História Let Me Love You!? - I do not want him away from me.

No dia que fui trabalhar fiquei pensando naquilo quase o dia todo e na hora que pensei em colocar em pratica o tal Himura chegou, atrapalhando meus planos.

-Algum problema Kou? Yuu perguntou ao me notar olhando de cara feia para Himura.

-Queria falar contigo.

-Deixa para outro dia, porque agora ele tem compromisso. Himura interrompeu e puxou Yuu.

-Espere Himura. Yuu puxou o braço da mão dele. -O que quer falar comigo?

-É particular. Falei olhando para aquele cara. Yuu me encarou curioso e olhou para Himura.

-Me espere lá embaixo. Falou se aproximando de mim, e ele saiu de cara feia. -Então? Cruzou os braços e ficou me encarando e naquele momento travei não tive coragem de fazer o que havia planejado o dia todo. Fiquei olhando para ele tentando pensar em uma coisa convincente para dizer.

-Você quer me demitir? Quis me socar depois de dizer isso.

-Claro que não, isso aqui jamais seria a mesma coisa sem você, preciso de você. Mas porque está me perguntando isso? Não me diga que quer se demitir? Seus olhos transmitiam preocupação.

-Não, eu gosto muito desse trabalho, não quero sair daqui. Olhei para minhas próprias mãos me sentindo mal.

-Fico aliviado. Deu um pequeno sorriso. -Era só isso? Balancei a cabeça confirmando. -Então já vou indo, boa noite. Se virou para sair, por impulso acabei segurando o braço dele. -O que foi? Questionou surpreso com minha atitude. Quando nossos olhos se encontraram foi como se fosse dois imãs, atraídos um pelo outro.

-Não é nada, desculpa. Falei alguns segundos depois, por um momento continuou a me encarar e depois saiu, e eu fiquei no mesmo lugar sentindo um nervoso esquisito e meu coração não estava em um ritmo normal.

-Merda Kou. Estava puto comigo mesmo.

Depois desse dia passou três e Yuu não voltou a aparecer no escritório. Ele mandava tudo que eu devia fazer por e-mail e quando questionei sobre a razão dele não aparecer simplesmente fui ignorado.

Fiquei encafifado com aquilo e pior disso foi no quarto dia quando cheguei ao escritório e havia um cara que tinha vindo conversar com Yuu algumas vezes.

-Porque está aqui? Perguntei direto.

-A partir de hoje tomarei conta daqui a pedido do Yuu. Disse ele arrumando uns arquivos sobre a mesa.

-Como assim? E o Yuu?

-Ele não te falou? Ele está saindo do país. Meus olhos se arregalaram, e fiquei puto da vida também, como ele tinha coragem de fazer isso e não me falar nada!? -Você não precisa se preocupar, seu emprego será mantido.

-Para onde ele vai? E quando? Ignorei a outra coisa que havia falado, o mais importante naquele momento era saber de Yuu, não poderia deixar ele sair assim sem falar nada comigo.

-Não sei, não me falou nada. O voo dele deve sair daqui a pouco. E quem deve saber de alguma coisa é o Kai. Não falei nada e sai dali e peguei o primeiro táxi que apareceu e fui para o bar de Kai.

-Já até sei o que veio fazer aqui. Kai falou assim que me viu ali, e pegou uma carta e me entregou. -Antes de ir pediu para entregar a você. Peguei a carta meio afoito e abri.

“É difícil falar alguma coisa nesse momento Kou, provavelmente você está muito chateado comigo por ir embora sem dizer nada, mas acho que é melhor assim, as coisas não estão legais estando perto de você, mesmo tentando e muito fazer esse sentimento sair de mim ainda não consegui e eu jamais verei você apenas como amigo. Eu te amo e por isso resolvi me afastar, essa será a única forma de esquece-lo, espero que um dia me desculpe por fazer isso e por ter me apaixonado. Bom, não é como se eu tivesse culpa por me apaixonar, não escolhemos por quem nos apaixonamos. Lhe desejo felicidades e que o relacionamento seu e de Suzy de certo e quem sabe um dia poderemos nos reencontrar e eu consiga de ver como amigo novamente. Beijos e até um dia”

-Merda. Ele não podia ter ido assim. Falei puto da vida e senti como se tivesse perdido algo muito importante. Não queria perder ele, não podia simplesmente acabar daquele jeito tudo.

-O voo dele sai daqui a meia hora. Kai falou me encarando com um pequeno sorriso.

-Sério? Perguntei um pouco descrente.

-Sim, é melhor correr antes que seja tarde, ele está no aeroporto principal.

-Obrigado. Sai correndo e para minha sorte tinha um táxi parado frente ao bar o peguei e segui direto para o aeroporto.

Chegando lá fiquei perdido, primeiro nunca havia pisado em um, segundo não sabia onde deveria procurar por ele, comecei a andar que nem uma barata tonta dentro do local até que resolvi olhar para o painel onde tinha nome dos destinos de cada voo foi nesse momento que me lembrei do que Yuu havia pedido para fazer um tempo atrás, a casa que havia pedido para pesquisar era exatamente para ele e tinha a cidade e o país também. Olhei para o país que tinha me lembrado e onde era o portão de embarque, sai correndo pois segundo o painel o voo sairia em dez minutos.

Na hora que achei o portão vi Yuu prestes a entregar sua passagem. A mulher pediu a passagem dele mais o mesmo ficou segurando e olhou para os lados e foi nesse momento que seus olhos me encontraram e se arregalaram. O mesmo se virou para a mulher disse algo e veio até mim.

-O que está fazendo aqui? Você é maluco? Naquele momento tudo sumiu da minha mente a única coisa que via era ele ali na minha frente. -Kou? Me chamou vendo que eu não falava nada.

Foi um momento que passou mil e um pensamentos na minha cabeça em instantes, resolvi deixar aquilo tudo para lá e o puxei e beijei. Acho que pela surpresa ele ficou parado como estátua, mas logo ele começou a retribuir, não tinha como ter uma melhor explicação e conclusão para minha confusão do aquele beijo e o que senti.

Assim que o ar foi necessário o abracei e escondi meu rosto no pescoço dele e a vergonha veio em cheio, eu havia até esquecido que estava num local público onde várias pessoas estavam vendo aquela cena.

-Da para me explicar o que é isso? Sua voz suou em meu ouvido.

-Não vai embora. Quero você aqui comigo. Na hora ele me puxou e me encarou.

-Você sabe o que está falando? E o que pode significar? Ele parecia não acreditar no que estava falando.

-Claro que sei e é exatamente o que quero dizer. Ele sorriu, de um jeito que nunca havia visto, dava para ver como ele estava feliz.

-Vamos embora daqui? Essa gente me encarando não estou gostando.

-Espere aqui um pouco. Ele deixou as malas perto de mim e falou alguma coisa com a mulher que fazia o check’in e depois passou pela área de embarque. Fiquei nervoso, não sabia o que ele iria fazer. E ainda tinha o fato de ter um monte de pessoas me encarando, deu vontade até de colocar um saco na cabeça de tanta vergonha.

Alguns minutos depois ele voltou com um sorriso no rosto.

-Vamos? Eu queria saber o que ele havia ido fazer.

-Sim. O que você foi fazer? Não tinha porque ele esconder o motivo.

-Fui falar com Himura, eu iria viajar com ele, dei um ponto final nesse nosso envolvimento.

-Você ia embora com ele? Estava desacreditado.

-Não exatamente, ele estava aqui de férias e... Bom você não precisa saber dessa parte, mas eu vi que o melhor para mim te esquecer era ir embora daqui e começar de novo com ele, talvez. Quando terminou de falar me olhou e sorriu. -Ainda bem que você apareceu aqui para impedir, você tem certeza do que está fazendo?

-Claro que sim. Sinto como se um quilo tivesse saído de mim, no fim tanto Akira quando Kai tinham razão. Sorri um pouco sem graça.

-Como assim eles tinham razão? Você andou conversando com eles sem eu saber?

-Sim, e sua irmã também. Eles sabiam que eu estava muito confuso e perceberam que poderia ter um interesse em você mais que amigo antes de notar, na verdade acho que eu estava tentando fugir disso. Cocei a cabeça, jamais havia imaginado confessar uma coisa daquelas e muito menos perceber que nutria sentimentos por outro homem.

-Aqueles mentirosos, quando perguntei se haviam conversado com você disseram que não. Para onde vamos agora hein? Precisamos conversar antes de qualquer coisa.

-Já fizemos uma coisa antes de conversar. Falei achando graça do que havia acontecido.

-É, e foi muito bom. Ele veio e me abraçou. Gostei daquilo, eu realmente me sentia ótimo estando com ele. -O que sentiu agora quando me beijou?

-Era como se nossas bocas se encaixassem perfeitamente e meu coração se acelerou como nunca havia acontecido antes. Não preciso falar que fiquei envergonhado de confessar aquilo, não é? E não quero ficar longe de você nunca mais.

-Isso é ótimo, realmente sente algo por mim, não poderia ficar mais feliz. Ele parou a minha frente, já que estávamos andando para pegar um táxi. E ficou me encarando.

-Que foi? Perguntei não sabendo o porquê daquilo.

-Posso te beijar? Eu ri.

-Isso não devia ser pedido, não é? Pelo menos é o que acho. Nem precisei falar mais nada para ele me beijar não se importando se alguém veria, e para ser sincero nem eu liguei, retribui o beijo e foi muito bom e agradável. Ao cessar o beijo ele selou meu rosto e me abraçou.

-Não irei deixar você nunca mais. Quero viver o resto de minha vida contigo. Retribui o abraço sentindo que talvez eu também quisesse a mesma coisa. -Vamos para minha casa, lá podemos conversar e aproveito para arrumar minhas coisas novamente.

-Okay. Seus olhos me encaram um pouco arregalados só que não disse nada.

Pegamos um táxi e fomos para a casa dele.