História Leo - Kitchen - Part 2

Hakyeon ficou parado perto da entrada, tentando não sorrir, olhando de mim para o Leo repetidas vezes, provavelmente se perguntando como deveria prosseguir em uma situação dessas; Ele escolheu a pior opção de todas.

- Taekwoonie, você deveria ter me ligado ou deixado um aviso na porta, “Perigo: Não se aproxime, risco de incêndio” ou algo do tipo, sabe – Disse ele alargando o sorriso, e recendo um olhar mortal de um Taekwoon sem graça sentado no chão. Deitei de volta no sofá, cobrindo a cara com os braços, esperando a vergonha passar, o que não aconteceu.

N foi até a cozinha e largou o que tinha comprado em cima do balcão e começou a guardar na geladeira, eu queria imaginar que ele não estava ali, mas não era possível, ele fazia questão de anunciar sua presença.

- Desculpem por ter atrapalhado o momento, mas foi até bom sabe, daqui a pouco os outros vão chegar, seria bem mais embaraçoso – Eu queria socar ele, fechei os punhos, sabendo que ele tinha razão – Taekwoon-ah, você deveria levar a Y/N até em casa, a menos que ela queira jantar conosco ... – Disse N, deixando a frase inacabada, ele sabia que eu iria negar. Me levantei do sofá, ajeitando a roupa e o cabelo, e comecei a caminhar em direção a porta.

- Não seria uma boa ideia jantar aqui hoje, o meu estoque de vergonha na cara está bem baixo, aparentemente – Falei, sorrindo para ele, e recebi um sorriso ainda maior em troca, nesse momento fiquei agradecida por ter sido pega no flagra por ele e não por qualquer outro membro, N tem esse instinto de mãe dos meninos, então sei que ele não mencionaria o ocorrido em momento algum, talvez nos zoasse com indiretas, mas não faria na frente dos outros, ou seja, a situação foi contornada pelo melhor caminho. Leo se levantou do chão e caminhou comigo até a saída, fuzilando Hakyeon com os olhos, senti pena dele, não desejo esse olhar para ninguém. Estávamos quase saindo quando N gritou:

- USEM PRESERVATIVO SE A Y/N NÃO ESTIVER TOMANDO PÍLULAS! – Eu não sabia se ria ou se batia a cabeça na parede, optei pela segunda opção.

- CALA A BOCA! – Gritou Taekwoon de volta, xingando até a porta que não tinha culpa de nada.

Fiquei com a cabeça encostada na parede por um tempo, até que ele pegou a minha mão e me conduziu até o elevador; fomos andando até o meu prédio, ficamos em silêncio o caminho todo, de minuto em minuto ele apertava de leve a minha mão, como se quisesse dizer “estou calado, mas estou aqui”, eu não conseguia conter o sorriso sempre que ele o fazia. Chegamos e subimos até o meu andar, abri a porta para entramos e disse a ele para se sentir em casa, guardei as minhas coisas, demorando um pouco mais do que deveria no quarto, não sei porque mas estava com um pouco de vergonha de encarar ele, ainda mais ali, no meu apartamento, só nos dois, mas criei coragem e voltei para sala, me deparei com Taekwoon sentado no sofá, relaxado e sorrindo para mim, sorri de volta, a vergonha voltando, pensei rapidamente em como desviar a atenção dele, foi ai que me veio à cabeça “comida”.

- Tem sorvete, você quer um pouco? – Perguntei, tropeçando nas palavras, me xingando internamente, poderia ter feito melhor que isso né? Francamente Y/N.

- Claro, quero sim – Respondeu ele, sem demonstrar emoção nenhuma.

Fui até a cozinha e peguei o sorvete no congelador, procurei as taças e as colheres para servir, estava colocando sorvete para ele quando o senti atrás de mim, ele me ajudou a servir, segurando levemente a minha mão e rindo, podia sentir sua respiração no meu pescoço.

- Parece que já vi essa cena em algum lugar – Debochou ele.

Ri baixo e concordei com a cabeça, peguei a minha taça de sorvete e me sentei na banqueta de frente a mesa, ele fez o mesmo; comemos em silêncio por alguns minutos, quando terminei, levantei para me servir mais, porém comecei a comer no pote mesmo, Taekwoon me observava com entusiasmo, como se achasse graça.

- Que foi? – Perguntei – Quer mais? – Gesticulei com a mão em direção ao pote; Ele se levantou e caminhou até mim, me virei para ficar de frente para ele, chegando mais perto ele estendeu a mão dando a entender que iria acariciar o meu rosto, mas não o fez, ele simplesmente tirou a colher da minha boca, que até então eu nem tinha notado que ainda estava lá, e colocou na dele, chupando devagar, fiquei olhando a cena sem saber o que fazer, dizer e como se respirava.

-Você, sorvete de chocolate, que combinação perfeita – Diz ele naquela voz baixa e tentadora – Mas aposto que você é bem melhor que sorvete. – Ele disse provocativamente, me deixando arrepiada, olhava para os meus lábios quase sem piscar, e eu fechei os olhos, apreciando o perfume que emanava da pele dele, e tentando recuperar o meu juízo e acabar logo com isso, mas foi em vão, meu juízo se perdeu por completo quando ele colou seus lábios nos meus, senti como se todo o ar do planeta tivesse sido sugado, não havia ar suficiente para respirar, não tive outra alternativa a não ser ceder aquele beijo. Minhas mãos foram diretas para os seus cabelos, puxando-os de uma maneira um tanto agressiva, mas ele também não foi gentil, me agarrou pela cintura, me pressionando contra o seu corpo, me empurrando contra o armário. O beijo era urgente, com gosto de sorvete de chocolate, e a sensação era familiar demais, nos encaixamos perfeitamente, o beijo não começou calmamente como deveria, então senti como se já tivéssemos feito isso inúmeras vezes, e era isso que ele demonstrava com as mãos, parecia conhecer o meu corpo, ora me segurando com força pela cintura, ora deslizando a mão por minhas costas, por dentro da blusa, sem falar quando emaranhava os dedos nos meus cabelos. Minhas mãos não conseguiam se decidir entre seus cabelos e seu peito, alternava entre os dois, puxando-o para mais perto de mim, como se quisesse nos fundir em um só. Os lábios de desceram para o meu pescoço, me dando a chance de respirar; Mas não consegui reprimir os gemidos, porque a boca dele deixava um rastro de calor por onde passava, me deixando no limite da sanidade. Enquanto ele atacava meu pescoço, passei meus lábios no seu pescoço, dando mordidas de leve, rocei os dentes e senti a pele dele se arrepiar, um sorriso se formou nos meus lábios, sabendo que também conseguia provocar ele, lambi o seu pescoço e assoprei, foi como atear fogo em gasolina. Agarrei seus braços com certa força, e ele me puxou para o seu colo, acomodei as minhas pernas em volta de sua cintura enquanto nossas línguas se atacavam, deixei transbordar tudo que sentia e ele também não se poupou, mas o contato que tínhamos não era o suficiente, então subi as mãos pela sua barriga, empurrando a camisa, o que serviu de incentivo para ele, porque segundos depois, as nossas blusas estavam jogadas em algum canto que não me interessava no momento, ele se levantou e caminhou comigo no colo até o meu quarto, fechando a porta depois de entrar; Ele me colocou com cuidado na cama, e começou a distribuir beijos pela minha barriga enquanto tirava a minha calça, deixando arrepios por onde tocava, percebi que ele também estava se desfazendo de suas peças de roupa, e sorri nervosa. voltou a ficar em cima de mim, dessa vez atacando meu pescoço com beijos e mordidas, apertando as minhas coxas; Enquanto eu arranhava seu peito e emaranhava os dedos entre seus cabelos, nos desfizemos das peças restantes, e a cada toque dele eu me sentia mais excitada, como se fosse explodir, e assim que ele me penetrou, senti como se meus pulmões estivessem em chamas por causa da falta de ar, não conseguia conter os gemidos altos que escapavam da minha boca, e as exclamações de prazer dele, só me deixavam mais louca. Não foi preciso muito para que ambos chegassem ao ápice, cravei as unhas em suas costas, gemendo alto, enquanto ele me apertava junto a si, mordendo o lóbulo de minha orelha e respirando ruidosamente, se deitou ao meu lado e me puxou para perto, deitei junto dele e fiquei desenhando coisas abstratas com os dedos em seu peito, enquanto ele mexia no meu cabelo. Ficamos um bom tempo assim, curtindo a presença um do outro, e toda vez que eu olhava para ele, via o sorriso estampado em seu rosto.