisa ao menino!

- Como se isso fosse impedi-lo – diz Julius irônico.

Um homem mais corajoso do que Dursley teria se intimidado com o olhar furioso que Hagrid lhe deu, quando Hagrid falou, cada sílaba tremia de raiva.

 

— VOCÊ NUNCA CONTOU? NUNCA CONTOU O QUE DUMBLEDORE DEIXOU ESCRITO NAQUELA CARTA PARA ELE? EU ESTAVA LÁ! EU VI DUMBLEDORE DEIXAR A CARTA, DURSLEY! E VOCÊ ESCONDEU DELE TODOS ESSES ANOS?

 

— Escondeu o que de mim? — perguntou Harry ansioso.

 

— PARE! EU O PROÍBO! — gritou tio Válter em pânico.

 

Tia Petúnia deixou escapar um grito sufocado de horror.

- Que dramática – disse Minerva revirando os olhos.

— Ah, vão tomar banho, vocês dois — disse Hagrid. — Harry, você e um bruxo.

- O Hagrid poderia ter sido um pouco mais sensível – diz Cedrella.

O casebre mergulhou em silêncio. Ouviam-se apenas o mar e o assobio do vento.

 

— Eu sou o quê? — ofegou Harry.

 

— Um bruxo, é claro — repetiu Hagrid, recostando-se no sofá, que gemeu e afundou ainda mais —, e um bruxo de primeira, eu diria, depois que receber um pequeno treino. Com uma mãe e um pai como os seus, o que mais você poderia ser? E acho que já está na hora de ler a sua carta.

 

Harry estendeu a mão finalmente para receber o envelope meio amarelo, endereçado em tinta verde para:

 

Sr. H. Potter,

 

O Assoalho,

 

Casebre sobre Rochedo,

 

O Mar.

 

Ele puxou a carta e leu,

 

 

 

ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA HOGWARTS

 


Diretor: Alvo Dumbledore

 

(Ordem de Merlin, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos).

 

 

 

Prezado Sr. Potter,

 

Temos o prazer de informar que V.Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários. O ano letivo começa em 1º de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.

 

 

 

Atenciosamente,

 

Minerva McGonagall.

 

Diretora Substituta.

 

 

 

As perguntas explodiam na cabeça de Harry como fogos de artifício, e ele não conseguia decidir o que perguntar primeiro. Passados alguns minutos, gaguejou.

 

— O que querem dizer com "estão aguardando a minha coruja"?

- Se fosse comigo, isso era a última coisa que eu perguntaria – diz Freya.

— Gárgulas galopantes! Isto me lembra uma coisa — disse Hagrid, batendo a mão na testa com força suficiente para derrubar um cavalo, e de outro bolso interno do casaco tirou uma coruja, uma coruja de verdade, viva, meio arrepiada, uma longa pena e um rolo de pergaminho. Com a língua entre os dentes, ele rabiscou um bilhete que Harry pôde ler de cabeça para baixo:

 

"Prezado Sr. Dumbledore

 

Entreguei a carta a Harry. Vou levá-lo amanhã para comprar o material. O tempo está horrível.

 

Espero que o senhor esteja bem.

 

Hagrid.”

 

Hagrid enrolou o pergaminho, entregou-o à coruja, que o prendeu no bico, depois ele foi até a porta e lançou a ave na tempestade. Quando voltou, sentou-se como se aquilo fosse tão normal quanto pegar o telefone.

- O que é um telefone? – perguntou Cedrella sem entender. Não sabia quase nada de coisas trouxas.

Harry percebeu que sua boca se abrira e fechou-a rapidamente.

 

— Onde é que eu estava? — disse Hagrid, mas naquele momento, tio Válter, ainda cor de cera, mas parecendo muito furioso, adiantou-se até a luz da lareira.

 

— Ele não vai — falou.

 

Hagrid resmungou.

 

— Eu gostaria de ver um grande trouxa como você impedi-lo. — respondeu.

 

— Um o quê? — perguntou Harry interessado.

 

— Um trouxa — disse Hagrid — é como chamamos gente que não é mágica como nós. E você teve o azar de ser criado na família dos maiores trouxas que já vi na vida.

- Hagrid também não pode generalizar, nem todos os trouxas são assim – diz Dorea.

- Acredite, eles são – diz Freya com um olhar misterioso.

- Sei que você odeia trouxas e é da corja do Riddle, mas tem trouxas que são legais – diz Charlus irritado.

- Voce acha mesmo que se trata apenas de um preconceito idiota, Potter? Experimente viver a vida toda perto de trouxas. – diz Freya irritada, surpreendendo a todos.

— Juramos quando o aceitamos que poríamos um fim nessa bobagem — disse tio Válter —, juramos que erradicaríamos isso nele. Bruxo, francamente!

- Que idiota, minha nora devia ser um amor, sua invejosa – diz Dorea olhando irritada para o livro, fazendo alguns rirem e Charlus sorrir, por Dorea parecer aceitar que terá uma família com ele, ao ponto de defender a nora.

— Você sabia? — perguntou Harry. — Você sabia que sou um... Bruxo?

 

— Sabia! — guinchou tia Petúnia de repente. — Sabia! Claro que sabíamos! Como poderia não ser, a maldita da minha irmã sendo o que era?

- Sua cobra... – disse Dorea ainda mais irritada.

Ah, ela recebeu uma carta igual a essa e desapareceu, foi para aquela... Aquela escola, e voltava para casa nas férias com os bolsos cheios de ovos de sapo, transformando xícaras em ratos. Eu era a única que a via como ela era. Um aborto da natureza! Mas para minha mãe e meu pai, ah não era Lílian isso e Lílian aquilo, tinham orgulho de ter uma bruxa na família!

- Eu entendo ela ter inveja da irmã, mas ela não podia descontar no tio Harry – diz Rose.

- Seu tio Harry ainda existe? – pergunta Dorea curiosa.

- Claro, ele é auror e ajuda a minha mãe a cuidar do ministério – diz Rose animada.

- O que sua mãe faz no ministério da magia? – perguntou Eillen que até então estava calada, curiosa.

- Ela é ministra da magia – diz Hugo deixando todos surpresos.

Ela parou para suspirar profundamente e aí continuou seu discurso. Parecia que estava querendo dizer aquilo havia anos.

 

— Então ela conheceu Potter na escola e eles saíram de casa, casaram e tiveram você, e é claro que eu sabia que você ia ser igual, esquisito, anormal e então ela vai e me faz o favor de se explodir e nos deixar entalados com você!

 

Harry ficara muito branco. Assim que encontrou a voz, disse:

 

— Se explodir? Você me disse que eles morreram num acidente de carro!

 

— ACIDENTE DE CARRO! — rugiu Hagrid erguendo-se com tanta raiva que os Dursley voltaram correndo para o canto da sala — Como é que um acidente de carro poderia matar Lílian e Tiago Potter! Isto é um absurdo! Um escândalo! E Harry Potter não conhecer a própria história, quando qualquer garoto no nosso mundo conhece o nome dele!

Albus bufou.

- Harry Potter é tão famoso assim? – perguntou Hanna.

- Sim, eu sofro as consequências por ser filho do famoso menino que sobreviveu, James é o único que gosta de estar nos holofotes – diz Albus fazendo uma careta, levando uma cutucada do irmão.

— Mas por quê? O que aconteceu? — perguntou Harry ansioso.

 

A raiva desapareceu do rosto de Hagrid. Ele pareceu repentinamente aflito.

 

— Eu nunca esperei isso — disse numa voz contida e preocupada. — Eu não fazia ideia do quanto você desconhecia, quando Dumbledore me disse que eu poderia ter problemas para encontrá-lo. Ah, Harry, não sei se sou a pessoa certa para lhe contar, mas alguém tem de contar, você não pode viajar para Hogwarts sem saber.

- Realmente seria melhor se ele soubesse tudo sobre Hogwarts – comentou Julius.

Ele lançou um olhar feio aos Dursley.

 

— Bom, é melhor você saber o que eu puder lhe contar, mas não posso lhe contar tudo, é um grande mistério, algumas partes.

 

Ele se sentou, fitou o fogo durante alguns segundos e então falou:

 

— Começa, eu acho, com.. Com uma pessoa chamada, mas é incrível você não saber o nome dele, todo o mundo no nosso mundo sabe...

 

— Quem?

 

— Bom... Não gosto de dizer o nome dele se puder evitar. Ninguém gosta.

 

— Por que não?

 

— Gárgulas vorazes, Harry, as pessoas ainda estão apavoradas. Droga, como é difícil. Olha, havia um bruxo que virou... Mau. Tão mau quanto alguém pode virar. Pior. Pior do que o pior.

 

O nome dele era...

 

Hagrid engoliu em seco, mas não conseguiu dizer nada.

 

— E se você escrevesse? — sugeriu Harry.

 

— Não, não sei soletrar o nome dele. Está bem, Voldemort. — Hagrid estremeceu. — Não me faça repetir. Em todo o caso, esse... Esse bruxo faz uns vinte anos agora, começou a procurar seguidores. E conseguiu alguns por medo, outros porque queriam ter um pouco do poder dele, sim, porque ele estava ficando poderoso. Dias funestos Harry, ninguém sabia em quem confiar, ninguém se atrevia, a ficar amigo de bruxas ou bruxos desconhecido. Coisas horríveis aconteciam. Ele estava tomando o poder. E claro que algumas pessoas se opuseram a ele, e ele as matou. Terrível. Um dos únicos lugares seguros que restaram foi Hogwarts. Acho que Dumbledore era o único de quem Você-Sabe-Quem tinha medo. Não ousou se apoderar da escola, não no começo, pelo menos.

- Como assim não no começo? – perguntou Septmus preocupado.

- Voce entenderá – diz Frank.

Ora sua mãe e seu pai eram os melhores bruxos que eu já conheci. Primeiros alunos em Hogwarts no seu tempo! Suponho que o mistério era por que Você-Sabe-Quem nunca tentou convencer os dois a se aliar a ele antes... Provavelmente sabia que eram muito chegados a Dumbledore para querer alguma coisa com o lado das Trevas. Talvez ele achasse que podia convencê-los... Talvez quisesse tirar os dois do caminho. Só o que sabemos é que ele apareceu na vila em que vocês estavam morando, num dia das bruxas, faz dez anos. Na época você só tinha um ano de idade. Ele foi à sua casa e... E...


Hagrid puxou depressa um lenço muito sujo e manchado e assoou o nariz, fazendo o barulho de uma buzina de nevoeiro.

 

— Desculpe — disse. — Mas é muito triste, conheci sua mãe e seu pai e não podia existir gente melhor, em todo o caso... Você-Sabe-Quem matou os dois. E então, e esse é o verdadeiro mistério da coisa, ele tentou matar você. Queria fazer o serviço completo, acho, ou então tinha começado a gostar de matar. Mas não conseguiu. Você nunca se perguntou como arranjou essa marca na testa? Isso não foi um corte normal. Isso é o que se ganha quando um feitiço poderoso e maligno atinge a gente, destruiu os seus pais e até a sua casa, mas não fez efeito em você, e é por isso que você é famoso, Harry. Ninguém nunca sobreviveu depois que ele decidia matá-lo, ninguém a não ser você, e ele já havia matado alguns dos melhores bruxos da época, os McKinnon, os Bones, os Prewett, e você era apenas um bebê, e sobreviveu.

Algo muito doloroso passou pela cabeça de Harry. Quando a história de Hagrid ia terminando ele viu de novo um lampejo ofuscante de luz verde, com mais clareza do que se lembrava antes e se lembrou de mais uma coisa, pela primeira vez na vida, uma risada alta, fria e cruel.

- Como ele pode ter rido ao matar alguém? – se espantou Callidora.

Hagrid o observava com tristeza.

 

— Eu mesmo o retirei da casa destruída, por ordem de Dumbledore. Trouxe você para essa gente...

 

— Um monte de baboseiras antigas — disse tio Válter.

 

Harry se assustou, quase esquecera que os Dursley estavam ali. Tio Válter, sem dúvida, tinha recuperado a coragem. Olhava ameaçador para Hagrid e tinha os punhos fechados.

 

— Agora, ouça aqui, moleque — vociferou —, aceito que você seja meio estranho, provavelmente nada que uma boa surra não pudesse ter curado, e quanto aos seus pais, bem, eles eram excêntricos, não há como negar e o mundo está melhor sem eles, receberam o que mereciam por se meter com essa gente dada a bruxarias, foi o que previ, sempre soube que iam acabar mal.

Dorea, Freya, Charlus, Septmus e Cedrella olharam indignados para o livro.

Mas naquele instante, Hagrid ergueu-se de um salto do sofá e puxou um guarda-chuva cor-de-rosa e arrebentado de dentro do casaco. Apontou-o como uma espada para tio Válter, e disse:

 

— Estou lhe avisando, Dursley, estou lhe avisando, nem mais uma palavra...

 

Ameaçado de ser furado pela ponta de um guarda-chuva por um gigante barbudo, a coragem de tio Válter fraquejou outra vez, ele se achatou contra a parede e ficou em silêncio.

— Assim está melhor — disse Hagrid, arquejando e tornando a se sentar no sofá, que desta vez afundou de vez até o chão.

 

Harry, nesse meio tempo, continuava a ter perguntas e a fazer centenas dela.

 

— Mas o que aconteceu ao Vol... Desculpe... Quero dizer, Você-Sabe-Quem?

 

— Boa pergunta, Harry. Desapareceu. Sumiu. Na mesma noite em que tentou matar você. O que faz você ainda mais famoso. É o maior mistério, entende... Ele estava ficando cada dia mais poderoso, porque foi embora? Tem quem diga que ele morreu. Besteira, na minha opinião. Não sei se ainda tinha humanidade suficiente para morrer. Tem quem diga que ainda está lá fora esperando, ou coisa parecida, mas não acredito. Gente que estava do lado dele voltou para o nosso. Uns pareciam que estavam saindo de uma espécie de transe. Acho que não teriam feito isso se ele fosse voltar. A maioria de nós acha que ele ainda anda por ai, mas perdeu os poderes. Está fraco demais para continuar. Porque alguma coisa em você acabou com ele, Harry. Aconteceu alguma coisa, naquela noite, com que ele não estava contando, eu não seio que o foi, ninguém sabe, mas alguma coisa em você o aleijou, para valer.

- Fico me perguntando o que aconteceu – diz Freya ainda chocada com a forma com esse Voldemort, que parecia invencível foi derrotado por um bebê.

Hagrid fitou Harry com calor e respeito iluminando seus olhos, mas Harry, ao invés de se sentir contente e orgulhoso, teve a certeza de que tinha havido um terrível engano. Bruxo? Ele?

 

Como era possível? Passara a vida dominado por Duda e infernizado pela tia Petúnia e pelo tio Válter, se era realmente um bruxo, por que eles não tinham se transformado em sapos toda vez que tentaram prendê-lo no armário? Se uma vez derrotara o maior feiticeiro do mundo, como é que Duda sempre pudera chutá-lo para cá e para lá como se fosse uma bola de futebol?

— Rúbeo — disse calmo — acho que você deve ter cometido um engano. Acho que não posso ser um bruxo.

 

Para sua surpresa, Hagrid deu uma risadinha abafada.

 

— Não é bruxo, hein? Nunca fez nada acontecer quando estava apavorado ou zangado?

 

Harry olhou para o fogo. Pensando bem... Cada coisa estranha que deixara os seus tios furiosos tinha acontecido quando ele, Harry estava perturbado ou com raiva... Perseguido pela turma de Duda, pusera-se de repente fora do seu alcance, receoso de ir para a escola com aquele corte ridículo, conseguira fazer os cabelos crescerem de novo, e da última vez que Duda batera nele, não fora à forra sem perceber que estava fazendo isto? Não mandara uma cobra atacá-lo?


- Ele não mandou a cobra ataca-lo – diz Freya defendendo Harry, surpreendendo a todos.

Harry olhou para Hagrid, sorrindo, e viu que ele ria abertamente para ele.

 

— Viu? — disse Hagrid — Harry Potter não é bruxo? Espere, você vai ser famoso em Hogwarts.

 

Mas tio Válter não ia ceder sem brigar.

 

— Eu não já disse que ele não vai? — sibilou. — Ele vai para a escola secundária local e vai me agradecer por isso. Li aquelas cartas e dizem que ele precisa de um monte de lixo, livros de feitiços, varinhas mágicas e...

 

— Se ele quiser ir, um trouxão como você não vai poder impedir. — resmungou Hagrid raivoso. — Impedir o filho de Lílian e Tiago Potter de ir para Hogwarts! Você enlouqueceu. Ele está inscrito desde que nasceu.

- Na verdade, todos estão inscritos desde que nasceram – diz Dumbledore reflexivo.

Vai frequentar a melhor escola de bruxos e bruxedos do mundo. Sete anos lá e ele nem vai se reconhecer. Vai estudar com garotos iguais a ele, para variar, e vai estudar com o maior mestre que Hogwarts já teve, Alvo Dumbledore.....

 

— NÃO VOU PAGAR A NENHUM VELHO BIRUTA E PATETA PARA ENSINÁ-LO A FAZER MÁGICAS! — gritou tio Válter.

Mas ele finalmente fora longe demais. Hagrid agarrou o guarda-chuva e girou por cima da cabeça.

 

— NUNCA — trovejou — INSULTE... ALVO DUMBLEDORE NA... MINHA FRENTE!

 

E girou o guarda-chuva no ar baixando-o até apontar para Duda, houve um lampejo de luz violeta, o estalo de uma bombinha, um grito agudo e, no segundo seguinte, Duda estava dançando no mesmo lugar com as mãos apertando a barriga banhuda, guinchando de dor. Quando Duda virou de costas, Harry viu um rabo de porco enroscado saindo de um buraco nas calças dele.

A sala explodiu em gargalhadas.

Tio Válter urrou. Puxando tia Petúnia e Duda para o quarto, lançou um último olhar aterrorizado a Hagrid e bateu a porta ao entrar.

 

Hagrid olhou para o guarda-chuva e coçou a barba.

 

— Não devia ter perdido as estribeiras — disse arrependido —, mas em todo o caso saiu errado. Queria transformá-lo em porco, mas acho que ele já parecia tanto com um que não pude fazer muita coisa.

 

E olhou de esguelha para Harry, por baixo das sobrancelhas peludas.

 

— Fico agradecido se não contar isso para ninguém em Hogwarts — falou. – Não... Hum...

 

Tenho permissão para fazer mágicas, rigorosamente falando. Permitiram que eu fizesse alguma coisa para seguir você e entregar as cartas e coisas assim, uma das razões por que eu queria tanto este trabalho.

 

— Porque você não pode fazer mágica? — perguntou Harry.

 

— Ah, bom... Eu estive em Hogwarts, mas... Hum... Fui expulso, para falar a verdade. No terceiro ano. Eles partiram a minha varinha ao meio e tudo o mais. Mas Dumbledore me deixou ficar como guarda-caça. Grande sujeito o Dumbledore.

 

— Por que você foi expulso?

- Ele só matou uma inocente – ironizou Freya.

- Ele não matou ninguém, sua nojenta – diz Dorea já de saco cheio da ladainha de Parkinson.

- Prove! – diz Freya, provocando a rival.

— Já está ficando tarde e temos muito que fazer amanhã — disse Hagrid em voz alta. — Temos que ir à cidade, comprar os seus livros e etc.

 

Ele tirou o grosso casaco preto e atirou-o a Harry.

 

— Pode ficar com ele. Não se assuste se ele se mexer um pouco acho que ainda tenho uns ratos do campo em um dos bolsos.

- Acabou – diz Charlus – Quem quer ler?

- Eu – disse James Sirius indo se sentar no lugar que Charlus acabara de se levantar e pegando o livro - O beco diagonal


 

 


 

 

 


 

 



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